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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ADENILZA DE FÁTIMA BUTTNER PILANTIL LINS, RU 1989131, TURMA 2018-2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO INICIAÇÃO CIENTÍFICA – ENSINO MÉDIO CURITIBA 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ADENILZA DE FÁTIMA BUTTNER PILANTIL LINS, RU 1989131, TURMA 2018-2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO Relatório de Estágio Supervisionado – Ensino Médio apresentado ao curso de Licenciatura em Psicopedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. CURITIBA 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4 2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5 2.1 Estado da arte .......................................................................................................5 2.2 Campo externo remoto – Análise Imagética..........................................................7 2.3 Material: criação e reflexão..................................................................................10 2.4 Prática do campo e as teorias - Práxis.................................................................12 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................21 4 REFERÊNCIAS ......................................................................................................22 5 APÊNDICES............................................................................................................24 6 ANEXOS..................................................................................................................27 4 1.INTRODUÇÃO O presente projeto de Estágio Supervisionado – Ensino Médio, no campo de Iniciação Cientifica tem fundamental relevância para formação no Curso de Licenciatura em Psicopedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Na futura profissão de psicopedagoga é imprescindível que seja conhecidos os desafios a serem enfrentados, bem como, da compreensão das relações humanas, com enfoque às relações e interações sociais. Também carece ter a compreensão adequada de didáticas e metodologias a serem utilizadas em crianças com autismo, desde a educação infantil, que não pode deixar de analisar os aspectos do desenvolvimento integral (cognitivo, afetivo, cultural, o ambiente e as influências familiares). O estágio supervisionado tem como objetivos o entendimento das dificuldades de aprendizado de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou simplesmente Autismo. Nesse sentido, foi realizada uma analise dos aspectos da psicopedagogia no contexto educacional para alunos acometidos de autismo. No mesmo norte, foi avaliado também as possibilidades de interação de autistas com as outras crianças no ambiente escolar e na vida cotidiana. O desenvolvimento do projeto ocorreu na forma de pesquisa em artigos científicos disponíveis na rede mundial de computadores, livros e filmes no Youtube. Foi escolhida a linha de pesquisa “Intersecções: língua, cultura e história e tecnologias”, cuja proposta é a interdisciplinaridade dentro contexto educacional atual. O tratamento digno e a inserção da pessoa humana no contexto social, motivou o presente estudo, no viés, de entender que não basta conhecermos os direitos das pessoas especiais, precisamos efetivamente promover a inclusão deles no seio social. Como, o tema em estudo é o Autismo. Então, como primeiro passo da inclusão no ambiente escolar é primordial do aluno com autismo, é conhecimento de terapias e sua aplicação em casos específicos. Desta forma é iniciado o processo de inclusão, pois, não basta se conhecer o diagnóstico, torna-se necessário trabalharmos com estratégias e metodologias de ensino diversificadas e abrangentes. 5 As crianças portadoras de síndrome autista, sofrem transtornos que geralmente afetam o desenvolvimento humano, nas áreas da comunicação, da interação especialmente na dificuldade de socialização e também nos aspectos comportamental. Portanto, ao trabalharmos com um aluno autista, primeiro precisamos conhecer os desafios que iremos enfrentar no processo ensino/aprendizado com crianças autistas, especialmente no período de educação infantil. E nesse norte, capacitar os profissionais de educação em estratégias e metodologias voltadas para promoção do desenvolvimento comunicativo, interação e comportamental, respeitando a diversidade de cada aluno. O estudo abrangeu diversas etapas, porém, todas elas foram norteadas pela leitura e pesquisa de materiais que tratam da temática. O estudo foi realizado basicamente em pesquisa documental, mediante pesquisa bibliográfica e descritiva, em que foi dado enfoque a analise do Autismo e as possíveis intervenção psicopedagógica no ambiente escolar e possíveis intervenções no campo familiar. A pesquisa documental pautou obras literárias de autores como: Francisco Batista Júnior Assumpção, José Salomão Schwartzman, Marcos José Silveira Mazzotta, Lev Semyonovich Vygotsky e outros autores que subsidiaram elaboração do presente estudo 2. DESENVOLVIMENTO No presente estudo discorremos sobre o papel do psicopedagogo no ambiente escolar, ou seja, na área institucional, não sendo abordado a psicopedagogia na área clinica. Será enfocada a atuação do psicopedagogo no processo educativo, nos aspectos investigativos, a fim de compreender a complexidade da educação voltado para alunos com autismo. Para melhor compreender o que é autismo, foi escolhido o filme “Arhur e o Infinito: um olhar sobre o autismo”. O qual a nosso ver retrata o autismo de uma forma refletiva e muito assemelhada a vida real. 2.1. Estado da Arte O Curso de licenciatura em Psicopedagogia tem objetivo de formar profissional para atuar na identificação de dificuldades ou de distúrbios de aprendizagem humana, 6 bem como, para elaborar ações corretivas e preventivas quando identificação de transtornos dessa natureza auxiliando e facilitando o processo de ensino/aprendizagem. O psicopedagogo investiga as principais causas que provocam os distúrbios que causam dificuldade de aprendizagem, que podem envolver os aspectos cognitivos, neurológicos, emocionais, sociais e físicos. Inicialmente o psicopedagogo atua na investigação e no diagnostico do distúrbio s problemas de aprendizagem. Devidamente identificada a causa, o psicopedagogo elabora um plano de ação de acordo com a necessidade de tratamento de cada distúrbios e inicia a sua aplicação. Dependendo da gravidade do paciente, o tratamento pode exigir o envolvimento de vários atores, em especial os familiares. A Psicopedagogia tem sua atuação em duas áreas, a clínica e a institucional, as quais serão objeto de investigação. A psicopedagogia clínica trabalha com pacientes de forma individual, podendo ser crianças, adolescentes e adultos. O foco de investigação é direcionada a paciente que possam apresentar problemas cognitivos, emocionais ou pedagógicos, ocasionando dificuldades de aprendizagem. Nesse sentido, o psicopedagogo, segundo Bossa (2007, p. 94), afirma que ele: [...] busca não só compreender o porquê de o sujeito não aprender algumas coisas, mas o que ele pode aprender e como. A busca desse conhecimento inicia-se no processo diagnostico, momento em que a ênfase é a leitura da realidade daquele sujeito, para então proceder a intervenção que é o próprio tratamento ou o encaminhamento. (BOSSA 2007, p.94.) O ser humano necessita estar em pleno equilíbrio psicológico para poder assimilar a aprendizagem, pois, somente assim poderá refletir sobre os assuntos ensinados, construindo os diversos saberes. Assim,se torna normal psicopedagogo fazer parte equipes multidisciplinares formadas por psicólogos, neurologistas, psiquiatras ou fonoaudiólogos, na busca da solução dos problemas diagnosticados. Enquanto, a Psicopedagogia Clínica atende pacientes individualmente, a Psicopedagogia Institucional atua de forma ampla, ou seja, atende grupos de pessoas em ambientes distintos, podendo ser em: escolas, empresas e hospitais. No ambiente escolar, o psicopedagogo institucional faz uma analise geral do ambiente, considerando as instalações físicas, os horários, a grade escolar proposta, as atitudes comportamental não só dos alunos como também dos funcionários. Bossa (2007, p. 25), assegura que ele identifica os fatores que favorecem ou prejudicam a aprendizagem: 7 No primeiro nível o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a “frequência dos problemas de aprendizagem”. Seu trabalho incide nas questões didático-metodológicas, bem como na formação e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagens já instalados. Para tanto cria-se plano diagnóstico da realidade institucional, e elaboram-se planos de intervenção baseados nesse diagnósticos a partir do qual se procura avaliar os currículos com os professores, para que não se repitam tais transtornos. No terceiro nível o objetivo é eliminar transtornos já instalados em um procedimento clínico com todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma vez que ao eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros. (BOSSA, 2007, p. 25) Já no ambiente empresarial, a atuação psicopedagogo institucional, está focada na área de Recursos Humanos cujo objetivo o melhorar a interação entre superiores e subordinados, favorecendo harmonia eles, conforme o pensamento de Bossa (2007, p. 33): “[...] nas empresas, onde o objetivo seria favorecer a aprendizagem do sujeito para uma nova função, auxiliando-o para um desenvolvimento mais afetivo de suas atividades”. O psicopedagogo institucional, atua nos hospitais atendendo e acompanhando pacientes com vinculo e históricos de dificuldade de aprendizagem, para fins de inserção na escola, após receberem alta. 2.2. Campo externo remoto – Análise Imagética A análise da temática do filme “Arthur e o Infinito”, trata de um drama vivido pelo casal César e Marina, que tem dois filhos, Sofia, de 10 anos e Arthur, de 6 anos. O drama da família tem início quando Arthur é diagnosticado com autismo. O filme retrata a rotina de uma família que precisa conviver e traçar caminhos norteadores para propiciar um convívio saudável no seio familiar e preparar o menino para o convívio e interação na sociedade. Isso modifica totalmente a rotina da família, em especial nas emoções da mãe, que precisa agir com prudência, clareza e acima de tudo ter um controle emocional, sem jamais perder o controle e entrar em desespero. O filme tem cunho social e se passa no ambiente urbano, caracterizado no convívio residencial familiar e práticas interativas no espaço físico externo urbano. O roteiro do filme tem a temática central o autismo, é um filme da vida real, o qual a meu ver busca provocar um olhar diferenciado, sensibilizando a sociedade para a gravidade do problema. A narrativa é continuada e os fatos são 8 desencadeados numa sequência lógica e autônoma, retratando os fatos simultâneos e na mesma temporalidade. Os acontecimentos ocorrem especificamente no convívio familiar residencial, com pequenas fugas ao parque e o consultório médico. O cenário é destacado pela movimentos do menino Arthur nos cômodos da residência, suas interações no espaço físico e com os brinquedos. O autismo se apresenta como um drama de difícil superação, exigindo mudanças comportamental e rotineira de uma família. O espaço cultural tem fundamental importância para essa superação, na qual é exigido entre outras coisas, a sensibilidade e conscientização da comunidade no trato dessa questão. Embora haja grande momentos de angústia família, em especial da mãe, os personagens apresentam atitudes de calma e serenidade, mais deixam uma sensação de incapacidade, que parece deixar a família sem chão. A melhor impressão do filme está relacionada a resposta do médico, que tem visão holística, não considerando Arthur, como um doente, e sim uma criança diferente. Nos aspectos da formação acadêmica podemos entender que o filme nos faz refletir sobre as possibilidades de lúdicas de intervenção psicopedagoga no trato com crianças diagnosticadas transtorno Espectro Autista (TEA). No qual o profissional poderá adotar estratégias e metodologias voltadas para o desenvolvimento psicológico, cognitivos e afetivos estimulando a criança a prática de interação social no ambiente escolar. 1. FICHA TÉCNICA DO DOCUMENTÁRIO/FILME Documentário: Arhur e o Infinito Título Original: Arhur e o Infinito: um olhar sobre o autismo Ano: 2012 País: Brasil Idioma: Português Duração: 36:35 minutos Gênero: Drama Cor: Colorido Idade recomendada: Livre Palavras-chave: Autismo. Família. Emoções e sentimentos 9 Direção: Julia Rufino Produção: Academia Internacional de Cinema Elenco Principal: Maria Tuca Fanchin, Roberto Skora, Erich Schon e Giovana Fonseca Informações de Produção 1 : O roteiro do filme foi escrito com base em pesquisas em materiais disponíveis na internet, livros e em informações de pais com filhos autistas. A autora do filme iniciou a escrever o roteiro no mês outubro de 2011. A primeira versão do filme foi aprovada por uma banca na Academia Internacional de Cinema e ganhou premio no valor de R$ 3.000,00. A autora do roteiro, Julia Rufino Garcia, melhorou o roteiro e buscou apoio para arrecadar recursos para produzir o filme. Assim, 96 pessoas fizeram doação de um montante de R$ 25.610,00, possibilitando a produção do filme, que contou ainda com descontos e o fornecimento de equipamentos a custo zero. Restrições: O filme não tem restrições Sinopse: Arthur e o Infinito conta a história de uma família e seus conflitos, ao ter o filho mais novo, Arthur, de seis anos, diagnosticado como autista. Marina, sua mãe, assume a responsabilidade de dedicar todo o seu tempo para o filho e buscar caminhos para compreender melhor seu mundo, mostrando a realidade das emoções e sentimentos da família. Conteúdos Explícitos 2 : A angústia de uma família convivendo com uma criança diferente, portadora de Autismo. Conteúdos Implícitos 3 : As pessoas autistas são diferentes, mas não vivem isolados, em um mundo próprio somente deles. Eles se comunicam, mas é preciso descobrir as formas de se comunicar com eles. A dificuldade que eles tem na linguagem e pode ser superada, por afeto e carinho, pois, eles não são frios. Interdisciplinaridade com outras áreas 4 : A interdisciplinaridade a nossa ver se relaciona com Educação Física, Ciências, Psicologia, Matemática e Português. Observações: As pessoas precisam ter a sensibilidade e a consciência de que as pessoas diferentes são seres que necessitam da nossa total e adaptação as necessidades deles. Entender as necessidades deles é o caminho para que eles possam ser inseridos na sociedade. Textos compilados e modificadas pelo autor FONTE: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE#:~:text=Arthur%20e%20o%20Infinito%20conta,sei s%20anos%2C%20diagnosticado%20como%20autista>. Acesso em: 20 out. 2020 1 Informações de produção: são informações como locações, custos de produção, adaptações de livros, entre outras e que possibilitam ao professor contextualizar o uso da obra. Essas informações também podem estabelecer ações interdisciplinares com outras áreas; 2 Conteúdos explícitos:são aqueles conteúdos que a narrativa apresenta de forma clara e direta, ou seja, que o aluno identifica sem dificuldades. Podem representar um desdobramento do Assunto; 3 Conteúdos implícitos: são aqueles que de alguma forma podem ser subentendidos na narrativa. Não ocupam uma cena principal, porém fazem parte, implicitamente, da história. Podem surgir em diálogos, ações, figurinos, cenários, músicas ou outras formas. 4 Interdisciplinaridade com outras áreas: relaciona as áreas que podem estabelecer diálogos com a área principal. A interdisciplinaridade ocorre ou, pode ser proposta, a partir da área de formação do professor que propõe a utilização do documentário. https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE#:~:text=Arthur%20e%20o%20Infinito%20conta,seis%20anos%2C%20diagnosticado%20como%20autista https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE#:~:text=Arthur%20e%20o%20Infinito%20conta,seis%20anos%2C%20diagnosticado%20como%20autista 10 2.3. Material: criação e reflexão Em função da Pandemia da Covid-19, o presente estudo foi realizado de forma teórica não sendo aplicado na prática. Nesse contexto, ilustramos com algumas brincadeiras extraídas de diversos sites da internet, conforme figuras abaixo: Figura 1 - Irmãos de autistas também podem ter dificuldade motora (Foto: Thinkstock) FONTE: Disponível em: <https://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2018/11/nova- descoberta-irmaos-de-autistas-tambem-podem-ter-problemas-com-tarefas-motoras.html>. Acesso em: 25 out. 2020 Figura 2 – brincadeira para aluno autista para ajudar no desenvolvimento da criança FONTE: Disponível em: < https://www.altoastral.com.br/ensinar-ingles-criancas-autismo/>. Acesso em: 25 out. 2020 11 Figura 3 – Atividade de Portugês para aluno com autismo FONTE: Disponível em: <https://superafarma.com.br/atividades-para-criancas-autistas-dicas-para- melhorar-o-desenvolvimento/>. Acesso em: 25 out. 2020 Figura 4 – Atividade de matemática para aluno com autismo FONTE: Disponível em: <https://leiturinha.com.br/blog/10-atividades-para-ensinar-matematica/>. Acesso em: 25 out. 2020 Figura 5 – Atividade de Educação física para aluno com autismo FONTE: Disponível em: < https://www.cref12.org.br/2019/02/07/professor-desenvolve-projeto-com-criancas-e-jovens-com- autismo/>. Acesso em: 25 out. 2020 https://superafarma.com.br/atividades-para-criancas-autistas-dicas-para-melhorar-o-desenvolvimento/ https://superafarma.com.br/atividades-para-criancas-autistas-dicas-para-melhorar-o-desenvolvimento/ https://leiturinha.com.br/blog/10-atividades-para-ensinar-matematica/ 12 2.4. Práxis do campo e as teorias – Práxis A Psicopedagogia é definida no meio acadêmico pela atuação profissional dentro da área de investigação relacionada a criança no período escolar/aprendizagem. A atuação da psicopedagogia envolve quatro pilares fundamentais que são: aspectos psicológicos, a pedagogia, o cognitivo e afetivo. Conforme Campagnolo e Marquezan (2019, p. 342), a profissão de Psicopedagogia é uma: [...] profissão que tende a ser bastante abrangente, pois é capaz de atuar em espaços escolares e não escolares – como clínicas, hospitais, assim como com diferentes personagens humanos. Sabe-se que ela surge da necessidade de se desenvolver estudos dentro do campo da aprendizagem. Isso porque estamos vivenciando, nas últimas décadas, a universalização da educação básica, e é nesse ambiente que se percebe com mais facilidade quando as crianças apresentam algum tipo de dificuldade no aprender algo novo. (CAMPAGNOLO; MARQUEZAN, 2019, p. 342) Nesse contexto, o trabalho do psicopedagogo deve ser especifico e primordialmente investigativo, permitindo que profissional obtenha a expertise para criar e desenvolver especialidades para alcançar o propósito, a aprendizagem. O psicopedagogo também precisa ter a percepção do processo e da dinâmica de aprendizagem. Assim, Campagnolo e Marquezan (2019, p. 342) apud Bossa (2007, p. 345-346), afirmam que: Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem. Assim a psicopedagogia precisa estar estruturada no contexto da aprendizagem do ser humano considerando sua evolução, as patologias e a influência social, incluindo a família, a escola e a sociedade durante todo o ciclo de seu desenvolvimento. Então o psicopedagogo passa por: “diferentes atores escolares com um olhar sensível às possíveis inquietações que tendem a dificultar a aprendizagem da criança. Dessa forma, é preciso, na categoria a seguir, dar um enfoque naquele que 13 sente e vivencia na pele a dificuldade de aprendizagem, que é o aluno”. (CAMPAGNOLO; MARQUEZAN, 2019, p. 346) Nessa vereda, Bossa (1994, p. 51), discorre: Para o Psicopedagogo, aprender é um processo que implica pôr em ações diferentes sistemas que intervêm em todo o sujeito: a rede de relações e códigos culturais e de linguagem que, desde antes do nascimento, têm lugar em cada ser humano à medida que ele se incorpora a sociedade. As constantes mudanças que ocorrem na sociedade, bem como, a banalização da comunicação, o meio digital em constante evolução, as inovações no campo político, economia e os desequilíbrios no seio familiar, isso tudo obriga o professor inovar e fazer de seus conteúdos habituais e das disciplinas, instrumentos que qualificam para a vida, como também estimulam capacidade e competências, com a finalidade de propiciar a estimulação das inteligências de seus alunos (ANTUNES, 2002, p.47). No processo de ensino aprendizagem é necessário a interação entre psicopedagogo e o professor, conforme afirmam, Campagnolo e Marquezan (2019, p. 347): No momento em que psicopedagogo e professor entendem que a alfabetização é o primeiro processo complexo escolar, em que, provavelmente, será possível visualizar entre os pares os diferentes tempos e condições de aprender, é pertinente o trabalho interdisciplinar. Pensando na importância dessa relação, a terceira categoria tem como principal ator da pesquisa o professor. Como primeiro artigo a ser apresentado, torna-se importante reforçar a ideia de uma boa relação entre o psicopedagogo e o professor. Diante disso, o artigo fez uma crítica em relação aos relatórios psicopedagógicos e a sua utilidade frente ao trabalho diário do professor com alunos com diagnóstico de deficiência mental. Também se torna necessário que tanto a participação dos familiares como também dos profissionais da educação que a criação e o desenvolvimento de atividades que possam estimular a criatividade da criança autista, isso tudo de forma planejada considerando os estímulos na obtenção das habilidades sociais para dessa forma fazer com que todas as áreas se ativem. (LEMOS; SALOMÃO; RAMOS, 2014, p. 118-119) Portanto, os profissionais de psicopedagogia têm a árdua missão, porém, louvável de trabalhar a socialização dos todos os conhecimentos disponíveis, além de trabalhar o incentivo do desenvolvimento cognitivo da criança com autismo ou outra necessidade especial, ajudando na construção da pessoa para viver na sociedade. 14 Entre os problemas cognitivos que carecem do acompanhamento de profissional de psicopedagogia, temos o Autismo, que o objeto do nosso estudo. O autismo é caracterizado por uma série de desordens de alta complexidadeno sistema neurológico, que podem acontecer ainda no ventre materno, no momento do nascimento ou ainda, logo depois do nascimento. Estudos apontam que o autismo tem uma proporção de um caso para cada 68 crianças. O autismo normalmente apresenta transtornos persistentes na comunicação, dificuldade de socialização e interação, com padrões comportamentais restritos e repetitivos. Mello (2007, p. 16) define Autismo como uma: “síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação”. Para Consenza e Guerra (2011, p. 113), o Autismo pode ser definido como um: [...] transtorno neurobiológico do desenvolvimento que tem uma origem genética poligênica que pode afetar muitos órgãos, mas com predomínio da alteração do funcionamento do sistema nervoso central, especialmente, estruturas como o córtex cerebral, o cerebelo e áreas do sistema límbico. [...] é caracterizado por anormalidades no comportamento, envolvendo a interação social, a linguagem e a cognição, com retardo mental em 70% dos casos e convulsões em 30% deles. O diagnóstico é clínico, feito pela observação do comportamento (CONSENZA; GUERRA, 2011, p. 133). O autismo pode apresentar características distintas, podendo em alguns casos, serem visíveis de fácil identificação, como também algumas que sãos imperceptíveis. De modo geral, os sintomas perceptíveis apresentados são: dificuldades da fala; isolamento, não se apegam relacionamentos interpessoais ou escolhem apenas pessoas para interação; tem muita dificuldades de leitura e escrita, porém, tem facilidade de realizarem cálculos; a comunicação se dá através de gestos, não há fala; há caso de crises de risos e até ataques eufóricos. Para o diagnóstico do Autismo, Mello (2007, p. 72), entende que: Usa as pessoas como ferramenta, resiste à mudança de rotina, não se mistura com outras crianças, não mantém contato visual, age como se fosse surdo, resiste ao aprendizado, apresenta apego não apropriado a objetos, não demonstra medo de perigos, gira objetos de maneira bizarra e peculiar, apresenta risos e movimentos não apropriados, resiste ao contato físico, acentuada hiperatividade física, ás vezes é agressivo e destrutivo, apresenta modo e comportamento indiferente e arredio. (MELO, 2007, p.72). 15 Desta forma, o desafio educativo de crianças com autismo é muito complexo e o aprendizado segundo Nilsson (2004, p.52-53) é diferenciado de uma criança autista e a não autista, dentro dos aspectos cognitivos. O autismo apresenta um pensamento literal concreto, visual, fragmentado. Ocorre um tipo de estímulo sensorial por vez, enquanto que em uma criança não autista ocorre a coordenação de todas as modalidades sensoriais. Já no dizer de Ferreira e França (2017, p. 510): As crianças autistas sentem dificuldade em se adaptar em espaços educacionais. Os problemas encontrados são: socialização, organização, distração e dificuldade em sequenciar. Levando em consideração à grande insuficiência de qualificação profissional para o correto diagnóstico e acolhimento à criança autista, as instituições de ensino padece ao receber este aluno. Desta forma, o ambiente escolar enfrenta o grande desafio para trabalhar com como criança autista, em especial relacionada a estratégia e a metodologia, visto que o professor precisa trabalhar a adequação especifica do conteúdo de alfabetização a ser aplicado a esses alunos. No mesmo sentido, os professores na maioria das vezes estão despreparados e com pouco conhecimento não área, o que deixa desmotivados e frustrado, todas as vezes que não atingem os objetivos proposto. A nosso ver é preciso envolver a família e a escola nos aspectos das diferenças e particularidades dos alunos, adaptando estratégias e metodologias, de acordo com o diagnóstico e especificidade de cada aluno. Diante disso é necessário o desenvolvimento de técnicas para tratar crianças com autismo, as quais devem priorizar atividades diárias, que podem ser individualizadas ou em equipes quando envolver jogos. Devemos procurar o antes possível desenvolver: a autonomia e a independência; a comunicação não-verbal; os aspectos sociais como imitação, aprender a esperar a vez e jogos em equipe; a flexibilização das tendências repetitivas; as habilidades cognitivas e acadêmicas; ao mesmo tempo é importante: trabalhar na redução dos problemas de comportamento; utilizar tratamento farmacológico se necessário; que a família receba orientação e informação; que os professores recebam assessoria e apoio necessários. (MELLO, 2007, p.28). Nesse norte assevera Nilsson (2004, p. 57) que um erro como é: [...] usar a idéia [sic] de um programa diário visual individual, é fazê-la conter somente atividades enfadonhas que os alunos já conhecem, sempre apresentadas na mesma ordem. Assim a idéia [sic] perde sua função para a pessoa envolvida. Temos de pensar no que poderia ser interessante para ele, de forma que os conteúdos do dia sejam um acordo entre as coisas que julgamos que ele precisa fazer e coisas que ele prefere fazer. 16 A educação em especial as voltadas para crianças com diversidades precisam de sistemas específicos próprios, carece ser dinâmica e funcionais, propiciando a abertura interativa e o intercâmbio pertinente de forma constante e comum. A interação entre pais e educadores através de vivências lúdicas, potencializam o conhecimento dos grupos e melhoram o contexto num todo. Nesse sentido, Vygotsky (1998, p. 142), tem o entendimento que: [...] brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem, constituindo uma atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança se comporta de forma mais avançada do que na vida cotidiana, exercendo papéis e desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos, habilidades e processos de desenvolvimento e de aprendizagem (VIGOTSKY, 1998, p. 81). Portanto, o brincar é uma atividade primordial para as crianças, mesmo as com diversidades, e promove a interação e estabelece conexões entre as pessoas, mesmo de culturas e raças diferentes. Os aspectos construtivos do brincar e que tem importância fundamental na formação dos sujeitos é o processo de imaginação (VIGOTSKY, 1998, p.142). Ao brincar, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, ela normalmente extravasa, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento, sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento (VIGOTSKY, 1998, p. 139). Através da brincadeira, a criança liberta as emoções cognitivas e desenvolve capacidade para exercitar suas emoções, adquirindo compreensão de como ela pode construir a representação de mundo. Tanto para os alunos com autismo como para os alunos “normais”, as diversas brincadeiras possibilitam a construção de varias novas possibilidades de agir e ineditamente estimulam arranjos para modificar e inovar todos os elementos existentes no ambiente. No dizer de Oliveira (2000, p. 164) que brincar são estimuladas as emoções do afeto e percepção entre outras: Ao brincar, afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação, memória e outras funções cognitivas estão profundamente interligados. Ao brincar a criança é favorecida com o equilíbrio afetivo contribuindo para o processo de apropriação de signos sociais. Cria condições para uma para uma transformação significativa da consciência infantil, por exigir das crianças formas mais complexas de relacionamento com o mundo (OLIVEIRA, 2000, p. 164) As brincadeiras, relacionadas aos jogos, tem na atualidade a possibilidade de proporcionar o desenvolvimento do aprendizado em áreas especificas, como a 17 matemática, por exemplo. O jogo é um recurso pedagógico de fundamental importância a ser utilizado em crianças com autismo. No tocantea utilização do jogo como recurso pedagógico, Vygotsky (1998, p. 143), afirma: “Na situação de brincadeira, a criança imita papéis exercidos pelos alunos e ensaia futuros papéis e valores, levando a criança a desenvolver a motivação, as habilidades e as atitudes que serão necessárias para a sua participação social”. Por sua vez, Piaget (1978, p.123), assevera: “Quando brinca, a criança assimila o mundo a sua maneira, em compromisso com a realidade, pois sua maneira de interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que criança lhe atribui”. Um dos grandes desafios de envolver a criança autista em brincadeiras é envolver e chamar a atenção dela. Portanto, é preciso observar as características dos brinquedos, bem como, os materiais que envolvem os brinquedos. Entre as características a serem observados nas brincadeiras a ser escolhidas para aplicar em crianças autistas, é importante observar se elas incluem: possibilidades de movimentação do corpo, par ajudar na regulação sensorial; se ela incentiva o contato visual (o autista costuma evitar); se existe interação direta entre a criança e o adulto para auxiliar a criação de vínculo entre eles; se ela estimula a imitação oral e gestual; se a brincadeira possibilita a criança autista mover os músculos do rosto; se a criança tem na brincadeira contato físico e consciência corporal; se a brincadeira trabalha o ensino e controle das emoções; se estimula a novas descobertas das possibilidades dos sentidos, como olfato, paladar, tato, visão e audição. O professor precisa observar se na hora da brincadeira, qual brincadeira a criança autista demonstra maior afinidade e interesse. A criança autista jamais deve ser forçada a realizar algo que eles não gostam, visto que a sensibilidade deles é apurada, e suas dificuldades são diferentes de um para outro. Como bem já comentado as brincadeiras que propiciam movimentos do corpo, são simples de fácil aplicabilidade. Muitos especialistas sugerem a conhecida “serra, serra, serrador”. Essa brincadeira propicia o contato visual, além de possibilitar a regulação sensorial. As brincadeiras como bambolê, ajudam no desenvolvimento cinestésico, despertam os aspectos cognitivos, promovem a interação, propiciam a criatividade e 18 os movimentos do corpo, auxiliam a criança a apreender se equilibrar, além dos aspectos da diversão que a brincadeira promove: As crianças podem imitar uma variedade de ações que vão muito além dos limites das suas próprias capacidades. Numa atividade coletiva ou sob a orientação de adultos, usando a imitação, as crianças são capazes de fazer muito mais coisas. Esse fato, que parece ter pouco significado em si mesmo, é de fundamental importância na medida em que demanda uma alteração radical de toda doutrina que trata da relação entre aprendizado e desenvolvimento em crianças. (VIGOTSKI, 1998, p. 115-116). A música também faz muito bem as crianças autistas, ou seja, cantar músicas que agradam a crianças enquanto ensina as tarefas do dia a dia, como: escovação dos dentes, na hora do banho, higienização das mãos, quando das refeições, entre outros. O psicopedagogo com atuação no ambiente escolar precisa atuar no sentido de pesquisar e: “auxiliar e apresentar um parâmetro de questões relevantes e necessárias para a educação. É possível conhecer o ambiente de trabalho, as dificuldades encontradas e a busca por resultados que possam auxiliar nessa questão”. (CAMPAGNOLO; MARQUEZAN, 2019, p. 348) Campagnolo e Marquezan (2019, p. 348), complementam: “É importante ao psicopedagogo perceber, de forma mais específica, quais as maiores dificuldades recorrentes nas escolas, para que seja possível propor ações direcionadas”. Desta forma, fica claro que a educação inclusiva é caminho sem volta. Carecendo de políticas sociais púbicas que tratem da adequação do ambiente escolar, com profissionais capacitados e conscientes de seu propósito que é atender os alunos com necessidades especiais com dignidade, para inserir não somente no ambiente escolar, mas formar o cidadão para conviver no ambiente laboral e na sociedade. No ambiente escolar, cabe ao professor assumir compromisso de utilizar técnicas e estratégias para que o aprendizado do aluno autista obtenha o êxito esperado, bem como, ele possa desenvolver as atividades de forma qualificativa. Assim, o professor carece ir além do domínio e conhecimento da disciplina que leciona, ele precisa estar qualificado no entendimento de assuntos em áreas sociais, políticas, econômicas, culturais entre outros conhecimentos, como do ambiente em que a criança está inserida. Portanto, a necessidade de inclusão no ensino regular de alunos “especiais”, mesmo sendo um problema atual, os processos de mudanças carecem de estudo 19 aprofundado e constantes adequações, e de práticas novas pedagógicas que possam atender as diversidades dos alunos. Nesse sentido, as escolas precisam desenvolver testes para entender e explicar as diferenças nos rendimentos dos alunos com diversidades em relação aos demais alunos. Isso deve ocorrer de forma diferenciada e atender todos os graus de escolaridade. Com a aquisição desse conhecimento científico é possível nortear a ação de todos os profissionais da educação, e não tão somente dos psicopedagogos. Partindo da primícias da necessidade entender e caracterizar as ações terapêuticas, em crianças com Autismo e que vem onde apresentando sintomas de dificuldades de aprendizagem. O objetivo do tratamento psicopedagógico é o desaparecimento do sintoma e a possibilidade do sujeito aprender normalmente em condições melhores enfatizando a relação que ele possa ter com a aprendizagem, ou seja, que o sujeito seja o agente da sua própria aprendizagem e que se aproprie do conhecimento. (BOSSA, 2007, p.21). Nesse sentido, é importante investir em pesquisas e estudos educacionais voltadas a atendimento integral da educação inclusiva. O mundo, em especial a Europa, realizou os primeiros estudos no campo educacional da educação inclusiva , que após estudados e modificados vem ao longo dos tempos sendo implementadas e melhoradas: Assim a Europa saiu na frente, no contexto da educação inclusiva que foi seguida pelos EUA e Canadá, e outros países neles incluindo o Brasil: Foi principalmente na Europa que os primeiros movimentos pelo atendimento aos deficientes, refletindo mudanças na atitude dos grupos sociais, se concretizaram em medidas educacionais. Tais medidas educacionais foram se expandindo, tendo sido primeiramente levadas para os Estados Unidos e Canadá e posteriormente para outros países, inclusive o Brasil (MAZZOTA, 2005, p. 17). Dentro do contexto legal é importante mencionar que no Brasil, o nossa Lei Maior, a Constituição Federal de 1988, destaca que todos os indivíduos têm direito à educação. No entanto, os alunos “especiais” não tem um atendimento educativo pleno, que ocorre normalmente por descaso dos agentes públicos que deixam de investir na educação, em especial na capacitação dos professores e nas políticas sociais tanto escola como para levar informação pertinentes à família. 20 A educação inclusiva é um direito de todos as crianças com diversidades e a escola por sua vez é a responsável para promovê-la com qualidade: A escola tem um compromisso com o desenvolvimento dos sujeitos. Nos processos inclusivos vinculados a esses princípios, reside uma grande preocupação com a construção de materiais e a implementação de metodologias de ensino que venham a produzir uma aprendizagem individualizada, levando em consideração as necessidades específicas dos sujeitos, suas potencialidades e desafios. Porém, grande parte das discussões realizadas é centrada nas metodologias de ensino. A inclusão é tomada como algo natural, como se ela estivesse, desde sempre, aí no mundo (HATTGE; KLAUS, 2014, p. 329). No entanto,sabemos que a escola ainda não está adequadamente preparada, para atender com qualidade os alunos com Autismo ou outras diversidades, assim entendem Frias e Menezes (2008, p. 13), ao afirmarem que: O desafio colocado aos professores é grande e que parte significativa continua “não preparada” para desenvolver estratégias de ensino diversificado, mas, o aluno com necessidades especiais está na escola, então cabe a cada um, encarar esse desafio de forma a contribuir para que no espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, ainda que pequenas, mas que possam propiciar o início de uma inclusão escolar possível (FRIAS; MENEZES, 2008, p. 13). Mesmo assim, a cada ano cresce o número de crianças “especiais” nas escolas do Brasil, principalmente públicas, nas quais os recursos são sempre escassos. Isso se dá em detrimento do previsto na Constituição Federal e também de determinação legal de outras normas vigentes: O Estatuto da Criança e do Adolescente (em seu artigo 54, III, de 1990, que também afirma que “é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente [...] atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de ensino”), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Art. 58, de 1996); e no Decreto- Lei nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 (ANTUNES, 2008, p. 17). Portanto, diante da determinação legal, os problemas de inclusão de “especiais” no ambiente escolar, está aos poucos sendo implantado no Brasil. Isso, no entanto, ainda, não atende as necessidades de todas as crianças com necessidades especiais. Mais ainda é um tema novo e aos poucos vem recebendo atenção e tem muito a evoluir. Nesse sentido, Mazzota (2005, p. 15), esclarece: A defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas portadoras de deficiência é atitude muito recente em nossa sociedade. Manifestando-se através de medidas isoladas, de indivíduos ou grupos, a conquista e o reconhecimento de alguns direitos dos portadores de deficiências podem 21 ser identificados como elementos integrantes de políticas sociais, a partir de meados desse século (MAZZOTA, 2005, p. 15). Nesse contexto, é preciso deixar para trás, a máxima de que os professores se limitam ao ensino exclusivo de disciplinas que fazem parte da grade curricular, levando os educandos a adquirir algumas qualificações essenciais para a vida, como saber pensar, falar, ouvir, ver, analisar, criticar e principalmente ser capaz de tomar decisões (ANTUNES, 2002, p.47). Portanto, é fundamental a atividade da psicopedagogia, que não deve ser limitada a estudar os problemas psicológicos e neurológicos dos alunos, mas também, atuar de forma multidisciplinar e interdisciplinar. O psicopedagogo carece ter conhecimento das diversidades de todos os educandos, entendendo suas limitações e potencialidades, independente de classe social, raça ou cor. É salutar que o psicopedagogo tenha conhecimento profundo em neurociência cognitiva, estratégias metodológicas educacionais e comportamental do ser humano, objetivando mapear e aplicar diferentes planos de ação no contexto educacional. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Psicopedagogia tem um papel fundamental no desenvolvimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou popularmente autismo, seja na área clinica como na área institucional. O estudo buscou justamente entender a importância e relevância da psicopedagogia, no contexto escolar, bem como, as possibilidades de sua aplicação na melhoria das estratégias e metodologia para melhorar todo o processo relacionado ao ensino-aprendizagem. Durante o estudo foi possível compreender que a Psicopedagogia em uma área ainda em evolução e está situada entre as áreas da pedagogia e da psicologia, o que permite ao psicopedagogo ter uma grande contribuição para incluir efetivamente alunos que apresentem problemas de ordem neurológicas, que provocam dificuldades de aprendizagem. Durante a pesquisa obtivemos a convicção e a confirmação que de o profissional de Psicopedagogia é o elo norteador para o professor melhorar as estratégias e metodologia para aplicar o conhecimento a criança que apresentam dificuldade para aprender, em especial os autistas. Com o diagnostico e plano de 22 ação formalizado pelo psicopedagogo, o professor, pode aplicar métodos educativos de acordo com o perfil e a sensibilidade dos alunos. Entendemos durante a pesquisa que o professor pode utilizar durante as aulas, métodos de fácil compreensão da criança autista, como: brincadeiras, que segundo especialistas é excelente para a interação por ser extremamente divertida e melhora a coordenação motora da criança autista. Além disso, a musica, as imagens, estimulam a sensibilidade da criança autista, além de propiciar o relaxamento para que eles possam assimilar melhor os conteúdos da criança autista. Outro ponto a destacar está relacionado está relacionado a questão de que a criança autista, jamais deve ser obrigada a fazer algo que não goste, então, o psicopedagogo, precisa ser um exímio observador, para elaborar um plano de ação, conforme a sensibilidade da criação autista. Desta forma, o psicopedagogo e o professor precisam trabalhar em sintonia para alcançar seu propósito que é além de formar pessoas para viver em sociedade é também propiciar a aprendizagem de alunos autista e com outras necessidades especiais para viver plenamente em sociedade. 4. REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. Inclusão: o nascer de uma nova pedagogia. São Paulo: Ciranda Cultural, 2008. ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar. Novas maneiras de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002. ASSUMPÇÃO, Francisco Batista Júnior, SCHWARTZMAN, José Salomão. Autismo Infantil. São Paulo: Memnon, 1995 BATISTA, Cláudio Roberto; ROSA, Cleonice. Autismo e educação: reflexões e proposta de intervenção. Porto Alegre: Artmed. 179 p. BOSSA, Nádia Aparecida. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre, Artmed, 2007. BRITO; Maria Cláudia Brito. Transtornos do espectro do autismo e educação inclusiva: análise de atitudes sociais de professores e alunos frente à inclusão. In; Revista Educação Especial, v. 30 n. 59, set./out. 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/28086/pdf>. Acesso em: 05 out. 2020 23 CONSENZA, Ramon M.; GUERRA, Leonor B. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre, Artmed, 2011. CAMPAGNOLO, Camila; MARQUEZAN, Fernanda Figueira. A atuação do psicopedagogo na escola: um estudo do tipo estado do conhecimento. Revista Psicopedagogia. São Paulo, v. 36, n. 111, p. 341-351, dez. 2019. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862019000400009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 25 out. 2020. FERREIRA, Mônica Misleide Matias; FRANÇA, Aurenia Pereira de. O autismo e as dificuldades no processo de aprendizagem escolar. In: Id on Line Revista Multidisciplinar de Psicologia, v.11, n. 38. 2017. Disponível em: < https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/916/1291>. Acesso em: 22 out. 2020. FRIAS, Elzabel M. Alberton. MENEZES, Maria Christine Berdusco. Inclusão Escolar do aluno com necessidades educacionais especiais: contribuições ao professor do Ensino Regular. Paraná, 2008. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1462-8.pdf>. Acesso em: 23 out. 2020. HATTGE, Morgana Domênica, KLAUS, Viviane. A Importância da Pedagogia nos Processos Inclusivos. Revista Educação. Especial, v. 27, n. 49, p. 327-340, maio/ago. 2014, Santa Maria. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5902/1984686X7641>. Acesso em: 23 out. 2020 https://www.altoastral.com.br/ensinar-ingles-criancas-autismo/. Acesso em: 25 out. 2020 https://www.cref12.org.br/2019/02/07/professor-desenvolve-projeto-com-criancas-e- jovens-com-autismo/. Acesso em: 25 out.2020 https://leiturinha.com.br/blog/10-atividades-para-ensinar-matematica/. Acesso em: 25 out. 2020 https://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2018/11/nova-descoberta- irmaos-de-autistas-tambem-podem-ter-problemas-com-tarefas-motoras.html. Acesso em: 25 out. 2020 https://superafarma.com.br/atividades-para-criancas-autistas-dicas-para-melhorar-o- desenvolvimento/>. Acesso em: 25 out. 2020 https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE#:~:text=Arthur%20e%20o%20Infinit o%20conta,seis%20anos%2C%20diagnosticado%20como%20autista. Acesso em: 20 out. 2020 https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/916/1291 https://leiturinha.com.br/blog/10-atividades-para-ensinar-matematica/ https://superafarma.com.br/atividades-para-criancas-autistas-dicas-para-melhorar-o-desenvolvimento/ https://superafarma.com.br/atividades-para-criancas-autistas-dicas-para-melhorar-o-desenvolvimento/ https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE#:~:text=Arthur%20e%20o%20Infinito%20conta,seis%20anos%2C%20diagnosticado%20como%20autista https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE#:~:text=Arthur%20e%20o%20Infinito%20conta,seis%20anos%2C%20diagnosticado%20como%20autista 24 LEMOS, Emellyne Lima de Medeiros Dias; SALOMAO, Nádia Maria Ribeiro; RAMOS, Cibele Shírley Agripino. Inclusão de crianças autistas: um estudo sobre interações sociais no contexto escolar. Revista Brasileira de Educação Especial [online]. v. 20, n. 1, Marília, jan./Mar, 2014, p.117-130. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 65382014000100009>. Acesso em 25 out. 2020. MAZZOTA, Marcos José Silveira. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2005. MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: guia prático. 5 ed. São Paulo: AMA. Brasília: CORDE, 2007 NILSSON, Inger. Introdução a educação especial para pessoas com transtornos de aspectro autístico e dificuldades semelhantes de aprendizagem. In: Conceitos atuais de Inteligência, 2004. Disponível em: < http://www.psiquiatriainfantil.com.br/livros/pdf/Autismo- IntroducaoEducacaoEspecial.pdf >. Acesso em: 22 out. 2020. OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978. SCHWARTZMAN, Salomão José. Autismo Infantil. Brasília, Corde, 1994. SZABO, Cleuza. Autismo um Mundo Estranho. São Paulo: Edicon, 1999. VIGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social da mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins Fontes Editora LTDA, 1998. 5. APÊNDICES ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO INICIAÇÃO CIENTIFICA 1.IDENTIFICAÇÃO Aluna: Adenilza de Fátima Buttner Pilantil Lins Linha de Pesquisa: Ensino Médio Iniciação Cientifica Tema: Intervenções da psicopedagogia em casos de autismo 2.EMENTA https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382014000100009 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382014000100009 25 O presente projeto decorre da criação da linha de pesquisa “Intersecções: língua, cultura e história e tecnologias”. A proposta encontra motivação no contexto educacional contemporâneo, que incentiva o diálogo entre as disciplinas. A partir de tal cenário, congregam-se pesquisadores das áreas de Letras, História e Educação interessados nas reflexões sobre as diversas sociedades no tempo, suas culturas, linguagens e formas de expressão. A partir desses aspectos, visa-se o estudo das mais variadas formas de difusão relacionadas aos conhecimentos histórico, linguístico e literário, em meios impressos e/ou eletrônicos, sobretudo os veiculados em ambientes educativos em sentido lato. 3.OBJETIVOS Entender as dificuldades de aprendizagem da pessoa Autismo. Analisar a psicopedagogia no contexto educacional dos alunos com autismo. Avaliar as possibilidades de interação de autistas com as outras crianças no ambiente escolar e na vida cotidiana. 4. LIVROS OU TEXTOS QUE DEVEM SER DISCUTIDOS ASSUMPÇÃO, Francisco Batista Júnior, SCHWARTZMAN, José Salomão. Autismo Infantil. São Paulo: Memnon, 1995 BATISTA, Cláudio Roberto; ROSA, Cleonice. Autismo e educação: reflexões e proposta de intervenção. Porto Alegre: Artmed. 179 p. BRITO; Maria Cláudia Brito. Transtornos do espectro do autismo e educação inclusiva: análise de atitudes sociais de professores e alunos frente à inclusão. In; Revista Educação Especial, v. 30 n. 59, set./out. 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/28086/pdf>. Acesso em: 05 out. 2020 DIAS, Nádia dos Santos. Autismo: estratégias de intervenção no desafio da inclusão no âmbito escolar, na perspectiva da análise do comportamento. In: Psicologia.pt, 2017. Disponível em: <www.psicologia.pt.>. Acesso em: 05 out. 2020 FACION, José Raimundo. Transtornos do desenvolvimento e do comportamento. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2013. 133 p. FARREL, Michael. Dificuldades de comunicação e autismo: estratégias educacionais e necessidades especiais: guia do professor. Porto Alegre: Artmed, 2008, 120 p. 26 PENNINGTON, Bruce F. Diagnóstico de distúrbios de aprendizagem: um referencial neuropsicológico. São Paulo: Pioneira, 1997. 229 p. RODRIGUES, Simone Xanthopulo; DUARTE, Olga Maria Souza; ARAGÃO, Maria Denice Toleto. O autismo numa abordagem psicopedagógica. 2004. Monografia (Especialização em Psicopedagogia Clinica e Institucional) IBPEX. SZABO, Cleuza. Autismo um Mundo Estranho. São Paulo: Edicon, 1999. SCHWARTZMAN, Salomão José. Autismo Infantil. Brasília, Corde, 1994. 5.DESENVOLVIMENTO DE UM DOS TEXTOS DE DISCUSSÃO A psicopedagogia atua nos casos autismo buscando intervir para potencializar o aprendizado. Num primeiro momento se buscará compreender as principais dificuldades de aprendizado de alunos com Autismo. Já em seguida o estudo será aprofundado no contexto educacional e nas possibilidades de interação de autistas com as outras crianças no ambiente escolar e na vida cotidiana Carga Horária Atividades 1º Momento 2 h Estudo dos conteúdos escolhidos, buscando subsídios para fundamentação e atendimento dos objetivos propostos, bem como, obter resposta ao questionamento das intervenções da psicopedagogia nos casos de autismo no ambiente escolar. 2º Momento 2 h Leitura do artigo: Autismo: estratégias de intervenção no desafio da inclusão no âmbito escolar, na perspectiva da análise do comportamento. 3º Momento 2 h Leitura do livro: Dificuldades de comunicação e autismo: estratégias educacionais e necessidades especiais 4º Momento 2 h Revisão dos conteúdos e leituras complementares. 6.RECURSOS Digitação de textos, livros físicos e online, notebook, tablet, caneta e papel. 7. REFERÊNCIAS ASSUMPÇÃO, Francisco Batista Júnior, SCHWARTZMAN, José Salomão. Autismo Infantil. São Paulo: Memnon, 1995 BATISTA, Cláudio Roberto; ROSA, Cleonice. Autismo e educação: reflexões e proposta de intervenção. Porto Alegre: Artmed. 179 p. 27 BRITO; Maria Cláudia Brito. Transtornos do espectro do autismo e educação inclusiva: análise de atitudes sociais de professores e alunos frente à inclusão. In; Revista Educação Especial, v. 30 n. 59, set./out. 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/28086/pdf>. Acesso em: 05 out. 2020 DIAS, Nádia dos Santos. Autismo: estratégias de intervenção no desafio da inclusão no âmbito escolar, na perspectiva da análise do comportamento. In: Psicologia.pt, 2017. Disponível em: <www.psicologia.pt.>. Acesso em: 05 out. 2020 FACION, José Raimundo. Transtornos do desenvolvimento e do comportamento. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2013. 133 p. FARREL, Michael. Dificuldades de comunicação e autismo: estratégias educacionais e necessidades especiais: guia do professor. Porto Alegre: Artmed, 2008, 120 p. PENNINGTON, Bruce F. Diagnóstico de distúrbios deaprendizagem: um referencial neuropsicológico. São Paulo: Pioneira, 1997. 229 p. RODRIGUES, Simone Xanthopulo; DUARTE, Olga Maria Souza; ARAGÃO, Maria Denice Toleto. O autismo numa abordagem psicopedagógica. 2004. Monografia (Especialização em Psicopedagogia Clinica e Institucional) IBPEX. SZABO, Cleuza. Autismo um Mundo Estranho. São Paulo: Edicon, 1999. SCHWARTZMAN, Salomão José. Autismo Infantil. Brasília, Corde, 1994. 6. ANEXOS Planos de ação para aplicação em alunos com Autismo extraídos da Internet: 28 FONTE: Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/>. Acesso em: 29 out 2020 https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ 29 FONTE: Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/7741266234182 https://slideplayer.com.br/slide/1770278/9/images/6/Imita+com+objectos+sonoros+Imita+movimentos +globais+Repete+d%C3%ADgitos.jpg/>. Acesso em: 29 out 2020 https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ 30 FONTE: Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/7741266234182 https://slideplayer.com.br/slide/1770278/9/images/6/Imita+com+objectos+sonoros+Imita+movimentos +globais+Repete+d%C3%ADgitos.jpg/>. Acesso em: 29 out 2020 FONTE: Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/7741266234182 https://slideplayer.com.br/slide/1770278/9/images/6/Imita+com+objectos+sonoros+Imita+movimentos +globais+Repete+d%C3%ADgitos.jpg/>. Acesso em: 29 out 2020 https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/ https://br.pinterest.com/pin/774126623418206121/
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