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TICS - prova broncodilatadora em pacientes com asma e enfisema

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O que acontece após a prova broncodilatadora em indivíduos normais, com asma e com enfisema? 
 Broncodilatadores são medicações que aumentam o VEF1 ou alteram outras variáveis 
espirométricas, geralmente por meio da alteração do tônus do músculo liso das vias aéreas, pois o 
fluxo expiratório aumentado reflete no alargamento das vias aéreas. Essas drogas melhoram o 
esvaziamento dos pulmões, tendem a reduzir a hiperinsuflação dinâmica ao repouso e durante o 
exercício. 
 A avaliação da resposta na prova broncodilatadora nas doenças pulmonares obstrutivas crônicas 
é fundamental no diagnóstico e na conduta terapêutica, além da avaliação prognóstica. A espirografia 
é o primeiro teste funcional realizado e o mais importante na rotina da maioria desses pacientes. 
 Na respiração normal, a inspiração só se inicia após uma expiração plena, quando o nível 
respiratório é dito em repouso e a pressão do sistema respiratório é zero. 
 A asma brônquica é uma doença inflamatória das vias aéreas, cujo diagnóstico é baseado na 
história de sintomas característicos e a resposta de limitação ao fluxo expiratório. Na espirometria, a 
asma se comporta como um distúrbio obstrutivo. O volume expiratório forçado no primeiro segundo 
(VEF1 ) é um parâmetro importante para estabelecer a gravidade da doença. Uma prova 
broncodilatadora positiva sugere, mas não define o diagnóstico de asma.1,2 Na asma a resposta à 
prova broncodilatadora (PBD) costuma ser mais intensa, podendo ser considerada típica de asma 
quando se observa um aumento ≥ à 15 pontos percentuais no teórico do volume expiratório forçado 
no 1º segundo (VEF1) 
 Na avaliação do paciente com suspeita clínica de DPOC, a espirometria se faz necessária para 
confirmação diagnóstica, caracterizando-se obstrução persistente a partir do valor pós 
broncodilatação da relação entre o VEF1 e a capacidade vital forçada (CVF) menor que 70. A relação 
entre o VEF1 e a capacidade vital lenta (CV) também pode ser utilizada. Porém é importante elencar 
que o grau de reversibilidade, medida pela variação do VEF1 antes e após o broncodilatador, não é 
útil na definição diagnóstica desta patologia. Pacientes eventuais com enfisema poderão ter 
respostas acentuadas ao broncodilatador, por provável amplificação destes mecanismos. Respostas 
isoladas de volume ao broncodilatador em pacientes com DPOC se associam com enfisema acentuado 
e provavelmente resultam de um efeito alterado da inflação pulmonar sobre o calibre das vias 
aéreas. 
REFERÊNCIAS 
AZEVEDO, Karen Rosas Sodré. Teste de broncodilatação: a incorporação de novos parâmetros na sua 
avaliação. Pulmäo RJ, v. 24, n. 1, p. 8-13, 2015. 
LOPES, Agnaldo José; FARIA, Anamelia C.; BÁRTHOLO, Thiago P. Definições funcionais de asma e doença 
pulmonar obstrutiva crônica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. 12, n. 2, 2013. 
TRINDADE, Alexandre Moreto; SOUSA, Thiago Lins Fagundes de; ALBUQUERQUE, André Luís Pereira. A 
interpretação da espirometria na prática pneumológica: até onde podemos avançar com o uso dos seus 
parâmetros. pulmão RJ, v. 24, n. 1, p. 3-7, 2015. 
SILVESTRI, Isabella Correia; DE CASTRO PEREIRA, Carlos Alberto; RODRIGUES, Sílvia Carla Sousa. 
Comparação da variação de resposta ao broncodilatador através da espirometria em portadores de asma ou 
doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 34, n. 9, p. 675-682, 2008.

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