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Medidas em Saúde (Morbidade, Incidência, Prevalência)

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Medidas em Saúde 
INDICADOR DE SAÚDE 
o Termo amplo, utilizado para medidas ajustadas pela 
sociedade para auxiliar na tomada de decisão. 
o Capacidade de revelar um determinado aspecto da 
situação de saúde-doença. 
o Eleito para alertar qual o momento e local e momento 
para desencadear uma ação. 
o A gestão de saúde se processa em três atividades 
básicas: avaliação, planejamento e execução de 
ações. 
o Avaliação: medidas primárias de vida e saúde: 
medidas elementares, absolutas, incidências e 
prevalências 
• Nascimentos – indicadores de natalidade 
• Agravos – indicadores de morbidade 
• Óbitos – indicadores de mortalidade 
Indicadores de Morbidade: Incidência e Prevalência 
Dados Absolutos 
Resultado da contagem de um determinado evento. 
Valor ou número bruto. 
→ Exemplos: 
• N°. De crianças nascidas no Brasil em 2006: 
2.944.928. 
• Nº de óbitos totais em 2010: 1.034.418 
Cautela: não inclui necessariamente características 
como o tempo, local e pessoas evolvidas. 
Dados Relativos 
São medidas de frequência de um grupo de eventos com 
relação à frequência de outro grupo de eventos. 
Uma medida síntese da relação entre duas contagens, 
normalmente obtido pela divisão de dois números, com 
o objetivo de comparação. 
→ Exemplo: 
• Na cidade X há 400 homens. 
• Na cidade X há 800 mulheres 
• A relação entre homens e mulheres na cidade X 
é de 1 para 2, ou 0,5 
 
❖ Índices 
Caráter multidimensional, integrando, numa medida, 
vários aspectos de uma determinada situação de saúde-
doença. 
1- Divisão que representa a relação entre entidades de 
distinta natureza. Ex: nº de leitos hospilares/população 
2- Escalas. Ex: índice de Apgar (avaliação de vitalidade 
de recém nascidos) 
 
 
❖ Proporções 
Todas as unidades do numerador estão contidas em um 
denominador mais amplo, isto é, o numerador é um 
subconjunto do denominador. 
Ex: número de óbitos de homens/ número total de óbitos 
❖ Razões 
Expressa a relação entre duas magnitudes da mesma 
dimensão e natureza, em que o numerador corresponde 
a uma categoria que exclui o denominador. 
Ex: Número de homens/ Número de mulheres 
 
COEFICIENTE 
Termo usado para designar os fenômenos observados. 
Todo coeficiente de risco pode ser usado para cálculos 
de estimativas e projeções das ocorrências respectivas; 
nessa função, é renomeado como taxa de risco ou taxa 
para cálculo da ocorrência correspondente. 
TAXA 
Termo usado para designar as medidas auxiliares nos 
cálculos de estimativas e projeções de fenômenos dos 
quais não se tem registros confiáveis. 
EX: o coeficiente de natalidade da população A, ao ser 
utilizado para cálculos de estimativa de natalidade da 
população em B, é chamado de taxa de natalidade. 
OBS: algumas literaturas atribuem o nome “taxa” ao 
coeficiente quando utilizado em outra população ou com 
uma população padronizada, multiplicando o coeficiente 
por uma potência de 10. 
INDICADORES DE MORBIDADE 
INCIDÊNCIA 
Frequência com que surgem novos casos de uma 
doença, num intervalo de tempo. 
São considerados os casos novos de pessoas que não 
tinham apresentado a doença até o início do período de 
tempo considerado. 
Assim, o numerador são CASOS NOVOS no período. 
Número de novos casos em relação à população 
susceptível 
 
Tipos de Incidência 
❖ Incidência Acumulada (cumulativa) 
Pessoas sob risco 
Probabilidade (risco) de um indivíduo da população vir a 
desenvolver uma doença durante um período específico 
do tempo (ano, mês, semana, vários anos, toda a vida, 
etc.) 
Utiliza-se o período de tempo em que todos os 
indivíduos na população são considerados sob risco 
para o desfecho (doença ou agravo). 
 
→ Exemplo: indivíduos expostos à radiação. 
Foram detectados 26 casos de leucemia, entre as 520 
pessoas expostas à radiação pelo Césio 137, em 10 
anos de acompanhamento. 
Incidência Acumulada: 26/520 x 100 = 5 casos novos de 
leucemia por 100 pessoas expostas em 10 anos. 
 
 
❖ Densidade de incidência 
Pessoas-tempo (pessoas-ano; pessoas-mês) em risco 
para o evento 
Casos novos em um dado período de tempo, em relação 
à contribuição de tempo da população em risco para o 
seguimento. 
 
Cálculo mais complexo e mais preciso da incidência: 
mede a taxa ou velocidade para o desenvolvimento do 
problema de saúde. 
Quando se deseja medir o nº de casos novos em uma 
população que é possível acompanhar o tempo em que 
cada indivíduo está exposto. 
EX: Incidência de infecções hospitalares, em que o 
denominador varia de acordo com as novas internações, 
altas e óbitos. 
 
O perda de segmento 
X ocorrência do evento 
❖ Taxa de ataque primário 
É utilizada quando se investiga um surto de uma 
determinada doença em um local onde há uma 
população bem definida: 
❖ Residência, creche, escola, quartel, colônia de 
férias; pessoas que participaram de um 
determinado evento, como almoço, casamento, 
etc. 
OBS: Este cálculo não tem constante variável, ou seja, 
o resultado sempre será expresso em porcentagem! 
 
Ex: 
Numerador: casos de hepatite A entre crianças que 
frequentam a creche: 07 
Denominador: número de crianças que frequentam a 
creche: 70 
Taxa de ataque: 07/70 x 100 = 10% 
❖ Taxa de ataque secundário 
Casos novos entre os contatos de casos conhecidos. 
Emprega o conceito de “caso-índice” (caso primário): 
Primeiro caso notificado oficialmente. 
 
Ex: 
Numerador: casos de hepatite A entre contatos 
domiciliares das crianças que desenvolveram hepatite 
A: 05 
Denominador: nº de pessoas sob risco de desenvolver 
hepatite A entre os contatos domiciliares (nº de 
membros das famílias, excluídas as crianças que já 
apresentavam hepatite A): 25 
Taxa de ataque secundário: 05/25 x100 = 20% 
PREVALÊNCIA 
Medida de ocorrência (frequência) que mede a 
proporção de indivíduos de uma população que 
apresenta um dado agravo à saúde; 
Envolve, portanto, tanto casos novos quanto antigos; 
Sempre varia entre 0 e 1 e pode ser expressa em % ou 
casos/1.000, 10.000, 100.000. 
OBS: Prevalência NÃO é risco. 
Tipos de prevalência 
 
❖ Prevalência pontual 
Prevalência sem especificação; Prevalência 
instantânea; 
É uma medida estática, relacionada um ponto do tempo 
(data exata Ex: 28/05/2018); 
Refere-se, portanto, à fração da população que é 
portadora do evento X no momento exato considerado. 
 
❖ Prevalência no Período 
Taxa de Prevalência 
Refere-se à soma dos casos preexistentes em um 
determinado momento com os casos novos ocorridos no 
período considerado; Ex: ano de 2015 
Refere-se, portanto, à fração da população que é 
portadora do evento X no período considerado. 
 
Fatores que alteram a prevalência 
 
→ Aumentam a prevalência 
• Introdução de fatores que prolongam a vida dos 
pacientes sem curá-los. 
• Aumento da incidência. 
• Aprimoramento das técnicas de diagnóstico. 
• Correntes migratórias originárias de áreas que 
apresentam níveis endêmicos mais elevados. 
 
→ Diminuem a prevalência 
• Introdução de fatores que diminuam a vida dos 
pacientes. 
• Taxa elevada de letalidade da doença. 
• Diminuição da incidência. 
• Introdução de fatores que permitam o aumento 
da proporção de curas de uma doença 
• Correntes migratórias originárias de áreas que 
apresentam níveis endêmicos mais baixos 
Incidências, mortalidade e prevalência de Aids. Região 
metropolitana de São Paulo. 1991-2005

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