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Unidade I Introdução à fisiologia: célula e fisiologia geral Capítulo 1 - organização funcional do corpo humano e controle do "meio interno" As células como unidades vivas do corpo - a unidade viva básica do organismo é a célula - cada tipo de célula é ajustado especialmente para realizar uma ou algumas funções determinadas - apesar de as várias células do corpo serem diferentes umas das outras, todas têm certas características básicas em comum Líquido extracelular, o "meio interno" - no LEC estão os íons e nutrientes necessários para manter a vida celular. Dessa forma, todas as células vivem no mesmo ambiente: o LEC. Por esse motivo, o LEC também é chamado "meio interno" do corpo. - diferenças entre o LIC e o LEC: - o LEC contém grandes quantidades de Na, Cl e íons bicarbonato + os nutrientes para as células, como O2, C6H12O6, ácidos graxos e aminoácidos. Também contém CO2 que é transportado das células para os pulmões para ser excretado. - o LIC contém grandes quantidades de K, Mg e fosfato (mecanismos especiais para o transporte de íons através das membranas celulares mantêm as diferenças de concentração iônica entre o LEC e o LIC) Homeostase: manutenção de um meio interno quase constante - termo "hemostasia" para descrever a manutenção e condições quase constantes no meio interno - a doença é um estado de ruptura da homeostase, porém, mesmo na presença de doenças, os mecanismos homeostáticos permanecem ativos e mantém as funções vitais por meio de compensações ( em alguns casos essas compensações podem levar a desvio significativo da faixa normal das funções corporais, tornando difícil a distinção entre a causa principal da doença e as respostas compensatórias) Sistema de transporte e de trocas do LEC: o sistema circulatório do sangue - o LEC é transportado através do corpo em dois estágios. O primeiro é a movimentação do sangue pelo corpo, nos vasos sanguíneos, e o segundo é a movimentação de líquido entre os capilares sanguíneos e os espaços intercelulares entre as células dos tecidos todo o sangue na circulação percorre todo o circuito circulatório, em média, uma vez a cada minuto quando o corpo está em repouso, e até 6x por min quando a pessoa está extremamente ativa - como o sangue passa pelos capilares, também ocorre troca contínua do LEC entre a parte plasmática do sangue e o líquido intersticial que preenche os espaços intercelulares - as paredes dos capilares são permeáveis à maioria das moléculas no plasma sanguíneo, com exceção de moléculas muito grandes. Logo, grandes quantidades de LEC e seus constituintes dissolvidos se difundem em ambas as direções, entre o sangue e o espaço dos tecidos. Esse processo de difusão é causado pelo movimento cinético das moléculas no plasma e no líquido intersticial. - visto isso, o LEC, em todas as partes do corpo (tanto no plasma quanto no líquido intersticial) está continuamente realizando trocas, mantendo, assim, a homogeneidade do LEC por todo o corpo. Gerou dúvida: Líquido intersticial e o plasma sanguíneo são tipos de LEC Origem dos nutrientes do LEC - sis. respiratório: o sangue capta nos alvéolos o O2 necessário para as células - trato gastrointestinal: nutrientes ingeridos através da alimentação vão para o LEC - fígado e outros órgãos que realizam funções essencialmente metabólicas: alteram a composição química de algumas subs. para que elas fiquem de um jeito que seja possível ser usado pelo corpo - sis. musculoesquelético: se não existissem os músculos, o corpo não poderia se mover para obter os alimentos necessários para nutrição Remoção dos produtos finais do metabolismo - remoção do CO2 pelos pulmões - passagem de sangue pelos rins remove do plasma a maior parte das subs que não são necessárias para a célula - o trato gastrointestinal sai como fezes - o fígado secreta subs e joga esses resíduos na bile e eles são eliminados nas fezes Regulação das funções corporais - sis. nervoso - sis. hormonal (complementa o nervoso) Proteção do corpo - sis. imune - sis. tegumentar (pele e seus apêndices) Sistemas/mecanismo de controle do corpo começando a entender por exemplos: - regulação das concentrações de O2 e CO2 no LEC > O O2 é uma das principais substâncias necessárias para as reações químicas nas células, por isso o organismo dispõe de um mecanismo especial de controle para manter a concentração de O2 quase constante no LEC. > Esse mecanismo depende, principalmente, das características químicas da hemoglobina (presente em todas as hemácias). > A hemoglobina combina-se com o O2 durante a passagem do sangue pelos pulmões. > Quando o sangue passa pelos capilares dos tecidos, a hemoglobina, devido à sua alta afinidade química com o O2, não o libera para o líquido tecidual se já houver O2 demais no local. > No entanto, se a concentração de O2 no líquido tecidual estiver baixa demais, a quantidade suficiente é liberada para restabelecer a concentração adequada. > Portanto, a regulação da concentração de O2 nos tecidos depende, principalmente, das características químicas da hemoglobina. Essa regulação é chamada função de tamponamento do oxigênio pela hemoglobina > A concentração de CO no líquido extracelular é regulada de forma muito diferente. > O CO2 é o principal produto final das reações oxidativas nas células. Se todo o CO2 produzido nas células se acumulasse continuamente nos líquidos teciduais, todas as reações que fornecem energia às células cessariam. > Porém, uma concentração mais alta do que a normal, de CO2 no sangue, excita o centro respiratório, fazendo com que a pessoa respire rápida e profundamente. > Essa respiração rápida e profunda aumenta a expiração de CO2 e, portanto, remove o excesso do gás do sangue e dos líquidos teciduais. > Esse processo continua até que a concentração volte ao normal. - regulação da pressão sanguínea arterial Vários sistemas contribuem para a regulação da PA > Um deles, o sistema barorreceptor, é um simples e excelente exemplo de mecanismo de controle de ação rápida. > Nas paredes da região de bifurcação das artérias carótidas, no pescoço, e também no arco da aorta, no tórax,encontram-se vários receptores nervosos, chamados barorreceptores estimulados pelo estiramento da parede arterial. > Quando a pressão arterial sobe demais, os barorreceptores enviam impulsos nervosos para o tronco cerebral. > Aí, esses impulsos inibem o centro vasomotor que, por sua vez, diminui o número de impulsos transmitidos por esse centro, por meio do sistema nervoso simpático, para o coração e vasos sanguíneos. > A redução desses impulsos ocasiona a diminuição da atividade de bombeamento do coração e também a dilatação dos vasos sanguíneos periféricos, permitindo o aumento do fluxo sanguíneo pelos vasos. > Ambos os efeitos diminuem a PA levando-a de volta ao seu valor normal. > Inversamente, a PA abaixo do normal reduz o estímulo dos receptores de estiramento, permitindo que o centro vasomotor torne-se mais ativo do que o usual, causando, assim, vasoconstrição e aumento do bombeamento cardíaco. > A diminuição da pressão arterial também eleva a pressão arterial levando-a de volta ao normal. Sobre a imagem: Controle por feedback negativo da pressão arterial pelos barorreceptores arteriais. Os sinais recebidos do sensor (barorreceptores) são enviados ao bulbo raquidiano onde são comparados com um ponto de ajuste de referência. Quando a pressão arterial aumenta acima do normal, essa pressão anômala aumenta os impulsos nervosos dos barorreceptores no bulbo raquidiano, onde os sinais de entrada são comparados com o ponto de ajuste, para gerar um sinal de erro que conduz a uma diminuição da atividade do sistema nervoso simpático. A diminuição da atividade simpática provoca a dilatação dos vasos sanguíneos e a redução da atividade de bombeamento do coração, o que retorna a pressão arterial ao valor normal. Características dos sistemas de controle - Feedback/retroalimentação negativa é um dos mecanismos mais importantes para a manutenção da homeostase do nosso corpo. Esse mecanismogarante uma mudança contrária em relação à alteração inicial, ou seja, produz respostas que reduzem o estímulo inicial. Assim, caso uma variável apresente um valor abaixo ou acima do normal, o corpo tentará aumentar ou diminuir esse valor, respectivamente. Exemplo > Na regulação da concentração de CO2, a alta concentração do gás no líquido extracelular aumenta a ventilação pulmonar. Isso, por sua vez, diminui a concentração de CO2 no líquido extracelular, pois os pulmões eliminam maiores quantidades de dióxido de carbono do organismo - Ganho do sistema de controle > O grau de eficácia com que um sistema de controle mantém as condições constantes é determinado pelo ganho do feedback negativo > Por exemplo, vamos assumir que grande volume de sangue seja transfundido em pessoa cujo sistema de controle de pressão pelo barorreceptor não esteja funcionando, e a PA sobe do nível normal de 100 mmHg, para 175 mmHg. > Então, suponhamos que o mesmo volume de sangue seja injetado na mesma pessoa, quando o sistema barorreceptor estiver funcionando, e, dessa vez, a pressão sobe por apenas 25 mmHg. Assim, o sistema de controle por feedback provocou “correção” de −50 mmHg — ou seja, de 175 mmHg para 125 mmHg. > Permanece aumento de pressão de +25 mmHg, chamado “erro”, significando que o sistema de controle não é 100% eficaz na prevenção das alterações. > O ganho do sistema é, então, calculado pela seguinte fórmula: GANHO = CORREÇÃO ERRO Portanto, no exemplo do sistema barorreceptor, a correção é de –50 mmHg e o erro remanescente é de +25 mmHg. Assim, o ganho do sistema barorreceptor de uma pessoa, para o controle da PA, é −50 divididos por +25, ou −2. - Feedback/retroalimentação positiva garante o aumento do estímulo que causa desequilíbrio, reforçando-o. Desse modo, nem sempre o feedback positivo é benéfico, desencadeando, em alguns casos, efeitos prejudiciais ao organismo. Exemplo negativo > Essa figura ilustra a eficácia do bombeamento cardíaco, mostrando que o coração de um ser humano saudável bombeia cerca de 5 litros de sangue por minuto. Se a pessoa, subitamente, perde 2 litros de sangue, a quantidade de sangue no corpo cai para nível muito baixo, insuficiente para que o coração bombeie eficientemente. Em consequência, a pressão arterial cai e o fluxo de sangue para o músculo cardíaco pelos vasos coronários diminui. Esse cenário resulta no enfraquecimento do coração, acentuando a diminuição do bombeamento, na diminuição ainda maior do fluxo sanguíneo coronariano e ainda mais enfraquecimento do coração; esse ciclo se repete várias vezes até que ocorra a morte. Observe que cada ciclo no feedback resulta em maior enfraquecimento do coração. Em outras palavras, o estímulo inicial causa mais estímulo, que é o feedback positivo. Exemplo positivo > Quando um vaso sanguíneo se rompe e começa a se formar um coágulo, múltiplas enzimas, chamadas fatores de coagulação, são ativadas no interior do próprio coágulo. Algumas dessas enzimas agem sobre outras enzimas inativas no sangue imediatamente adjacente, causando, assim, mais coagulação sanguínea. Esse processo continua até que o orifício no vaso seja fechado, e o sangramento cesse. obs importante: Nos casos em que o feedback positivo é útil, o feedback positivo faz parte de um processo geral de feedback negativo. Por exemplo, no caso de coagulação sanguínea, o processo de coagulação por feedback positivo é processo de feedback negativo para a manutenção do volume normal de sangue. Além disso, o feedback positivo que causa sinais nervosos permite que os nervos participem de milhares de sistemas de controle nervosos por feedback negativo. Tipos mais complexos de sistemas de controle - Controle adaptativo > alguns movimentos do corpo ocorrem tão rapidamente que não há tempo suficiente para que os sinais nervosos percorram todo o caminho da periferia do corpo até o cérebro e, então, novamente voltem à periferia para controlar o movimento. > por isso, o cérebro usa o princípio chamado controle por feedforward, para provocar as contrações musculares necessárias, ou seja, os sinais nervosos sensoriais das partes que se movem informam o cérebro se o movimento é realizado corretamente. > Se o movimento não foi realizado corretamente, o cérebro corrige os sinais de feed-forward que envia aos músculos na próxima vez que o movimento for necessário > Se ainda forem necessárias mais correções, este processo será realizado de novo por movimentos subsequentes ISSO É CHAMADO CONTROLE ADAPTATIVO Capítulo 2 - A célula e suas funções Organização da célula as duas principais partes da célula são: núcleo e citoplasma - o núcleo é separado do citoplasma pela membrana nuclear - o citoplasma é separado do LEC pela membrana celular/plasmática As diferentes substâncias que formam a célula são chamadas coletivamente de protoplasma. O protoplasma é composto, principalmente, de: - água - íons: > os em maior quantidade dentro da célula são: K, Mg, fosfato, sulfato, e bicarbonato > em menor quantidade: Na, cloreto e Ca - proteínas > depois da água, é a mais abundante > podem ser divididas em: ↙ ↘ estruturais funcionais presentes na célula na forma de longos composta de poucas moléculas na filamentos de polímeros de proteínas. forma tuboglobular. Sao principal- esses filamentos formam microtúbulos e mente enzimas e são móveis no LIC e os microtúbulos formam os "citoesqueletos" de organelas celulares, como cílios, axônios de neurônios... - lipídeos - carboidratos Estrutura física da célula as células contém estruturas físicas organizadas chamadas organelas intracelulares estruturas membranosas da célula a maioria das organelas da célula é delimitada por membranas compostas primariamente de lípidos e proteínas - essas membranas incluem: membrana plasmática, membrana nuclear, membrana do retículo endoplasmático e as membranas das mitocôndrias, lisossomos e complexo de golgi - os lipídios das membranas formam uma barreira que impede o movimento de água e substâncias hidrossolúveis de um compartimento da célula para o outro. Porém quando precisa haver transporte, há moléculas de proteínas que penetram completamente na membrana Membrana Plasmática - composição aproximada: 55% proteínas, 25% fosfolipídios, 13% colesterol, 4% outros lipídeos e 3% carboidratos - a estrutura básica é a bicamada lipídica, com cada camada contendo apenas uma molécula de espessura. - dispersas nessa camada lipídica há grandes proteínas globulares - os fosfolipídeos são os lipídeos mais abundantes da membrana - devido ao fato das partes hidrofóbicas (ac. graxo) do fosfolipídio serem repelidas pela água, mas, se atraírem entre si, elas espontaneamente se dispõem no interior da membrana - as partes hidrofílicas (fosfato), constitui a superfície da membrana, em contato com a água intracelular e extracelular - a camada lipídica no meio da membrana é impermeável às substâncias hidrossolúveis comuns (como íons, glicose e ureia), já as subs lipossolúveis (como O2, CO2 e álcool), podem entrar nessa parte da membrana com facilidade - há colesterol dissolvido na membrana também (são lipossolúveis). Ele contribui para a determinação do grau de permeabilidade e regula a fluidez da membrana Proteínas integrantes e periféricas da membrana plasmática - existem dois tipos de proteínas da membrana: as integrantes que atravessam toda a membrana, e as https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fosfatidilcolina.jpg periféricas que estão ligadas à superfície da membrana e não a penetram - muitas das integrantes formam canais/poros onde subs. hidrossolúveis (principalmente íons) podem se difundir entre o LEC e o LIC. Esses canais também podem permitir difusão preferencial - outras integrantes agem como proteínas carreadoras para subs. que não poderiam penetrar na dupla camada lipídica. Faz transporte ativo - proteínas integrantes também podem ser receptores para subs. hidrossolúveis (como alguns hormônios).A interação dos receptores da membrana celular com ligantes específicos, que se ligam ao receptor,causa alterações estruturais na proteína receptora. Por sua vez, esse processo estimula a atividade enzimática da parte intracelular da proteína ou induz interações entre o receptor e as proteínas do citoplasma que agem como segundos mensageiros, transmitindo o sinal da parte extracelular do receptor para o interior da célula. Dessa maneira, as proteínas integrantes atravessando a membrana celular constituem um meio de transmitir informações sobre o ambiente para o interior da célula. - moléculas de proteínas periféricas são frequentemente ligadas às proteínas integrantes. Essas periféricas funcionam quase sempre como enzimas ou controladores do transporte de subs. através dos poros da membrana Carboidratos da membrana: o Glicocálice - os carboidratos na membrana ocorrem em combinação com proteínas ou lipídios, na forma de glicoproteínas ou glicolipídeos - muitos têm carga elétrica negativa: o que dá a célula uma superfície que repele ânions - o glicocálice de uma célula pode se liga ao glicocálice de outra célula, fixando as duas - alguns agem como receptores de subs. para ligação e hormônios - alguns participam de reações imunes Retículo endoplasmático - essa organela ajuda a processar moléculas produzidas pelas célula e as transporta para o seu destino, seja ele dentro ou fora da célula - o espaço interno dos túbulos e vesículas é cheio de matriz endoplasmática, meio aquoso diferente do citosol - fornecem a maquinaria para grande parte das funções metabólicas da célula - ribossomos e retículo endoplasmático granular/rugoso > os ribossomos estão grudados nas paredes do retículo > onde os ribo. estão presentes, o retículo pe retículo endoplasmático granular/rugoso - retículo endoplasmático agranular/liso > não contém ribossomos > síntese de subs. lipídicas e outros processos promovidos por enzimas intrarreticulares Complexo de Golgi - intimamente relacionado ao ret. endoplasmático - se destaca em células secretórias, localizados no polo da célula por onde se dá a secreção - O complexo golgiense funciona em associação ao retículo endoplasmático. > Pequenas “vesículas de transporte” (também chamadas vesículas do retículo endoplasmático, ou vesículas RE) destacam-se do retículo endoplasmático e, logo depois, se fundem com o complexo golgiense. > As substâncias contidas nas vesículas RE são transportadas do retículo endoplasmático para o complexo golgiense. > As substâncias transportadas são então processadas no complexo golgiense para formar lisossomos, vesículas secretórias e outros componentes citoplasmáticos. Lisossomos - se formam separando-se do complexo de golgi e depois se dispersa pelo citoplasma - possui um sistema digestivo celular, que permite que a célula digira estruturas danificadas, partículas de alimentos ingeridas pela célula e materiais indesejados - possui enzimas hidrolases (digestivas) Peroxissomos - fisicamente parecidos com os lisossomos - são formados por autorreplicação e não pelo complexo de golgi - possuem oxidases em vez de hidrolases Vesículas Secretórias - uma das importantes funções das células é a secreção de substâncias químicas específicas > quase todas essas subs. são formadas pelo sistema retículo endo-complexo de golgi, sendo liberados pelo complexo de golgi no citoplasma na forma de vesículas/grânulos secretórios Mitocôndrias - “casa de força” da célula. Sem elas, as células seriam incapazes de extrair energia suficiente dos nutrientes e essencialmente todas as funções celulares cessariam. - As mitocôndrias estão em todas as áreas citoplasmáticas de cada célula, mas o número total por célula varia de menos de cem até milhares, dependendo da quantidade de energia necessária para a célula > As células do músculo cardíaco (cardiomiócitos), por exemplo, utilizam grandes quantidades de energia e têm muito mais mitocôndrias do que as células de gordura (adipócitos), que são muito menos ativas e consomem menos energia. - estão concentradas nas porções da célula responsáveis pela maior parte do seu metabolismo energético. - A estrutura básica da mitocôndria é composta principalmente de duas membranas, cada uma formada por bicamada lipídica e proteínas: uma membrana externa e uma membrana interna. > diversas dobras da membrana interna formam prateleiras ou túbulos chamados cristas, em que estão aderidas as enzimas oxidativas > as cristas proporcionam uma grande superfície para que tenham lugar as reações químicas. > a cavidade interna da mitocôndria é preenchida por uma matriz que contém grandes quantidades de enzimas dissolvidas, necessárias para a extração de energia dos nutrientes > essas enzimas operam em associação às enzimas oxidativas nas cristas, oxidando os nutrientes, formando, CO2 e H2O e, ao mesmo tempo, liberando energia. > a energia liberada é usada para sintetizar a substância de “alta energia”, chamada trifosfato de adenosina (ATP) > o ATP é, então, transportado para fora da mitocôndria e se difunde pela célula para liberar sua própria energia onde ela for necessária para realizar as funções celulares - As mitocôndrias são auto replicantes, o que significa que uma mitocôndria pode formar uma segunda, uma terceira, e assim por diante, onde na célula houver necessidade de maiores quantidades de ATP - a mitocôndria contém DNA similar ao encontrado no núcleo da célula > o DNA da mitocôndria desempenha um papel similar, controlando a replicação da própria mitocôndria Citoesqueleto celular: filamentos e estruturas tubulares da célula - rede de proteínas fibrilares geralmente organizadas em filamentos ou túbulos - o citoesqueleto determina a forma da célula, participa da divisão celular permite o movimento e proporciona um sistema de trilhas que dirige o movimento das organelas no interior das células Núcleo - composto por uma membrana/envelope nuclear, constituída por duas membranas, cada uma com a bicamada lipídica uma por dentro da outra. > A membrana externa é contínua com o retículo endoplasmático do citoplasma celular, e o espaço entre as duas membranas nucleares é contínuo com o espaço interno do retículo endoplasmático > a membrana nuclear é vazada por vários milhares de poros nucleares. - sobre os nucléolos: > o nucléolo é uma região que pode ser vista no interior do núcleo e possui formato arredondado. > o nucléolo é formado, principalmente, por RNA ribossomal e proteínas. Esse RNA é sintetizado a partir de instruções do DNA > algumas células possuem dois ou mais nucléolos, sendo esse número relacionado com o tipo de célula e seu estágio reprodutivo. > no nucléolo, são formadas as subunidades ribossomais. Para que isso aconteça, proteínas importadas do citoplasma devem unir-se ao RNAr, levando à formação de subunidades grandes e pequenas que formam um ribossomo. Essas subunidades, então, migram do núcleo, por meio dos poros que existem na membrana nuclear, e chegam ao citoplasma. Nessa região, as subunidades grande e pequena podem unir-se e formar o ribossomo Unidade II Fisiologia de Membrana, Nervo e Músculo Capítulo 4 - O transporte de substâncias através das membranas celulares
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