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NOVAS ESPECIES 3 - Valiant

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Laurann Dohner 
Novas Espécies 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Tammy sempre tentou estar preparada para qualquer desastre que a 
vida pudesse colocar em seu caminho, mas ela nunca imaginou um sexy 
homem-fera, mistura de homem com leão em seu futuro. Ele é enorme, 
têm os mais exóticos olhos dourados de gato que jamais viu, e está tão 
aterrorizada que pela primeira vez em sua vida ficou sem palavras. Ele a 
persegue. Rosna, e ela está apavorada demais até mesmo para fugir. 
 
Valiant odeia os seres humanos. Mas quando sente o cheiro adorável 
da fêmea humana que invade o seu território, começa a repensar isso. Seu 
medo é um aroma tentador, puro, doce, e quanto mais perto ele chega, 
mais ela se torna atraente. Uma vez que colocou as mãos sobre ela, não 
está disposto a deixá-la ir. Um pensamento vai mudar sua vida. MINHA! 
 
Antes que Tammy possa recuperar seus sentidos, ela se encontra 
deitada de costas na cama de Valiant. Agora ele só tem que usar cada 
centímetro do seu grande e musculoso corpo, para convencê-la de que ela 
deve ficar com ele para sempre. 
 
 
 
 
 
Revisão Inicial: Uta Arashi 
Revisão Final: Lucilene e Fidalga 
PROJETO REVISORAS TRADUÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Capítulo 1 
 
Tammy Shasta havia experimentado o medo inúmeras vezes em seus vinte e oito 
anos de vida, mas comparado a isso fazia com que todas aquelas vezes parecessem fichinha. 
Sabia que o seu trabalho poderia ser perigoso. Tudo naqueles dias era um pouco arriscado. 
Dirigir em uma rodovia poderia ser perigoso, alguém atravessando a rua poderia ser 
atropelado por um carro, e até limpar as janelas podia ser arriscado. Afinal, alguém, em 
algum lugar, acidentalmente quebrou uma janela e acabou se cortando gravemente 
enquanto trabalhava e sangrou até a morte. 
Merda acontecia. Isso se tornou o lema de sua vida. Simplesmente nunca acreditou 
de verdade que seu trabalho seria perigoso. Não de fato. Que coisa tão ruim poderia 
acontecer servindo comida e bebidas? Repassou uma lista mentalmente. Poderia escorregar 
e cair ou se queimar se derrubasse a comida quente. Pensou que o pior que poderia 
acontecer era talvez ser baleada se alguma vez servisse o bufê numa festa da máfia, mas as 
chances de haver mafiosos em uma pequena cidade no norte da Califórnia era quase zero. 
Mesmo assim... lá estava ela enfrentando uma espécie de terror que nunca achou que 
viveria na vida real. Nem em um milhão de anos tinha previsto uma situação daquelas, nem 
com a sua imaginação fértil sempre fazendo hora extra. 
Ela ficou de pé congelada, não importava o quanto gritasse internamente para que 
seu corpo se virasse e corresse por sua vida. Nada. Não estava funcionando. Seu corpo se 
recusava a responder. Todos os seus grandes planos de ser durona, preparada para tudo, 
haviam voado junto com a sua coragem. Não era uma super-heroína. Ao invés disso estava 
imitando uma estátua de jardim ou uma mímica presa em um estado de horror. 
Sua boca estava aberta, mas o grito não estava saindo. Não conseguia nem dar um 
gemido. Nada. Seu coração batia tão rápido que ela se perguntava se ele podia sair voando 
de dentro do seu peito, e ainda assim som algum deixou seus lábios. Não conseguia nem 
respirar e realmente precisava de ar. Talvez aspirar um pouco gerasse um grito, mas... não. 
Que merda! 
Sempre tinha ouvido que a vida inteira passava na cabeça da pessoa quando ela sabia 
que estava para morrer. Não estava vendo imagens do seu passado enchendo sua mente. 
Negativo. Seu olhar arregalado permanecia fixo no enorme homem-fera que rugia para ela. 
Ele era um homem, mas não exatamente, já que nenhum cara comum tinha dentes 
afiados nem conseguia assustá-la quase até a morte com aquele som horrível que ressoava 
do fundo de sua garganta, imitando um animal feroz. Ele parecia bonito e feroz ao mesmo 
tempo. 
Se um cara se bombasse com esteroides, se pareceria com o homem gigantesco que 
a aterrorizava. Ele tinha que ter cerca de um metro e noventa e oito de altura. Seus braços 
eram extremamente musculosos e o peito largo lembrava uma montanha. Sua pele possuía 
um tom dourado de sol, mas era o cabelo que o tornava bonito. Era da cor de uma folha de 
outono — um laranja avermelhado com fios grossos e mechas loiras espalhadas por ele. Era 
na altura do ombro e estava dividido ao meio. 
4 
 
Uma parte verdadeiramente assustadora nele tinha que ser o rosto porque ele quase 
se parecia um humano, mas não exatamente. Seus olhos eram da cor de ouro derretido e 
tinham o formato de olhos de gato, só que com cílios super compridos. Suas narinas estavam 
dilatadas e seu nariz era mais achatado do que qualquer outro que já viu. As maçãs do rosto 
eram proeminentes e dominavam sua face, mas complementavam o queixo forte e 
quadrado. Isso chamava a atenção para os seus lábios bem cheios, quase carnudos, e no 
momento, eles estavam abertos, revelando alguns dentes extremamente brancos e 
pontudos. Mais uma vez, não o tipo de dente que pessoas normais tinham. 
— Afaste-se, Tammy. — Foi o seu chefe, Ted Armstrong, quem gritou com ela. — Não 
faça nenhum movimento brusco e venha na minha direção. Faça isso agora. 
Afastar? Ele espera que eu me mexa? Percebeu que tinha começado a respirar outra 
vez quando seus pulmões pararam de doer pela falta de oxigênio. Teve vontade de virar a 
cabeça e olhar para Ted e lhe dar um olhar de você-tá-de-gozação-comigo, mas não 
conseguiu. Também não conseguiu desviar seu olhar apavorado do enorme homem-fera que 
se aproximava lentamente, olhando-a com ódio com aqueles olhos de gato grandes e 
estranhamente bonitos. Seu rosto era assustador e irado, e ele rugiu para ela outra vez. 
— Maldição, Tammy. Recue devagar agora. Mantenha o olhar no chão e venha para 
perto de mim. Você consegue. 
Quis que isso fosse verdade, mas seu corpo ainda se recusava a ouvir quando ela 
silenciosamente berrou para que seguisse suas ordens. Nada se mexia além do seu peito 
conforme o coração martelava e o ar passava pelos lábios entreabertos. Piscou. O que já era 
um progresso, mas foi só isso. 
— Valiant! — outro homem gritou. — Acalme-se e se afaste da fêmea. Ela não está 
desafiando você. Só está se cagando de medo. — A nova voz tinha uma inclinação forte e 
profunda e soava irritada. 
O homem-fera rugiu de novo quando deu mais um passo em direção a Tammy. Ela 
queria correr, mas suas pernas pareciam enraizadas no chão. Tentou afastar o olhar dos 
olhos dourados que a encaravam, mas simplesmente não conseguia romper a conexão. 
Todos tinham ouvido falar das Novas Espécies. Uma pessoa teria que nunca ter lido 
um jornal ou não possuir uma televisão para não saber que eles eram humanos que haviam 
sido submetidos a experiências secretas pelas Indústrias Mercile. A Companhia farmacêutica 
financiou um complexo secreto de experiências por décadas para realizar algumas pesquisas 
duvidosas supostamente realizadas para encontrar a cura de doenças. A história vazou 
quando incontáveis sobreviventes dessas instalações de testes foram libertos. 
Merda, pensou. Aquele obviamente era um Nova Espécie. 
Sabia que os chamavam assim, aqueles homens e mulheres sobreviventes que foram 
alterados fisicamente com DNA animal naqueles lugares. 
O homem-fera se aproximando obviamente era um e realmente fizeram um bom 
trabalho com ele já que com certeza não parecia nada normal. Tammy nunca tinha visto algo 
similar a ele antes e não desejava ver novamente. Ele parecia um homem... mas só que não. 
Isso fazia com que ela imaginasse quanto os seus traços animalescos o comandavam. 
— Alguém pegue um tranquilizante. — Era uma mulher e parecia assustada. —Agora. 
Andem. 
5 
 
— Valiant? — era o homem de novo, o da voz grossa. 
— Me escute, cara. Ela não tinha intenção de invadir seu território. Ela se perdeu 
quando alguém ferrou com os mapas e isso a trouxe aqui. Sabe que Justice está dando uma 
festa e ele contratou fornecedores. Elaé apenas uma fêmea assustada que veio aqui para 
servir a comida. Não é um desafio. Ela não consegue desviar os olhos de você nem se mexer 
porque está paralisada de medo. Acalme-se e se afaste. Ela vai embora assim que você se 
afastar. 
Justice North era o líder nomeado da Organização das Novas Espécies. Ele tinha 
comprado o velho resort fechado e todas as terras ao redor dele para o seu povo viver e a 
transformou em um refúgio para as Novas Espécies chamado de Reserva. Ele também era o 
porta-voz que dava todas as entrevistas na televisão. Tinha contratado o serviço de bufê de 
Ted para organizar a primeira festa que davam na Reserva e foi assim que Tammy parou no 
lugar errado. 
Ela engoliu em seco, grata por sua mente ainda funcionar e saber de toda aquela 
informação. Pelo menos conseguia entender a conversa da qual poderia depender sua vida. 
Parecia que, do contrário, esse seria seu último trabalho para Ted. Inferno, pode ser o meu 
último dia fazendo qualquer coisa pela última vez. 
— Me ouviu, Valiant? Sabe como Justice vai ficar puto se você ferir alguém que ele 
contratou? Nós devíamos dar esse jantar para deixar as pessoas que moram na cidade 
confortáveis conosco vivendo na área. Com certeza vai espantar todo mundo se você 
machucar um deles. — O homem da voz grossa suspirou. — Deixe-me pegá-la. Tudo bem, 
cara? Posso entrar no seu espaço para tirá-la daí? 
— Não. — rosnou o homem-fera. Ele jogou a cabeça para trás e um urro de estourar 
os tímpanos, sacudiu a área de floresta. Tammy finalmente se moveu, mas simplesmente 
não na direção que gostaria de ir, que devia ser até sua van de trabalho e mais perto da 
ajuda que havia chegado para tentar salvá-la, do outro lado do portão pelo qual passou. 
Seus joelhos vacilaram. Caiu na grama, mas não completamente. Permaneceu ajoelhada. 
Ele tinha que ser um leão ou um tigre de algum tipo. Reconheceu o som que fez. 
Tinha um rugido bem distinto. Estudou sua coloração, seu nariz largo, e finalmente os dentes 
afiados. Merda. Definitivamente era algum tipo de mistura de grandes felinos. Seu palpite 
era leão. Levantou os olhos para ele e se perguntou se sua bexiga se esvaziaria de puro 
terror. Isso não a surpreenderia de modo algum. Não era como se o seu dia pudesse piorar. 
— Fique calmo. — a voz grossa exigiu. — Eu não vou entrar. Fale comigo, Valiant. Se 
não alguém vai espetar o seu traseiro com um tranquilizante e eu sei o quanto isso vai te 
deixar irritado. 
O homem-fera tinha um nome. Também não era humano, ou comum, mas Tammy 
entendeu que era dele. Que tipo de nome é Valiant? Sabia que significava corajoso, algo que 
ela não era no momento. Desejava furiosamente não estar realmente ali, nunca pensou que 
estaria olhando para seu pior pesadelo. 
Valiant tirou o foco de Tammy para finalmente fulminar com os olhos alguém atrás 
dela à esquerda. 
— Não atirem em mim. — O tom ameaçador em sua voz era alto e claro. 
Houve um forte suspiro. 
6 
 
— Deixe a fêmea ir embora. Qual é o seu problema afinal? Ela disse alguma coisa 
antes de passar pelo portão? Ela não sabia que essa casa era sua e não o clube. Deram o 
mapa errado a ela. Me parece que tudo o que ela fez foi sair da van e ir em direção à sua 
porta antes que a alcançasse. Ela te irritou? 
— Ela está aqui, Tiger. Isso já é o suficiente. — Rugiu Valiant. 
— E foi um acidente. — Tiger tentou ser lógico. 
— Alguém vacilou e o erro foi nosso. Não percebemos o que tinha acontecido até ela 
aparecer. Ela foi a primeira a chegar depois do cara dono do bufê. Esse é Ted Armstrong. 
Ele esteve aqui algumas vezes antes e percebeu que o mapa estava errado quando o 
viu. Nós contatamos a portaria imediatamente, mas eles nos informaram que a van dela já 
havia passado. Agora estamos todos aqui. Qual é, Valiant, já a assustou o bastante. O que 
Justice disse sobre tentar se encaixar? Se lembra daquela conversa? Deus sabe que eu me 
lembro. Não é educado matar os seres humanos de medo. 
— Ele não irá machucá-la de verdade, não é? — Ted soava um pouco nervoso. Isso 
dizia muito porque seu chefe sempre era calmo sob pressão. — Quero dizer, Jesus! Aquilo 
foi uma brincadeira? 
Tiger praguejou baixo. 
— Claro que eu estava brincando. — Seu tom não parecia nada convincente para 
Tammy. — Então, o que me diz Valiant? Ela pode se acalmar um pouco e ir embora se você 
se afastar. Vai reconsiderar me deixar entrar para pegá-la? Só levaria um segundo. Eu corro 
até aí, a agarro e saio. 
Valiant rugiu de novo e seu olhar voltou para Tammy. Ela engoliu com dificuldade. 
Piscou. Respirava regularmente outra vez. Fez uma lista de todas as funções que estavam 
sob o seu controle, mas seus membros ainda não respondiam. O homem-fera parou a uns 
três metros dela, mas ela apreciou que tivesse parado de avançar para simplesmente 
encará-la. Aquilo era um avanço, certo? Deus, espero que sim. 
Moveu a boca e ela de fato se abriu. Tentou se desculpar por ter entrado na 
propriedade, mas nada saiu. Droga. Sempre achou que agiria diferente sob estresse. Sempre 
foi uma espertalhona de berço que tinha resposta para tudo. Fez uma reputação por ser 
tagarela não importando com quanto medo estivesse, sob qualquer circunstância. 
Obviamente, estava errada, admitiu. Quando cogitou os piores cenários possíveis, nenhum 
abrangia homens-feras com dentes afiados nem olhos de gato que urravam. 
— Afaste-se. — ameaçou Valiant. Ele inalou lentamente, o olhar preso ao de Tammy. 
Deu outro passo na direção dela. 
— Valiant! — Tiger, o homem da voz grossa, gritou. — Pare agora. Não se aproxime 
mais. Maldição, não faça isso. 
Valiant virou a cabeça de lado para olhar com raiva para alguém a quem exibiu seus 
dentes afiados e rosnou ameaçadoramente. Ele soou absolutamente cruel antes de se 
centrar outra vez em Tammy. 
— Vá busca-la. — exigiu Ted. — Você é quase tão grande quando ele. Salve-a. 
Tiger disse um palavrão. 
7 
 
— Eu não posso. Ele me mataria em um segundo. É um dos filhos da puta mais cruéis 
que temos na Reserva. É por isso que ele está aqui e por que Justice comprou esse lugar. Há 
alguns da nossa espécie que não são exatamente amigáveis. Vai piorar tudo se eu entrar lá 
porque ele seria capaz de matar duas pessoas ao invés de apenas uma. 
— Atire nele. — uma mulher sussurrou baixo, mas sua voz foi ouvida. 
— Não posso. — explicou um homem. — Eles ainda não nos deram tranquilizantes. 
— Use as armas que têm. — a mulher ordenou mais alto. — Não permitam que ele a 
mate. Meu Deus! Podem imaginar o que isso faria com as nossas relações públicas? 
— Ninguém vai atirar nele. — afirmou Tiger. 
— Valiant? — Ele pausou. — Me diga por que está com tanta raiva da fêmea? Ela é 
do tamanho de nada. É por isso? Está lutando com os seus instintos porque a vê como uma 
presa? Pense um pouco, Valiant. Essa é uma fêmea humana inocente. Ela não quis insultar 
você nem invadir seu espaço. Fale comigo, porra. Só me diga o que está se passando na sua 
cabeça. 
Valiant virou a cabeça, afastando seu olhar intenso de Tammy outra vez. Ele fechou 
os olhos e inalou com força. Eles abriram de repente. Olhou com raiva para alguém atrás do 
ombro esquerdo de Tammy. 
— Eu não vou matá-la. 
— Graças a Deus. — Ted disse e grunhiu. 
— Só queria assustá-la? — O alívio era evidente na voz de Tiger. — Bem, fez um 
ótimo trabalho. Ela pode ir embora agora? 
O olhar exótico de Valiant se fixou em Tammy quando ele inalou de novo. Ele fez um 
som baixo, como um murmúrio. Desviou os olhos dela e olhou com raiva para Tiger. 
— Não. Ela fica. Vocês vão embora. 
— Sabe que não podemos fazer isso. — explicou calmamente Tiger. — Qual é, cara? 
Qual o problema? 
Valiant rugiu de novo. Deu um passo e então outro em direção a Tammy. Ela parou 
de respirar. Aqueles olhos de gato dele estavam de volta nela. Ele ficou de quatro de 
repente, cheirou na direção dela outra vez, e fez um som que não tinha ouvido antes. Não 
era exatamente um rugido, mais um ronronar brusco, ainda assim assustador. Ele ficou 
agachadonos joelhos com as mãos à sua frente. 
— Oh, merda! — praguejou Tiger. — Valiant? Não faça isso, cara. 
Valiant levantou a cabeça para dar outro olhar ameaçador na direção de Tiger. Estava 
perto o bastante para que notasse que ele tinha cheiro de ar livre e de algo masculino que 
realmente cheirava bem. Respirou e continuou respirando já que não estava olhando para 
ela. 
Ela baixou o olhar, avaliando-o, e decidiu que era grande mesmo agachado a sua 
frente. Usava uma calça jeans e uma camiseta, mas nenhum sapato. O cara tinha mãos e pés 
enormes. Ele chegou mais perto dela até que poderia tocá-lo se estendesse um pouco a 
mão, mas não o fez, ainda paralisada de joelhos. 
8 
 
— O que ele está fazendo agora? — Ted soava outra vez em pânico. 
— Nem pergunte. — disparou Tiger. — Valiant, qual é, cara. O que está fazendo? 
Sabe que não deve pensar no que suspeito que está pensando. Ela é uma coisinha humana e 
você não vai querer tentar isso. 
Valiant piscou. 
— Ela está no cio. 
— Oh, puta que pariu. — praguejou Tiger. 
Valiant rugiu. 
— Puta que pariu! — disse Tiger mais alto. — Ted, eu lhe disse para se certificar que 
nenhuma das suas mulheres estivesse ovulando. Falamos sobre isso, maldição. Não é de se 
admirar que ele esteja agindo como um louco. 
— Como eu ia saber? — bradou Ted. — Sabe quantos processos por assédio sexual 
eu sofreria se perguntasse as mulheres que trabalham para mim se ela está em certa época 
do mês? Qual é. E como diabos alguém iria saber Tiger? Como? 
Tiger praguejou de novo. 
— Nós saberíamos, Ted. Eu lhe disse que podemos sentir o cheiro delas a um 
quilometro de distância e disse que alguns dos nossos homens reagiriam mal a isso. Eu não 
estou a favor do vento com relação a ela, mas ele está. Se ele diz que ela está ovulando — 
confie em mim que ela está — isso é um problema. Era de se esperar que agisse assim. — O 
homem parou. — Quem estava de plantão quando a deixou entrar? 
— Smiley. — Uma voz masculina falou baixo. — Ele é primata e seu senso de olfato 
não é tão apurado. Obviamente não sentiu o cheiro dela. 
— Qual é o problema se ela estiver ovulando? É por isso que ele quer matá-la? — Era 
a mulher falando. — É tipo um tubarão ficando doido quando sente cheiro de sangue? 
Tiger ficou calado por alguns segundos. 
— Ela não está sangrando. Como mulher você deveria saber a diferença entre 
menstruação e ovulação. Ela está ovulando. Ele não quer matá-la. Quer copular com ela. 
— Graças a Deus! — A mulher de fato riu. — Eu achei que ele fosse transformá-la 
num brinquedinho de mastigar e rasgá-la em pedaços. 
— Marcy! — gritou Ted. — Como pode rir disso? Não tem graça. Estamos todos 
aliviados por ele não planejar matá-la, mas você ouviu o que Tiger disse? Temos que tirá-la 
daqui. 
— Ela é casada? — perguntou Tiger. 
— Não. — Ted hesitou. — Ei, espere um pouco. Não fique aliviado como se algo fosse 
acontecer entre eles. Tire ela dali. 
Tammy fitou o perfil do Nova Espécie. Ele não queria acabar com sua vida. Queria 
copular com ela. Ainda estava em choque. Deixou seu olhar absorver o imenso homem-fera 
da cabeça aos joelhos e estremeceu. Foi horrível em matemática no ensino médio, mas sabia 
o bastante para fazer a matemática dele. 
9 
 
O cara dava quase dois dela em tamanho e não tinha como uma relação física ser 
possível entre os dois. E, além disso, que diabos estou pensando? Queria gritar por ajuda de 
novo, mas nada saía da sua boca. Estou fodida! NÃO! Não diga isso. Diga de outra forma. 
Estou numa merda das grandes. É. Melhorou. Nem mesmo pense nas palavras fodida e 
foder, pelo amor de Deus. 
— Não posso. — explicou Tiger. — Ele vai protegê-la se um de nós tentar se 
aproximar deles. Imagine um animal bem malvado protegendo seu brinquedo favorito. Bem, 
é praticamente isso que temos aqui. 
Tiger ficou calado por um minuto. Ninguém falou. Ele finalmente deve ter decidido 
uma nova abordagem quando começou a falar de novo. 
— Valiant? Posso achar alguém disposta a ficar no lugar dela. Tem que deixá-la ir 
embora. Ela não é das Espécies, ela é humana, e você vai acabar com ela. Olhe como é 
pequena. É frágil, uma verdadeira anãzinha, e você sabe que não a deseja. Eu entendo que 
ela tenha um cheiro muito bom e inferno, eu notei de cara que é atraente, mas eu repito, ela 
é humana. Nós tomamos algumas sodas umas semanas atrás e discutimos o quanto são 
frágeis. Não transamos com elas, lembra? Só se afaste e ligo para as nossas fêmeas. Uma 
delas ficará mais do que feliz de vir aqui tomar o lugar dela se estiver com vontade de 
brincar. O que você acha cara? Fale comigo. 
— Minha. — rugiu Valiant. 
— Porra. — Grunhiu Tiger. — Cadê o tranquilizante? Vamos precisar de um rápido. 
— Estou indo, Tammy. — gritou Ted. 
— Não. — gritou Tiger. — Ele vai te despedaçar. 
— Bem, faça alguma coisa. — exigiu Ted. — Não vou ficar aqui assistindo ela ser 
estuprada por aquela... aquela... pessoa. 
Valiant virou a cabeça. Seu rosto estava a centímetros do de Tammy. Ela olhou em 
seus olhos. De perto, eles eram incrivelmente bonitos. Viu espiral de cores em seu interior 
que parecia ouro derretido. Seus cílios eram bem espessos, de um laranja avermelhado e 
compridos. Apoiado nas mãos e nos joelhos, ele estava no mesmo nível de Tammy, 
ajoelhada na grama. Sua boca estava fechada, os dentes afiados escondidos, quando inalou 
outra vez. Um som baixo saiu de sua garganta, um ronronar profundo. Ele piscou quando se 
aproximou mais. 
Mexa-se, caramba. Ela ordenou ao seu corpo que se afastasse, fizesse qualquer coisa, 
mas ele não ouviu. Ele levantou uma de suas enormes mãos e ela viu as suas unhas. Eram 
mais grossas que o normal, quase pontudas, mas do tamanho normal de unhas humanas. Ele 
se moveu bem lentamente enquanto as pontas ásperas dos seus dedos afastaram o cabelo 
comprido da bochecha dela. Os dedos acariciaram seu rosto. As pontas eram calejadas. 
Arrepios brotaram em seu corpo e era uma sensação estranha, mas de um tipo bom. Sua 
mão colocou todo o seu cabelo para trás dos ombros antes de descer para segurar sua 
cintura. 
— Linda. — rugiu ele baixinho. — Tão linda. 
Ela engoliu em seco. 
— Ob... — Sua voz falhou. — Obrigada. — conseguiu um sussurro. 
10 
 
Não tinha certeza do que ele achava atraente nela. Era o cabelo comprido ou o seu 
rosto? Já disseram que tinha belos olhos azuis. O que quer que ele achasse bonito, ela estava 
agradecida por finalmente ter encontrado a voz. Não era muito já que só parecia ser capaz 
de soprar as palavras, mas esperava que agora que funcionava, conseguisse berrar se a 
necessidade surgisse. Tinha um pressentimento ruim que isso aconteceria em breve se 
aquele cara quisesse transar com ela. 
Ele fechou os olhos, inalando profundamente. 
— Você tem um cheiro tão bom. Morangos e mel. Adoro esses cheiros. — Ele deu 
outro rugido baixo no fundo da garganta. Seus olhos abriram. — Não tenha medo. Eu nunca 
machucaria você, Tammy. — Colocou o corpo mais perto. 
Com o coração acelerado, Tammy fechou os olhos quando o cabelo dele roçou seu 
rosto e ela se enrijeceu quando a bochecha tocou a dela. Sua pele era quente e a respiração 
morna soprou em seu pescoço, que ele havia exposto quando tirou o cabelo do lugar. 
O que ele estava fazendo agora? Um pouco do medo passou já que ele jurou que não 
ia machucá-la e não tinha machucado até o momento. Matado de medo, sim, mas não fez 
nada doloroso. Ela pulou um pouco quando ele lambeu onde o pescoço e ombro se 
encontravam. 
— Uh! — ela deixou escapar, mas se calou. A sensação era diferente de qualquer 
coisa que já experimentou. Sua língua tinha uma textura áspera, mas não era como uma lixa, 
nem abrasiva. Arrepios sacudiram seu corpo e de algum modo aquilo parecia estranhamente 
erótico. Os dentes afiados dele roçaram sua pele depois, criando outra sensação 
estranhamente sedutora. 
— Shhh. — ele exalou, quando sua língua e dentes a deixaram. — Não vou machucar 
você. 
— O que ele está fazendo com ela? — a voz de Ted aumentou em alarme.— Faça-o 
parar. 
— Onde está o tranquilizante? — Marcy falou. 
— Todo mundo, cale a boca. — exigiu Tiger. — Ele não a está machucando e nós 
vamos irritá-lo. Ele está com as mãos nela então calem a boca. 
O som de um carro se aproximando quebrou o silêncio. Um rugido saiu dos lábios 
próximos ao pescoço de Tammy. O som fez com que seus olhos se abrissem e ela 
choramingou, fitando os dentes afiados, que ele expôs quando sua cabeça se virou para 
olhar com fúria a fonte do ruído. A mão segurando sua cintura apertou, mas não doeu. 
Ela ofegou de repente quando o outro braço rodeou o meio de suas costas. Em um 
movimento brusco, ele se levantou, trouxe Tammy com facilidade consigo e a puxou para 
frente do seu corpo, mantendo o braço à sua volta. 
Tammy olhou o homem bem mais alto que a segurava com o braço forte. Suas 
pernas viraram borracha, cederam, mas ele a segurava o suficiente para mantê-la presa ao 
seu corpo grande e sólido. O cara era aterrorizantemente poderoso. 
Ele fulminou com o olhar algo por cima de sua cabeça. Tinha uma expressão 
realmente irada e de repente outro urro saiu dos lábios, alto o bastante para fazer seus 
ouvidos doerem. Ela viu os dentes brancos e afiados brilharem de novo quando ele rosnou, e 
11 
 
a levantou mais alto contra o peito quando a tirou completamente do chão. Manteve-a ali, o 
corpo pendurado acima do chão, e correu para longe do terreno. 
Minha. A ideia não deixava a cabeça de Valiant. Repetia-se sem parar. Minha. Minha. 
Minha. Movia-se rápido para levá-la a um lugar onde pudessem ficar a sós, longe dos outros, 
dentro de sua casa. Eles não iam tirá-la dele. Lutaria até a morte para ficar com ela e mataria 
qualquer um que tentasse levá-la de seus braços. Seu cheiro enchia o nariz dele, fazendo seu 
corpo doer de necessidade e nada mais importava. 
Ela é humana. Não é o que tinha em mente nem o que achava que queria. As coisas 
mudam. Não importa. Ela é completamente minha. Ele olhou para Tiger, para os dois 
machos Espécies com ele, e para os dois humanos para garantir que não invadissem seu 
território. 
O humano macho tinha o rosto vermelho e agarrava a cerca, parecendo pronto para 
pulá-la, e a mulher estava de boca aberta como se quisesse gritar. Sabia que os horrorizava, 
mas não dava à mínima. Eles não representavam nenhuma ameaça para ele. Era com os 
Espécies que poderia ter que lutar se atacassem. Faria isso. Não ia deixar a mulher ir 
embora. 
Minha! 
Seu braço apertou ao redor da mulher gloriosa que segurava, com cuidado para não 
esmagá-la, e grato por não lutar. Ela parecia dócil em seus braços, como se soubesse tão 
bem quanto ele que pertencia a ele. Uma esperança surgiu de que ela o desejasse tanto 
quanto a desejava. Não está agindo com sanidade, admitiu silenciosamente, mas isso não 
importava. Ela tinha um cheiro maravilhoso, suas feições delicadas eram algo que ele queria 
fitar para sempre, e segurá-la nos braços só aumentava o desejo de ficar com ela. A ideia de 
colocá-la em sua cama, tirar suas roupas e explorar cada centímetro da pele dela fazia seu 
pau latejar dolorosamente. 
Ela será alguém com quem conversar, a quem abraçar, e eu a convencerei que 
seremos felizes juntos. Posso fazer isso. Ela vai querer ficar. Tem que querer. Minha. Minha. 
Minha. O lugar dela é comigo. 
Ele realmente não tinha ideia de como fazer isso acontecer, mas era um macho forte, 
determinado, e tudo era possível agora que estava livre. Passou a vida inteira trancado em 
uma cela úmida, com dores a maior parte do tempo, e sempre tão sozinho. A ideia de ter 
uma companheira, alguém a quem conhecer, com quem dividir a vida, tinha se tornado seu 
maior sonho. 
Ele a segurou com mais ternura, jurando protegê-la com a vida e não permitir que 
ninguém a levasse dele. Não tinha que fazer sentido. Ela estava nos seus braços, havia lhe 
reivindicado, e não iria liberá-la. De algum modo, de algum jeito, a convenceria que era o 
macho certo para ela. 
Uma vez sonhou em viver fora das paredes de concreto e isso finalmente se realizou. 
Tudo era possível. Inalou o maravilhoso cheiro feminino, seus braços a seguraram com mais 
firmeza contra seu corpo, e uma palavra se repetia em sua mente. 
Minha! 
 
 
12 
 
Capítulo 2 
 
— Droga, Valiant. — gritou Tiger. — Traga essa mulher de volta agora! 
— Tammy! — gritou Ted. — Solte-a! Ele vai matá-la. Faça alguma coisa! 
— Vão embora. — urrou Valiant sobre o ombro enquanto corria até a casa. 
— Traga-a de volta, homem! — gritou Tiger. — Não me faça trazer uma equipe de 
caça aqui para pegá-la. Justice vai querer as suas bolas se você a machucar. 
Tammy agarrou sua camisa quando ele diminuiu o ritmo e a apertou contra o seu 
corpo um pouco mais alto quando deu alguns passos. Não conseguia ver nada além da 
camisa amarronzada em seu rosto. 
O homem-fera parou de repente, eles viraram e ela ouviu uma porta bater. Um 
segundo depois o som distinto de fechaduras girando se registrou antes dele se mover outra 
vez. 
Subiram vários degraus. Ela fechou os olhos e não lutou. Podia sentir a força dos 
braços que a seguravam forte contra seu corpo firme e rígido. Inalou e admitiu que o cara 
cheirava muito bem, que qualquer que fosse a colônia que usou era boa e não muito forte. 
Conteve um pouco de autodesprezo. Estava perdendo a cabeça por estar pensando 
na colônia do cara nessas circunstâncias. Estava sendo levada a algum lugar por Valiant, o 
homem-fera, e estava presa dentro da casa, que por acaso era dele. 
Outra porta bateu e Valiant parou de andar, mas seu corpo se virou e outra 
fechadura girando se registrou em sua mente. Virou-se outra vez, as pernas dela balançando 
levemente pelos movimentos repentinos, e deu mais uns dez passos antes de soltá-la de 
repente. 
Tammy ofegou quando caiu, mas não bateu em um chão duro, ao invés disso caiu em 
uma cama macia. Aterrissou de costas com as pernas para fora do enorme colchão em 
estado de choque olhando muda para o homem em pé entre suas coxas. Os olhos exóticos 
de Valiant estavam fixos nela. 
Oh, merda. Finalmente encontrou a capacidade para se mover. Estava em sua cama e 
ela tinha o cheiro dele. Instintivamente soube que era seu quarto. Olhou para o vasto 
ambiente mobiliado em madeira escura. Recuou, usando os cotovelos e colocando os pés na 
cama para tentar se afastar dele. O homem enorme a observava em silêncio. 
— Não. — rugiu baixo. 
Tammy congelou. 
— Você que não. 
Seus lábios se curvaram e os olhos estreitaram um pouco. 
— Não o que? 
— Não... — Ela franziu o cenho. — Pare de me assustar. 
Lábios cheios se curvaram em um sorriso. 
— Você tem medo de mim? 
13 
 
Ela assentiu. 
— Claro que tenho. 
Ele se moveu de repente, suas mãos apoiadas sobre o colchão quando se inclinou 
sobre ela na cama. Seu corpo estava instantaneamente debaixo do dele quando ele 
espalhou o corpo sobre ela, derrubando-a, e impedindo o seu plano de engatinhar para 
longe dele. 
— Por quê? Não vou te machucar. O que quero fazer com você a fará se sentir muito 
bem. 
Estava brincando? Não achava que estivesse, considerando o olhar intenso que lhe 
dava. Essa situação era um monte de coisas, mas engraçada não era uma das descrições que 
vieram à sua mente. 
— Você é enorme e tem dentes afiados e... me trouxe aqui para dentro. Quero ir 
embora. 
— Eu não quero que você vá. Como você disse, eu sou maior. 
Sua boca abriu e fechou quando olhou para ele. 
— Eles vão entrar para me pegar. 
Ele assentiu. 
— Eles virão. 
Hã? Franziu o cenho. 
— Por que estamos aqui se já sabia disso? 
— Tempo. — De fato sorriu pra ela. — Vai levar uma porção de tempo para eles 
juntarem gente suficiente do meu povo para invadir minha casa. Poucos seriam tolos de 
tentar. Eles me temem. 
Ela começou a ficar nervosa enquanto o estudava. 
— Podia, por favor, sair de cima de mim? 
Ele sacudiu a cabeça. 
— Não. 
— Está me assustando de novo. 
O sorriso se apagou. 
— Não quero que fique com medo. 
— O que você quer? 
Seu olhar desceu lentamentesobre o corpo dela antes de encontrar novamente seus 
olhos. 
— Eu quero você. 
Seu coração parou de bater. 
— Sem chance. 
14 
 
— Ummm. — Ele não parecia convencido. Levantou-se de repente da cama com as 
mãos e voltou a ficar de pé. Manteve-se focado somente nela. 
— Tem certeza? 
— Você prometeu que não me machucaria. 
Tammy viu quando ele agarrou a camiseta, os dedos puxando a bainha e ele rasgou o 
tecido de baixo para cima. Jogou-a no chão atrás de si. Não pôde evitar olhar. A pele do 
homem era de um marrom dourado por inteiro e ele tinha um peitoral perfeito. Imaginava 
que era peludo, mas não. Era todo musculoso e todo coberto de uma pele macia e quase 
sem pelo. Não conseguiu evitar a barriga claramente definida. Seus braços eram grossos, 
maciços, definidos com músculos e tinha um peito largo. Os círculos dos seus mamilos eram 
de um avermelhado claro que era quase igual aos cílios e cabelo. Seu olhar desceu e viu uma 
linha fina de pelo loiro-avermelhado iniciar uma trilha debaixo do umbigo até mais além do 
primeiro botão do jeans. 
— Eu não vou machucar você. — Ele alcançou o botão de pressão de sua calça. — De 
todas as coisas que eu quero fazer com você, não há nada que envolva dor. 
Abriu o primeiro botão, que revelou mais do seu abdômen reto. O queixo de Tammy 
caiu quando ele agarrou o zíper. Seu olhar voou para o rosto dele e não pôde evitar ver 
como parecia estar se divertindo. Seus olhos dourados brilhavam com divertimento. 
— Não se atreva a tirar essa calça. 
O som do zíper se abrindo era alto dentro do quarto. Teve efeito de um banho de 
água gelada em Tammy, como se tivesse jogado um balde nela. Tirou-a do seu estado de 
choque quando compreendeu que ele realmente planejava transar com ela. Ofegou, rolou 
pelo colchão, e puxou freneticamente a roupa de cama, tentando se afastar dele. 
Mãos grandes e fortes agarraram seu quadril e a jogaram com cuidado de costas 
deixando-a fitando seu rosto de novo. Três coisas instantaneamente se tornaram claras 
quando seu olhar desceu à cintura dele. A calça do homem estava aberta, ela viu pele, e 
Valiant não estava usando cueca. Também não pôde deixar de ver que o cara não se 
importava em ajustar as partes íntimas, julgando pelo grande volume que descia pela parte 
interna de sua coxa debaixo do jeans. 
— Onde está indo? Perderia a melhore parte se fosse embora agora. 
— Pare. 
Ele sorriu, mostrando as presas. —Você tem lindos olhos azuis. 
Piscou. 
— Você também tem olhos bonitos. Isso não quer dizer que possa… — Ela apontou 
para sua cintura. — Isso não vai acontecer. 
Ele riu. 
— Sério? 
Tammy assentiu. 
— Sério. De jeito nenhum. Faça as contas, grandão. 
— Fico feliz que tenha recuperado a voz e o meu nome é Valiant. Pode usá-lo. 
15 
 
— Você não parava de urrar e rugir para mim. 
— Então se eu não quiser que fale nem que me diga — não — só preciso urrar e 
rugir? — Uma de suas sobrancelhas arqueou. — Obrigado por me informar como silenciar 
você. É uma informação útil de se ter. 
Tammy se afastou mais na cama, tentando alcançar o outro lado. 
— Como eu disse, faça as contas. Não tem jeito de nós, é, fazermos o que pessoas 
fazem dentro dos quartos. 
— Contas não têm nada a ver com o que tenho em mente. 
— Sério? — Tammy estava extremamente grata por não estar mais muda. Sentia-se 
mais calma agora que não estava paralisada de terror. Começava a se acostumar à aparência 
do cara e desde que ele a trouxe para dentro da casa, parecia mais humano do que animal. 
Falava com ela ao invés de apenas rugir. 
— Eu discordo. Você é enorme e eu sou pequena em comparação. Nós dois não 
vamos encaixar. 
Ele observou, mas não tentou pará-la quando saiu da cama e foi para o outro lado do 
quarto para manter a enorme mobília entre eles. Tammy ficou de pé com as pernas 
tremendo e o encarou. Estudou enquanto a observava, só que ele sorria enquanto ela 
continuava desconfiada. 
— Discordo. Acho que poderíamos resolver isso. Acha que machucaria você? 
Negativo. Posso ser muito gentil quando preciso. — Varreu seu corpo como olhar. — Admito 
que vai ser difícil controlar todas as minhas vontades, mas eu me controlarei. 
— Eu não vou dormir com você. 
Ele riu. 
— Fico feliz. Dormir é a última coisa que eu quero fazer com você na minha cama. 
Tammy apertou os dentes com a raiva aumentando. 
— Também não vou fazer isso. Não transo com estranhos, e inferno, com certeza 
absoluta não vou transar com você. 
O sorriso dele morreu e o divertimento o deixou quando seu olhar pareceu ficar 
levemente frio, parecendo um pouco assustador. 
— Você tem pré-conceito? Não estou te rejeitando por ser completamente humana. 
Ela franziu o cenho. 
— Isso, bem, ao menos você sabe o que eu sou. — Focou em sua boca. — E eu não 
poderia rasgá-lo com os dentes. Não sou assustadora, Senhor Leão. É isso que você é em 
parte? Leão? Tigre? O quê? 
Ele só piscou, mas algo em sua expressão endureceu. 
— Pode se dizer que sim. — declarou lentamente. 
Ela tinha pisado em um calo ou algo do gênero. Engoliu em seco, decidindo que ele 
parecia um pouco bravo. 
16 
 
— Desculpe. Eu não quis insultar você. Eu nunca… — Cala a boca, ordenou ao seu 
cérebro. Estava cavando um buraco e sabia disso. — Eu não quis te desrespeitar nem nada 
assim. Você me assusta, ok? Eu nunca vi um Nova Espécie antes de hoje e você tem que 
admitir que é mesmo bem intimidante. O cara na portaria que me deixou entrar na Reserva 
parecia muito um humano. Você não. Se fosse menor ajudaria, mas é enorme, todo 
musculoso e eu sei o quanto poderia me machucar se quisesse. Provavelmente estou 
falando pelos cotovelos, mas pare de me olhar desse jeito porque está me assustando de 
novo. Eu tenho um metro e sessenta e dois e peso cinquenta e nove quilos. Você tem o que? 
Um e noventa e três ou um e noventa e cinco e... — Seu olhar o percorreu. — Uns noventa 
quilos? 
— Tenho um metro e noventa e oito e cento e dezoito quilos. 
— Enorme. — resumiu. — Bem maior do que eu e não se aproximou de mim muito 
educadamente para informar que eu estava no lugar errado. Você rugiu para mim, me olhou 
com ódio e me assustou mais do que já fiquei na minha vida inteira. Eu nunca fico calada. 
Nunca. Pergunte a qualquer pessoa. Você me aterrorizou tanto que esqueci de respirar por 
alguns momentos ali e não poderia ter falado nem para salvar minha vida. Eu tentei muito 
falar. 
Os lábios de Valiant se curvaram e a raiva se dissipou dos seus olhos. 
— Você nunca fica calada, é? 
Ela sacudiu a cabeça. 
— Nunca. Escuto isso desde que tenho uns cinco anos mais ou menos, que consigo 
tagarelar até a morte de qualquer um. Minha família vivia me dizendo que o pior erro que 
cometeram foi me ensinar a falar, e se pudessem voltar no tempo, teriam me ensinado a 
linguagem dos sinais, assim só teriam que fechar os olhos para me calar. 
O homem cruzou os braços sobre o amplo peito. Ele sorriu, mostrando aqueles 
dentes. 
— Você é mesmo adorável e eu gosto do som da sua voz. Tem uma voz muito bonita. 
Venha aqui. 
Tammy o olhou com raiva. 
— De jeito nenhum. Você fica aí e eu estou bem feliz exatamente onde estou. 
— Venha cá. — ele ordenou outra vez. 
Ela cruzou os braços do mesmo jeito que ele havia feito e arqueou a sobrancelha. 
— Não. Eu quero ir embora agora. 
Ele soltou os braços e suspirou. 
— Eu não vou machucar você. Lembre-se disso. 
Oh merda. Tammy ficou tensa. Tinha certeza que não iria gostar do que quer que ele 
planeje fazer. Ele ao menos lhe avisou antes de se mover, rodeando a cama rapidamente. 
Ela pulou em cima do colchão, caiu de quatro e começou a engatinhar para atravessá-lo já 
que não tinha mais para onde ir. 
17 
 
Uma mão de repente agarrou o seu tornozelo, deu um puxão forte o bastante para 
derrubá-la de barriga, e a girou de costas. No piscar de um olho, Valiant se agachou por cima 
dela até que só centímetros separassem seus corpos. Ele não colocou nenhum peso em cima 
dela, mas estava presa entre seus braços e pernasna cama. Seu olhar se prendeu ao dela. 
— Vamos tentar uma coisa. 
— Não. — Seu coração martelava. Ela não tentou tocá-lo para afastá-lo mesmo que 
quisesse empurrar seu peito. Medo a envolveu. — Por favor? 
Ele sorriu. 
— Eu insisto. 
Olhou os dentes afiados e engoliu o bolo que se formou na garganta. 
— É. Você fica bem assustador quando mostra seus... é... dentes. Eles parecem bem 
afiados. 
Ele não ficou com raiva. De fato, suas palavras pareciam diverti-lo imensamente. 
— São para te comer melhor. — provocou baixinho. 
O coração de Tammy deu um salto dentro do peito. 
— Essa é uma péssima brincadeira, certo? Por favor, me diga que só está brincando. 
— Eu não sou um lobo. 
— E eu não estou de vermelho. 
— Eu ainda quero comer você. 
Ficou chocada com sua sinceridade, e percebeu que nenhum homem tinha falado 
com ela assim antes. Ele não a atacou, mas ao invés disso parecia feliz só em olhar nos seus 
olhos. Ficou um pouco mais calma. 
— Eu nunca pensei que diria isso, mas é melhor que esteja falando no duplo sentido 
comigo. 
Ele riu. 
— Estou. 
— Bom. — Ela corou, percebendo o que tinha falado. — Quer dizer, nada bom. Mau. 
Sabe que isso é uma coisa totalmente imprópria de se dizer para uma estranha, certo? 
Seu sorriso cresceu quando ele mostrou mais dentes. 
— Me beije. 
Estudou sua boca com cautela. 
— Sem chance. 
— Não vai se machucar. 
Ela hesitou e mordeu o lábio inferior por alguns segundos. Estava estranhamente 
atraída pelo cara. Ele a agarrou e matou de medo, mas não estava fazendo nada além de 
prendê-la no colchão. Já teria rasgado suas roupas e a estuprado se fosse uma pessoa 
desprezível. De fato apreciava o seu senso de humor. 
18 
 
Eles se olharam. Os olhos dele provavelmente eram os mais bonitos que já tinha 
visto. De perto podia ver que suas pupilas eram levemente ovais ao invés de redondas, 
lembrando-a de um gato que teve. Definitivamente não eram humanas, mas estranhamente 
sexy. Seu olhar foi delas até os lábios. 
Lábios grossos e masculinos que ela achava atraentes por alguma estranha razão. 
Como seria beijá-lo? Estava tentada a descobrir. Quais eram as chances de estar numa 
situação daquelas outra vez? Realmente esperava que a resposta fosse nunca. Talvez. Pense, 
maldição. Não pode estar realmente considerando isso! É loucura. 
— Eu não conheço você. — Teve orgulho de dizer isso. 
— É um bom jeito de me conhecer. 
— A maioria dos homens levam as mulheres para jantar ou para o cinema antes de 
tentarem avançar para a primeira base. 
— Primeira base? — Ele arqueou uma sobrancelha. 
— É um modo de dizer que significa beijar alguém. É uma analogia de beisebol. 
Primeira base é beijar. 
— Existe uma segunda base? 
— Isso é tocar da cintura para cima. 
— Terceira base? 
— É fazer um pouco mais, o que inclui tocar partes sexuais do corpo da cintura para 
baixo, normalmente por cima das roupas, mas há exceções tipo apalpar de leve debaixo da 
roupa. 
Não conseguia acreditar que estava tendo aquela conversa com um Nova Espécie, 
mas ele parecia genuinamente curioso e ela estava falando pelos cotovelos, mais do que 
ciente que deveria se calar, mas o nervosismo sempre fazia sua boca enlouquecer. 
— Quarta base? 
— Não. Só três bases e depois disso vem o Home run1. 
— E o que acontece nele? 
— Tudo. Tudo mesmo. 
Ele riu. 
— Nesse caso, eu quero um Home run. 
— Não. 
Deu uma risada. 
— Me beije, Tammy. Ao menos, me dê uma chance de te mostrar que não vou 
machucá-la de modo algum. Prometo que você vai gostar do que quero fazer tanto quanto 
eu. 
 
1 Beisebol: rebatida na qual o rebatedor é capaz de circular todas as bases, terminando na casa base. 
 
19 
 
— Eu não beijo estranhos. — Mas você está me tentando a violar essa regra. 
Empurrou aquele pensamento, tentando se concentrar nas razões para não beijá-lo. Ele é 
um Nova Espécie. Assustador. Grande. É. Matemática lembra? E tinha achado que nunca lhe 
serviria de nada no ensino médio enquanto sofria naquelas aulas tediosas. 
Ele piscou algumas vezes e seu sorriso apagou. 
— Nós realmente vamos nos conhecer. Me beije. Estou morrendo para sentir o seu 
gosto. 
Ela estava tentada. Admitia estar mais do que um pouco curiosa sobre que tipo de 
beijo ele teria e se alguém tão intimidador poderia ser apaixonado na mesma proporção. 
Não beijava um homem a mais ou menos um ano, não desde que o seu último namorado 
havia partido seu coração lhe traindo. Debatia se deveria deixar Valiant beijá-la ou não 
quando ele abaixou o rosto alguns centímetros até seus lábios quase se encostarem. 
Respirou de forma trêmula sabendo que ele não lhe daria escolha. 
— Feche os olhos e não tenha medo de mim. — ordenou Valiant em um sussurro 
rouco e grosso. — Relaxe. Não vou machucar você. 
Relaxar? Era piada? Ele era enorme e a tinha presa na cama mesmo que não a 
tocasse. Ops! Pensou quando seus lábios roçaram os dela. Está me tocando agora. Ficou um 
pouco tensa e estendeu a mão para colocar as palmas no peito dele. Ele era quente e sua 
pele parecia macia, mas tão morna que parecia que estava com febre. 
Seus lábios foram gentis quando usou a boca para abrir a dela. Não lutou, mas ao 
invés disso forçou seu corpo a relaxar. Espero que os dentes dele não machuquem a minha 
boca. Esse foi o ultimo pensamento que teve quando sua língua a invadiu. Não a beijava do 
modo que já fora beijada e ela não tinha pouca experiência nesse departamento. Namorou 
muito na época do colégio quando beijar garotos foi um ótimo passatempo, contanto que 
não se transformassem em polvos — cheios de mãos e apalpação. Não era esse tipo de 
garota na escola, colocando uma linha bem firme entre aquilo e ir além com os garotos. 
Valiant devorou sua boca. A língua explorava cada centímetro, esfregando de forma 
erótica na dela e varrendo o céu da boca, o que fez uma leve cócega. Seus lábios eram 
firmes sobre os dela, abrindo mais a sua boca para que tomasse posse. 
Quando ele rugiu baixo ela pôde sentir as vibrações em suas palmas e até em sua 
língua. Foi um choque ver que aquilo a excitou e seu corpo respondeu instantaneamente 
quando retribuiu o beijo. 
A mão dele agarrou sua camisa, levantou-a e repentinamente roçou seu estômago. 
Os dedos calejados exploraram sua pele. A sensação era loucamente boa. Ela gemeu dentro 
da boca dele e a mão subiu para acariciar seu seio. 
Ele também não foi gentil. A mão era firme ao apertar seu seio sensível e mesmo por 
baixo do tecido fino do sutiã, ela conseguiu sentir a textura áspera da mão por cima do 
mamilo. Este reagiu imediatamente, endurecendo, e o bico ficou ereto. Tammy ouviu 
alguém gemer em voz alta, só para perceber de novo que o som saiu dela. 
A boca na dela se afastou e deixou Tammy sem fôlego. Seus olhos se abriram para 
ver Valiant observá-la, uma expressão intensa em suas belas, mas estranhas feições. A mão 
dele ainda segurava seu seio direito e ele esfregava o polegar calejado no mamilo. Seu seio 
parecia ter ficado bem pesado e o mamilo tão duro que imaginava se poderia de fato se 
20 
 
partir. Tammy arqueou o peito contra a mão, sem querer, mas o fez. Podia sentir um calor se 
acumulando entre as coxas e seu estômago estremecer. Estava altamente excitada e seu 
corpo começou a latejar. 
Ele aproximou o corpo mais do dela. 
— Só um gostinho. — rugiu. 
Era um tom baixo, mais profundo, que fez o peito dele vibrar de novo contra as suas 
mãos. Ele levantou sua camisa até ficar amontoada no topo dos seus seios para expor 
completamente o sutiã. Ele o olhou antes de soltar o seio. Seu dedo deslizou debaixo do 
meio do sutiã em uma leve carícia até que houve um puxão. 
Ela baixou os olhos e percebeu que, de algum modo, ele cortou o sutiã na parte da 
frente, com uma de suas unhas. O tecido estava afastado dos seios, expondo-os para os 
olhos dele. Os dois mamilos eram picos rijos, a pele sensível, e ela não sentiu vergonha. 
Sabia que deveria tentar cobri-los, mas nãocobriu. 
— Lindos e você tem tanto para alguém tão pequena. — ele urrou suavemente antes 
de abaixar a cabeça. 
— Aposto que se eu lambê-los vão ter um gosto tão bom quanto o que aparentam. 
Tammy fechou os olhos quando sua respiração soprou pelo seu seio. Ele abriu a boca 
e tocou o mamilo com a língua. Ela fez um som de surpresa porque a textura dela era macia, 
mas áspera ao mesmo tempo, a sensação única, enviando mais calor entre suas pernas. Seu 
nível de excitação ficou quase insuportável. Ofegou quando a boca se fechou ao redor do 
seio. 
Sua língua áspera se moveu, deslizando rapidamente de um lado para outro do 
mamilo. Ela gemeu, levando o seio para sua boca. Pôde imaginar instantaneamente o que 
aquela língua poderia fazer se ele a usasse em outras partes do seu corpo. Os dentes 
raspavam gentilmente sua pele acima e abaixo do mamilo, e em resposta, seus dedos se 
enterraram na pele, agarrando-se a ele. 
Sabia que deveria afastá-lo, mas não o fez. Ao invés disso, curvou os dedos em volta 
dos topos dos seus ombros, encorajando-o. Ele rugiu de novo, vibrou contra ela, e outro 
gemido saiu dos seus lábios. O cara lembrava a ela um enorme vibrador em seu seio e o jeito 
que a língua deslizava pelo mamilo era intensamente prazeroso. Ofegou quando ele rodeou 
seu mamilo com a língua e começou a sugá-la. O estômago apertou com força e a dor entre 
suas coxas começou a gritar de vontade. 
Sua mão no estômago desceu e houve um puxão na sua cintura. Não conseguiu 
pensar de fato sobre aquilo. Concentrar-se em algo além do que ele estava fazendo era 
difícil demais com Valiant brincando com seu seio. Ela mal registrou o fato de que algo 
puxava sua calça até ele liberar o seio. Seus olhos se abriram de novo. 
— Erga o quadril. 
Meu quadril? Ela o olhou confusa. 
— O que? 
Ele sorriu. Sua boca desceu e capturou o outro seio. Um gemido rasgou sua garganta. 
Ele não provocava seu seio, ele o sugava com a boca, usando a língua e os dentes. A 
habilidade de pensar saiu voando quando ele aumentou a sucção e os chupões fortes em 
21 
 
seu seio faziam seu clitóris pulsar como se estivessem conectados. Uma das mãos dele 
deslizou pelas suas costas quando ela arqueou da cama para se pressionar mais em sua 
boca. A mão desceu, apalpou seu traseiro e apertou. 
Foi aí que ela percebeu que a mão dele estava na pele nua. Seus olhos se abriram 
quando tentou afastá-lo. A boca dele soltou o seio e seus olhares se encontraram. Ela se 
retorceu, tentando ver além do corpo dele e percebeu que de algum modo ele havia aberto 
sua calça e descido a mesma até seus joelhos. Sua calcinha também estava lá em baixo, 
enrolada com a calça. Tammy ficou de queixo caído. 
— Eu nem percebi. Como desceu a minha calça sem que eu percebesse? 
Ele riu. 
— É tudo o que tem a dizer? 
Valiant tentava manter o controle do seu desejo. A queria tanto que a dor era física. 
Provavelmente gritaria se ele tirasse a calça dela, considerando que parecia preocupada com 
o tamanho do seu pênis. A diferença de tamanho entre eles poderia ser um problema, mas 
as mulheres eram feitas para dilatarem ao dar à luz. Poderia conseguir se fosse gentil, 
cuidadoso, e fosse devagar o bastante para que se ajustasse a ele. 
Ela é humana. Ele apertou os dentes, mas finalmente relaxou. Não importava que 
nunca tivesse acreditado que ficaria atraído por uma humana ou que tivesse achado que 
outros machos de sua espécie eram idiotas em querê-las, porque tudo isso deixou de ser 
verdade. Desejava e precisava daquela. 
Inalou o seu maravilhoso e sexy cheiro, e conteve um rosnado. Ela admitiu que o som 
a assustava. Mulheres das Espécies saberiam que ele fazia isso porque estava excitado, mas 
Tammy não era de seu povo. Ela não ficaria excitada se ele não controlasse seus instintos 
animais. Tinha sido difícil de fazer, mas por ela, lutaria com todas as forças para manter o 
controle. 
Teve que respirar algumas vezes para se acalmar. Resistiu à vontade de rasgar as 
roupas do seu corpo, abrir suas pernas e enterrar o rosto no meio daquelas coxas pálidas e 
sensuais dela. O cheiro de sua excitação o fazia ansiar em enterrar a língua fundo em sua 
fonte. Lutava para pensar, mas era difícil quando uma imagem de como seria provar o seu 
desejo, conhecer a profundidade morna da sua doce vagina, e saber que ela daria mais 
daqueles gemidos se a fodesse com a boca. 
Seu pau endureceu até ele imaginar se o tecido do jeans se rasgaria para que saísse 
de seu confinamento. Seu eixo inchou a um doloroso tamanho só de pensar onde sua língua 
queria ir — dentro dela. Contudo, medo esfriou o seu sangue. 
Ela não era uma Espécie. Não podia simplesmente lhe dar um orgasmo, virá-la, 
levantar o seu traseiro no ar e estocar nela até gozar. A machucaria. 
Valiant fitou seus belos olhos. O azul deles o lembrava do oceano. Nunca viu 
pessoalmente, mas assistiu vários DVDs sobre o Havaí. Era apenas um dos lugares que viu na 
televisão que nunca pôde visitar. 
Primeiro foi confinado em prisões de concreto, e mais tarde no quente e miserável 
deserto em um motel horrível com nada além de milhas e milhas de vazio. A Reserva tinha 
22 
 
sido adquirida para fornecer uma locação melhor e permanente para as Espécies e agora ele 
tinha árvores, céu azul e um lar. Dele. Algo que lhe pertencia. 
Ela piscou e inspirou profundamente, seus seios se ergueram quando inalou, e ele 
percebeu que havia algo mais que queria que pertencesse a ele — ela. Poderia feliz fitar 
aqueles olhos todos os dias. Tê-la deitada nua em sua cama seria uma alegria. O cheiro dela 
era algo em que facilmente poderia se viciar. Tudo nela o atraía, encantava, e não iria 
permitir que escapasse por entre os dedos. 
Só iria precisar deixá-la viciada nele e convencê-la de que seu lugar era em sua vida. 
Tinha desejado uma companheira, mas imaginava que ela seria Espécie. Dispensou aquela 
fantasia mentalmente. Nenhuma delas o afetou do jeito que a pequena humana debaixo 
dele. Tinham lhe negado muito em sua vida, mas ela ele teria. 
Minha! Completamente minha. Não vou desistir dela. Nunca. 
 
Capítulo 3 
 
— Saia de cima de mim. 
Valiant sacudiu a cabeça. 
— Chute a calça e abra as coxas para mim. Quero tocar você. 
Pânico envolveu Tammy. O cara praticamente conseguiu despi-la e nem percebeu o 
que tinha feito. Queria beijá-lo, admitia isso, mas agora sua calça e calcinha estavam em 
volta dos joelhos, a maior parte do seu corpo exposto e tinha que parar o que estava 
acontecendo. Não poderia transar com um estranho e especialmente com um tão 
assustador quanto Valiant. 
— Vá para o inferno. Saia de cima de mim e levante a minha calça. 
Ele negou com a cabeça e de um salto desceu da cama. Aterrissou graciosamente em 
pé com as coxas abertas o bastante para permitir que suas pernas ficassem no meio delas. 
Sorriu enquanto varria seu corpo com o olhar. O desejo se mostrava claramente enquanto 
examinava cada centímetro exposto. 
Ela ofegou, tentando abaixar a camisa por cima dos seios nus com uma mão 
enquanto tentava freneticamente subir a calça com a outra. Que merda! Como isso 
aconteceu? Estava completamente exposta ao cara. 
Ele agarrou sua calça com ambas as mãos e tirou de seu frenético agarre, puxou-a 
pelas pernas e a jogou no chão. Chocada e zangada, Tammy o olhou, mas ele pulou sobre ela 
novamente. Apoiou-se nos braços, estilo flexão, as pernas ainda abertas, e seu corpo pairou 
sobre o dela. Não a tocou. Centímetros separavam seus corpos enquanto se olhavam nos 
olhos. 
— Abra essas pernas para mim linda. Vou tocar você. — Sua voz saiu brusca, rouca e 
grossa. 
Ela prendeu as coxas uma na outra e o empurrou pelo peito novamente. Ele ficava 
com a voz sexy quando estava excitado, mas não podia permitir que transasse com ela. 
Precisava se lembrar que não transava com estranhos, não importando o quanto desejasse, 
23 
 
ou o quanto ansiava pelo seu toque. Novas Espécies. Parte animal. Completamente errado. 
OK. Lembre-se disso. O empurrou outra vez. 
Ele nãose movia e parecia realmente se divertir com o fato dela tentar empurrá-lo. 
Tentou ignorar como era sexy com aqueles olhos exóticos e músculos imensos, segurando 
seu peso. Tinha vontade de acariciar cada pedacinho do corpo incrível dele até onde seus 
dedos pudessem alcançar. 
— Isso não vai acontecer, Valiant. — Dizer seu nome soava estranho vindo dos seus 
lábios, mas ela conseguiu falar. — Você disse que eu estou ovulando, certo? Consegue 
mesmo sentir o cheiro? De verdade? 
Ele riu e assentiu. 
— Posso cheirar. É por isso que estou tão excitado. Sabe o quanto vai ficar quente e 
molhada para mim com seu corpo no cio? Não se sente mais excitada quando está 
ovulando? 
Engoliu em seco. 
— Não. Meus dedos estavam um pouco inchados esta manhã, mas foi só isso. Nem 
saberia que essa é a razão se não tivesse me dito. Pigarreou. — Não vou transar com você. 
Não o conheço e não faço isso com estranhos. 
— Abra suas coxas e farei com que mude de ideia. 
Ela olhou em seus lindos olhos. Sabia como ele beijava e como a fazia se sentir 
quando a tocava. Ninguém nunca a tentou tanto e seu corpo reagiu a ele como nunca fez 
com outro homem. Ainda se sentia dolorida nos seios e entre as pernas. 
— Abra as pernas. — rosnou baixinho. — Quero tanto sentir o seu gosto que estou 
tentando não babar de vontade. 
Ele baba? Isso com certeza NÃO é sexy. É. Concentre-se nisso. Ela franziu o cenho e 
empurrou a pele quente do peito dele mais uma vez, mas ele nem se mexeu. Ele mudou seu 
peso, baixando pelo seu corpo e suas pernas deslizaram um pouco para fora da cama, então 
ao invés de pairar sobre o seu rosto, ele hesitou sobre o seu estômago. O olhar deixou o dela 
para olhar fixamente suas coxas. Um suave rugido saiu do fundo da garganta. 
— Abra para mim. Eu preciso pelo menos disso. Seu cheiro me chama com tanta 
força que dói. Me deixe lambê-la até que goze gritando por mim. Me deixe desfrutar do seu 
creme. — Ronronou. De repente a cabeça se ergueu até que aqueles olhos de gato se 
prenderam aos assustados dela. — Eu adoro creme. — Ele lambeu os lábios devagar. 
Seu corpo latejava. Droga, ele não jogava limpo. O corpo traidor respondeu com toda 
a força às suas palavras quando imagens mentais dele entre as suas coxas explodiram em 
seu cérebro. Mordeu o lábio com força antes de soltar um palavrão baixinho, perdendo a 
batalha para o desejo e sabendo que jamais venceria. 
— Não posso acreditar. Isso nunca aconteceu, ok? Eu enlouqueci, mas estou 
desejando você. 
Ela destravou os joelhos e sentiu que as bochechas esquentaram de vergonha. 
Deixou alguns homens ficarem sobre ela e embora não fosse tão ruim, não desfrutou. Jurou 
que não transaria de novo, a não ser que estivesse bêbada ou com alguém que realmente 
importasse. Não transava com estranhos, mas não previu uma situação dessas. 
24 
 
Ela abriu as pernas um pouco e observou a cabeça de Valiant descer. Outro rugido 
ressoou em sua garganta, esse forte e um pouco assustador. Ela agarrou o cabelo grosso 
dele, segurando a cabeça até que encontrasse seu olhar. 
— Não me morda. Não vai fazer isso, né? Quero ter certeza que estamos na mesma 
onda e você precisa ter cuidado com esses seus dentes de vampiro. Não gosta de sangue, 
gosta? 
De repente, ele deu um sorriso. 
— Sei o que estou fazendo e não haverá nenhuma dor. Não vou te morder. 
Ela soltou sua juba, envergonhada enquanto abria as pernas um pouco mais, e 
tentava não ficar tensa. Olhou para baixo quando a cama se mexeu para ver que Valiant 
deslizou completamente se ajoelhando próximo a ela. 
Mãos grandes e fortes agarraram seu quadril, puxando seu traseiro para a beira do 
colchão e agarrando os joelhos, colocando-a gentilmente na posição que queria, que era 
com os tornozelos na beira da cama e as pernas bem abertas. Com o olhar fixo na sua vagina 
completamente exposta, um ronronar saiu dele e ela desviou os olhos para fitar o teto 
enquanto os dedos se enterravam no edredom. Não tinha certeza alguma sobre o que 
estava fazendo. 
— Não tem pelo nenhum. — Ele soou surpreso. 
Ela se perguntou se era possível morrer de vergonha. 
— Eu depilo. Ou comece logo ou me deixe ir embora. Nem posso acreditar que 
concordei com isso porque é totalmente insa... 
Ofegou ao invés de terminar a frase quando Valiant empurrou seus joelhos para abri-
los ainda mais. O cara tinha ombros largos e seu cabelo caiu em seu estômago quando se 
inclinou em cima dela até que não pudesse deixar de sentir o fôlego quente soprando em 
seu sexo exposto. Suas mãos eram gentis quando ele abriu seus grandes lábios para expor 
ainda mais à sua vista. Outro ronronar alto saiu dele e a língua quente encostou em seu 
clitóris. 
Seus dedos agarraram a roupa de cama quando ele começou a lambê-la em carícias 
longas e rápidas. O prazer foi instantâneo e intenso. A língua de Valiant era áspera e 
conseguia mexê-la de formas que ela nunca pensou ser possível enquanto provocava e 
circulava o ponto exato que enviava uma cascata de prazer pelo seu corpo. 
Ela ficou totalmente tensa, as costas arqueadas, e teria juntado as pernas com força 
para parar aquela sensação tão poderosa, mas os ombros dele a mantinham aberta e imóvel 
e suas mãos separaram seus grandes lábios para expor o clitóris para ele. A manteve deitada 
quando seu quadril começou a se ergueu do colchão. 
O clímax rasgou Tammy brutalmente ao meio e ela gritou. Estava chocada por ter 
gozado tão rápido. Seus olhos estavam fechados enquanto descia flutuando pela euforia e 
tentava acalmar sua respiração entrecortada. Ouviu Valiant ofegando mais do que ela e 
arfou quando sentiu, de repente, a língua na abertura de sua boceta. Ele grunhiu, vibrando 
contra ela, e língua grossa penetrou o seu corpo enquanto separava as paredes de sua 
vagina. Os músculos ainda estavam se contraindo nas últimas ondas de seu orgasmo quando 
25 
 
as mãos dele deslizaram debaixo de sua bunda, levantando-a uns centímetros da cama para 
lhe dar uma penetração mais profunda. 
— Oh Deus! — gemeu. 
Ele grunhiu forte em resposta e sua língua se movia dentro dela, dentro e fora, antes 
de se retirar completamente. Ela se forçou a abrir os olhos e fitou em choque quando ele se 
inclinou sobre ela. Ele tinha uma expressão selvagem nos olhos incríveis quando se fixou em 
seu seio, se inclinou e fechou a boca sobre um bico e chupou freneticamente. Fez com que 
gritasse outra vez com a nova e maravilhosa sensação. Algo grosso e duro cutucou sua 
vagina. Ela ofegou quando o pênis dele começou a pressioná-la onde sua língua tinha 
acabado de estar. 
Era incrivelmente duro e grosso. Abaixou-se sobre ela e seu corpo a cobriu com peso 
suficiente somente para mantê-la onde ele a queria. Seus músculos se estiraram para 
acomodar o tamanho dele. Penetrou-a lentamente, permitindo que seu corpo se ajustasse 
ao pênis, e ela agarrou sua cabeça, enfiando os dedos nos grossos cabelos para ter onde se 
segurar. Prazer e quase dor a dominaram enquanto ele afundava nela. Experimentou uma 
onda de pânico quando entrou ainda mais. 
— Pare! 
Ele congelou e a boca deixou seu seio. Tinha uma expressão definitivamente 
selvagem naqueles olhos exóticos. A pura necessidade de seu desejo claramente marcada 
pela forte tensão em suas feições. 
— Não me faça parar. — Sua voz era tão rouca e grossa que não parecia humana. — 
Preciso de você. 
— É muito grande. — Estava com medo. 
— Vou nos virar, ok? Você vai ficar por cima e tomar de mim o quanto puder. Não 
quero te machucar. 
Ele rodou, mostrando sua força imensa. Em um segundo Tammy estava debaixo dele, 
no outro, montada em seu colo. Agarrou-a pelos quadris, para não penetrá-la mais fundo e 
esperou até que ela apoiasse os joelhos em ambos os lados de seus quadris antes de soltá-
la. Envolveu uma das mãos em sua cintura, para mantê-la no lugar, e deslizou a outra por 
baixo dela para massagear o clitóris. Ela Jogou a cabeça para trás e desceu um pouco mais. 
Seu pênis era realmente grosso. Passou muito tempo desde que teve relações 
sexuais.Ela subiu e o prazer de senti-lo dentro dela arrancou um gemido dos seus lábios. Ele 
era impiedoso com os dedos enquanto brincava com o grupo de nervos sensíveis, fazendo-a 
ofegar. Moveu-se para cima e para baixo, tomando tanto dele quanto seu corpo desejava. 
A sensação de ser estirada, preenchida, de felicidade pura, a chocaram porque era a 
melhor coisa que já experimentou. Podia sentir cada pedacinho extremamente duro do seu 
membro dentro dela e, combinado com o que seus dedos estavam fazendo, precisava gozar 
outra vez. 
Cavalgou-o freneticamente, tomando o pênis um pouco mais profundo cada vez que 
descia os quadris. Gemidos escaparam de sua garganta enquanto seu corpo parecia arder 
em chamas. O homem debaixo dela grunhia e rosnava, fazendo ruídos que ela normalmente 
acharia amedrontadores, mas ao contrário, só aumentavam sua paixão. Seu corpo ficou 
26 
 
tenso, sacudiu, e gritou quando gozou novamente com força, seus músculos vaginais 
apertando o grosso membro enquanto seu corpo se sacudia violentamente pela intensidade 
do orgasmo. 
Valiant rugiu enquanto gozava e ela nem se assustou com o som. O pênis duro como 
aço estava enterrado bem fundo dentro dela e seus quadris se sacudiram debaixo de seu 
corpo enquanto um líquido quente se espalhou pela vagina conforme ele continuava 
gozando. Ela desmoronou em seu peito largo. 
Os dois estavam sem fôlego. Uma das mãos dele agarrou seu quadril e a outra 
deslizou pelas suas costas até se fechar sobre seu cabelo. Não machucava, mas forçou a 
cabeça dela até que não teve escolha a não ser encontrar seu olhar. Os olhos dourados 
pareciam absolutamente lindos depois do sexo. Ele sorria, mostrando os dentes afiados, e a 
mão que estava em seu quadril envolveu sua bunda com gentileza. 
— Vou ficar com você para sempre. 
Ela o olhou chocada. 
— O quê? 
— Decidi que vou ficar com você para sempre. Você é minha. 
Ele era bom em deixa-la sem palavras. Tammy o fitou e ficou totalmente muda. Ele 
quer ficar comigo? Para sempre? Sério? Ele acha que sou uma mascote? Ela não estava certa 
de como entender suas palavras ou do significado exato delas. Eu sou dele? Ele decidiu? Nem 
sabia por onde começar ou o que pensar quando ele fazia essas declarações primitivas. 
O sorriso morreu em seus lábios quando ele ficou tenso de repente debaixo dela, seu 
corpo enorme parecendo se transformar em pedra. Tammy ofegou quando ele os rolou e 
lentamente retirou seu membro ainda ereto de seu corpo. Deu a ela um último olhar 
apaixonado antes de rolar e sair da cama. 
— Estão vindo atrás de você, mas não vou permitir que ninguém a tire de mim. 
Quem está vindo atrás de mim? Tammy se sentou na cama. Percebeu que a camiseta 
estava enrolada por cima dos seios, e seu sutiã cortado estava debaixo dos braços. Viu 
quando ele rapidamente vestiu a calça, rosnando e praguejando baixinho o tempo inteiro. 
Retirou o sutiã destruído e baixou a camiseta enquanto saía da cama para o lado dela. 
Observou Valiant cuidadosamente. Sua expressão era assustadora quando se virou 
para encará-la. Não o conhecia há muito tempo, mas conseguia identificar raiva quando a 
via. 
— Fique dentro deste quarto enquanto lido com eles. Ninguém vai levar você 
embora. É minha agora. 
De boca aberta, o viu colocar a camiseta e fechar a calça jeans enquanto andava pelo 
quarto como um animal enjaulado. Um leão. Era com o que se parecia. Só que aqui não 
havia barra alguma entre eles. O que foi que eu fiz? Ah, sim. Transei com um homem-leão. 
Sexo quente, escandaloso, gozei-tanto-que-acho-que-me-machuquei. E ele ia ferir alguém ou 
se ferir para ficar com ela. 
Tammy recuou, pisou em alguma coisa e olhou para o chão. Sua calça se encontrava 
ao lado dos seus pés. Seus sapatos também estavam lá. Nem se lembrava deles sendo 
retirados, mas eram apenas sapatilhas, então deslizaram quando ele arrancou suas calças. 
27 
 
Valiant foi até a janela, olhou para fora e rosnou ferozmente. 
— Seis deles estão se aproximando. — Bufou. — Acreditam que precisarão apenas de 
seis machos da Espécie. É um insulto. Não vou demorar muito, delícia. Por que não volta 
para a cama e me espera? Prepararei algo para comer antes de voltar. Você é pequena e 
quero alimentá-la. Vou cuidar muito bem de você e vai querer ficar comigo. 
Tammy olhou para um abajur próximo, sua mente trabalhando desesperadamente 
para impedir o que temia que poderia acontecer. Valiant era um cara grandão, feroz, e não 
queria que as Novas Espécies que vinham salvá-la, o ferissem ou o matassem. Ele lutaria 
contra eles para mantê-la em seu quarto. Ela viu uma saída em cima do criado-mudo onde o 
abajur estava ligado a uma tomada. Voltou sua atenção para ele, notou que ainda estava de 
costas para ela enquanto observava pela janela, e outro rugido saiu dos seus lábios. 
— Baterei neles até irem embora chorando antes que a levem de mim. Tentarei 
assustá-los primeiro, mas não permitirei que a levem Tammy. Farei o que for preciso para 
impedir. 
Ela não seria capaz de viver se eles o matassem. Tammy se abaixou e puxou o fio da 
tomada. Seu olhar fixo em Valiant para garantir que não se virasse e notasse seus 
movimentos. Agarrou o abajur com a mão tremula, hesitou, e percebeu que o machucaria 
menos do que uma bala. Não podia permitir que isso acontecesse. Andou um pouco, mas 
não se virou, concentrado demais no que via pela janela. 
— Idiotas. — Ele rugiu, se inclinou um pouco para frente, e as mãos seguraram o 
peitoril da janela com força suficiente para fazer a madeira ranger. — Quero que fique 
dentro do quarto. Não deve demorar mais do que cinco minutos. Se não forem embora, eu 
vou... 
Tammy bateu o abajur com força na parte de trás de sua cabeça. A base de vidro 
despedaçou e os cacos caíram pelas costas de Valiant até o chão. Ele grunhiu e se virou para 
encará-la. Oh, estou ferrada! Não bati com força suficiente. Poderia ter batido com mais 
força, mas ficou com medo de machucá-lo muito severamente. Ele parecia completamente 
chocado enquanto a fitava conforme se erguia, mas então seus olhos rolaram e seu corpo 
vacilou antes de desmoronar no carpete. 
Ela instantaneamente jogou o abajur de lado e se ajoelhou ao seu lado. Checou o 
pulso de Valiant, encontrou-o firme e forte, e passou os dedos pelo seu cabelo, onde havia 
batido. Podia sentir um leve galo se formando, mas não havia sangue. O peito dele subia e 
descia facilmente quando ela se levantou, certa de que não ficaria inconsciente por muito 
tempo. Precisava ir embora antes que acordasse. Tinha absoluta certeza de que ficaria irado 
por tê-lo apagado. 
— Puta que pariu. — Suas mãos sacudiam quando terminou de se vestir e de enfiar 
os pés nas sapatilhas às pressas. Enfiou o sutiã rasgado dentro da calça, sem querer deixa-lo 
para trás, mas desejando mantê-lo oculto quando saísse da casa. Um olhar para Valiant 
mostrou que ele permanecia deitado de lado no chão. Deu um passo mais perto, hesitou em 
deixá-lo, e uma pontada de arrependimento a inundou. Talvez devesse ficar e... Não! O que 
estou pensando? Ele quer me manter aqui para sempre e nós somos estranhos. Isso seria 
loucura! Saiu correndo. 
Ele tinha trancado a porta do quarto e ela teve que destrancá-la para sair. Olhou pelo 
corredor para algumas portas fechadas, mas a escada era visível. Correu até ela. Quando 
28 
 
Valiant acordasse sabia que ficaria muito irritado. Bateu nele com seu próprio abajur e o 
apagou completamente. Duvidava que entenderia que fez isso para garantir que não se 
ferisse e não queria ficar por perto para descobrir se conseguiria ou não argumentar com 
ele. 
Bateu a porta atrás dela e caminhou rapidamente pelo caminho que levava ao 
portão. Cruzou os braços para esconder o fato de que estava sem sutiã. Esperava que 
ninguém notasse já que não queria ter que explicar. Avistou sua van, quatro Jipes e a outra 
caminhonete do bufê estacionados do outro lado da cerca. Homens já tinham entrado no 
pátio pelo portão. 
Eles eram Novas Espécies. Todos usavam uniformespretos com emblemas em 
branco do ONE no peito e carregavam armas de verdade juntamente com o que assumia 
serem armas que disparavam tranquilizantes. Tinha visto alguns dos oficiais Novas Espécies 
de longe no portão de entrada quando chegou na Reserva. Um muro de nove metros 
protegia os limites do lugar e homens com aqueles mesmos uniformes patrulhavam do topo 
da muralha. Os que estavam no pátio de Valiant pararam. 
— Oi. — Tammy não olhou para os seus rostos, mantendo os olhos em outra direção. 
— Estou bem. — Caminhou mais rápido em direção ao portão e em volta dos homens que 
permaneceram bloqueando seu caminho. 
— Tammy! — Ted veio correndo. — Você está bem? 
Ela continuou andando e quase passou por cima de um dos oficiais ONE, mas ele saiu 
da frente pulando. 
— Estou bem, Ted. Estou indo para casa. Tive um dia estressante, mas estou bem 
mesmo. Nós conversamos e ele me deixou ir embora. Problema resolvido. — Mentiu 
descaradamente. 
Um homem entrou no seu caminho quando ela passou pelo portão aberto na direção 
de onde os veículos estavam estacionados. 
— Você está bem? 
Ela reconheceu a voz grossa imediatamente como pertencendo a Tiger. Parou e 
levantou o queixo para olhar suas feições estranhas, nem um pouco chocada que parecesse 
ser felino. Não era apenas o seu nome que o entregava, mas ele também possuía traços que 
eram similares aos de Valiant. 
Porém, o cara era alguns centímetros mais baixo e não tinha o peito tão largo quanto 
o de Valiant, mas ainda assim era enorme. 
Os olhos de gato de Tiger eram de um azul incrível e ele tinha as mesmas maçãs do 
rosto distintas e o mesmo nariz achatado de Valiant. Tinha um cabelo castanho claro com 
mechas loiras e ruivas misturadas. O ruivo não era nem de perto tão brilhoso nem tão bonito 
quanto o de Valiant. 
— Estou bem. Acho que vou para casa relaxar agora. Foi um dia esquisito. 
Ele inalou e seus olhos se arregalaram um pouco. 
— Vou levá-la para a nossa clínica médica. 
29 
 
Tammy ficou tensa, como medo de que dissesse algo que não queria que fosse 
revelado na frente do seu chefe e adivinhou que ele conseguia sentir o cheiro de Valiant 
impregnado em todo seu corpo. Eles realmente pareciam ter o olfato incrivelmente forte. 
Ela lhe deu um olhar de advertência, esperando silenciosamente que ele entendesse. 
— Não estou machucada. Não aconteceu nada. 
— O que aquele bastardo fez com você? — Ted agarrou o seu braço, virando-a para 
encará-lo. Ted tinha mais ou menos um metro e setenta e cinco, só dez centímetros mais 
alto que Tammy, e parecia anormalmente pálido. — Ele te tocou? Machucou você? 
Ela encontrou o olhar preocupado do seu chefe e esperou que parecesse calma. 
— Estou bem. Nada aconteceu. Nós só conversamos, ele viu a razão e disse que eu 
podia ir embora. Simples assim. — mentiu. 
As feições de Ted relaxaram. 
— Graças a Deus. Eles iam entrar para resgatá-la. Os tranquilizantes finalmente 
chegaram e mais deles apareceram para invadir a casa. A ouvi gritar uma vez e também ouvi 
um urro, imaginei o pior. 
— Ele era assustador. — Ela puxou o braço que ele segurava. — Só quero ir para casa. 
Foi uma experiência difícil e minha cabeça está latejando. — mentiu outra vez. 
Ted assentiu. 
— Claro. Vou te pagar por hoje. Eu sinto tanto pela confusão com as direções e estou 
muito feliz que não tenha se machucado. 
— Estou absolutamente bem. — murmurou, imaginando silenciosamente se deveria 
contar o número de mentiras que dizia, mas rapidamente dispensou a ideia. A verdade 
causaria muito mais discórdia e não queria nada disso. Ted se afastou com um sorriso 
incerto. — Foi um dia cheio de emoções, não é? 
— Sim. — Forçou um sorriso. — Vou embora. Se importa se eu levar a van? 
Seu chefe hesitou. 
— Eu preciso dela. Está levando a maior parte da comida da festa. A festa não foi 
cancelada. 
— Eu a levo em casa. — ofereceu Tiger baixinho. — Venha por aqui, Srta. Shasta. 
Meu Jipe esta bem ali. 
Ela caminhou até a van para pegar a bolsa, rezando silenciosamente para que fosse 
embora antes que Valiant acordasse. Seguiu Tiger até um dos Jipes e entrou nele. Ele não 
deu partida imediatamente. Estudou-a com muita atenção. Ela decidiu ser um pouco 
honesta porque os minutos se passavam e não sabia quando o “problema” iria se levantar 
do chão do quarto. 
— Precisamos ir agora. Por favor, ligue o carro e me tire daqui. 
Tiger ligou o carro e gritou por cima do ombro. 
— Deixem a área agora. 
O Jipe começou a andar e o estresse dentro de Tammy diminuiu. Ela se lembrou de 
colocar o cinto de segurança. 
30 
 
— Vivo a mais ou menos cinco milhas daqui. Obrigada por me levar para casa. 
Ele hesitou. 
— Estou levando você primeiro até a nossa clínica. 
— Não. Eu só quero ir para casa. 
Ele franziu o cenho e fechou a cara para ela. 
— Você precisa de cuidados médicos e nós vamos chamar um psicólogo. Precisa fazer 
uma queixa a respeito do que Valiant fez com você. Nós cuidamos da justiça na Reserva, mas 
ele será punido severamente por tê-la atacado. 
Chocada, Tammy ficou de queixo caído. 
— Ele não me machucou e não quero que seja punido. Não preciso de um médico e 
com certeza não preciso de um psicanalista. 
Ele pisou no freio e se virou para encarar Tammy. Seus olhos azuis se prenderam nos 
dela. 
— Pode mentir para Ted e Marcy. São humanos e acreditarão no que disse lá atrás. 
Eu não sou eles e você tem o cheiro forte de Valiant. Também posso sentir o cheiro de sexo. 
Ele obviamente a machucou e a forçou a cruzar com ele. Precisa permitir que nossos 
médicos deem uma olhada em você, devia conversar com alguém sobre o que aconteceu e 
precisa entrar com uma queixa para garantir que ele seja punido pelo que fez. 
Estava de boca aberta, então a fechou enquanto olhava para Tiger, sentindo o calor 
de um rubor esquentar suas bochechas. Engoliu o nó que havia se formado para conseguir 
falar. 
— Eu sei que ele a machucou. 
— Eu estou bem. Ele não me forçou. Eu quero ir para casa. 
Ele franziu mais o rosto. 
— O que aconteceu? 
Ela hesitou. 
— Ele não me machucou, mas também não queria me deixar ir embora. Queria ficar 
comigo como se eu fosse um animal de estimação ou coisa parecida. Estava prestes a atacar 
qualquer um que viesse atrás de mim. Eu o peguei com um abajur e o apaguei. Pode querer 
mandar alguém para ver como está, mas acho que ele vai ficar bem. Tentei não machucá-lo, 
mas percebi que era melhor do que se alguém desse um tiro nele. Mas precisa me tirar 
daqui porque acho que ele vai ficar fulo por eu ter escapado quando acordar. Eu só quero ir 
pra casa. 
— Filho da puta. — ele praguejou enquanto soltava o freio e pisava no acelerador. O 
Jipe se lançou para frente e aumentou a velocidade. 
— Me deixe te levar até a clínica. 
Ela apertou os dentes. 
— Ele não me estuprou, não me forçou, e o sexo foi consensual, ok? Só me leve pra 
casa. Por favor. Eu só quero esquecer que esse dia aconteceu. 
31 
 
Tiger balançou a cabeça num aceno raivoso. 
— Certo. — Ele pegou o rádio preso na camisa. — Aqui é Tiger. Todos saiam de perto 
da casa de Valiant. Quero que todos vigiando aquela área tenham tranquilizantes em mãos. 
Atinjam o cara com eles e o isolem se ele deixar o seu território. Entendido? 
Tammy olhou para o homem sentado ao seu lado. Ele tinha um aparelho de 
bluetooth na orelha. O que quer que disseram a ele o deixou mais relaxado. 
— Ótimo. Tiger desligando. — Pendurou o rádio de volta da camisa. 
— Sinto muito por tudo isso. Precisa nos avisar se houver algo que possamos fazer 
por você. Nosso departamento legal entrará em contato. 
— Para quê? 
— Simplesmente entrarão. Quando concordou em trabalhar aqui teve que assinar 
alguns papéis. Sabe que tudo o que acontece aqui é confidencial ou poderia enfrentar 
processos judiciais gigantescos, então, por favor, não procure a imprensa. Nosso 
departamento legal vai garantir que suas necessidades sejam atendidas, então qualquer que 
forem os problemas que vier a enfrentar, eles

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