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PROCEDIMENTOS INJETÁVEIS E INVASIVOS ADMINISTRADOS PELO FISIOTERAPEUTA INTRODUÇÃO Os procedimentos injetáveis e invasivos são medicamentos e substâncias que podem ser aplicados de forma racional pelo fisioterapeuta durante sua prática clínica. LEGISLAÇÃO Em 19 de novembro de 2020, foi assinado o acórdão 20/2020 que rege o direito do fisioterapeuta de atuar com o uso desta prática. O presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado do Rio de Janeiro, CREFITO 2, Doutor Wilen Heil e Silva, assinou o documento que esclarece o uso racional e as técnicas que devem ser seguidas pelo fisioterapeuta, como deve feita sua aplicação, e determina a carga horária que deve ser cumprida para que o mesmo possa atuar nestes procedimentos com segurança e ética. Este documento é resultado de pesquisas feitas com o colegiado de fisioterapia através de reuniões, votações pelo próprio site do CREFITO 2, e através de pareceres de associações como a ABRASFIPICS, Associação Brasileira de Fisioterapia Integrativa e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e ABRAFIDEF, Associação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional. ALGUNS PROCESSOS INJETÁVEIS OZONIOTERAPIA (GABRIELA) É um tipo de terapia alternativa compreendida pela transformação de oxigênio medicinal (O2) em ozônio (O3), sendo um potente oxidante, melhorando a oxigenação no sangue, aumentando a flexibilidade dos eritrócitos, o que facilita a passagem pelos vasos capilares. A ação da ozonioterapia promove um maior suprimento de oxigênio nos tecidos, atua como analgésico e anti-inflamatório, estimulando mais rápido a formação dos tecidos de granulação durante a fase proliferativa, além de formar moléculas reativas de oxigênio, que influenciam os eventos bioquímicos celulares, beneficiando o paciente durante a reparação tecidual, facilitando no crescimento do tecido epitelial e inibindo o desenvolvimento de bactérias. Basicamente age fazendo um efeito antimicrobiano e fungicida. Como ocorre? Quando o sangue entra em contato com o ozônio, ele reage com a água do plasma e os ácidos graxos insaturados presentes nas membranas das células, o que acaba originando o peróxido de hidrogênio (H2O2) e produtos de oxidação dos lipídios, que estimulam a liberação de interleucinas-8 fazendo com que atraia os leucócitos, células de defesa da circulação, para os tecidos e também estimula a aceleração do reparo tecidual, ativando os linfócitos, mocócitos e liberando citocinas, o que ativa o sistema imunológico. Vias de administração: As vias de administração podem ser de uso tópico, através de bags, que consistem basicamente em um plástico que fica em volta da ferida e o ozônio está diretamente em contato com a região em forma de vapor, intravenosa, onde é retirada uma quantidade de sangue que é tratado e misturado com ozônio e posteriormente aplicado por via intravenosa, ou por forma intramuscular, onde o ozônio pode ser misturado da mesma forma com o próprio sangue do paciente, ou com água estéril. Indicações: Desinfecção de feridas contaminadas; Feridas crônicas em pacientes diabéticos; Feridas de difícil cicatrização. Efeitos colaterais: A leitura que fizemos apresentava que o ozônio poderia ser um pouco imprevisível por ser instável, assim, podendo danificar os glóbulos vermelhos no sangue, sendo necessário ter muita atenção na quantidade a ser administrada durante o tratamento. Atualmente a ozonioterapia é uma das terapias mais conhecidas atualmente, possui resultados curativos de menor custo e fácil aplicação, e auxilia no tratamento de feridas de difícil cicatrização. TOXINA BUTULÍNICA (GABRIELA) A toxina butulínica tipo A (TBA) é uma neurotoxina dentre os outros sorotipos descritos até hoje, produzida por uma bactéria anaeróbica que se liga aos receptores motores, inibindo a liberação de acetilcolina, um neurotransmissor que faz a transmissão de impulsos nervosos e musculares promovendo a contração muscular, o que irá bloquear a condução neuromuscular. A toxina butulínica é conhecida também pelo nome BOTOX, que foi a primeira marca a ser comercializada e aprovada pela ANVISA no Brasil. Como ocorre? A partir do momento que a toxina butulínica é injetada, ela irá se ligar aos receptores terminais encontrados nos nervos motores, impedindo a liberação de acetilcolina pela fenda pré-sináptica, produzindo uma paralisia muscular local, inibindo as contrações musculares excessivas (espasticidade) em determinados locais. A redução dessa contração muscular excessiva pode contribuir na execução de exercícios, além de diminuir o gasto energético e o consumo de oxigênio. Então basicamente a TBA atua na inibição da liberação de acetilcolina, e essa diminuição da contração muscular ocorre somente no músculo que recebeu a toxina. Vias de administração É exclusivamente feita pela via intramuscular. Duração da aplicação A aplicação da toxina butulínica não é para sempre, é uma terapia que deve ser aplicada em doses terapêuticas, e possui duração de quatro à seis meses, e assim que liberada totalmente pelo organismo, é iniciado um ―rebrotamento da terminação‖ pré-sináptica do nervo colinérgico, ou seja, o organismo volta a fazer novamente a transmissão de acetilcolina, e as contrações excessivas retornam se não houver outra aplicação da toxina. Já na estética, sua aplicação pode durar de 4 à 6 semanas. Indicação Doenças que possuem espasticidade como paralisia cerebral; Estética: Para atenuar rugas, estabilizar a ponta nasal, corrigir lábios, elevar sobrancelhas, correção de assimetrias faciais, marcas de expressão, sorriso gengival e demais outros procedimentos. Alerta Por mais que tenha um potencial benéfico, se administrada incorretamente a toxina butulínica pode causar insuficiência respiratória ou até mesmo ser letal por hiperdosagem. Contra indicações Gestantes e lactantes; Alérgicos aos componentes do produto; Pacientes que fazem uso de aminoglicosídeos (antimicrobianos, como nebacetin); Estar fazendo uso de antiinflamatórios e anticoagulantes. TERAPIA NEURAL (ROBERTA) É uma técnica reguladora, que atua no sistema nervoso vegetativo através de injeções de anestésico local em baixa concentração, em fontes específicas. Seu objetivo é neutralizar as irritações, que durante a história da vda afetaram a capacidade de auto regulação deste sistema. A terapia neural é uma técnica que considera que ambos fatores físicos, mentais e emocionais podem desestabilizar o sistema nervoso, causando sintomas físicos no paciente. A terapia neural faz uso da administração de procaína, um anestésico sintético local derivado da cocaína, geralmente muito utilizada em clínicas odontológicas. A aplicação da substância atua na memória celular, podendo ser utilizada para diminuir campos de interferência das cicatrizes, ―apagando memória associativa do trauma‖. Como ocorre? O objetivo é identificar em que parte do organismo do paciente existe uma fibra nervosa irritada, encontrar os possíveis motivos para essa condição, e depois estimular uma reparação para devolver ao organismo seu equilíbrio e plena funcionalidade. A ação da procaína impede que haja um início do impulso nervoso, e a condução do mesmo através da sua interação direta com os canais de sódio, o que acaba impedindo o fluxo de sódio para dentro da célula e fazendo com que não tenha um potencial de ação. Vias de administração Através da via intramuscular e subcutânea. Se aplicada de forma tópica, não consegue passar pela pele. Indicação Tendinites; Fibromialgia; Hérniasde disco; Desequilíbrios físicos e emocionais. Duração A absorção da procaína é sistêmica e depende da dose aplicada, via de administração, vascularidade tecidual, da vasodilatação e do estado fisiológico do paciente. Tem início de 3 à 5 minutos após aplicação, com duração de até uma hora. O tempo curto de duração é explicado pela baixa ligação com as proteínas e também pelos fatores de absorção já descritos. Efeitos colaterais Alterações alérgicas como: edema, rinite, broncoespasmo, dermatite alérgica; Alterações causadas por hiperdosagem No sistema cardiovascular pode causar vasodilatação devido ação direta sobre o músculo na parede vascular, arritmia ou diminuição dos batimentos cardíacos; No SNC pode causar cansaço, ansiedade, tontura, tremores e etc. Toxidade Alguns autores relataram o caso de um paciente intoxicado pela droga que apresentou um quadro de rabdomiólise, onde a procaína em excesso causou uma lesão muscular grave, levando a liberação de diversas enzimas no sangue, e contribuindo para uma insuficiência renal. PLASMA RICO EM PLAQUETAS (PRP) (JULIANA) Plasma: É a porção líquida amarelada do sangue, sendo composto por sais minerais, proteínas e principalmente por água e atuando como um transportador de células. O plasma representa cerca de 55% do volume sanguíneo. Plaquetas: As plaquetas são células sanguíneas anucleadas, na verdade fragmentos citoplasmáticos dos megacariócitos (um tipo de glóbulo branco), originadas na medula óssea. São agentes importantes na coagulação do sangue e correspondem a menos de 1% do volume do sangue. No caso de um ferimento as plaquetas são ativadas e aderem ao local da lesão liberando a enzima tromboplastina, que resulta no coagulo do sangue. Funcionam como um tampão A técnica PRP O PRP foi desenvolvido no início da década de 1970 como um subproduto de aférese de multicomponentes sanguíneos, passando a ser reconhecido como um poderoso agente adesivo e hemostático. A partir da década de 1980, vários fatores de crescimento foram sendo descobertos, com isso em 1987 foi primeiramente utilizado por Ferrari et al. numa cirurgia cardíaca aberta para evitar transfusão excessiva de produtos sanguíneos homólogos. Na década de 1990, começou a ser utilizado nas cirurgias plásticas e maxilo-facial. A aplicação foi sendo seguramente efetivada e documentada em várias áreas, incluindo: ortopedia, medicina do esporte, odontologia, neurocirurgia, oftalmologia, urologia e cicatrização de feridas. Nos dias atuais, houve um aumento no uso do PRP em várias lesões relacionadas ao esporte devido às suas potenciais propriedades de cicatrização nas injúrias tendíneas e ligamentares através do recrutamento, proliferação e diferenciação celular. Essa técnica também pode ser utilizada em feridas e nos ossos, possuindo também propriedades antimicrobianas que podem contribuir para a prevenção de infecções. Como ocorre? As plaquetas são células sem núcleo que duram somente 8 à 10 dias. Elas contêm ―grânulos alfa‖ e ―grânulos densos‖ em seu interior com fatores e substâncias que têm papel fundamental na cicatrização. Os grânulos alfa são ricos em TGF-β (fator transformador do crescimento) e vários outros fatores de cicatrização. Os grânulos densos contêm histamina, serotonina, cálcio, dopamina e ATP (molécula de energia). A liberação das substâncias de ambos os tipos de grânulos é essencial nas três etapas da cicatrização normal: inflamatória, proliferativa e de remodelação. Além da função dos fatores liberados pelos grânulos das plaquetas, o coágulo de plaquetas atrai as células que formarão o novo tecido e serve como estrutura de base. O entendimento destas funções originou a ideia de produzir um composto com alta concentração de plaquetas para estimular o processo de cicatrização. Como é produzido o PRP? Plasma rico em plaquetas é produzido a partir do sangue do próprio paciente em que será utilizado. Os passos básicos são os seguintes: Colete do sangue do paciente; Adição de citrato para evitar coagulação antes do PRP ser preparado; Centrifugação (esse processo separa as células brancas e vermelhas do plasma e plaquetas); Ativação do coágulo. O sangue é colocado em um dispositivo e centrifugado por 15 minutos. Desta forma, ocorre a separação do plasma pobre em plaquetas (PPP), glóbulos vermelhos e plasma rico em plaquetas (PRP). Em seguida, o PPP é extraído e descartado. O PRP continua localizado em um espaço hermeticamente fechado, então o dispositivo é agitado por 30 segundos para colocar as plaquetas em suspensão, depois disso ele é colhido já pronto para injetar. Indicações O uso do plasma rico em plaquetas vem crescendo nas aplicações ortopédicas, alguns estudos abordam sua administração para tratamento de patologias como: ● Epicondilite lateral; ● Reconstruções do ligamento cruzado anterior; ● Tendinopatia e roturas do tendão calcâneo; ● Fasciíte plantar; ● Lesões do manguito rotador; ● Tendinopatia patelar. INTRADERMOTERAPIA (ANDRESSA) Intradermoterapia ou o termo mesoterapia, vem da origem embriológica da derme, ou seja, mesoderme. Sua primeira aplicação data de 1958, quando Pistor fez uma aplicação de procaína em um paciente com crise de asma, ele objetivava a broncodilatação, e conseguiu alcançar a melhora da surdez temporária do homem asmático, após 40 anos. E passou a aplicar injeções intradérmicas de procaína na região do mastoide e o indivíduo obtia melhora da surdez por um curto tempo. Pistor definiu a técnica da seguinte forma: pouco, poucas vezes e no local adequado. Após muitas pesquisas, ele percebeu que a aplicação de uma quantidade menor de substancia em um tempo maior, fazia mais efeito que poucas aplicações com uma concentração maior. Via de administração A intradermoterapia ou mesoterapia é um procedimento que aplica a injeção por via intradérmica na área a ser tratada, esse método aplica substancias bastante diluídas. Como ocorre? A aplicação é feita através da agulha Lebel (bisel, 4 mm de comprimento). Mas também pode ser aplicada com a pistola de mesoterapia. Após ser aplicada na região, ocorre a ativação dos receptores dérmicos e a difusão lenta para a microcirculação. Um estudo mostrou que 50% dos fármacos aplicados a menos de 4mm de profundidade permaneceram no local após 10 minutos. E quando a aplicação é feita com mais de 4mm de profundidade, apenas 16% das substancias permaneceram no local após 10 minutos. Efeito colateral Infecção por microbactérias, erupção liquenoide, indução de psoríase, urticária, acromia e necrose cutânea. Contra indicações: As substancias alcoólicas e oleosas são contraindicadas para a intradermoterapia pelo risco de necrose cutânea. No início a intradermoterapia era usada para doenças dolorosas, como tendinite, cervicobraquialgia, dor oral e periodontal. Hoje em dia é utilizada para tratamento de celulite, estrias, flacidez e gordura localizada. É contraindicado o tratamento se houver alteração no local de aplicação, gestantes e alergia as substancias. PREENCHEDORES SEMIPERMANENTES (VITÓRIA) Os preenchedores são substâncias biocompatíveis injetadas na pele com objetivo de corrigir disfunções estéticas. A substância mais comum utilizada para preencher é o ácido hialurônico (AH). Como ocorre? O AH é um polissacarídeo glicosaminoglicano que também pode ser encontrado na matriz extracelular da pele e, por possuir alta densidade de cargas negativas, é altamente hidrofílico estabelecendo a hidratação, fluidez, estabilização e preenchimento tecidual Vias de administração É possível aplicar o AH para correçãode sulcos infraorbitais conhecidos como olheiras, sulco nasogeniano (―bigode chinês‖), aumento e contorno de volume labial, projeção de queixo, contorno mandibular, eliminação de rugas faciais, correção nasal e aumento do zigomático. Duração no organismo Em média, a durabilidade do AH injetável é de 6 a 12 meses, sendo necessária nova aplicação após este período. Indicação • Aumentar a espessura dos lábios; • Melhorar o volume e restaurar os contornos da face; • Suavizar vincos e rugas; • Tratamento de olheiras. Contra indicação • Gravidez; • Amamentação; • Infecção ou inflamação no local que será tratado; • Doenças imunológicas; • Alergia a qualquer componente do produto. Efeito colateral se tiver Devido a sua biocompatibilidade, são raras as situações de rejeição do organismo. As possíveis reações adversas após a aplicação do ácido hialurônico são pequenos hematomas ou equimoses e edemas, tal quadro regride progressivamente e tem curta duração. Em raros casos, quando há a rejeição do organismo ao produto, ocorre a formação de granulomas persistentes, esses são revertidos através da injeção local de hialuronidase. Em algumas situações, estimulam reação inflamatória na região de aplicação, consequência do trauma mecânico causado no momento da injeção e também da resposta do organismo àquela substância. O reconhecimento precoce de alguma complicação, assim como seu tratamento agressivo e rápido, é fundamental para evitar sequelas a longo prazo e aumentar a segurança na realização do procedimento. PROCEDIMENTO INJETÁVEL PARA MICROVASOS (VITÓRIA) O procedimento estético injetável de microvasos (PEIM), as varizes. Vem sendo muito utilizado para eliminar ou diminuir microvasos de 1 à 2 mm em pacientes que não apresentem comprometimento circulatório. Existem diversas substâncias esclerosantes utilizadas no tratamento das telangiectasias, que são vasos extra finos, classificados em orgânicos e inorgânicos. Os inorgânicos são mais efetivos para os vasos, porém, são mais agressivos à pele. A glicose constitui-se como um dos esclerosantes mais importantes, por ser muito eficiente, é segura e não produz reações alérgicas; é de fácil obtenção e apresenta baixo custo. Além das vantagens já citadas, vale acrescentar a alta viscosidade, que dificulta a injeção em fluxo alto e o refluxo venocapilar ou venoarteriolar, causador da úlcera isquêmica. Como ocorre? A finalidade do tratamento é a oclusão do tronco varicoso, e consiste na aplicação de uma substância esclerosante em seu interior, que induzirá um processo inflamatório, levando a fibrose, fazendo com que o vaso perca seu caráter cilíndrico e excluindo-o do caminho da circulação resultando na melhora clínica e visual da área aplicada. Via de administração Intravenosa. Duração no organismo O número de sessões é variável de caso para caso, porém na primeira sessão já é notável um clareamento de até 60% dos vasos que vão se eliminando no decorrer das sessões. O intervalo entre elas se dá a cada 15 dias, uma vez que esse seria o tempo de ação da medicação utilizada. Indicação Pessoas com microvasos, ou varizes. Contra indicação Não é indicado para gestantes, lactantes, pacientes com ou em tratamento de neoplasias, com infecções locais, diabéticos descompensados e pacientes com problemas circulatórios. Efeito colateral O paciente pode relatar uma leve queimação no local que é aplicado, mas nada que seja insuportável ou incomodo. A sensação é de sentir o líquido entrando na pele. Em alguns casos pode ocasionar um leve hematoma, normal devido às agulhadas, mas que somem de 1 à 3 dias. HIDROLIPOCLASIA ULTRASSÔNICA NÃO ASPIRATIVA (JENNYFER) A hidrolipoclasia ultrassônica é a injeção de uma solução hipotônica (soro fisiológico mais/ou água destilada) no tecido hipodérmico, logo após utiliza-se o ultrassom que terá seu efeito potencializado com essa solução, o objetivo é a redução da gordura localizada. O ultrassom tem seu efeito potencializado, pois influência de forma significativa os adipócitos, promovendo a quebra do tecido adiposo através do seu efeito de cavitação instável. Para obter um resultado significativo, o ultrassom deve ser de 3MHz, e estar no modo contínuo, com a intensidade de 2W/cm² a 3W/cm². Como ocorre? Hidrolipoclasia pode ser definida como uma técnica em que se injeta soro fisiológico ou água destilada na gordura, para depois aplicar ultrassom externo e liquefazer a gordura. Após a aplicação do soro fisiológico na área visada, usa-se o ultrassom externo no local para provocar uma vasodilatação. O procedimento é satisfatório para se obter a quebra das gorduras excedentes, que serão eliminadas do organismo através da urina. Assim sendo um processo sem cortes ou incisão. Porém destaca que a técnica pode ser ampliada e melhorada com um pequeno corte de bisturi na região da gordura. Por esse pequeno furo, sob uma compressão manual do profissional, o tecido adiposo rompido será aspirado com uma delicada agulha. Vias de administração A hidrolipoclasia pode ser feita em praticamente qualquer parte do corpo que possua excesso de gordura localizada, sendo as regiões mais comuns: abdômen, flancos (cintura), costas (região inferior e superior), culotes (região externa da coxa), região interna da coxa, papada, axilas, braços e região pubiana. Duração no organismo A gordura dispersa é facilmente eliminada pelo organismo por meio de aspiração ou drenagens linfáticas. Indicação A hidrolipoclasia é indicada para aqueles pacientes com gordura localizada que não estejam em sobrepeso exagerado. Contra indicação A técnica é contraindicada para pessoas que possuam diabetes ou hipertensão, gestantes e quem estiver muito acima do peso, pois não ajudará no emagrecimento. Efeitos colaterais Edema (inchaço); Equimose (manchas roxas). REFERÊNCIAS Bulcão, R.P.; Arbo, M.D.; Roehrs, M.; Paniz, C.; Cervi, F.L.; Thiesen, F.V.; Leal, M.B.; Garcia, S.C. Procaína: Efeitos farmacológicos e toxicológicos. Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2011;32(3):297-303 CAMARGOS, Ana Cristina Resende; FONTES, Patrícia Lemos Bueno; GONTIJO, Érika Gomes; ARAÚJO; Fabrícia Márcia; COTA, Kátia. Fisioterapia associada à toxina butulínica na diplegia espástica: Um relato de caso. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n. 3, p. 17-24, jul./set. 2007 Conheça a terapia neural e suas vantagens. Disponível em: https://biomedicinaestetica.com.br/conheca-terapia-neural-e-suas- vantagens/#.YE1Fg2hKjDc. Blog biomedicina. 23 de abril de 2020. Consulta formulada à Associação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional relativa à aplicação de toxina botulínica com fins estéticos pelo fisioterapeuta. Disponível em: http://www.abrafidef.org.br/arqSite/PARECER_TECNICO_ABRAFIDEF_2017_0 1__TOXINA_BOTULINICA.pdf. Palhoça, Santa Catarina 11 de abril de 2017. CREFITO 2 publica novo acórdão da fisioterapia dermatofuncional nº20/2020. Disponível em: https://sbf.org.br/blog/crefito-2-publica-novo-acordao-da- fisioterapia-dermatofuncional-n-o20-2020. Sociedade Brasileira de Fisioterapia. 15 de dez, 2020. Herreros, Fernanda Oliveira Camargo; et. al;. Mesoterapia : uma revisão bibliográfica. An. Bras. Dermatol. vol.86 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2011. Disponivel em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365- 05962011000100013&script=sci_arttext LINS, Carolina Freitas. A aplicação do plasma rico em plaquetas (PRP) em lesões musculoesqueléticas – Revisão de Literatura. CETRUS. Ano VI – Edição 57. Julho 2014. MARCHESINI, Bruna Fuhr; RIBEIRO, Silene Bazi. Relato de caso: Efeito da ozonioterapia na cicatrizaçãode feridas. Fisioterapia Brasil 2020;21(3):281- 288. SILVA, Jéssica Sabrina Prates, et al. PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS UTILIZADOS PELO BIOMÉDICO ESTETA NO TRATAMENTO DO FOTOENVELHECIMENTO. ANAIS DO XI EVINCI — Centro Universitário Autônomo do Brasil — UniBrasil, 2016. Acesso em: 16 de março de 2021. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/2655/265524650007.pdf> SIQUEIRA, A.C; FURTADO, R.S; SILVA, T.B; PINTO, L.P; BACELAR, I.A. HIDROLIPOCLASIA – REVISÃO DE LITERATURA. Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 – Ano: 2018. Disponível em: <https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp- content/uploads/sites/10001/2018/07/069_HIDROLIPOCLASIA_REVIS%C3%8 3O_DE_LITERATURA.pdf >. Acesso em: 16, março de 2121. TONI, Thamiris Zermiani. PEREIRA, Patrícia Petryszyn. PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL DE MICROVASOS COM GLICOSE 75% E GLICOSE 50%. Revista Iniciare, Campo Mourão, v. 2, n. 1, p. 53-61, jan. /jun. 2017. Acesso em 16 de março de 2021. Disponível em: < http://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/iniciare/article/view/2421/923 >
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