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SISTEMA IMUNE COMPLETO

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Resposta imune
O corpo possui duas linhas de defesa. Barreiras físicas e químicas, como a pele, o muco e o ácido estomacal, inicialmente tentam manter os patógenos fora do ambiente interno do corpo.
Se a primeira linha de defesa falha, então a resposta imune interna assume. A resposta imune interna tem quatro passos básicos: 
1.Detecção e identificação de substancia estranha
2.Comunicação com outras células imunes para reunir uma resposta organizada
3.Recrutamento da assistência e coordenação da resposta entre todos os participantes
4.Destruicao ou supressão do invasor 
Citocinas:
 	Proteínas mensageiras liberadas por uma célula que afetam o crescimento ou a atividade por determinadas células.
Anticorpos:
 	Proteínas secretadas por determinadas células imunes que se ligam a antígenos e os tornam mais visíveis para o sistema imune.
Células citotóxicas:
 	Destroem as células que atacam
Células apresentadoras de antígeno (APCs):
 	Fragmentos de proteínas estranhas na sua superfície celular.
A resposta imune humana, em geral, é dividida em duas categorias: imunidade inata inespecífica e imunidade adquirida específica. A imunidade inata está presente desde o nascimento e é a resposta imune inespecífica do corpo à invasão
Anatomia do sistema imune
O sistema imune tem dois componentes anatômicos: os tecidos linfáticos e as células responsáveis pela resposta imune
OS TECIDOS LINFOIDES ESTAO DISTRIBUIDOS POR TODO O CORPO.
I) Tecido linfoide primário:
- Timo 
- Medula óssea 
Ambos locais onde as células envolvidas na resposta imune são formadas e amadurecem. Alguns tipos de células imunes maduras não se especializam até sua primeira exposição ao patógeno.
II) Tecidos linfoides secundários (Encapsulados)
- Baço 
- Linfonodos
As células imunes maduras interagem com patógenos e iniciam uma resposta. Os tecidos secundários são divididos em tecidos encapsulados e tecidos linfáticos difusos não encapsulados. Os tecidos linfoides encapsulados são o baço e os linfonodos. Ambos têm uma parede externa formada por cápsulas de fibras colágenas. O baço contém células imunes posicionadas para monitorar o sangue contra invasores estranhos. As células fagocitárias no baço também aprisionam e removem eritrócitos velhos.
Os linfonodos fazem parte da circulação linfática, que está intimamente associada aos capilares do sistema circulatório. Lembre-se que a pressão arterial cria um fluxo líquido de fluidos para fora dos capilares e para o espaço intersticial. O fluido filtrado, no valor de cerca de 3 L/dia, é captado pelos capilares linfáticos e passa através dos linfonodos encapsulados em sua viagem de volta ao coração.
Os tecidos linfáticos difusos não encapsulados são agregados de células imunes que aparecem em outros órgãos do corpo. Eles incluem as amígdalas na nasofaringe posterior; o tecido linfático associado ao intestino (GALT), que se situa debaixo do epitélio do esôfago e dos intestinos e agrupamentos de tecidos linfáticos associados à pele e aos tratos respiratório, urinário e genital. Em cada caso, esses tecidos contêm células imunes posicionadas para interceptar patógenos invasores antes que eles cheguem à circulação geral. Devido à grande área de superfície do epitélio do trato digestório, algumas autoridades consideram o GALT o maior órgão imune. Anatomicamente, o sistema imune é posicionado onde quer que patógenos sejam mais propensos a entrar no corpo.
LEUCÓCITOS MEDEIAM A IMUNIDADE		 - Células brancas do sangue, ou leucócitos, são as células primárias responsáveis pela resposta imune do corpo.
- São divididos em seis tipos:
	1) basófilos no sangue e seus similares mastócitos nos tecidos, 
 	2) eosinófilos, 
 	3) neutrófilos, 
 	4) monócitos e seus derivados macrófagos, 	5) linfócitos e seus derivados plasmócitos e 
 	6) células dendríticas
Basófilos 
	- Raros na circulação, porém facilmente reconhecidos em um esfregaço de sangue corado pela presença de grandes grânulos azul-escuro no seu citoplasma.
 	- Libera mediadores que contribuem para a inflamação
 	- Similares aos mastócitos (encontrados no tecido conjuntivo da pele, pulmões e trato gastrointestinal). Nesses locais, os mastócitos estão situados de forma ideal para interceptar os patógenos que são inalados ou ingeridos, ou aqueles que entram através de rupturas na epiderme 
Seus grânulos contêm histamina, heparina (anticoagulante), citocinas e outras substancias químicas envolvidas nas respostas imune e alérgica.
Eosinófilos
	- Facilmente reconhecidos pelos grânulos cor – de – rosa presente em seu citoplasma
	- Está associado a reações alérgicas (contribuem para inflamação e dano tecidual por liberarem enzimas tóxicas, substâncias oxidativas e uma proteína chamada de neurotoxina derivada de eosinófilo) e parasitoses
	- Células citotóxicas 
Encontrada no trato digestório, nos pulmões, nos epitélios genital e urinário e no tecido conectivo da pele. Essa localização reflete o seu papel na defesa do organismo contra invasores parasitos. 
	- Duração de vida: 6 – 12H
Neutrófilos:
	- Facilmente identificados por terem um núcleo segmentado por 3 – 5 lobos conectados por fitas finas de material nuclear
 	- Células fagocíticas que geralmente ingerem e matam de 5 a 20 bactérias durante sua curta vida útil programada de 1 ou 2 dias 
	- Neutrófilos imaturos: ocasionalmente encontrados na circulação, podem ser identificados por seu núcleo em forma de ferradura.
 	 - São formados na medula óssea e liberados na circulação sanguínea.
A maioria dos neutrófilos permanece no sangue, mas podem sair da circulação se forem atraídos para um local extravascular de dano ou infecção. Além de ingerirem bactérias e partículas estranhas, os neutrófilos liberam várias citocinas, incluindo pirogênios causadores da febre e mediadores químicos da resposta inflamatória.
Monócitos e macrófagos 
	- Células precursoras dos macrófagos teciduais
	- Maiores e mais eficazes do que os neutrófilos, ingerindo 100 bactérias durante sua vida.
	- Removem partículas maiores, como eritrócitos velhos e neutrófilos mortos.
Uma vez nos tecidos, os monócitos aumentam de tamanho e se diferenciam em macrófagos fagocíticos. Alguns macrófagos teciduais patrulham os tecidos, deslizando por movimento ameboide. Outros encontram uma localização e permanecem fixos no local apropriado. Em ambos os casos, os macrófagos são os principais fagócitos dentro dos tecidos.
Além disso, possuem um papel muito importante não desenvolvimento da imunidade adquirida, uma vez que eles são células apresentadoras de antígeno. Depois que um macrófago ingere e digere antígenos moleculares ou celulares, ele pode inserir fragmentos do antígeno processado em sua membrana, de modo que o fragmento do antígeno se torna parte de complexas proteínas de superfície.
Linfócitos 
	- Células – chave que medeiam a resposta imune adquirida no corpo.
	- A maioria encontra – se nos tecidos linfáticos, onde provavelmente encontrem invasores.
Os linfócitos B e seus derivados são responsáveis pela produção de anticorpos e a apresentação de antígenos. Os linfócitos T e as células natural killer (células NK) têm importantes papéis na defesa contra patógenos intracelulares, como os vírus.
Células dendríticas:
	- Células apresentadoras de antígeno (APCs)
	- Encontradas na pele (onde são chamadas de células de Langerhans) e em vários órgãos.
	- reconhecem e capturam antígenos, eles migram para os tecidos linfoides secundários, como os linfonodos, onde elas apresentam antígenos para os linfócitos.
IMUNIDADE INATA – RESPOSTAS INESPECÍFICAS
É primeira linha de defesa do corpo, onde ocorre a exclusão dos patógenos pelas barreiras físicas e químicas. Se os invasores superarem essas barreiras, o sistema imune inato fornece a segunda linha de defesa. A resposta imune inata consiste em leucócitos estacionários e de patrulhamento que atacam e destroem os invasores. Essas células imunes são geneticamente programadas para responder a uma grande variedade de materiais que elas reconhecem como estranhos, e é por isso que a imunidade inata é consideradainespecífica. A imunidade inata termina com a infecção ou a contém até que a resposta imune adquirida seja ativada.
1ª LINHA DE DEFESA 
- Pele
- Mucosas de proteção dos tratos gastrointestinal e urogenital
- Epitélio do trato respiratório
FAGÓCITOS INGEREM MATERIAL ESTRANHO
Um elemento-chave da resposta imune inata é a habilidade de certos leucócitos de reconhecer moléculas que são exclusivas dos microrganismos (padrões moleculares associados a patógenos, ou PAMPs) e iniciar uma resposta apropriada. 
Os PAMPs ligam-se aos receptores de reconhecimento dos leucócitos, receptores de reconhecimento de padrão (PRRS), que ativam a resposta imune inespecífica. A resposta inicial dessas células imunes aos invasores é matá-los ou ingeri-los.
Através das quimiotaxinas – toxinas bacterianas ou componentes da parede celular que agem como PAMPs – os fagócitos estacionários e de patrulhamento são atraídos para áreas de invasão. Desse modo, os produtos de lesão tecidual, como fibrina e fragmentos de colágeno, podem também indicar o local que precisa de defesa.
 Uma vez no local, os leucócitos ativados lutam contra os invasores, secretando suas próprias citocinas quimiotáxicas para atrair leucócitos adicionais para o local da infecção.
 Se o patógeno está em um tecido, os fagócitos circulantes deixam o sangue (extravasamento) por meio de transmigração através dos poros no endotélio capilar. Se uma área de infecção atrai um grande número de fagócitos, pode formar-se o material que conhecemos como pus (coleção de neutrófilos e macrófagos).
Nos macrófagos, os receptores de reconhecimento de padrão conhecidos como receptores semelhantes ao Toll (TLRs, do inglês, Toll-Like receptors) ativam as células para secretarem citocinas inflamatórias.
PROCESSO!
Fagocitose (mediado por receptores) partícula ingerida acaba em uma vesícula citoplasmática (Fagossomo) fundem-se aos lisossomos intracelulares – contêm substâncias químicas poderosas que destroem os patógenos ingeridos. 
O conteúdo do lisossomo inclui enzimas e agentes oxidantes, como o peróxido de hidrogênio (H2 O2), oxido nítrico (NO) e o ânion superóxido (O2)
	Vale lembrar que nem toda substancia estranha pode ser imediatamente reconhecida pelos fagócitos, pois, em alguns patógenos, faltam marcadores que reagem com os seus receptores.
	Os anticorpos que marcam uma bactéria encapsulada, juntamente com proteínas plasmáticas adicionais, são conhecidos coletivamente como opsoninas. No corpo, as opsoninas convertem partículas não reconhecíveis em “comida” para os fagócitos. As opsoninas atuam como pontes entre os patógenos e os fagócitos, ligando-se a receptores dos fagócitos.
CÉLULAS NK 
- Não possuem receptores de reconhecimento padrão 
- Participam da resposta inata contra infecções virais 
- Tem seu próprio grupo de receptores exclusivos: receptores de ativação e inibição.
- Células normais/ saudáveis possuem moléculas na sua superfície que funcionam como ligantes para os receptores NK.
 	É notório três situações de como a células NK podem atuar:
1. Situação A
Quando a NK reconhece esses ligantes, tanto o de ativação quanto o de inibição, ela permanece inalterada, ou seja, não mata a célula saudável 
2. Situação B
Uma vez que a célula passa por uma alteração qualquer, seja exaustão ou lesão, a expressão de suas moléculas superficiais se altera. Elas podem perder uma molécula que atuaria como ligante de inibição.
3. Situação C
Podem expressar mais moléculas que funcionam como ligante de ativação e isso resulta na ativação da célula NK que irá induzir a apoptose na célula infectada/estressada. Em geral, processos infecciosos levam à perda de ligantes para o receptor de inibição.
	As células NK e outros linfócitos secretam diversas citocinas antivirais, incluindo interferons, assim denominados por sua capacidade de interferir na replicação viral. O Interferon alfa e o interferon beta têm como alvo células do hospedeiro e promovem a síntese de proteínas antivirais para prevenir a replicação viral.
 O interferon gama (IFN-␥) ativa os macrófagos e outras células imunes. As células NK e outros linfócitos secretam diversas citocinas antivirais, incluindo interferons, assim denominados por sua capacidade de interferir na replicação viral. O Interferon alfa e o interferon beta têm como alvo células do hospedeiro e promovem a síntese de proteínas antivirais para prevenir a replicação viral. O interferon gama (IFN-␥) ativa os macrófagos e outras células imunes.
CITOCINAS
- Geram resposta inflamatória. Além disso, é uma reação característica da imunidade inata. A inflamação tem três importantes papeis no combate à infecção em tecidos lesados:
	1) atrair células imunes e mediadores químicos para o local; 
 	2) produzir uma barreira física que retarda a disseminação da infecção;
 	3) promover o reparo tecidual, uma vez que a infecção esteja sob controle (uma função não imune).
QUANDO A RESPOSTA INFLAMATÓRIA É GERADA?
 	Quando os macrófagos teciduais ativados liberam citocinas, fazendo com que essas substancias químicas atraem outras células imunes, aumentando a permeabilidade capilar e causam febre.
PROTEÍNAS DE FASE AGUDA
 	- Produzida no fígado 
	- Tem sua concentração aumentada quando ocorre uma lesão ou invasão por patógeno 
 	- Incluem moléculas que agem como opsoninas por cobrirem patógenos; moléculas antiprotease que ajudam a prevenir o dano tecidual; e a proteína C reativa (PCR).
 	- Os níveis das proteínas voltam ao normal à medida que a resposta imune avança, salvo a exceção de doenças inflamatórias crônicas, p. ex. Artrite Reumatoide.
 						Um dado interessante é que níveis aumentados de proteína C reativa estão associados a maior risco de desenvolver doença coronariana. Essa associação existe porque a aterosclerose é um processo inflamatório que começa quando os macrófagos dos vasos sanguíneos ingerem o excesso de colesterol e se tornam células espumosas que secretam proteína C reativa, outras citocinas e fatores de crescimento. Entretanto, o aumento da proteína C reativa não é um indicador específico de aterosclerose, pois os níveis de proteína C reativa também podem estar elevados em outras condições inflamatórias agudas e crônicas.
	
 
Histamina 
- Encontrada principalmente nos grânulos dos mastócitos e basófilos.
- Molécula ativa que ajuda a iniciar a resposta inflamatória quando ocorre degranulação dos mastócitos – trazendo mais leucócitos ao local da lesão.
- Vasodilatador 
- Abre poros nos capilares, permitindo que as proteínas plasmáticas escapem para dentro do espaço intersticial. Esse processo causa edema local, ou inchaço.
- Mastócitos pode liberar mediadores lipídicos além da histamina, incluindo leucotrienos, fator ativador de plaquetas e prostaglandinas. Esses mediadores trabalham com a histamina para gerar a broncoconstrição e a hipotensão característica do choque anafilático. 
	A degranulação dos mastócitos é desencadeada por diferentes citocinas na resposta imune. Como os mastócitos estão concentrados sobre as membranas mucosas que revestem as vias áreas e o trato digestório, a inalação ou a ingestão de certos antígenos pode desencadear a liberação de histamina. O edema resultante nas vias nasais leva a um sintoma desagradável das alergias sazonais ao pólen: nariz entupido. Felizmente, os farmacologistas desenvolveram uma variedade de fármacos, chamados de anti-histamínicos, que bloqueiam a ação da histamina no seu receptor.
Interleucinas 
	Citocinas mediadoras da comunicação entre os diferentes tipos de leucócitos do corpo. Além disso, muitos tecidos diferentes no corpo respondem às interleucinas.
IL – 1:
- Secretada por macrófago ativado
- Principal papel: mediar a resposta inflamatória, mas também possui efeitos sistêmicos e generalizados sobre a função imune e o metabolismo.
Modulações:
 	1. Alterando o endotélio dos vasos sanguíneos para facilitar a passagem dos leucócitos e das proteínas durante a resposta inflamatória.
 	2. Estimulando a produção de proteínas de fase aguda pelo fígado.
 	3.Induzindo febre por agir no termostato hipotalâmico (p. 721). A IL-1 é um conhecido pirogênio.
 	4. Estimulando citocinas e secreção endócrina por uma variedade de células.
bradicinina
- Proteínas plasmáticas inativas que participam de uma cascata similar à cascata da coagulação.
- Vasodilatadora 
- Estimula os receptores de dor, criando a sensação dolorosa associada à inflamação.
Proteínas do complemento
- Cascata do Complemento
- Faz uma ponte entre a imunidade inata e adquirida por:
· Aumentar a resposta por anticorpos (Ac) e a memória imunológica;
· Lisar células estranhas
· Remover imunocomplexos e células apoptóticas 
	Um sistema de proteínas plasmáticas que podem ser ativadas diretamente por patógenos ou indiretamente através de anticorpos ligados a patógenos, levando a uma cascata de reações que acontecem na superfície do patógeno e gera componentes ativos com várias funções efetoras.
	Possuem 3 vias:
 	As 3 vias de ativação convergem para uma via comum final quando a C3 convertase cliva C3 em C3a e C3b. A clivagem de C3 pode resultar na formação de MAC, o componente citotóxico do sistema complemento. O MAC causa lise de células estranhas. Sendo elas, a Clássica, Lectina e a Alternativa.
Clássica:
- Dependente de anticorpos, ocorrendo quando C1 interage com complexos antígeno-IgM ou agregados antígeno-IgG
- Independente de anticorpos, ocorrendo quando poliânions (p. ex., heparina, protamina, DNA e RNA das células apoptóticas), bactérias Gram-negativas ou proteína C reativa reagem diretamente com C1.
- Essa via é regulada pelo inibidor de C1 (C1-INH). Angioedema hereditário decorre de uma deficiência genética de C1-INH.
Lectina:
 	É independente dos anticorpos; ocorre quando a MBL, uma proteína sérica, se liga a grupos de manose, frutose ou N-acetilglicosamina na parede celular bacteriana, na parede de leveduras ou nos vírus. Essa via, por outro lado, lembra estrutural e funcionalmente a via clássica.
Alternativa:
 	Ocorre quando componentes da superfície celular de microrganismos (p. ex., paredes celulares de leveduras, lipopolissacarídeo bacteriano [endotoxina]) ou até Ig (p. ex., fator nefrótico e IgA agregada) quebram pequenas quantidades do componente C3. Essa via é regulada por properdina, fator H e fator acelerador de degradação (CD55).
Imunidade adquirida - respostas específicas a antígenos 
As respostas imunes adquiridas são respostas específicas a antígenos, nas quais o corpo reconhece uma substância estranha e reage seletivamente a ela. A imunidade adquirida é mediada primariamente por linfócitos.
 Existem três tipos principais de linfócitos: linfócitos B, linfócitos T e células natural killer (NK). 
Os linfócitos B ativados desenvolvem-se, formando plasmócitos, que secretam anticorpos. 
Os linfócitos T ativados desenvolvem-se tanto em células que atacam e destroem células infectadas por vírus (células T citotóxicas ou células TC) como em células que regulam outras células imunes (células T auxiliares ou células TH). 
As células NK atacam e destroem células infectadas por vírus e células tumorais como parte da resposta inata discutida previamente. As células NK são também células citotóxicas que liberam substâncias químicas para destruir patógenos marcados por anticorpos. Todos os linfócitos secretam citocinas que atuam sobre células imunes, não imunes e, algumas vezes, patógenos. 
O processo da imunidade adquirida se sobrepõe ao processo da imunidade inata. As citocinas liberadas pela resposta inflamatória atraem linfócitos para o local de uma reação imune. Os linfócitos liberam citocinas adicionais que aumentam a resposta inflamatória. A imunidade adquirida pode ser subdividida em imunidade ativa e imunidade passiva.
 A imunidade ativa 
ocorre quando o corpo é exposto a um patógeno e produz seus próprios anticorpos. Ela pode ocorrer naturalmente, quando um patógeno invade o corpo, ou artificialmente, quando recebemos uma vacina que contém patógenos mortos ou inativados. 
A imunidade passiva 
ocorre quando adquirimos anticorpos produzidos por outro organismo. A transferência de anticorpos da mãe para o feto através da placenta é um exemplo. Injeções que contêm anticorpos são um outro exemplo. Os viajantes indo para o exterior podem receber injeções de gamaglobulina (anticorpos extraídos de plasma humano doado), porém essa imunidade passiva dura somente cerca de três meses, pois as proteínas injetadas são degradadas e eliminadas da circulação.
Linfócitos que medeiam a resposta imune adquirida
Cada linfócito liga – se somente a um ligante particular. Todos os linfócitos que se ligam a este ligante formam um grupo conhecido como clone.
O sistema imune mantém somente poucos de cada tipo de linfócito disponível. Se o patógeno que essas células combatem aparece, as células reproduzem-se para fornecer o número necessário. Como o pequeno número de células de cada clone virgem não é suficiente para lutar contra os invasores, a primeira exposição a um antígeno ativa o clone apropriado e estimula a sua divisão. Este processo, denominado expansão clonal, cria células adicionais no clone. As células virgens continuam a ser geradas pelo indivíduo durante toda a sua vida. Os clones de linfócitos recém-formados e em expansão se diferenciam em células efetoras e de memória. 
As células efetoras executam a resposta imediata e depois morrem dentro de poucos dias. As células de memória, em contrapartida, possuem uma vida longa e continuam se autorreproduzindo. Uma segunda exposição ao antígeno e exposições subsequentes ativam as células de memória e causam uma rápida expansão clonal, criando uma resposta secundária ao antígeno mais rápida e mais forte.
Linfócitos B tornam-se plasmócitos e células de memória 
- São desenvolvidas na medula óssea 
- Seus clones, quando ativados, diferenciam – se primariamente em células especializadas que secretam anticorpos.
Os linfócitos B maduros inserem moléculas de anticorpo em suas membranas celulares, de modo que os anticorpos se tornam receptores de superfície que identificam os membros de cada clone. 
Quando um clone de linfócito B responde à exposição ao antígeno, algumas das células efetoras se diferenciam em plasmócitos. Os plasmócitos não possuem anticorpos ligados em suas membranas. Em vez disso, eles sintetizam e secretam moléculas adicionais de anticorpos em taxas inacreditáveis. Os anticorpos dos plasmócitos formam a imunidade humoral, os anticorpos solúveis do plasma. 
Após cada invasor ser repelido com êxito, os plasmócitos de vida curta morrem – poderia ser perigoso tê-los continuamente secretando anticorpos depois que o antígeno não está mais presente. Poucas células de memória do clone permanecem, aguardando para responder a uma próxima exposição ao mesmo antígeno. 
A resposta imune primária ocorre após a exposição inicial. A produção de anticorpos por plasmócitos é mais lenta e menor em magnitude, pois o corpo não encontrou o antígeno previamente.
 A resposta imune secundária, que ocorre depois da segunda e subsequentes exposições, é mais rápida e maior devido às células de memória que permanecem após a primeira exposição. A expansão clonal é aprimorada por linfócitos que carregam uma memória molecular da primeira exposição ao antígeno, assim a produção de anticorpos inicia antes e alcança maiores concentrações.
Anticorpos são proteínas secretadas pelos plasmócitos 
São divididos em cinco classes:
	1. IgG
	2. IgA
	3. IgE
	4. IgM
	5. IgD
IgG
- Cerca de 75% dos anticorpos plasmáticos nos adultos
- Produzidas a partir de respostas imunes secundárias 
- Materno
- Podem ativar o complemento
IgA
- Encontrados em secreções externas, como saliva, lagrimas, mucosa intestinal e brônquico e leite materno, onde eles se ligam a patógenos e os marcam para a fagocitose caso eles alcancem o ambiente externo.
IgE
- Tem como alvo parasitos intestinais e são associadas a respostas alérgicas. Quando receptores de mastócitos se ligam com as IgEs e os antígenos, os mastócitos sofrem degranulaçãoe liberam mediadores químicos, como a histamina.
IgM
- Associado a resposta imune primária e aos anticorpos que reagem como antígenos dos grupos sanguíneos.
- Ativam fortemente o sistema complemento
IgD
- Proteínas que aparecem na superfície dos linfócitos B junto com as IgMs.
ANTICORPOS PROTEICOS 
	Molécula básica tem 4 cadeias polipeptídicas ligas em um formato de Y. Os dois lados são idênticos, com uma cadeia leve ligada a uma cadeia pesada. Os dois braços, ou regiões Fab, formam locais de ligação ao antígeno que conferem a especifidade dos anticorpos.
O tronco da molécula do anticorpo em forma de Y é conhecido como região Fc. A região Fc determina a classe de Ig à qual o anticorpo pertence. Uma região de dobradiça entre os braços e o tronco permite um posicionamento flexível dos braços quando o anticorpo se liga ao antígeno. Em qualquer molécula de anticorpo, as duas cadeias leves são idênticas e as duas cadeias pesadas também são idênticas.
Entretanto, as cadeias variam largamente entre os diferentes anticorpos, dando a eles sua especificidade. Cada clone produz um único anticorpo. Duas classes de imunoglobulinas (IgM e IgA) são secretadas como polímeros. A IgM é composta de cinco moléculas em formato de Y, e a IgA possui de 1 a 4 moléculas de anticorpos.
Anticorpos agem fora da célula 	
Devido ao fato de os anticorpos não serem tóxicos, eles não podem destruir antígenos, pois o seu papel primário é auxiliar o sistema imune a reagir a antígenos específicos.
PROCESSO DE LIGAÇÃO
1. Anticorpo se liga ao antígeno formando então um complexo antígeno – anticorpo; 
2. Cada molécula de anticorpo pode ligar – se a duas partículas diferentes de antígeno, uma em cada braço, logo isso acaba gerando uma aglutinação de antígenos – o que facilita o seu reconhecimento e s destruição do sistema imune;
Em algumas situações, a ligação do anticorpo inativa toxinas produzidas por bactérias
Receptores Fc
- Auxilia na destruição do patógeno mediado pelo imunocomplexo, já que as regiões “tronco – Fc” do complexo antígeno – anticorpo sejam ligadas a receptores Fc em uma célula imune.
- A ativação dos receptores e macrófagos inicia a fagocitose
- Por meio desse processo, os anticorpos agem como opsoninas, marcando o imunocomplexo para destruição.
- Se os receptores Fc estiverem em basófilos, mastócitos, células NK ou eosinófilos, a ligação do anticorpo ao seu receptor desencadeia degranulação, que é a liberação de substâncias químicas estocadas na célula imune;
A via de sinalização celular para degranulação é similar à de liberação de conteúdos de vesículas em células endócrinas, neurônios e outras células. A ligação ao receptor abre canais de Ca++, e a entrada de Ca++ é o sinal para exocitose. 
Se a célula imune que se liga ao anticorpo for um eosinófilo citotóxico ou uma célula NK, as substâncias químicas liberadas pela célula destroem o antígeno ligado ao anticorpo. Esta resposta inespecífica das células citotóxicas ao complexo antígeno-anticorpo é chamada de citotoxicidade mediada por célula dependente de antígeno. Os receptores Fc encontrados em mastócitos são específicos para a região Fc da família de anticorpos IgE. 
Quando o complexo antígeno-anticorpo IgE se liga aos receptores dos mastócitos, as células degranulam, liberando substâncias químicas que medeiam a resposta inflamatória. 
O processo imune final ativado pela terminação Fc de imunocomplexos é a ativação de proteínas do complemento. As proteínas do complemento, por sua vez, desencadeiam a degranulação de mastócitos por ligação a um diferente conjunto de receptores Fc. As proteínas do complemento também funcionam como opsoninas. O produto final da cascata do complemento é a produção do complexo de ataque à membrana, que mata patógenos por meio da criação de poros de membrana
Ações não mediadas por Fc
-
Linfócitos T utilizam a sinalização dependente de contato
Uma vez que o patógeno entra em uma célula hospedeira, ela não pode ser mais vista pelo sistema humoral. Desse modo os linfócitos T têm o papel de defender o corpo contra os patógenos intracelulares pela imunidade celular.
Células citotóxicas ligam- se a células que apresentam fragmentos de antígenos estranhos como parte do Complexo de Histocompatibilidade Principal (MHV) na sua superfície.
Vale ressaltar de que os linfócitos T são desenvolvidos no timo, e durante essa sua fase, as células que não reagem por “si mesmas” formam clones e inserem receptores de células Tem suas membranas celulares. Esses receptores de célula T não são anticorpos, e por isso não podem se ligar a antígenos livres. Desse modo, os receptores de célula T ligam – se somente a complexos antígenos – MHC na superfície de células apresentadoras de antígenos.
MHC e ANTígeno
 O MHC é complexo de histocompatibilidade principal, uma família de proteínas complexas de membranas, codificadas por um conjunto especifico de genes.
- Têm um papel na rejeição de tecidos estranhos após transplantes de órgãos ou tecidos.
- As proteínas do MHC combinam-se com fragmentos de antígenos que foram digeridos dentro da célula. O complexo antígeno-MHC é, então, inserido na membrana celular para que o antígeno fique visível na superfície extracelular. Os antígenos livres no líquido extracelular não podem se ligar a receptores MHC desocupados na superfície celular.
MHC I
- Encontradas em todas as células humanas nucleadas
 	Quando vírus ou bactérias invadem a célula, eles são digeridos até fragmentos proteicos e alocados em “plataformas” MHC-I. Se uma célula T citotóxica (célula TC) encontra uma célula humana hospedeira com um fragmento de antígeno estranho no seu MHC-I, a célula TC reconhece a célula hospedeira como uma célula infectada por patógeno e a mata para prevenir a sua reprodução
Mhc II
- Encontradas em APCs: macrófagos, linfócitos B e células dendríticas 
	. Quando uma célula imune engloba e digere um antígeno, os fragmentos retornam para a membrana da célula imune combinados com proteínas MHC de classe II. Se uma célula T auxiliar (célula TH) encontra uma APC com um fragmento de antígeno estranho em seu MHC-II, a célula TH responde, secretando citocinas que amplificam a resposta imune.
Os MHCs são uma das razões de por que os tecidos não podem ser transplantados de uma pessoa para outra sem que primeiro se estabeleça a compatibilidade, já que podem variar de ´pessoa a pessoa.
CÉLULAS T CITOTÓXICAS 
	Atacam e destroem células que apresentam complexos antígenos - MHC-1. Embora sua destruição possa parecer uma resposta externa, ela previne a reprodução de invasores intracelulares como vírus, alguns parasitos e algumas bactérias 
Como as células T citotóxicas matam seus alvos?
Elas podem liberar molécula citotóxica formadora de poros – Perforinas, junto com granzimas, que são enzimas relacionadas a enzimas digestórias, como a tripsina e a quimiotripsina.
Granzimas entram na célula – alvo através de canais de Perforina ativam uma cascata enzimática que induz a célula a cometer suicídio (apoptose)
As células T citotóxicas instruem as células – alvo a sofrerem apoptose por ativação de Faz, um “receptor da morte “, uma proteína de membrana na célula – alvo que é ligada a cascata enzimática apoptótica.
Células T auxiliares 
- Não atacam patógenos e células infectadas diretamente
- Secretam citocinas que ativam na resposta imune
As células T auxiliares também se ligam às células B e promovem a sua diferenciação em plasmócitos e em células B de memória. O vírus HIV que causa a Aids preferencialmente infecta e destrói as células T auxiliares, tornando o hospedeiro incapaz de responder a patógenos que poderiam ser facilmente suprimidos.
CITOCINAS
(1) Interferon gama (IFN-␥), que ativa macrófagos; 
(2) Interleucinas que ativam a produção de anticorpos e os linfócitos T citotóxicos; 
(3) Fatores estimuladores de colônia, que aumentam a produção de leucócitos; 
(4) Interleucinas que apoiam as ações de mastócitos e eosinófilos.
As células T auxiliares também se ligam às células B e promovem a sua diferenciação em plasmócitos e em célulasB de memória. O vírus HIV que causa a Aids preferencialmente infecta e destrói as células T auxiliares, tornando o hospedeiro incapaz de responder a patógenos que poderiam ser facilmente suprimidos.
Causas da inflamação 
É caracterizada por uma área vermelha, inchada e quente, que é sensível ou dolorida.
Além da resposta inflamatória inespecífica, os linfócitos atraídos para a área produzem anticorpos específicos para o tipo de bactéria.
1. Atividade do Sistema do Complemento
- Antígenos ativam o sistema do complemento por meio de quimiotaxinas 
-O complemento ativado causa a degranulação dos mastócitos e basófilos 
- Citocinas vão ser secretadas – atuam como quimiotaxinas adicionais 
- Liberação de histamina, e outros vasoativos, que ajudam a aumentar a permeabilidade capilar 
- Aumento do suprimento sanguíneo no local > gerando a vermelhidão e o calor da inflamação 
- Proteínas que escapam para dentro do espaço intersticial puxam agua, levando ao edema tecidual (inchaço)
- Cascata finalizada com a formação de moléculas do complexo de ataque à membrana que inserem na parede de bactérias não encapsuladas
- Lise a bactéria, com auxilio da enzima lisozima
-Processo químico que não envolve células imune.
2. Atividades dos fagócitos 
- Bactérias não encapsuladas é ingerida imediatamente pelos macrófagos
- Opsoninas aumentam a fagocitose
- Bactérias encapsuladas tem sua membrana são recobertas por opsonização e anticorpos para serem identificadas e ingeridas pelos fagócitos
As moléculas que agem como opsoninas que incluem anticorpos, complemento e proteínas de fase aguda.
3. Papel da resposta imune adquirida 
- Se os anticorpos contra a bactéria já estão presentes, eles aumentam a resposta inata, agindo como opsoninas e neutralizando as toxinas bacterianas 
- Células apresentadoras de antígeno que digerem as bactérias podem, então, deslocar – se para os tecidos linfáticos secundários, onde elas apresentam o antígeno às células para iniciar uma maior produção de anticorpos.
Infecção primária:
	-Alguns antígenos ativam células B naïve com o auxilio de APC e de células T auxuiliares.
- As células apresentadoras de antígenos ingerem bactérias e apresentam os fragmentos bacterianos para células T auxiliares para ativá-las. 
- Desencadeia a secreção de citocinas pelas células TH, expansão clonal das células B, produção de anticorpos por plasmócitos e formação de células B e TH de memória. 
4. Início de um reparo 
- Lesão inicial causa danos aos vasos sanguíneos debaixo da pele, as plaquetas e as proteínas da cascata da coagulação também são recrutadas para minimizar o dano
- Bactérias sejam removidas pela resposta imune, o local lesado é reparado sob o controle de fatores de crescimento e outras citocinas
Infecções virais – Defesa intracelular 
 	O que ocorre quando vírus invadem o corpo? Primeiro, eles passam por uma fase extracelular da resposta imune similar à descrita para as bactérias. Nos estágios iniciais da infecção viral, as respostas imunes inatas e os anticorpos podem ajudar a controlar a invasão dos vírus. Uma vez que os vírus entram nas células do corpo, a imunidade humoral na forma de anticorpos não é mais eficaz. 
Os linfócitos T citotóxicos (e, em menor extensão, as células NK) são a principal defesa contra vírus intracelulares. Quando essas células reconhecem as células hospedeiras infectadas, eles as destroem
Durante anos, a imunidade mediada por linfócitos T e a imunidade humoral controlada por linfócitos B foram consideradas processos independentes.
O quadro abaixo mostra como esses dois tipos de linfócitos colaboram para destruir vírus e células infectadas por vírus.
1. Os anticorpos agem como opsoninas, revestindo partículas virais para torná-las melhores alvos para células apresentadoras de antígenos, como os macrófagos. Os anticorpos também podem se ligar a partículas virais, prevenindo a sua entrada nas células-alvo. Todavia, uma vez que o vírus esteja dentro da célula hospedeira, os anticorpos não são mais eficazes.
2. Os macrófagos que ingerem vírus inserem fragmentos dos antígenos virais nas moléculas MHC-II em suas membranas. Os macrófagos também secretam várias citocinas. Algumas dessas citocinas iniciam a resposta inflamatória. Eles produzem interferon ␣, que faz as células hospedeiras produzirem proteínas antivirais que impedem que os vírus se repliquem. Outras citocinas dos macrófagos estimulam as células NK e as células T auxiliares.
3. As células T auxiliares ligam-se aos antígenos virais nas moléculas MHC-II dos macrófagos. As células TH ativadas, então, secretam citocinas para estimular os linfócitos B e as células citotóxicas.
4. A exposição prévia ao vírus cria linfócitos B de memória com anticorpos virais em sua superfície. Esta segunda ex-posição ao vírus ativa as células de memória e promove o desenvolvimento de plasmócitos, resultando em produção de anticorpos adicionais.
5. As células T citotóxicas usam os complexos antígeno--MHC-I para reconhecer células do hospedeiro infectadas e matá-las. Quando as células TC reconhecem as células do hospedeiro infectadas a partir dos receptores MHC-I com antígenos, elas secretam o conteúdo dos seus grânulos na superfície celular. As moléculas de perforina inserem poros na membrana das células hospedeiras, de modo que as granzimas possam entrar na célula, induzindo-a a cometer suicídio e sofrer apoptose. A destruição das células hospedeiras infectadas é um passo-chave para deter a replicação dos vírus invasores
As células NK reconhecem células hospedeiras infectadas sem complexos MHC-I e as matam por um processo similar ao descrito para células TC.
Respostas alérgicas – desencadeadas por antígenos específicos 
Alergia:
 	resposta imune inflamatória a um antígeno não patogênico.
Alérgeno:
 	É um antígeno que normalmente não é prejudicial ao corpo.
No entanto, se um indivíduo é sensível ao antígeno, o corpo produz uma resposta imune inapropriada, como se o antígeno fosse um patógeno mais ameaçador, como um verme parasito. As respostas inflamatórias alérgicas podem vaiar desde dano tecidual leve até reações fatais.
O desenvolvimento das alergias requer a exposição ao alérgeno, um fator que é afetado por condições geográficas, culturais e socias. Essas respostas imunes nas alergias são denominadas sensibilidade ou hipersensibilidade ao antígeno.
Hipersensibilidade Tipo I ou Imediata
São mediadas por anticorpos e ocorrem minutos após a exposição aos antígenos, que são denominadas alérgenos.
Passo a passo:
	1) Exposição ou fase de sensibilização – equivalente à resposta imune primária discutida previamente: o alérgeno é ingerido e processado por uma célula apresentadora de antígeno, como um macrófago, que, por sua vez, ativa uma célula T auxiliar
	2) As células TH ativam linfócitos B que têm o alérgeno ligado. Isso resulta na produção de anticorpos pelos plasmócitos (IgE e IgG) contra o alérgeno. Os anticorpos IgE são imediatamente ligados por suas extremidades Fc na superfície dos mastócitos e dos basófilos. As células T e as células B de memória guardam o registro da exposição inicial ao alérgeno.
	3) Após a reexposição, equivalente à resposta imune secundária, o corpo reage muito forte e rapidamente. O alérgeno liga-se à IgE já presente nos mastócitos, desencadeando a imediata liberação de histamina, citocina e outros mediadores que causam sintomas alérgicos.
O tipo de reação alérgica depende do antígeno-anticorpo, da célula imune envolvida e do local de introdução do antígeno. A ligação do alérgeno à IgE é a resposta mais comum à inalação, à ingestão e à injeção de alérgenos. Quando os alérgenos se ligam aos anticorpos IgE nos mastócitos, as células sofrem degranulação e liberam histamina e outras citocinas. O resultado é uma reação inflamatória. A gravidade da reação varia desde reações localizadas próximas ao local onde o alérgeno entrou até reações sistêmicas, como uma erupção cutânea em todo o corpo. A reação alérgica mediada por IgE mais grave é chamada de anafilaxia. Em uma reação anafilática, ocorreliberação maciça de histamina e de outras citocinas que causam vasodilatação generalizada, colapso circulatório e broncoconstrição grave. Se não for tratada imediatamente com adrenalina, a anafilaxia pode resultar em morte dentro de tão pouco como 20 minutos
 
Hipersensibilidade IV ou Tardia
São mediadas por células T auxiliares e macrófagos e podem levar vários dias para se desenvolverem.
P 776
Hipersensibilidade II ou 
Hipersensibilidade III ou Imunocomplexos 
- IgG ou IgM
BRUNA RORIZ | ITPAC PALMAS | Iº PERÍODO

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