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1615 - Morfofisiologia Anatomia

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UNIVERSIDADEMETROPOLITANA DE SANTOS
Núcleo de Educação a Distância
Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Morfofisiologia Anatomia
2º semestre
Créditos e Copyrights	
S584C
SANTANA, Angélica Barbosa Neres
Curso de Nutrição: Morfofisiologia Anatomia. Profª Drª Angélica Barbosa Neres Santana: Semestre 2. Santos: UNIMES VIRTUAL. UNIMES, 2020, 167p.
1. Nutrição 2. Anatomia 3. Saúde.
CDD 371.009
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
Copyright (c) Unimes Virtual
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
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A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
Copyright (c) Unimes Virtual
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
SUMÁRIO
Conteúdo
Aula 1 – Orientações ao estudo do corpo humano	4
Aula 2 – Introdução ao sistema ósseo	9
Aula 4 – Estruturas anatômicas óssea do tórax	21
Aula 5 - Estruturas anatômicas óssea do membro superior	26
Aula 6 – Estruturas anatômicas óssea do membro inferior I	32
Aula 7 - Estruturas anatômicas óssea do membro inferior II	37
Aula 8 - Sistema articular	43
Aula 9 - Sistema articular: apresentação das principais articulações do corpo	48
Aula 10 - Sistema Nervoso I	57
Aula 11 - Sistema Nervoso II	64
Aula 12 - Sistema Nervoso III	71
Aula 13 - Miologia	76
Aula 14 - Sistema muscular: músculos da cabeça	80
Aula 15 - Sistema muscular: músculos do pescoço e tórax	86
Aula 16 - Sistema muscular: músculos do abdome	90
Aula 17 - Sistema muscular: músculos do dorso	93
Aula 18- Sistema muscular: músculos do membro superior	98
Aula 19 - Sistema muscular: músculos do membro inferior	102
Aula 20 - Sistema cardiovascular I	106
Aula 21 - Sistema cardiovascular II	112
Aula 22 - Sistema linfático	117
Aula 23 - Sistema respiratório I	121
Aula 24 - Sistema respiratório II	125
Aula 25 - Sistema digestório I	130
Aula 26 - Sistema digestório II	135
Aula 27 - Sistema digestório III	139
Aula 28 - Sistema urinário: rins	142
Aula 30 - Sistema genital: masculino	150
Aula 31- Sistema genital: feminino	153
Aula 32 - Sistema tegumentar	157
Aula 1 – Orientações ao estudo do corpo humano
Olá Aluno!
Esta é a nossa primeira aula de Anatomia. Vamos iniciar essa disciplina com a exemplificação do significado da palavra e a identificação dos planos e eixos anatômicos que irão nos orientar nas aulas seguintes.
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Um conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais. 
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Entretanto, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência.
A posição anatômica é o referencial de qualquer parte do corpo que iremos estudar, descrever a posição seria: em postura ereta, com o olhar para o horizonte; os braços pendentes, ao lado do corpo; palmas das mãos voltadas para frente (posição supinada); membros inferiores afastados e os pés apoiados no chão (Figura 1).
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/generalidades/posicao-anatomica/ acesso em 20.07.18
Figura 1: Esta é a posição anatômica, é uma posição de referência, que dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. 
Inicialmente iremos identificar os eixos e planos com o objetivo de ter as orientações do corpo humano. As descrições anatômicas do corpo humano, são baseadas em 3 principais planos de secção que passam através do corpo na posição anatômica (Figura 2).
 A B C
Fonte: Paulsen, F; Waschke. Sobotta Atlas de anatomia humana. Anatomia geral e sistema muscular. 23ª edição, 2015. Acesso em 20.07.18
Figura 2: Esta são os eixos e planos anatômicos
Observando a Figura 1.1 podemos identificar os diferentes planos que são exibidos pelas placas que orientam a posição do corte e os eixos em cada uma delas, que são direcionados pelas setas pontilhadas e contínuas. 
	Planos principais
	A - Plano (sagital) mediano
	Plano de simetria que divide o corpo em duas partes iguais
	A - Plano sagital
	Paralelo ao plano sagital mediano
	B - Plano transversal
	Todos os planos transversais do corpo
	C - Plano frontal
	Paralelo à fonte
	Eixos principais
	5 - Eixo anteroposterior
	Perpendicular aos eixos laterolateral e longitudinal
	6 - Eixo laterolateral
	Perpendicular aos eixos longitudinal e anteroposterior
	7 - Eixo longitudinal ou vertical
	Perpendicular aos eixos anteroposterior e laterolateral
A partir das orientações dos planos e eixos podemos identificar e aprender as terminologias de direções e posições das partes do corpo (Figura 3). 
Fonte: Paulsen, F; Waschke. Sobotta Atlas de anatomia humana. Anatomia geral e sistema muscular. 23ª edição, 2015. Acesso em 20.07.18
Figura 3: Linhas de orientação, de indicação e de direção e posição. a vista anterior, b vista posterior.
	A tabela abaixo consta a descrição que vemos na Figura 3. 
	Terminologias de direção e posição das partes do corpo
	Cranial ou superior
	Em direção à extremidade cranial
	Apical
	Direcionado para a extremidade cranial ou pertencente à extremidade cranial
	Caudal ou inferior
	Em direção à extremidade caudal
	Basal
	Direcionado para a extremidade caudal ou pertencente à extremidade basal
	Anterior ou ventral
	Em direção anterior ou em direção ao abdome
	Direito
	Voltado para o lado direito
	Posterior ou dorsal
	Em direção posterior ou em direção ao dorso
	Esquerdo
	Voltado para o lado esquerdo
	Lateral
	Situado mais distante do plano mediano
	Proximal
	Em direção ao tronco
	Medial
	Situado mais próximo ao plano mediano
	Distal
	Em direção às extremidades dos membros
	Mediano
	Situado ao plano mediano
	Ulnar
	Em direção à ulna
	Intermédio
	Situado entre estruturas
	Radial
	Em direção ao rádio
	Central
	Em direção à profundidade do corpo
	Tibial
	Em direção à tíbia
	Periférico
	Em direção à superfície do corpo
	Fibular
	Em direção à fíbula
	Profundo
	Situado profundamente
	Volar ou palmar
	Em direção à palma
	Superficial
	Situado superficialmente
	Plantar
	Em direção a planta
	Externo
	Situado externamente a uma cavidade
	Dorsal
	Em direção aos dorsos das mãos ou aos dorsos dos pés (membros)
	Interno
	Situado internamente a uma cavidade
	Frontal
	Em direção à fonte
	
E finalmente vamos observar as partes e regiões do corpo. Inicialmente são divididas em duas partes: vista anterior e vista posterior. Já o corpo é dividido em cabeça, pescoço, tronco com tórax, abdome, pelve e dorso além de membros superiores e membros inferiores. Os membros se subdividem em braço, antebraço e mão (membros superiores); e coxa, perna e pé (membros inferiores) (Figura 4). 
Fonte: https://personallplus.files.wordpress.com/2015/09/regioes-do-corpo.png. Acesso em 20.07.18
Figura 4: Vista anterior e posterior do corpo humano.
REFERÊNCIAS: 
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro,Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 2 – Introdução ao sistema ósseo 
Na aula anterior vimos terminologias de direções e posição das partes do corpo, além da parte e regiões do corpo. Na presente aula iremos iniciar a observação sobre o esqueleto humano. 
O corpo humano pode ser resumido em duas partes, a parte mole que é composto pela pele, músculo e órgãos e pela parte dura que é composto pelos ossos. O osso ou tecido ósseo é uma forma rígida de tecido conjuntivo que constitui a maior parte do esqueleto de vertebrados superiores. 
Os ossos são classificados de acordo com o seu formato e a sua estrutura nas seguintes categorias:
	Tipo de osso
	Descrição
	Exemplo
	Ossos Longos
	Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. 
	Fêmur
	Ossos Curtos
	São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto.
	Ossos do Carpo
	Ossos 
Laminares (Planos)
	São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculo
	Frontal e Parietal. 
	Ossos Alongados
	São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central
	Costelas
	Ossos Pneumáticos
	São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume
	Esfenoide
	
Ossos Irregulares
	Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles há quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. 
	Vértebras.
	Ossos Sesamoides
	Estão presentes no
interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções das patelas
	Patela
	Ossos Suturais
	São pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa.
	Ossos do crânio
O esqueleto ósseo há diferentes funções no nosso organismo, como: 
· Oferece uma proteção aos órgãos e vísceras vulneráveis, incluindo o cérebro, a medula espinhal, o coração e os pulmões;
· Armação do corpo humano, estrutura rígida onde se fixam os tecidos moles e os órgãos do corpo;
· Serve como braço de alavanca para os músculos durante a locomoção;
· Hematopoese, a medula vermelha dos ossos dos adultos produz glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas;
· Armazenamento de minerais, a matriz óssea é composta principalmente de cálcio e fosforo, que podem ser retirados em pequenas quantidades quando forem necessários de outro local do corpo;
· O esqueleto também responsável pela nossa locomoção.
Sobre a composição do tecido ósseo, podemos identificar sua formação por duas porções: orgânica e mineral:
· Porção orgânica Apresenta o colágeno que é uma substância fundamental. O colágeno representa 95% da parte orgânica. As fibras colágenas contribuem muito para a resistência e a elasticidade do osso. 
· Porção mineral: Que confere rigidez aos ossos. Inclui fosfato de cálcio (85%), carbonato de cálcio (10%) e pequenas quantidades de fluoreto de cálcio e fluoreto de magnésio
Os tecidos além de terem diferentes composições, possuem também diferentes estruturas, quais macroscopicamente, são diferenciados em dois tipos de tecidos: compacto e esponjoso.
O tecido compacto é denso e apresenta alta resistência mecânica, estão presentes nas corticais e diáfises dos ossos longos. O tecido esponjoso consiste em trabéculas finas e irregulares (barras ósseas), estão presentes nas epífises dos ossos, nos ossos chatos e nos ossos curtos (Figura 1). 
O tecido ósseo apresenta uma série de canais que o percorrem, são eles:
· Os canais de Havers – são aqueles que percorrem os ossos no sentido longitudinal;
· Os canais de Volkmann – São aqueles que partem da superfície dos ossos, percorrendo transversalmente. 
Além disso observamos dois diferentes tipos de revestimentos nos ossos, externa e interna.
· Revestimento externo do osso: o periósteo é uma lâmina fibrosa que reveste o osso, com exceção dos pontos de fixação dos tendões e dos ligamentos e ao nível das extremidades articulares. Esta lâmina é formada por duas camadas: externa e interna. A camada externa é relativamente celular, densa e vascularizada. A camada interna tem função osteogênica porque apresenta muitas células que, durante o desenvolvimento transformam-se m osteoblastos, de modo a permitirem o desenvolvimento em espessura (Figura 1). 
· Revestimento interno do osso: o endósteo, membrana fina que reveste todas as cavidades dos ossos, desempenha funções osteogênicas (formação de tecido ósseo) e hematopoiéticas (formação de células sanguíneas) (Figura 1).
Fonte:http://estudand oanatomia.blogspot.com/2011/04/introducao.html. Acesso em 20.07.18
Figura 1: Revestimento interno e externo do osso. 
Para cada detalhe que observamos na estrutura do osso é dada uma terminologia (nome) anatômicas, usadas para a descrição das superfícies ósseas (acidentes ósseos) 
As superfícies ósseas são de duas ordens: articulares e não articulares
	Superfícies articulares 
	Cabeça
	Projeção articular esférica unida a um colo de um osso; p.ex., cabeça do fêmur.
	Côndilo
	Projeção articular de grande porte de aspecto arredondado; p.ex., côndilos femorais.
	Face
	Superfície articular lisa ou pouca escavada; p.ex., face articular da escapula.
	Superfícies não articulares
	Processo
	Termo geral utilizado para denominar qualquer proeminência na superfície de um osso
	Crista
	Uma margem proeminente ou projeção alongada; p.ex., crista ilíaca do osso do quadril.
	Espinha
	Projeção delgada e pontiaguda; p.ex., espinha isquiática. 
	Epicôndilo
	Uma projeção óssea acima de um côndilo; p.ex., epicôndilo medial do fêmur. 
	Linhas
	As linhas são bordas ou margens longas e estreitas, menos proeminente que uma crista; p.ex., linha áspera do fêmur. 
	Trocanter
	Grande processo globoso para inserção muscular; p.ex., trocanter maior e menor de fêmur. 
	Tubérculo
	Um pequeno processo arredondado; p.ex., tubérculo maior e menor do úmero. 
	Tuberosidade
	Um grande processo de superfície áspera e rugosa; p.ex., tuberosidade isquiática do osso do quadril.
Depressões, orifícios e aberturas - são estruturas que permitem a passagem de nervos, vasos sanguíneos, ligamentos, tendões e outros tecidos moles.
	Forame
	São pequenas aberturas ou perfurações encontradas nos ossos pelas quais passam nervos, vasos ou ligamentos.
	Fossa
	Refere-se a uma rasa “vala”; p.ex., fossa radial do úmero. 
	Fissura
	Uma passagem estreita como uma fenda; p.ex. fissura orbital superior do osso estenóide. 
	
	
	Incisura 
	Entalhe ósseo em uma margem óssea
	Meato ou canal
	É uma passagem de forma tubular
	Sulco
	Depressão alongada em forma de canaleta; são cavidades onde deslizam os tendões, acomodam um vaso ou um nervo. 
REFERÊNCIAS: 
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 3 - Divisão do esqueleto e estruturas anatômicas da cabeça e coluna vertebral
Na aula anterior vimos à influência do exercício físico nas estruturas ósseas. Iniciaremos os estudos sobre o sistema esquelético. 
O esqueleto é dividido principalmente em 2 partes, a axialque caracterizada por ser o eixo central do corpo humano e a apendicular que são as extremidades (Figura 1). 
Fonte: https://pt.khanacademy.org/science/6-ano/vida-e-evoluo-os-sistemas-do-corpo-humano/os-movimentos-do-corpo-humano/a/o-sistema-locomotor. Acesso em 26.06.20
Figura 1: Esqueleto axila e apendicular 
	Axial
	· Cabeça – Crânio (22 ossos);
	
	· Coluna vertebral (33 vertebras);
	
	· Costelas (12 pares);
	
	· Esterno (1 osso);
	Apendicular
	· Cíngulo do membro superior – 64 ossos;
	
	· Cíngulo do membro inferior – 62 ossos;
(Membros superiores e inferiores, incluindo a cintura escapular e pélvica).
	Sobre os ossos da cabeça, podemos dividi-los em dois diferentes conjuntos – os ossos da face e os ossos crânio, que possuem como função primordial a proteção do cérebro (Figura 2A e B). 
Fonte: http://www.fiapodejaca.com.br/ossos-cranio/. Acesso em 21.07.18
Figura 2ª: Ossos do crânio e face. Vista frontal e lateral.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2B: Ossos do crânio e face. Vista inferior.
Divisão e descrição dos os ossos do Crânio e da Face:
	Crânio
8 ossos
	Face
14 ossos
	Frontal (1)
	Forma a fonte e possui uma cavidade, o seio frontal
	Mandíbula (1)
	É um osso móvel na sua articulação temporomandibular. Apresenta cavidades alveolares onde se implantam os dentes.
	Occipital (1)
	Situado na parte posterior e inferior, possui o forame magno para passagem do sistema nervoso central.
	Vômer (1)
	Faz parte do septo nasal.
	Esfenoide (1)
	Contém o seio esfenoidal, apresenta uma depressão – a sela turca, onde se aloja a glândula hipófise.
	Zigomático (2)
	Localizados lateralmente na face.
	Etmoide (1)
	Apresenta as conchas nasais superiores e média que se projetam na cavidade nasal, possui uma lâmina horizontal, perfurada, por onde passam os filetes do nervo olfatório.
	Maxila (2)
	Separam em parte as cavidades nasal e bucal.
	Temporal (2)
	Formam as paredes laterais do crânio
	Palatino (2)
	Formam o “teto” da boca – a abóboda palatina.
	Parietal (2)
	Formam a parte superior da calota craniana.
	Nasal (2)
	Formam o “teto” do nariz.
	
	Lacrimal (2)
	Limitam a fossa lacrimal.
	
	Concha nasal inferior (2)
	Projetam-se das paredes laterais da cavidade nasal.
A coluna vertebral faz parte do esqueleto axial, constituindo o eixo central do corpo, está situada na linha média da parte posterior do tronco. Ela é formada por uma série de 33 a 34 pequenos ossos discoides superpostos chamados vértebras, separados 
uns dos outros por discos, ou lâmina de tecidos fibrocartilaginosos e unidos por fortes ligamentos. Apenas as vértebras sacrais e coccígea são fundidas em peça única. 
As vértebras estão distribuídas em 5 regiões (Figura 1):
· Região cervical – 7 vértebras
· Região torácica – 12 vértebras
· Região lombar – 5 vértebras 
· Região sacral – 5 vértebras fundidas
· Região coccigiana – 4 vértebras fundidas 
Fonte:https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-esqueletico/coluna-vertebral/Acesso em 21.07.18
Figura 1: Ossos da coluna vertebral divididos pelas regiões e vistas.
A coluna vertebral de um adulto apresenta 4 curvaturas anteroposteriores:
· Lordose cervical – concavidade posterior
· Cifose torácica – convexidade posterior
· Lordose lombar – concavidade posterior
· Cifose sacral – convexidade posterior
As vértebras apresentam duas partes principais:
· Anteriormente, o corpo vertebral;
· Posteriormente, o arco vertebral. 
O corpo vertebral é a porção mais volumosa da vértebra, constituída basicamente de tecido esponjoso. O corpo é representado por um segmento cilíndrico irregular apresentando as seguintes faces:
	Face
	Face
	Face
	Vertebral
	Do corpo
	Superior
Inferior
Laterais
Anterior
Posterior
Entre os corpos vertebrais encontra-se o disco intervertebral; este conjunto de corpo-disco-corpo é chamado de unidade funcional, um perfeito amortecedor para suportar as grandes forças compressivas. O disco serve como um sistema hidráulico completo que absorve choques. É formado por duas partes:
· O anel fibroso (porção periférica);
· O núcleo pulposo (porção central).
O arco vertebral compreende vários elementos:
· 2 pedículos;
· 2 lâminas;
· 4 processos articulares ou facetas articulares;
· 2 processos transversos;
· 1 processo espinhoso;
· Forame vertebral.
Os pedículos do arco vertebral são porções ósseas que unem a base dos processos transversos e os processos articulares na região póstero- laterais do corpo vertebral. Cada pedículo apresenta duas incisuras: uma superior e uma inferior profunda, que na superposição das vertebras formam lateralmente os forames intervertebrais ou forames de conjugação, por onde nervos espinhais emergem da coluna vertebral. 
As lâminas são duas em formato de “V”, direcionado anteriormente que constituem a parte póstero-lateral do forame vertebral.
Os processos articulares são 2 superiores e 2 inferiores, estão em conexão respectivamente com as similares das vertebras adjacentes. Através de seus planos direcionais, as facetas guiam a direção do movimento entre duas vértebras.
Os processos transversos são duas barras ósseas que se projetam lateralmente na região de junção de lâminas e dos pedículos. Apresentam duas faces, anterior e posterior, dois bordos superior e inferior, uma base ou extremidade interna, e uma extremidade externa, que serve de ponto de apoio e fixação de músculos e ligamentos.
Processo espinhoso é uma saliência posterior e mediana, formada pela fusão das lâminas fundidas posteriormente. Apresenta as seguintes estruturas:
· 2 faces laterais;
· 2 margens, superior e inferior;
· 1 base;
· 1 vértice.
O forame vertebral é formado anteriormente pela face posterior do corpo vertebral, lateralmente pelos pedículos e posteriormente pelas lâminas do arco vertebral. 
O conjunto de forames superpostos forma o canal vertebral, onde no seu interior aloja a medula espinhal. Observamos essas descrições nas figuras abaixo, nas quais observamos a 1ª e 2ª vertebras, que possuem uma estrutura anatômica diferenciada das outras vertebras, como por exemplo a vertebra lombar. (Figura 3).
Fonte:http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=2177&evento=3. Acesso em 22.07.18
Figura 3: Vértebra lombar e vértebra cervicais: atlas e áxis
O saro é constituída por 5 vértebras fundidas de forma triangular. Por esse motivo não apresenta nenhum movimento nesta região (Figura 5). Sua descrição anatômica é:
	 Sacro
	1 base
4 faces
1 ápice
	Pélvica (anterior) 
Dorsal (posterior)
Laterais direita e esquerda
O cóccix é uma formação de ossos semelhante a um “bico” é a última região da coluna vertebral formada pela união de 4 ou 5 vértebras fundidas de forma semelhante ao sacro (Figura 5). O cóccix é formado por: 1 base, 2 faces e 1 vértice
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 5: Ossos sacro e cóccix.
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 4 – Estruturas anatômicas óssea do tórax 
Na aula anterior vimos os tipos e características das vértebras, na 11ª aula será a vez do esqueleto do tórax.
O esqueleto do tórax é uma grande caixa óssea que protege órgãos vitais, como o coração e os pulmões, além dos grandes vasos. Compõem o esqueleto do tórax: costelas, cartilagens costais, vértebras torácicas e o osso esterno.	
As costelas compreendem 12 pares de ossos planos alongados que se fixam a coluna vertebral (Figura 1). São classificados:
· Costelas verdadeiras (7 pares) – I a VII. Estão unidas ao osso esterno por cartilagem costal; São as 7 primeiras costelas;
· Costelas falsas (3 pares) – VIII a X. Cada costela, da oitava a decima é ligada por sua cartilagem costal a cartilagem da costela superior;
· Costela flutuantes (2 pares) – XIa XII. Não se articulam com o osso esterno; elas terminam nos músculos da parede anterior do abdome.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 1: Costelas verdadeira, falsas e flutuantes.
Cada costela apresenta basicamente os seguintes acidentes ósseos:
· Corpo da costela (Figura 2):
· Face externa, convexa contém dois ângulos, anterior e posterior;
· Face interna, côncava e lisa;
· Margem superior, ponto de inserção para os músculos intercostais;
· Margem inferior, provido de um sulco que aloja os vasos e nervos intercostais.
· Extremidade anterior – Escavada, recebe a cartilagem costal;
· Extremidade posterior – é formada pela cabeça, colo e o tubérculo da costela.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2: Osso - costela.
O esterno é um osso formado pela reunião de 3 peças ósseas (Figura 3)): 
1. Manúbrio do esterno;
2. Corpo do esterno
3. Processo xifoide
Na face anterior apresenta cristas transversais (fusão das peças ósseas). O manúbrio com o corpo esternal forma um ângulo (ângulo de Louis). Na face posterior apresenta as cristas, semelhantes às da face anterior.
O manúbrio apresenta 3 incisuras: na linha média do osso, a incisura jugular, lateralmente as incisuras claviculares direita e esquerda (articulação com a clavícula). 
O processo xifoide é o último segmento do esterno a ossificar-se por volta dos 40 anos de idade. Serve de inserção para a linha Alba e o músculo diafragma. 
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 3: Osso - esterno. Vista anterior.
O esterno tem sido utilizado também para estudos da circulação venosa e linfática 
do tórax. A introdução de substâncias de contraste no interior do osso permite evidenciar, através de radiografias, a situação exata das veias e dos vasos linfáticos. Esse método é de grande valia para o diagnóstico da propagação de tumores mamários e pulmonares.
Constantemente, nos casos de gêmeos anormais – os conhecidos “siameses” – os corpos estão unidos pelo esterno. Casualmente a fusão se apresenta apenas ao nível do processo xifoide; nesse caso, os gêmeos são denominados xifópagos.
A clavícula é um osso longo, par, apresentando curvatura de modo a ser comparado a um “S” (Figura 4). Articula-se com o esterno e a escapula. A clavícula apresenta 3 funções básicas:
· Fornece inserção para os músculos e ligamentos;
· Transmite forças do membro superior para o esqueleto axial;
· Conecta o membro superior ao esqueleto axial, permitindo maior mobilidade.
A sua posição anatômica:
· Extremidade acromial – achatada (lateral – plano sagital);
· Curvatura maior (posterior – plano frontal);
· Impressão para o ligamento costoclavicular (inferior – plano horizontal).
E suas estruturas anatômicas são duas extremidades a acromial – articula-se com o acrômio da escapula e a esternal – articula-se com a incisura esternal.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 4: Osso – clavícula. Vista anterior e posterior.
A escápula é um osso par, plano ou laminar, triangular, situado na parte posterior lateral do tórax (Figura 5). Articula-se com o úmero e a clavícula. 
Posição anatômica:
· Cavidade glenoidal (lateral – plano sagital); 
· Espinha da escapula (posterior – plano frontal);
· Ângulo inferior (distal – plano transverso).
Suas estruturas anatômicas são: 
· 2 Faces: costal - encontramos a fossa subescapular, e posterior – dividida pela espinha em duas fossas: Fossa supra-espinal e fossa infra-espinal.
· 3 Fossas: supra-espinal - aloja o músculo supra – espinal, infra-espinal – músculo infra-espinal e subescapular – músculo subescapular. 
· 3 Margens: superior – é o mais delgado, medial – é o mais longo e lateral – fica abaixo da cavidade glenóide.
· 4 Ângulos: superior – formado pelo encontro dos bordos superior e medial, inferior – serve de inserção para vários músculos, do acrômio – na projeção do acrômio e lateral – fica no centro da cavidade glenóide. 
· Cavidade glenóide - cavidade rasa onde se articula a cabeça do úmero. 
· 2 Tubérculos: supragleinodal – acima da cavidade glenóide e infraglenoidal – abaixo da cavidade glenóide.
· Colo da escápula – contorna a cavidade glenóide.
· Processo coracóide
A espinha da escápula – divide a face posterior em duas fossas: 
· Supra-espinal;
· Infra-espinal.
O acrômio é um prolongado da espinha da escapula, lateralmente; apresenta uma faceta articular para a articulação acromioclaviclar. O acrômio é um ponto anatômico importante para medir o comprimento do membro superior. Incisura da escapula – situada na margem superior, serve de passagem para o nervo supra-escapular. 
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 5: Osso – escápula. Vista anterior e posterior.
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 5 - Estruturas anatômicas óssea do membro superior
Na aula anterior vimos o esqueleto do tórax, nessa nova aula iniciaremos os membros superiores. O membro superior é composto por 4 partes principais (somando um total de 32 ossos para cada lado):
	Cíngulo do membro superior
	
	Cintura Escapular
	Clavícula
Escapula
	
	Parte livre do membro superior
	
	Braço
	Úmero
	
	Antebraço
	Rádio
Ulna
	
	
Mão
	
Ossos carpais
(8 ossos)
	
1ª fileira
	Escafoide
Semilunar
Piramidal
Pisiforme
	
	
	
	
2ª fileira
	Trapézio
Trapezoide
Capitato
Hamato
	
	
	
Ossos metacarpais
(5 ossos)
	I osso metacarpal
II osso metacarpal
III osso metacarpal
VI osso metacarpal
V osso metacarpal
	
	
	Falanges
(14 ossos)
	Dedos da mão
	5 dedos, cada dedo com 3 falanges, exceto o polegar, com 2 falanges
	
O úmero é um osso longo, que apresenta um corpo, ou diáfise, e duas extremidades, ou epífises (Figura 1). Articula-se superiormente com a escápula e inferiormente coma ulna e o rádio. 
Posição anatômica: 
· Cabeça (proximal – plano transverso);
· Cabeça (medial – plano sagital);
· Osso do olecrano (posterior – plano frontal).
Estrutura anatômica: 
· Cabeça do úmero – de forma esférica, revestida de cartilagem hialina, articula-se na cavidade glenóide da escapula.
· 2 Colos: Anatômicos– sulco circular na cabeça e cirúrgico – abaixo dos tubérculos. 
· 2 Tubérculos: tubérculo maior – situa-se lateralmente e possui 3 facetas (superior, média e inferior), e tubérculo menor – orientado anteriormente, fornece fixação para o músculo subescapular. 
· Sulco intertubercular – situado entre os tubérculos. 
· Tuberosidade para o músculo deltoide – localizado na face anterolateral, serve para receber o tendão do músculo deltoide. 
· Sulco do nervo radial – serve de passagem para o nervo radial e os vasos profundos. Divide a face posterior em 2 partes: superior e inferior.
· 
	Faces (3)
	Antero-lateral
Antero-medial
Posterior
	Margens (3)
	Anterior
Medial
Lateral
	Epicôndilos
	Lateral
Medial
· 3 Fossas: do olecrano – situada posteriormente onde se aloja o olecrano da ulna na extensão do cotovelo, radial – é uma pequena depressão, situada anterior e lateralmente, e coronóidea – situada acima da tróclea, destinada a receber nos movimentos de flexão do cotovelo o processo coronóide da ulna.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2: Osso – úmero. Vista anterior e posterior,
O rádio é um osso longo, par, situado no lado externo do antebraço. Articula-se superiormente com o úmero e a ulna e, inferiormente com os ossos carpais com a parte distal da ulna. Participa muito mais na articulação do punho (Figura 2 A e B). 
Posição anatômica:
· Cabeça do rádio (proximal – plano transverso);
· Processo estiloide do rádio (lateral – plano sagital);
· Cristas e sulcos para os tendões dos músculos extensores (posteriormente - plano frontal)
Estruturas anatômicas:
· Cabeça do rádio – de pequeno volume,sustentada por um colo (colo do rádio). Na sua porção superior, contém uma fóvea;
· Colo do rádio – “pescoço” da cabeça do rádio;
· Tuberosidade do rádio – saliência rugosa. 
· 3 Faces: anterior – é escavada na parte superior da inserção, posterior – é convexa e Lateral – apresenta na sua diáfise rugosidade.
· 3 Margens: anterior – é mais ou menos pronunciado em toda a extensão, posterior – é apenas pronunciado na diáfise e interóssea – é o “cortante” e da inserção para a membrana interóssea.
· Processo estiloide do rádio – situado lateralmente;
· Incisura ulnar – na extremidade inferior, na face interna, para a circunferência articular da cabeça da ulna.
· Face articular carpal – apresenta duas facetas articulares: uma externa para o osso escafoide, e outra interna para o semilunar.
· Tubérculo dorsal – saliência na face posterior, na extremidade distal do rádio. 
· Cristas e sulcos – para os tendões dos músculos extensores.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2A: Ossos – úmero, rádio e ulna. Vista anterior e posterior.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2B: Ossos – úmero, rádio e ulna. Vista anterior e posterior.
A ulna é um osso longo, par, situado medialmente no antebraço, de comprimento superior ao rádio, com o qual se articula superiormente e inferiormente, sendo a ele unido na parte média pela membrana interóssea do antebraço (Figura 2 A e B). 
Posição anatômica:
· Olécrano (proximal – plano transverso);
· Incisura troclear (anterior – plano frontal);
· Incisura radial para fora (lateral – plano sagital).
Estruturas anatômicas:
· Olécrano – situado na extremidade superior da ulna;
· Incisura troclear – situada anteriormente. Articula-se com a tróclea do úmero;
· Processo coronóide – de forma parecida com um “bico” horizontal;
· Incisura radial – uma face articular para a cabeça do rádio;
· Tuberosidade ulnar – superfície triangular e rugosa;
· Crista do músculo supinador – estende-se obliquamente no sentido dorsal e medial;
· 3 Faces: anterior – côncava, posterior e medial;
· 3 Margens: anterior – menos acentuado; posterior – bastante acentuado na sua parte superior interóssea – é o bordo “cortante”;
· Cabeça da ulna – está voltada no sentido distal; de forma arredondada, junto a ela está o processo estiloide da ulna, separado por um sulco raso;
· Processo estiloide da ulna – pequena saliência.
A mão é o último segmento do membro superior. É constituído por 27 ossos e formada por 3 partes: carpo, metacarpo e falanges (Figura 3).
O carpo apresenta 8 ossos, dispostos em 2 fileiras: proximal e distal.
· Fileira proximal – é formada por 4 ossos da borda radial para a borda ulnar:
· Escafoide – é o osso mais externo e volumoso da primeira fileira; 
· Semilunar – situado entre o escafoide e o piramidal;
· Piramidal – tem a configuração de uma pirâmide triangular;
· Pisiforme.
Fileira distal - é constituída igualmente por 4 ossos da borda radial para a borda ulnar:
· Trapézio – é o osso mais lateral da segunda fileira;
· Trapezoide – situado entre o trapézio e o capitato;
· T Capitato – é o mais volumoso dos ossos carpais. Apresenta uma cabeça, um colo e um corpo;
· Hamato – é o último osso da segunda fileira.
Os ossos metacarpos são constituídos por 5 ossos denominados: I, II, III, IV e V metacarpianos, contando da direção do polegar ao dedo mínimo. Cada metacarpiano é um osso longo, com um corpo e duas extremidades. Das extremidades, uma é proximal e aa outra é distal.
O esqueleto de cada dedo é composto por 3 falanges, com exceção do polegar que possui 2 falanges. As falanges são denominadas de proximal, medial e distal. Cada falange compreende 3 segmentos: base, corpo e cabeça da falange.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 3: Ossos da mão. Vista anterior.
Bibliografia: 
 NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 6 – Estruturas anatômicas óssea do membro inferior I
Nas aulas anteriores vimos à osteologia dos ossos do membro superior, a partir dessa aula iremos abordar os ossos dos membros inferiores. O membro inferior é especializado para locomoção de peso e manutenção do equilíbrio. Compreende 4 segmentos principais:
O osso do quadril é inicialmente formado por 3 peças ósseas (Figura 1): 
· Ílio – situa-se superior e lateralmente, é a porção mais larga do osso;
· Ísquio – é a porção póstero-inferior, tem um coro e um ramo;
· Púbis – é a porção anteroinferior do osso do quadril.
A cintura pélvica é formada pela união dos dois ossos: ilíaco direito e esquerdo e fechado posteriormente pelo sacro.
Posição anatômica:
· Crista ilíaca superior (superior – plano transverso);
· Acetábulo (lateral – plano sagital);
· Púbis (anterior –plano frontal).
Estruturas anatômicas:
· Crista ilíaca – estende-se desde a espinha ilíaca anteroposterior até a espinha ilíaca póstero-superior. 
· Espinha ilíaca antero-superior – saliência da extremidade anterior da crista ilíaca;
· Espinha ilíaca anteroinferior – saliência óssea abaixo da primeira;
· Espinha ilíaca póstero-superior – ponto de inserção para músculos e ligamentos;
· Espinha ilíaca póstero-inferior – proeminência óssea, situada logo abaixo da espinha ilíaca póstero-superior;
· Asa do ilíaco – situada na face externa do osso do quadril, os detalhes nessa região são as linhas glúteas: anterior, inferior e posterior;
· Fossa ilíaca – situada na face interna do ílio;
· Face auricular – situada na face interna do ílio, com formato de “orelha”;
· Tuberosidade ilíaca – superfície rugosa situada também na face interna do ílio;
· Linha arqueada – estende-se da face auricular até a eminência iliopúbica;
· Eminência iliopectínea – ponto de união do ilio com o púbis;
· Linha pectínea do púbis – é a “continuação” da linha arqueada;
· Crista púbica – saliência no ramo superior do púbis;
· Túber púbico – relevo ósseo situado na extremidade interna da crista pectínea;
· Incisura isquiática maior – situada acima da espinha isquiática, envolvendo tanto o ísquio quanto o ilio. O nervo isquiático ou ciático segue o seu trajeto por essa incisura. 
No púbis:
· Ramo superior do púbis – forma a porção púbica do acetábulo;
· Ramo inferior do púbis – sobe a partir da junção isquiática;
· Corpo do púbis – une-se do lado oposto por um disco fibrocartilaginoso (sínfise púbica).
· Incisura isquiática menor – fica logo abaixo da espinha isquiática;
· Espinha isquiática – é uma saliência pontiaguda e triangular onde está o ligamento sacroespinal, que separa o forame isquiático maior do menor.
· Túber isquiático – grande saliência rugosa, serve de apoio durante a posição do indivíduo sentado.
· Forame obturado – abertura de forma “redonda” no homem e “triangular” na mulher. Localiza-se abaixo do acetábulo e é limitado pelo púbis e pelo ísquio. 
· Acetábulo – é formada pela união de 3 ossos: o ilio, o ísquio e o púbis. Está orientada no sentido lateral, distal e anterior. 
· Fossa do acetábulo – pequena fossa do interior do acetábulo. 
· Incisura do acetábulo – uma depressão na estrutura acetabular.
· Face semilunar – é revestida de cartilagem, para a cabeça de o fêmur deslizar durante os movimentos.
Fonte:https://anatomia-papel-e-caneta.com/ossos-da-pelve. Acesso em 24.07.18
Figura 1: Osso do quadril – identificação do ílio, ísquio e púbis
O fêmur é o único osso da coxa, sendo também o maior e mais forte de todos os ossos longos (Figura 2). Apresenta um corpo e duas extremidades, curvado posteriormente, de viés dirigido distal e medialmente. É mais acentuada na mulher do que no homem, em virtude da predominância do diâmetro transverso da pelve.
Posição anatômica:
· Cabeça do fêmur (proximal – plano transverso);
· Cabeça do fêmur (medial – plano sagital);
· Face patelar (anterior – plano frontal).
Estruturasanatômicas:
· Cabeça do fêmur – de forma esférica mais perfeita do que a cabeça do úmero. Está orientada no sentido proximal, anterior e medial. Articula-se com o acetábulo.
· Fóvea da cabeça do fêmur – é uma depressão rugosa para a inserção do ligamento redondo da cabeça do fêmur;
· Colo do fêmur – é uma porção estreitada de forma cilíndrica, situada entre a cabeça e os trocanteres;
· Trocanter maior – um grande processo em forma de quadrado, localizado lateralmente entre o colo e o corpo do fêmur;
· Trocanter menor – projeção óssea menor que o trocanter maior. Projeta-se póstero-medialmente na junção do colo com o corpo;
· Fossa trocantérica – fossa profunda localizada na face interna do trocanter maior;
· Linha intertrocantérica – na face anterior ponto de fixação para a capsula articular do quadril. Serve para limitar o colo, anteriormente;
· Crista intertrocantérica – na face posterior ponto de fixação para a capsula articular do quadril. Serve para limitar o colo posteriormente;
· Linha pectínea – situada logo abaixo do trocanter menor;
· Tuberosidade glútea - localizada logo abaixo do trocanter maior, na sua face posterior;
· Linha áspera – é uma saliência rugosa situada na face posterior do corpo do fêmur. Ela é formada pela fusão da linha pectínea (medialmente) com a tuberosidade glútea (lateralmente);
· Face poplítea – pequena superfície triangular na face posterior distal do fêmur;
· 2 Epicôndilos: medial – encontramos o tubérculo adutor e lateral – serve para inserção do ligamento colateral lateral do joelho. Apresenta também duas pequenas fossas. 
· Côndilos – duas massas volumosas um medial e outra lateral, revestidas de cartilagem. Articula-se com os côndilos da tíbia, respectivamente;
· Face patelar – localizada entre os côndilos medial e lateral do fêmur, formando a articulação fêmur-patelar;
· Fossa intercondilar – espaço entre os côndilos no extremo distal.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2: Ossos – fêmur.
A patela é um osso pequeno e triangular. Que se desenvolveu na espessura do
tendão do músculo quadríceps e do ligamento da patela. A patela é formada por:
2 faces, 1 base e 1 ápice (Figura 3).
Posição anatômica:
· Base ou porção mais longa (proximal – plano transverso);
· Face articular com duas facetas (posterior – plano frontal);
· A face lateral posterior é a maior (plano sagital).
Estruturas anatômicas:
· 2 Faces: anterior – revestida pelo tendão do músculo quadríceps e articular (posterior) – revestida pela cartilagem hialina. 
É composta por duas faces, separadas por uma crista, de modo que a face maior, mais larga, fique lateralmente e a menor, medialmente; 
Base da patela – formada por uma parte posterior lisa e contida dentro da articulação, e uma anterior rugosa, que da inserção ao tendão do músculo quadríceps;
Ápice da patela – é o ponto de fixação do tendão patelar.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 3: Ossos – paleta. Face anterior e articular. 
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 7 - Estruturas anatômicas óssea do membro inferior II
Na aula anterior iniciamos os estudos sobre o sistema ósseo do membro inferior, na aula de hoje finalizaremos sistema ósseo com estudo sobre os ossos que compõem o membro inferior, sendo eles a tíbia, a fíbula, os tarsos, os metatarsos e falanges. 
	A tíbia é um osso longo de configuração triangular, situado na região antero-medial da perna. Articula-se superiormente com o fêmur, inferiormente com o tálus e lateralmente com a fíbula. A tíbia é o osso mais importante da perna, suportando quase todo o peso corporal. 	
Posição anatômica:
· Côndilos (proximal – plano transverso);
· Tuberosidade tibial (anterior – plano frontal);
· Maléolo tibial (medial – plano sagital).
Estruturas anatômicas: 
· Côndilos – descreve-se um côndilo medial (interno) e um côndilo lateral (externo);
· Côndilo medial - é mais volumoso, apresenta rugosidades na parte posterior;
· Côndilo lateral – apresenta na parte póstero-lateral uma faceta redonda para articulação com a cabeça da fíbula;
· Eminência intercondilar – localizada entre os côndilos, separando as superfícies articulares;
· Tubérculos intercondilares – são dois tubérculos, um medial e outro lateral. Localizados sobre a eminência intercondilar;
· Áreas intercondilares: anterior – superfície triangular e rugosa posterior – superfície quadrilátera e menor.
· Tuberosidade da tíbia – grande saliência rugosa na parte anterior e superior da tíbia;
· Face articular fibular – para a cabeça da fíbula, situada póstero-lateralmente no extremo proximal da tíbia.
· Face articular inferior – face articular da tíbia com a tróclea do talus. 
· Faces: lateral – externa, escavada na sua porção superior, medial – sua superfície é lisa em quase toda a extensão e posterior – encontramos a linha para o músculo sóleo. 
· 3 Margens: anterior – conhecida como crista da tíbia, interóssea – é nessa margem que está fixada a membrana interóssea, medial – local de inserção do ligamento colateral tibial.
· Maléolo medial – processo acentuado, constitui uma superfície articular para receber o talus, osso do tarso;
· Incisura fibular – é uma face escavada, situada nas extremidades distal e lateral da tíbia;
· Sulco maleolar – onde passa o tendão do tibial posterior.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 1: Ossos – tíbia. Vista anterior, lateral e posterior 
 A fíbula é um osso longo e delgado, situado no lado externo da tíbia. Articula-se com a tíbia em toda a sua extensão (Figura 2). 
Posição anatômica:
· Cabeça da fíbula (proximal – plano transverso);
· Maléolo fibular (lateral – plano sagital);
· Fossa dos maléolos (posterior e medial – plano frontal).
Estruturas anatômicas: 
· Cabeça da fíbula – no sentido proximal, contém a face articular da cabeça da tíbia;
· Ápice da cabeça da fíbula – saliência óssea na cabeça da fíbula;
· Corpo da fíbula – apresenta 3 faces e 3 margens:
· 3 Faces: lateral – é convexa e lisa, medial – apresenta uma crista medial e posterior – contém o buraco nutridor do osso;
· 3 Margens: anterior, interóssea e posterior;
· Maléolo lateral – localiza-se na extremidade distal, voltada lateralmente;
· Fossa do maléolo lateral – situada na face interna do maléolo;
· Sulco maleolar – situado na face posterior do maléolo.
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2: Ossos – fíbula. Face medial e lateral.
	Os ossos do pé compreendem 3 partes: ossos tarsais, metatarsais e falanges (Figura 3). 
Os ossos dos tarsos são constituídos por 7 ossos, divididos em duas fileiras – proximal e distal. Fileira proximal – contém 2 ossos:
· Tálus – Apresenta cabeça, colo e corpo;
· Calcâneo – é o osso mais volumoso do pé, recebe todo o peso do corpo transmitido pelo tálus superior.
Fileira distal - composta por 5 ossos:
· Navicular – localizado entre o calcâneo e os 3 cuneiformes;
· Cuboide – situado na parte lateral do pé;
· Cuneiformes – são 3 ossos. Medial, intermédio e lateral).
Ossos metatarsais – formam a porção média do pé. O metatarsal é formado por 5 ossos longos, denominados: I, II, III, IV e V metatarsais, contando do lado medial para o lado lateral do pé. Tais ossos apresentam duas extremidades e um corpo:
· Extremidade proximal – base próxima ao tarso;
· Extremidade distal – cabeça em forma de côndilo;
· Corpo – fino.
As falanges formam o esqueleto dos dedos, são duas para o primeiro, que recebe o nome de hálux, e 3 para os outros dedos: Os dedos do pé são em número 5 para cada pé denominados da parte medial para a parte lateral.
· Falange proximal – primeira falange;
· Falange média – segunda falange;
· Falange distal – terceira falange.
Cada falange compreende3 segmentos - base, corpo e cabeça da falange.
Ossos sesamóides são pequenos ossos que se desenvolvem nos tendões. 
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 3: Ossos do pé.
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 8 - Sistema articular
Na aula anterior finalizamos o sistema ósseo, vamos a partir dessa aula discutir sobre as características e os tipos de articulações. Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e mobilidade:
· Articulações Fibrosas (Sinartroses) ou imóveis;
· Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) ou com movimentos limitados;
· Articulações Sinoviais (Diartroses) ou articulações de movimentos amplos.
Tipos de articulações fibrosas.
Suturas – Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm íntima e firmemente unidos. Consequentemente, as fibras de conexão são muito curtas preenchendo uma pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas completamente, os de ambos os lados da sutura tornam-se firmemente unidos/fundidos. Esta condição é chamada de sinostose (Figura 1).
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-articular/sinartroses/. Acesso em 26.06.20
Figura 1: Exemplos de articulações sinartrose – suturas.
Sindesmoses – são articulações fibrosas que contêm feixes longos para permitir discretos movimentos,o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. As faces ósseas estão unidas por uma membrana ligamentosa, como por exemplo a articulação radioulnar intermediaria. A nomenclatura anatômica só registra dois exemplos: sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar.Articulação fibrosa. Fonte:http://desbravarbiologia.blogspot.com/2015/09/sistema-articular-sinartroses.html. Acesso em 26.07.18
Gonfose - chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto une o cimento dentário com o osso alveolar (Figura 2).
Fonte: NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
Figura 2: Exemplificação da articulação gonfose.
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas:
Sincondrose – são aquelas onde os elementos esqueléticos estão unidos por uma cartilagem do tipo hialina, como por exemplo as articulações condrocostais. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). 
As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes.
Sínfises – são as articulações nas quais os ossos estão unidos por um disco fibrocartilaginoso, formando um verdadeiro ligamento interósseo. Um exemplo é o disco intervertebral, que une uma vertebra a outra. E a sínfise púbica que une os ossos dos quadris. 
As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo humano. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou incompletamente por conter ou não um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a cápsula fibrosa, enquanto suas faces livres são recobertas por membrana sinovial (Figura 3). A formação de uma articulação sinovial é constituída por seguintes elementos:
Cartilagem articular – é uma cartilagem hialina, constituída de células cartilaginosas. Esta cartilagem não tem nervos ou vasos sanguíneos. É nutrida pelo líquido sinovial, que cobre sua superfície. A cartilagem articular desempenha o papel de amortecedor das pressões;
Capsula articular – envolve a articulação promovendo maior fixação, segurança e proteção das extremidades ósseas. Produz o líquido sinovial, cuja função consiste em lubrificar as superfícies articulares;
Membrana sinovial – é uma membrana de tecido conjuntivo vascular que reveste internamente a cavidade articular. Desempenha um papel essencial na elaboração do líquido sinovial;
Líquido sinovial – é um líquido viscoso e claro. É produzido pela ultrafiltração através da membrana sinovial. Apresenta dupla função de nutrição para a cartilagem articular e diminuição do mecanismo de fricção sobre a cartilagem, devido a sua viscosidade e elasticidade.
Fonte:http://fisioliferodrigorivelino.blogspot.com/2011/04/doenca-articular-degenerativa_06.html. Acesso em 26.07.18
Figura 3: Exemplificação da articulação sinovial.
Os ligamentos fazem a trajetória de um osso ao outro, tendo como função reforçar todo o conjunto articular além disso há alguns elementos acessórios, o que tornam uma articulação completa: 
· Orla ou lábio – é um anel de fibrocartilagem que aprofunda a superfície articular para um dos ossos, promovendo uma melhora na estabilidade;
· Discos/ meniscos – composto de fibrocartilagem interposta entre os ossos de uma articulação. Tem como funções: absorção e distribuição de cargas; proteção da periferia da articulação; aumentar a área de contato entre as superfícies articulares; limitar fisiologicamente o deslizamento de um osso em relação a outro osso.
As classificações das articulações sinoviais segundo a forma das superfícies articulares são divididas em 6 tipos básicos:
· Esferoides: apresenta uma cabeça esférica encaixando em uma cavidade, permitindo grandes movimentos em todas as direções no espaço. Exemplo: articulação do quadril;
· Gínglimo: articulação em forma de polia ou tróclea. Estas articulações se movimentam em apenas um eixo. Exemplo: articulação do cotovelo;
· Plana: Superfícies articulares ligeiramente planas. São permitidos discretos movimentos de escorregamento de uma superfície sobre a outra. Exemplo: articulações intercarpianas;
· Trocoíde: o único movimento possível é a rotação em torno do eixo longitudinal. Exemplo: articulação radioulnar;
· Condilar: superfície articular tem a forma de um côndilo e é recebida por uma cavidade rasa ou glenóide. Exemplo: articulação do joelho;
· Selar: uma superfície côncava-convexa é recebida por uma superfície convexo-côncava. A superfície articular se assemelham a selas. Exemplo: articulação esterno-clavicular.
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 9 - Sistema articular: apresentação das principais articulações do corpo
Na aula de hoje iremos identificar as principais articulações do corpo humano e descrever suas classificações, tipo, elementos que a compõem e o grau de liberdade, que está relacionado com o tipo de movimentação que executa. 
Articulações do membro superior: 
Articulação esternoclavicular – é formada pela extremidade esternal da clavícula e a incisura clavicular do osso esterno. 
	Classificação 
	Sinovial
	Tipo
	Selar
	Elementos de reforço e estabilização
	Capsula articular
Ligamento esternoclavicular anterior
Ligamento esternoclavicular posterior
Ligamento interclavicular
Ligamento costoclavicular
Disco articular
	Graus de liberdade
	2 graus – biaxial
Articulação do ombro - formada pela união da cabeça esférica do úmero com a cavidade glenóide da escapula. 
	
Classificação
	Sinovial
	Tipo
	Esferoide
	Elementosde reforço e estabilização
	Bolsa subacromial
Bolsas subtendineas
Capsula articular fibrosa
Lábio glenoidal 
Ligamentos glenoumerais
Ligamento coracoumeral
Ligamento transverso do úmero
	
Graus de liberdade
	3 graus – triaxial
Articulação do cotovelo -possui 3 articulações contidas em uma capsula articular comum, formando uma unidade morfofuncional, são elas: umeroulnar, umerorradial e radiulnar proximal.
Articulação umeroulnar – entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna.
	Tipo
	Trocleartrose ou pivô
	Grau de liberdade
	1 grau – monoaxial
	Movimentos
	Flexão
Extensão 
Articulação umerorradial – entre o capítulo do úmero e a fóvea da cabeça do rádio.
	Tipo
	Condilar
	Graus de liberdade
	2 graus – biaxial
	Movimentos
	Flexão
Extensão
Pronação
Supinação
Articulação radiulnar proximal – a cabeça do rádio articula-se na incisura radial da ulna.
	Tipo
	Trocóide ou pivô 
	Graus de liberdade
	1 grau – monoaxial
	Movimentos
	Pronação
Supinação 
	Elementos de reforço e estabilização
	Capsula articular 
Ligamento colateral ulnar (interno)
Ligamento colateral radial (externo)
Ligamento anular da cabeça do rádio 
Articulação do quadril – também denominada articulação coxofemoral, a cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo do osso ilíaco.
	Classificação
	Sinovial
	Tipo
	Esferoide
	Elementos de reforço e estabilização
	Capsula articular
Ligamento iliofemoral
Ligamento pubofemoral
Ligamento isquiofemoral
Ligamento da cabeça do fêmur
Ligamento transverso do acetábulo 
	Graus de liberdade
	3 graus – triaxial
Articulação do joelho – é formada por 3 articulações: 2 femorotibiais e 1 femoropatelar.
Articulação femorotibial – os côndilos femorais medial e lateral fazem contato através dos meniscos interpostos à face articular superior da tíbia.
	Classificação
	Sinovial
	Tipo
	Plana
Articulação femoropatelar – a face articular da patela é adaptada à face patelar do fêmur.
	Classificação
	Sinovial
	Tipo
	Plana
	Elementos de reforço do joelho
	Capsula articular fibrosa
Ligamento da patela
Ligamento colateral tibial
Ligamento colateral fibular
Ligamento cruzado anterior
Ligamento cruzado posterior
Ligamento transverso do joelho
Ligamento menisco femoral anterior
Ligamento menisco femoral posterior
Ligamento poplíteo obliquo
Ligamento poplíteo arqueado
Menisco lateral
Menisco medial
Articulação tibiofibulares - a tíbia e a fíbula estão unidos por duas articulações: a tibiofibular proximal e a tibiofibular distal
Articulação tibiofibular proximal - a cabeça da fíbula na face articular da tíbia no côndilo lateral. 
	Classificação 
	Sinovial
	Tipo 
	Plana
	Elementos de reforço e estabilização 
	Capsula articular
Ligamento anterior
Ligamento posterior
	Movimentos
	Deslizamento e rotação da fíbula 
Articulação tibiofibular distal – forma uma potente união entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula. 
	Classificação
	Fibrosa
	Elementos de reforço e estabilização
	Ligamento tibiofibular anterior
Ligamento tibiofibular posterior
Ligamento interóssseo
Articulação do pé é difusa e composta por pequenas e importantes articulações, tal estrutura se assemelha com as articulações da mão. 
	Articulação talocrural
	Articulação talocrural
	Articulações intertarsais
	Articulação talocalcânea
Articulação talocâlneo navicular 
Articulação calcaneocunboidea 
Articulação cuneonavicular 
Articulação intercuneiformes e cúneo – cuboidea
Articulação cubóidea-navicular 
	Articulações tarsometartarsais
	
	Articulações metatarsofalangicas
	
	Articulações interfalangicas do pé
	Articulação proximal
Articulação intermediaria
Articulação distal
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MIRANDA, E. Bases de Anatomia e cinesiologia. 7.ed. Rio de Janeiro, Sprint 2008
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 10 - Sistema Nervoso I
Na aula de hoje iremos iniciar nossos estudos sobre o sistema nervo, qual é comporto pelo sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP) a partir de divisões anatômicas e funcionais como é descrito no fluxograma abaixo;
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 26.06.2020.
Para melhor entendermos a composição do sistema nervo é necessário que façamos a identificação de todas as suas partes como é mostrado na Figura1.
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.
Figura 1: Identificação das partes que contém o sistema nervoso central (sem a identificação da medula).
Importante ressaltar que o sistema nervoso central – encéfalo e medula espinha, são protegido pelas meninges composto por três camadas: dura-máter, aracnóide-máter e pia-máter, junto ao líquido cefalorraquidiano, também conhecido como fluído cérebro espinhal, é definido como um fluído corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnóideo no cérebro e medula espinhal (entre as meninges aracnóide e pia-máter) 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. (Figura 2)
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.
Figura 2: Telencéfalo – Vista superior.
Cada hemisfério possui três pólos: Frontal, Occipital e Temporal; e três faces: Súpero-lateral (convexa); Medial(plana); e Inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo. Cada parte do cérebro tem sua função específica em relação ao processamento e armazenamento de informação. (Figura 3)
	
	
	
	Lobo Frontal
	Lobo Temporal
	Lobo Parietal
	
	
	Lobo Occipital
	Lobo da Ínsula
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.
Figura 3: Telencéfalo – Vista lateral, inferior e sópero-lateral.
O cérebro é composto por uma massa cefálica que é estruturada em giros e sulcos, que fazer com que caiba dentro do crânio toda a quantidade de cérebros, como seus neurônios que o ser humano tem. Contudo, a partir das figuras abaixo, iremos ver os principais sulcos e giros externamente e internamente. Além disso podemos ver o corpo caloso, uma estrutura importante para identificação do limite entre telencéfalo e diencéfalo (Figura 4 e 5).
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Figura 4: Cérebro – Face súpero-lateral.
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Figura 5: Divisão do corpo caloso e fórnix. Cérebro – face ínfero-media. 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo, quando visto o desenvolvimento do sistema nervoso no embrião. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo (identificação preta), hipotálamo (identificação preta), epitálamo(identificação preta) e o subtálamo (identificação laranja) que é localizado abaixo do tálamo, possuindo um núcleo subtalâmico, o qual lesionado provoca uma síndrome conhecido como hemibalismo, caracterizado por movimentos anormais das extremidades. (Figura 6).
Tálamo compõe 80% do diencéfalo, consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral 
da via óptica, e ambos são considerados por alguns autores como uma divisãodo diencéfalo denominada de metatálamo. (Figura 4)
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 6: Diencéfalo – vista medial. 
O tálamo pode ser dividido em diferentes núcleos que alguns transmitem impulsos para as áreas sensórias do cérebro, como os núcleos medial transmite impulsos auditivos, o lateral transmite impulsos visuais e ventral posterior transmite impulsos para o paladar e para as sensações somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor. 
O hipotálamo é uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo e apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. (Figura 7)
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Figura 7: Hipotálamo – vista medial.
Os impulsos de neurônios no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados na medula espinhal para músculos e glândulas por todo o corpo. O hipotálamo tem como funções:
· Controle do sistema nervoso autônomo;
· Regulação da temperatura corporal;
· Regulação do comportamento emocional;
· Regulação do sono e da vigília;
· Regulação da ingestão de alimentos;
· Regulação da ingestão de água;
· Regulação da diurese;
· Regulação do sistema endócrino;
· Geração e regulação de ritmos circadianos.
O epitálamo é composto por trígono da Habênula, corpo pineal e comissura posterior. A função do epitálamo está relacionada com a regulação do comportamento emocional, pertencente ao sistema límbico. (Figura 8)
 
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 8: Epitálamo – vista medial 
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
SOBOTTA, J. Atlas De Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Aula 11 - Sistema Nervoso II
	Na aula de hoje iremos estudar sobre a anatomia da composição do tronco encefálico e as principais funções de cada parte
O tronco encefálico se divide em: bulbo, mesencéfalo, e a ponte situada entre ambos. (Figura 1)
	
	
	
	Bulbo
	Ponte
	Mesencéafo
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.
Figura 1: Composiçao do tronco encefálico – vista medial
	O bulbo também conhecido como centro vital tem como principal função o centro respiratório, que regula o ritmo da respiração, e o centro vasomotor e o do vômito. Pela função de controlar a respiração o bulbo é um órgão muito importante, que há necessidade de preocupação com lesões e com uso de drogas, pela sua alta sensibilidade de substâncias químicas como os narcóticos, em situações de consumo de alta dosagem, podem levar o indivíduo a morte pela parada respiratória. (Figura 2 e 3)
	
	
	
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 26/06/2020.
Figura 2: Bulbo. Vista medial e posterior
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 3: Bulbo – Tronco encefálico - vista póstero-lateral. 
	Na continuação do bulbo se encontra a medula espinhal, parte final do sistema nervoso central, responsável pele mediação das informações, pois a partir da medula se origina os nervos e gânglios transmissores das mensagens motoras e sensitivas. 
A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório. (Figura 4 e 5)
	
	
	
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 26/06/2020.
Figura 4: Ponte. Vista medial e posterior
 
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 5: Ponte – Tronco encefálico - vista anterior. 
	O mesencéfalo é composto por colículos e corpos geniculados, tendo com principais funções a visão, audição e os movimentos dos olhos e do corpo. (Figura 6 e 7)
	
	
	
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 26/06/2020
Figura 6: Mesencéfalo. Vista medial e posterior
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 7: Mesencéfalo – vista póstero-lateral 
O cerebelo é a parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilíbrio, pelo controle do tônus muscular, dos movimentos voluntários e aprendizagem motora. Dependemos do cerebelo para andar, correr, pular, andar de bicicleta, entre outras atividades. (Figura 8)
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 8: Cerebelo – vista medial. 
O cerebelo é divido em 3 diferentes lobos, o rostral (anterior), o flóculo – nodular e o caudal (posterior), quais são limitados a partir de fissuras. Cada lobo contém diversos sulcos que são apresentados como lâminas e denominadas como folhas do cerebelo. (Figura 9)
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 9: Cerebelo – vista superior. 
REFERÊNCIAS:
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
SOBOTTA, J. Atlas De Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Aula 12 - Sistema Nervoso III
Na aula de hoje iremos estudar sobre a anatomia do sistema nervo periférico, composto por nervos cranianos e espinhas, e gânglios. 
	Uma das funções mais importantes do sistema nervoso é o processamento das informações que chega a ele, pois esta tarefa é que irá definir respostas mentais e motoras adequadas. Vale lembrar que 99% da informação sensorial que chega ao cérebro é “descartada”, pois estas são consideradas sem importância. Neste sentido, nossa atenção só é despertada quando a informação sensorial excita a mente e é canalizada para regiões integradoras e motoras apropriadas do cérebro.
	Para melhor ilustrar este conceito, é possível citar como exemplo o contato da mão com a água quente dentro de uma panela. No instante em que ocorre o contato o cérebro é excitado – o que permite a retirada brusca da mão de dentro da panela. Esta canalização e processamento da informação são chamados de função integradora do sistema nervoso.
	Outra função importante do sistema nervoso é a capacidade de armazenar as informações. Somente pequenas quantidades de informações sensoriais ocasionam resposta motora imediata. No entanto, o restante destas informações não é descartado, mas sim armazenado na memória para o futuro controle das atividades motoras e para uso nos processos do pensamento. A maior parte deste armazenamento ocorre no córtex cerebral, mas a medula espinhal e outras regiões do cérebro também possuem pequena capacidade de armazenamento da informação.
	Para que todos esses processos aconteçam são necessárias as transmissões de informação, quais são realizadas através o sistema nervoso periférico que consisteem12nervoscranianose31 paresdenervosespinhais.Estesfeixesdefibrasnervosaspodemincluir nervossensoriaisquedetectaminformaçãosobreoambienteexternoeo estadointernodocorpo,alémdenervosmotoresqueenviamestímulos aosmúsculos. O sistema nervoso periférico pode, também, ser dividido em: 
· Sistema nervoso somático: envolvidoem ações conscientes e sensações 
· e pode ser denominado tambémcomo sistemanervosovoluntário;
· Sistemanervosoautônomo: envolvidocomsensações eaçõesinconscientesepodeserchamadotambémdesistemanervoso involuntário.
Os nervos cranianos são os que fazem conexão diretamente com o encéfalo, são os únicos que se originam foram da medula espinhal. Os 12 pares de nervos cranianos são divididos em três tipos, nervo motor, sensitivo e misto, recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. (Figura 1)
Fonte:auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 26/06/2020.
Figura 1: Nervos cranianos.
Os nervos motores se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex a partir das fibras corticonucleares. Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-sedos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em órgãos periféricos dos sentidos. Conforme a funcionalidade os nervos cranianos podem ser classificados em motores,sensitivos e mistos. (Figura 2). Os nervos motores são responsáveis pela movimentação dosolhos, da língua e acessoriamente dos músculos látero-posteriores do pescoço.
· III – Nervo Oculomotor
· IV – Nervo Troclear
· VI – Nervo Abducente
· XI – Nervo Acessório
· XII – Nervo Hipoglosso
Os nervos sensitivos estão ligados aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados também de nervos sensoriais relacionado a sensibilidade geral do corpo, como exemplo; dor e temperatura.
· I – Nervo Olfatório
· II – Nervo Óptico
· VIII – Nervo Vestibulococlear
Os nervos mistos, motores e sensitivos, são atualmente conhecidos apenas 4, os nervos restantes (5) ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema autônomo.
	Misto
	Vegetativos
	· V – Trigêmeo
	· III – Nervo Oculomotor
	· VII – Nervo Facial
	· VII – Nervo Facial
	· IX – Nervo Glossofaríngeo
	· IX – Nervo Glossofaríngeo
	· X – Nervo Vago
	· X – Nervo Vago
	
	· XI – Nervo Acessório
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
Figura 2: Nervos cranianos e suas terminações. 
	Os nervos espinhais são os que fazem conexão com a medula espinhal e responsáveis pela inervação do troco, dos membros e partes da cabeça. São considerados 31 pares de nervos, sem contar com os vernos coccígeos vestigiais. (Figura 3).
· 8 pares de nervos cervicais
· 12 pares de nervos torácicos
· 5 pares de nervos lombares
· 5 pares de nervos sacrais
· 1 pares de nervos coccígeos
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Figura 3: Nervos espinhais. 
	Os nervos espinhais são formados pela união das raízes dorsal – gânglio espinhal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares (Figura 4).
	O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Localizado próximo ao forame intervertebral (Figura 4).
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Figura 4: Raiz dorsal e ventral na medula espinhal. 
REFERÈNCIAS: 
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
SOBOTTA, J. Atlas De Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Aula 13 - Miologia
Na aula de hoje iremos iniciar nossos estudos sobre o sistema muscular do corpo humano. Os músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir movimento, e tem como função a produção de movimento corporal, a estabilização das posições corporais, regulação dos volumes em órgãos, movimento de substâncias dentro do corpo e produção de calor. A movimentação corporal é efetuada por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
O movimento nas várias partes do corpo é produzido pela contração dos músculos. Existem mais de 600 músculos espalhados pelo corpo humano, desses podemos citar 3 tipos com diferenças estruturais (Figura 1), funcionais e de situação, são eles:
· Músculo liso;
· Músculo estriado cardíaco;
· Músculo estriado esquelético.
Fonte:https://beduka.com/blog/exercicios/questoestecidomuscular. Acesso em 26/06/20
Figura 1: Tipos de tecidos musculares.
Músculo liso: é formado por células longas e fusiformes com um único núcleo central. Estas fibras musculares estão dispostas em camadas na parede do tubo digestivo, vasos sanguíneos etc., sendo revestidas e unidas por uma rede delicada de fibras reticulares. O processo de contração é lento e involuntário.
Músculo estriado cardíaco: apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. É encontrado apenas no coração onde forma o músculo chamado miocárdio. As células musculares cardíacas são capazes de autoestimulação, não dependendo de um estímulo nervoso para iniciar a contração, essa contração é vigorosa, rítmica e involuntária.
Músculo estriado esquelético: é formado por feixes de fibras cilíndricas muito longas e multinucleadas, conhecidas por fibras musculares estriadas esqueléticas. Esses feixes são envolvidos pelo epimísio, uma membrana externa de tecido conjuntivo denso. Destas membranas partem septos de tecido conjuntivo muito fino, chamados perimísios, por onde os vasos sanguíneos entram nos músculos. Cada fibra, por sua vez, é envolvida por uma camada delgada de fibras reticulares que dá origem ao endomísio. São músculos de movimentos voluntários (Figura 2).
Fonte:https://beduka.com/blog/exercicios/questoestecidomuscular. Acesso em 26/06/20
Figura 2: Fibras do tecido muscular esquelético.
Com relação ao tecido muscular esquelético é composto por dois tipos principais de fibras musculares que são as vermelhas e as brancas. As fibras vermelhas são também chamadas de Tipo I ou de contração lenta e as brancas de Tipo II ou de contração rápida. A classificação das fibras foi feita por pesquisadores através das suas características contráteis e metabólicas. As diferenças entre as fibras musculares:
	Fibras de contração lenta (Tipo I) 
	Fibras de contração rápida (Tipo II) 
	· Sistema de energia predominante: aeróbio;
 Contração muscular lenta;
· Capacidade oxidativa (utiliza o oxigênio como principal fonte de energia);
· Coloração: Vermelha (devido ao grande número de mioglobina e mitocôndrias);
· São altamente resistentes à fadiga;
 São mais apropriadas para exercícios de longa duração;
· Predomina em atividade aeróbicas de longa duração como natação, corrida.
	· Sistema de energia predominante: anaeróbico; 
· Alta capacidade para contrair rapidamente (a velocidade de contração e tensão gerada é 3 a 5 vezes maior comparada às fibras lentas);
· Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e glicose);
· Coloração: Branca;
· Fadigam rapidamente;
· Gera movimentos rápidos e potentes;
· Predomina em atividades anaeróbicas que exigem paradas bruscas, arranques com mudança de ritmo, saltos. Ex.: basquete, futebol, tiros de até 200 metros, musculação, entre outros.
Os dois tipos estão presentes em todos os grupos musculares do organismo, no entanto, há o predomínio de um tipo sobre o outro dependendo do músculo e de fatores genéticos. As fibras tipo II são subdivididas nos dois grupos:
· Fibras do subtipo IIa ou rápidas oxidativas-glicolíticas;
· Fibras do subtipo IIb ou rápidas glicolíticas
Fibras do subtipo II: são também fibras brancas, com predomínio do metabolismo anaeróbico, mas já com uma capacidade oxidativa superior, o que as toma ligeiramente mais resistentes à fadiga. Essas exibem um perfil contrátil, metabólico e morfológico intermediário entre os outros dois tipos de fibras: velocidade de contração mais ou menos rápida.
Fibras do subtipo IIb: constituem o subtipo mais característico. São mais claras e de contração rápida, nas quais obtém energia quase exclusivamente por glicólise anaeróbia. O componente aeróbico é reduzido. Predominam em músculos que movem pernas e braços.
Há também estudo que mostram a fibras musculares tipo IIc: é uma fibra rara de 1 a 3% do músculo provavelmente participa de diferentes demandas imposta ao músculo. O que vai determinar se o indivíduo tem mais fibras Tipo I ou tipo II (a e b) é a herança genética e o treinamento específico para cada modalidade esportiva de uma maneira geral. 
	O músculo esquelético pode ser diferenciado quanto sua:
· Situação: superficiais ou cutâneos e profundos ou subaponeuróticos;
· Forma: longos, curtos e largos;
· Disposição das fibras: reto, transverso e oblíquo;
· Função: agonista, antagonista, sinergista e fixadores
REFERÊNCIAS: 
NETTER, F. H. Atlas

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