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Funções da Linguagem

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Funções da linguagem 
As funções da linguagem fazem parte da área de estudo da comunicação. Toda 
mensagem é utilizada para transmitir algo a alguém. Desta forma, considerando os 
elementos que constituem a comunicação, tais funções se dividem em: 
Função emotiva ou expressiva 
Prioriza o indivíduo que emite o recado, por isso realça os aspectos subjetivos e 
sentimentais da pessoa que fala. Nos discursos de função emotiva, é comum o uso de 
predicativos e outros qualificadores, de forma a qualificar as sensações do responsável. 
Exemplo: Eu não aguento mais! cada dia é um problema, toda semana eu tenho que 
acudir alguém! Eu necessito de um tempo para mim! 
O fragmento antecedente apresenta um desabafo emotivo do indivíduo que fala. Os 
verbos estão em primeira pessoa e expressam o sentimento negativo “Eu não aguento 
mais!” e o avidez “Eu necessito de tempo para mim!”. 
Nos textos, é habitual as funções trabalharem juntas, vide o exemplo subsequente. 
No poema “Os deslimites da palavra”, de Manoel de Barros, é possível descobrir as funções 
emotiva e poética: 
Ando muito completo de vazios. 
Meu órgão de morrer me predomina. 
Estou sem eternidades. 
Não posso mais saber quando amanheço ontem. 
Está rengo de mim o amanhecer. 
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha. 
Atrás do ocaso fervem os insetos. 
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino. 
Essas coisas me mudam para cisco. 
A minha independência tem algemas. 
O trecho possui função poética, apresentando cautela com a linguagem, de maneira 
que o recado ganhe resultado expressivo; função emotiva, porque o eu lírico expressa 
estados subjetivos do seu existir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Função poética 
Esta prioriza a mensagem, ela é o foco central e propósito de qualquer fragmento 
com predominância dessa função. Sua linguagem apresenta aparência simbólica e 
subjetiva. 
A intenção principal da função poética é exprimir um recado e aproveitar o 
aperfeiçoamento da língua como instrumento estilístico e estético, para alcançar maior 
impacto e força no conteúdo. 
Retornando ao modelo do ponto anterior, é possível se certificar de que o autor 
diversifica a interpretação das palavras e retira o peso referencial da língua. 
Exemplo: “Ando bem lotado de vazios. Meu órgão de sucumbir me predomina. Estou 
sem eternidades.” 
O indivíduo não pode, fisicamente, caminhar “completa de vazios”. A frase indica 
uma sensação interna, mas não o faz de forma clássico. O impacto de uma estrutura 
simbólica é mais expressivo do que o de uma declaração afirmativa. Compreende-se, 
então, que essas escolhas formais têm o objetivo de intensificar a mensagem poética. 
 
Função referencial ou denotativa 
A função referencial prioriza o cenário. Seu propósito é indicar a interpretação da 
realidade material, portanto, para os seres e as coisas que existem. 
Sua linguagem visa a exatidão das palavras uma vez que não expõe visões subjetivas 
sobre o assunto. Nesse sentido, a função referencial está relacionada a uma perspectiva de 
“verdade”. 
Em seguida, o extrato de uma notícia do site Uol, que fornece um modelo da função 
referencial: 
“O morango (Fragaria spp) é um fruto típico de climas temperados do norte e do 
Chile. Pequeno, de cor avermelhada brilhante, com sabor levemente ácido, aroma 
agradável e forte, o alimento é bastante versátil, servindo para o preparo de sucos, 
smoothies, sorvetes, doces, bolos, biscoitos e receitas agridoces (principalmente saladas).” 
 
 
 
 
 
 
Nesse trecho, a mensagem tem o objetivo de mostrar um fruto existente na 
dimensão físico: o morango. Dessa forma, o parágrafo fornece exclusivamente 
características e informações com legitimidade de verdade material e científica. 
Mesmo descrevendo aspectos que caracterizam a fruta, o responsável não expõe 
seu juízo de importância sobre tema. 
 
Função fática ou de contato 
A função fática se concentra no canal, por isso é uma passagem utilizada quando se 
deseja experimentar a eficiência do veículo de comunicação. Por exemplo, em casos de 
ligação, os interlocutores podem utilizar expressões como “alô?”, “tá aí?!”, “oi?!” e outras, 
para conferir se a entrega está funcionando, permitindo, portanto, a conversa. Exemplo: 
— Não creio que isso está acontecendo! Sim, estou escutando. 
 
Função metalinguística 
A função metalinguística foca no código e utiliza-o para discursar sobre ele próprio. 
Por exemplo, utiliza-se a língua para falar da língua, o texto para falar sobre o texto, a poesia 
para falar da poesia. A linguagem fala sobre si mesma. 
A obra “Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade, é um exemplo da função 
metalinguística: 
Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. 
No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. 
Ele está cá dentro e não quer sair. 
Mas a poesia desse momento inunda minha vida inteira. 
A metalinguagem é expressa no poema quando o eu lírico decide compô-lo falando 
da sua própria composição. 
 
 
 
 
 
 
Função conativa ou apelativa 
A função conativa destaca o sujeito que recebe o recado, seu propósito é instruir, 
induzir ou convencer a respeito de algo. Sua linguagem é marcada por uma aparência 
persuasiva. Exemplo: 
COMPRE AGORA E SÓ PAGUE DAQUI A 45 DIAS! 
Os anúncios publicitários utilizam da linguagem conativa para chamar a atenção e 
seduzir o espectador a comprar um serviço ou produto. A mensagem direciona-se 
frontalmente ao receptor, e utiliza de verbos imperativos “compre”, “pague”, 
acompanhados de modificadores “agora”, “só” e “daqui a 45 dias”, no objetivo de 
persuadir o leitor. 
 
--- 
Nos estudos de Roman Jakobson sobre os assuntos que abrangem a comunicação, 
ele determinou seis elementos constituintes para a mesma: 
1. Emissor: fala, escreve, emite a mensagem. 
2. Receptor: ouve, lê, recebe a mensagem. 
3. Contexto: realidade, situação, cenário em que se produz a mensagem. 
4. Código: símbolos usados para emitir o recado. 
5. Mensagem: conteúdo veiculado pelo emissor. 
6. Canal: emissor ou ferramenta por onde se veicula a mensagem.

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