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Histologia das suprarrenais e pâncreas endócrino

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Histologia das Suprarrenais e Pâncreas Endócrino 
As suprarrenais são glândulas pares localizadas muito próximas do polo superior de cada rim. De maneira que é a glândula suprarrenal direita é achatada e tem um formato triangular. Já a suprarrenal esquerda possui um formato semilunar.
Ambas as glândulas estão inseridas na gordura perirrenal. As suprarrenais secretam hormônios esteroides e catecolaminas.
De uma forma geral cada glândula suprarrenal possui um corte externo, que é de origem mesodérmica, envolvendo uma região mais interna de origem neuroectodérmica que recebe o nome de medula. 
O córtex produz e secreta glucocorticoides enquanto que a medula produz e secreta catecolaminas. 
Como toda a glândula endócrina suprarrenais possuem dois componentes histológicos principais: o estroma formado por uma espessa cápsula de tecido conjuntivo denso modelado, com pouquíssimos septos conjuntivos e abundante fibras reticulares (colágeno III), sustentando os cordões celulares;
O parênquima é cordonal formado por duas regiões concêntricas: a mais externa chamada e córtex que vem representar mais ou menos 75% da glândula, rodeando a medula que representa em torno de 25% da glândula. 
O córtex em uma observação mais detalhada ao microscópio pode ser dividido em três zonas concêntricas: a zona glomerulosa que é mais externa e que vem a representar em torno de 15-20% do córtex; seguidamente temos a zona fasciculada é a zona intermediária mais espessa que representa em torno de 75% do córtex; e logo temos uma zona mais interna chamada de zona reticulada que representa em torno de 5-10% do córtex.
 E também temos então a medula que é a parte mais interna.
A imagem é uma micro fotografia de parte do córtex da glândula suprarrenal. Onde se pode ser visualizado a cápsula de tecido conjuntivo denso e logo embaixo da cápsula de tecido conjuntivo denso pode ser observada a zona glomerulosa. Essa zona glomerulosa é constituída por cordões celulares arredondados e que podem inclusive também apresentar um formato de arco (cordões arciformes) entremeados por capilares fenestrados. As células de uma forma geral pode apresentar um formato que podem ser cúbicas ou cilíndricas, dependendo da espécie.
Na microscopia eletrônica de transmissão é possível observar que essas células apresentaram quantidade abundante de retículo endoplasmático liso, múltiplos complexo de golgi, mitocôndrias grandes com cristas tubulares, ribossomos livres e algum retículo endoplasmático rugoso. E além disso pode ser observadas gotículas lipídicas esparsas. 
Nesta imagem podemos observar de uma forma mais detalhada a configuração arredondada dos cordões celulares. As células aqui vemos que são mais ou menos poliédricas ou cúbicas, e esse formato arredondado desses cordões celulares foi que para os histologistas clássicos lembrava uma estrutura de um glomérulo renal, e a partir desse aspecto e essa configuração foi que deram o nome então da zona glomerulosa. 
E a função principal da zona glomerulosa é a de produzir e secretar mineralocorticoides, sendo o mais importante a aldosterona. A função principal da aldosterona é aumentar a reabsorção de sódio e cloro, a nível dos túbulos renais, e aumenta a excreção de potássio e hidrogênio. Junto com o sódio e o cloro é absorvido por osmose, e a água também. Dessa maneira então a zona glomerulosa participa na regulação e na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico do corpo.
Hormônio trófico da zona glomerulosa é a angiotensina II, através do sistema renina-angiotensina. 
Esse esquema resume de uma forma bastante didática como acontece a regulação da atividade funcional da zona glomerulosa. Podemos observar que diante de uma queda da pressão arterial ou uma diminuição do volume sanguíneo por uma perda abundante de sangue, ou quando há uma diminuição do sódio dietético, o aparelho justa glomerular é presente no rim e age sintetizando e secretando renina.
A renina posteriormente vai ativar o angiotensinogênio produzido no fígado para a angiotensina I, que posteriormente será convertida em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (que se encontra principalmente no pulmão e nas células endoteliais). A angiotensina II, dentre outras funções, por via sanguínea chega na zona glomerulosa estimulando a produção e secreção de aldosterona (vai promover então a retenção de sódio, cloro e água e por outro lado ela aumenta a excreção de potássio). 
A zona fasciculada, como falei no início é a zona intermediária do córtex suprarrenal, mais espessa, suas células são grandes e poliédricas, e organizam-se em longos cordões retilíneos que possuem uma espessura em torno de uma a duas células, entremeado pelos capilares corticais fenestrados.
O microscópio eletrônico de transmissão revela características típicas de células secretoras de esteroide, isto é um retículo endoplasmático liso altamente desenvolvido (mais que aquele observado nas células da zona glomerulosa), e mitocôndrias com cristas tubulares.
E essas células também apresentam a maior quantidade de gotículas lipídicas no citoplasma. Por isso nos cortes histológicos de rotina as células apresentam um citoplasma muito vacuolizado, com pequenos vacúolos e número de vacúolos pequenos presentes no citoplasma, e por isso recebem o nome de espongiócitos.
 Nesta imagem podemos observar duas micrografias eletrônicas de parte do córtex da glândula suprarrenal. Vemos então na esquerda a presença de parte da cápsula formada por tecido conjuntivo denso. Logo embaixo temos a zona glomerulosa, vemos os cordões celulares de forma arredondada ou às vezes com uma disposição mais ou menos arqueada ou arciformes. Logo então vemos a presença a parte do que seria a zona fasciculada, vemos aqui o limite entre a zona glomerulosa na parte superior e a zona fasciculada na parte inferior. Então dá para ver os cordões celulares mais ou menos retilíneos entremeado pelos capilares corticais fenestrados. Em maior aumento (imagem à direita) é possível observar que as células da zona fasciculada são poliédricas, e chama a atenção para o aspecto vacuolado no citoplasma que se deve a grande quantidade de gotículas lipídicas armazenados nas células e que durante o processamento histológico esse lipídeo é dissolvido ficando esse aspecto esponjoso, por isso recebem o nome de espongiócitos. Vemos também os cordões, os capilares corticais fenestrados entremeadas pelos cordões de células da zona fasciculada. 
Nas imagens de microscopia eletrônica de transmissão é possível observar então parte do citoplasma de um espongiócito, com gotículas lipídicas e uma extenso retículo endoplasmático liso desenvolvido. Também é possível observar o aparelho de golgi, a presença de grânulos de lipofuscina um pouco mais elétron denso que a cutícula lipídicas. Uma característica muito notória é a presença de mitocôndrias com cristas tubulares. Na direita podemos observar então o extenso retículo endoplasmático liso com superfície tubulares a presença das mitocôndrias e os grânulos de lipofuscina você vem que ele tem um centro um pouquinho mais elétron denso, e é embebidos em uma matriz um pouquinho mais claro e menos elétron densa. 
A função da zona fasciculada está relacionada com a produção e secreção de glicocorticoides, principalmente o cortisol. O cortisol de uma forma geral ele apresenta duas funções, dois efeito. Um efeito metabólico de maneira que no fígado o cortisol estimula a gliconeogênese (a formação de glicose a partir dos aminoácidos para aumentar a concentração da glicose no sangue) e além disso tem um efeito anti-inflamatório onde o cortisol suprime as respostas teciduais a lesões e diminui a imunidade celular e humoral.
A zona fasciculada também produz e secreta andrógenos como a dehidroepiandrosterona e a androstenediona mas essa síntese é em poucas quantidades.
A zona reticulada é a camada mais interna do córtex, as células são menores em comparação com as da zona fasciculada. Se organizam em cordões celulares anastomosados irregularmente, separados por capilares fenestrados. As célulassão acidófilas pela abundância de lisossomos, grandes grânulos de lipofuscina e menos gotículas lipídicas.
Aqui na micro fotografia é de um corte histológico corado por hematoxilina-eosina para ver o limite entre a zona fasciculada e a zona reticulada. É possível observar a diferença primeiramente, a distribuição dos cordões celulares, na zona fasciculada é formada por cordões celulares retilíneos, enquanto que na zona reticulada os cordões celulares se anastomosam de forma irregular. Outra diferença é em relação ao tamanho das células, as da zona fasciculada são mais volumosas que as células da zona reticulada, vemos então que elas são de menor tamanho. E finalmente a terceira diferença entre esses tipos celulares é em relação ao aspecto do citoplasma quando visto pela hematoxilina-eosina. As da zona fasciculada tem um citoplasma mais claro e com aspecto vacuolado, e as células da zona reticulada apresentam citoplasma mais eosinófilo, mais acidófilo, mais rosa e menos vacúolos lipídicos. Esse citoplasma mais acidófilo deve ser uma presença maior de lisossomos e em menor quantidade de lipídios.
Na microfotografia da direita é possível observar então o limite entre a zona reticulada, temos que os cordões anastomosados regularmente estão separados por capilares fenestrados. A medula, região mais interna, vemos que ela é formada por células levemente basófilas também separadas por capilares fenestrados. É possível observar parte do que seria a veia central.
A zona reticulada é o local primário de produção dos hormônios sexuais da suprarrenal. A deidroepiandrosterona (DHEA) e a andostenediona são andrógenos predominante produzidos pelo córtex da glândula suprarrenal. É a principal fonte de androgenos nas mulheres. E nas mulheres esses andrógenos estimulam o crescimento de pelos púbicos e axilares durante a puberdade. 
A resposta a estimulação pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) as células da zona reticulada e fasciculada produzem andrógenos (deidroepiandrosterona e androstenediona). As células da zona reticulada além disso sintetizam sulfato de deidroepiandrosterona. 
Fora do córtex da suprarrenal, esses andrógenos são fracos e eles são convertidos em andrógenos mais potentes e também em estrógenos.
A regulação do córtex suprarrenal especificamente da zona fasciculada e da zona reticulada dá-se pelo eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal. De maneira que o estresse, níveis séricos baixo de cortisol e a vasopressina a nível do hipotálamo estimula a produção e secreção do CRH que é o hormônio liberador de corticotrofina (ACTH). Esse CRH através do sistema porta-hipotalâmico-hipofisário é transportado para a adenohipófise especificamente para pars distalis, onde ali estimula um tipo de célula cromófila basófila, que são as corticotrofos, para a liberação do ACTH. O ACTH por via sanguínea estimula a zona fasciculada e a zona reticulada. A fasciculada para produzir especificamente glicocorticoides e em menor quantidade hormônios sexuais, e a reticulada para produzir hormônios sexuais. 
A angiotensina II é o principal hormônio trófico da zona glomerulosa. O cortisol produzido em resposta a estimulação do ACTH é transportado para via sanguínea, para o fígado, e também por via sanguínea esse cortisol pode inibir a liberação de CRH a nível do hipotálamo e também a liberação do ACTH. Dessa forma o cortisol, ele é próprio regula a atividade funcional das glândulas do córtex suprarrenal agindo a nível do hipotálamo e também da hipófise, diminuindo a produção do ACTH.
A medula representa a camada mais interna da glândula suprarrenal é formada principalmente por células cromafins. São chamadas células cromafins pela capacidade das catecolaminas produzidas por ela, de oxidar os sais de cromo produzindo então um pigmento castanho. Quando a glândula suprarrenal é fixada com dicromato de potássio e coradas pela hematoxilina-eosina, as células cromafins são observadas de cor amarela acastanhada. Isso se deve então por essa a capacidade de oxidação dos sais de cromo. 
As células cromafins são neurônios pós-ganglionares simpáticos modificados sem prolongamentos, derivados da crista neural. Ela se organiza em cordões epiteliais circundados por um capilares fenestrados. As células desses cordões são cuboides e fracamente basófilas, rodeadas por delicados capilares fenestrados.
 Na microscopia eletrônica de transmissão, o citoplasma da célula cromafim contém grânulos densos revestida por membrana, contendo, em parte, proteínas da matriz granular, as chamadas de cromograninas, e uma classe de catecolaminas, seja adrenalina (epinefrina) ou noradrenalina (norepinefrina).
As catecolaminas produzidas pelas células cromafins, são secretadas no sangue em vez de ser secretadas numa sinapse, como acontece nos terminais pós-ganglionares.
A medula da suprarrenal é inervada por fibras pré-ganglionares simpáticas que liberam acetilcolina. Essa acetilcolina vai estimular a liberação das catecolaminas.
A imagem é uma micro fotografia de um corpo histológico da glândula suprarrenal corada pelo HE. A esquerda é possível observar então a presença de parte da zona reticulada e a direita podemos observar as células da medula. A medula formada pelas células cromafins são ligeiramente basófilas, entrelaçam as células da zona reticulada que são acidófilas, e vemos parte da veia central.
 Nessa imagem podemos observar a disposição das células cromafins em cordões entremeado por capilares fenestrados. E pode ser observado um esquema para mostrar como acontece a síntese das catecolaminas. Então a síntese das catecolaminas acontecem no citosol a partir da tirosina. Essa tirosina é transformada em DOPA. E a DOPA possivelmente será convertida a dopamina. A dopamina posteriormente é transferida para os grânulos, para vesículas citoplasmáticas, e ali vai ser convertida para Norepinefrina. A norepinefrina retorna ao citosol e aí através da fenil etanolonamina n-methyltransferase será convertida em epinefrina que possivelmente retorna as vesículas e através do influxo de cálcio vai ser liberada por exocitose para os vasos sanguíneos. 
As células cromofins são inervadas por fibras nervosas simpáticas pré-ganglionares que liberam acetilcolina. E a acetilcolina através do influxo de cálcio, induz uma despolarização da membrana das células cromafins, e irá estimular a liberação por exocitose dos grânulos secretórios contendo essa catecolaminas, que serão liberadas para o sangue.
Importante falar que 80% das células cromafins são células produtoras de adrenalina e 20% restante são células produtoras de noradrenalina.
Um aspecto importante em relação à as glândulas suprarrenais está relacionado então com a vascularização. São ricamente vascularizadas e o sangue arterial deriva de três fontes diferentes: artéria frênica inferior que dá origem a artéria suprarrenal superior; a aorta que dá origem a artéria suprarrenal média; e artéria renal que dá origem a artéria suprarrenal inferior.
É importante falar que não há veias, nem vasos linfáticos no córtex da suprarrenal. E tanto o córtex quanto à medula são drenados pela veia central, presente na medula.
A irrigação da glândula suprarrenal se dá pela artéria suprarrenal superior derivada da artéria frênica inferior, a suprarrenal média derivada da aorta, e a suprarrenal inferior derivada artéria renal, entram na cápsula para formar o chamado plexo capsular. E a partir do plexo capsular surgem os chamados capilares corticais fenestradas e esses capilares corticais fenestrados suprem principalmente a zona glomerulosa e zona fasciculada.
Quando chegam na zona reticulada, forma um plexo que posteriormente se continua com o chamados capilares fenestrados medulares. Além disso a artéria medular, que deriva da artéria suprarrenal inferior entra nas trabéculas e se ramificam terminando também nos capilares fenestrados medulares. Esses capilares fenestrados medulares se abrem na veia suprarrenal central.
 A partir desse esquema é possível observar que a medula experimenta uma dupla irrigação pelos capilares fenestrados corticais,que geraram os capilares fenestrados medulares e pela artéria medular. O fato da glândula suprarrenal apresentar esse tipo de irrigação, permite com que o sangue que chega à medula seja rico em cortisol. E como foi falado anteriormente o cortisol é necessário para a ativação da fenil etanolamina n-methyltransferase (PNMT), que converte noradrenalina em adrenalina.
 
Nesta imagem então é possível visualizar melhor o que foi explicado anteriormente. Aqui temos uma micrografia mostrado parte do corte histológico da glândula suprarrenal, vemos então a cápsula e a zona glomerulosa situada logo abaixo da cápsula. A zona fasciculada mais extensa e a zona reticulada do córtex da glândula suprarrenal mais internamente e possível então visualizar a parte do que seria a medula da suprarrenal. A nível da cápsula se forma os plexos capsulares, do qual surgem os capilares corticais fenestrados que banham a zona glomerulosa e a zona fasciculada. Na zona reticulada esses capilares formam um plexo antes de se abrir na veia medular central localizada na medula. Temos também a presença da do que seria a artéria medular, que é originada a partir da artéria suprarrenal inferior, e vemos então que essa a. medular penetra na trabécula, diretamente e se ramifica e também se abre no que seria a veia medular central.
Dessa forma então as secreções do córtex da glândula suprarrenal, banham então as células cromafins que tem uma importância fisiologia bastante significativa.
· Pâncreas Endócrino 
É uma glândula mista, com 2 componentes morfofuncionalmente distintos. Formado por um estroma de TC (cápsula e septos delicados), e um parênquima. 
O parênquima é organizado por 2 componentes funcionais distintos: -Os ácinos serosos pancreáticos: sintetizam e secretam no duodeno enzimas essenciais para o processo de digestão no intestino; -As ilhotas de Langerhans ou ilhotas pancreáticas: sintetizam e secretam os hormônios insulina e glucagon no sangue. Hormônios que regulam o metabolismo da glicose, dos lipídios e das proteínas no corpo. Insulina é um hormônio hipoglicemiante e o glucagon um hormônio hiperglicemiante.
Na imagem observa-se o pâncreas sendo formado por lóbulos, formados por septos ou trabéculas que partem da cápsula e dividem a glândula em pequenos compartimentos chamados de lóbulos.
Em cada lóbulo é possível ver centros de estrutura chamados de ácinos serosos. E disseminadas entre os ácinos encontram-se as ilhotas pancreáticas (sinalizadas pela presença das setas). Todo o tecido entre os lóbulos são os septos de TC proveniente da cápsula, é importante pois possibilita a entrada de vasos sanguíneos e nervos para o parênquima glandular.
Na região superior é possível visualizar o ducto excretor interlobular pertencente ao componente exócrino da glândula. 
Cada ilhota pancreática consistem em pequenos grupamentos arredondados, formados por cordões celulares anastomosados, constituídos por pequenas células endócrinas pouco coradas em coloração de rotina, em meio a capilares fenestrados.
As células secretoras são poligonais e estão dispostas em cordões irregulares e curtos, envolvidos por uma rede extensa de capilares fenestrados.
Nos cortes corados de HE, as ilhotas pancreáticas aparecem como agrupamentos de células de coloração pálida, circundadas por ácinos pancreáticos de coloração mais intensa. Podendo ser observada na imagem a seguir.
Cada ilhota pancreática é formada por em torno de 3 mil células secretoras. Cada ácino seroso é formado por várias células de formato piramidal, na base tem uma basófila intensa devido a um reticulo endoplasmático rugoso bem desenvolvido, enquanto na porção apical é bastante acidófila (rosa) e tem aspecto granular pela presença de grânulos que contém as enzimas digestivas inativadas. Só serão ativadas quando liberadas no duodeno.
Se destaca as ilhotas na imagens, se observa com um grupo de células pálidas rodeadas por ácinos serosos pancreáticos mais intensamente corados. Na foto da direita, as células que estão na periferia da ilhota representam as células alfa ou A que são produtoras e secretoras de glucagon. 
Cada ilhota possui 4 tipos celulares: -Células alfa: 10% e produzem glucagon; -Células beta: 70-80%, principal tipo celular e produzem insulina; -Células delta: 3-5% e produzem somatostatina e gastrina; -Células F ou PP: menos de 2% e produzem polipeptídeo pancreático. 
As células beta se encontram principalmente localizadas na região central da ilhota, formam o núcleo da ilhota e está em maior número. E as células alfa se encontram na periferia em menor número (no camundongo). No individuo humano e adulto as células alfa estão em menor número também, porém se distribuem aleatoriamente na ilhota, com uma localização preferencial também na periferia. 
Sobre a vascularização das ilhotas pancreáticas, o pâncreas recebe um duplo suprimento sanguíneo. Um através do sistema porta insuloacinar e o outro através do sistema vascular acinar. Cada ilhota é irrigada por uma artéria aferente que se capilariza dentro da ilhota dando origem a capilares fenestrados. Esses capilares abandonam a ilhota e suprem e rodeiam os ácinos serosos pancreáticos.
Dessa maneira possibilita a ação local no pâncreas exócrino dos hormônios produzidos na ilhota, por essa razão se chama sistema porta insuloacinar (a. aferente entra na ilhota, forma uma rede de capilares fenestrados, os capilares abandonam a ilhota e vão se dispor ao redor de cada ácino rodeando as ilhotas. Permitindo que os hormônios produzidos possam agir sobre os ácinos serosos pancreáticos).
O segundo sistema vascular do pâncreas é um sistema arterial independente chamado de sistema vascular acinar. Ele supre diretamente os ácinos serosos pancreáticos.

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