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MEDIDAS DE MORBIDADE: INCIDENCIA E PREVALENCIA É a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento. Medidas fundamentais para a construção de indicadores de saúde. • Mais difíceis de obter que as de mortalidade: • Morte é evento único e passível de registro obrigatório em uma declaração de óbito (DO) • Morbidade é constituída por múltiplos eventos em várias ocasiões da vida. • Refletem o impacto das doenças na vida das pessoas. prevalência se refere ao número de casos existentes de uma doença em um dado momento; é uma “fotografia” sobre a sua ocorrência, sendo assim uma medida estática. incidência é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a idéia de intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a freqüência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo. • São considerados os casos novos de pessoas que não tinham apresentado a doença até o início do período de tempo considerado. • Assim, o numerador são CASOS NOVOS no período. Número de novos casos em relação à população susceptível MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE MORBIDADE – INCIDÊNCIA Qual é o elemento essencial na definição deste indicador? Casos novos de determinada doença (ou agravo) O que são “casos novos” ou “casos incidentes”? São aqueles ocorridos entre indivíduos que NÃO apresentavam a doença de interesse no início do período de observação e, portanto, estavam SOB RISCO de adoecer. ▪ No de pessoas afetadas OU No de episódios de um dado agravo: Ex.: doença, óbito, recorrência de doença, remissão de doença, eventos adversos a medicamentos, etc. Incidência: Como se calcula? • Frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo. • São considerados os casos novos de pessoas que não tinham apresentado a doença até o início do período de tempo considerado. • Assim, o numerador são CASOS NOVOS no período. Número de novos casos em relação à população susceptível A incidência refere-se à velocidade com que novos eventos ocorrem em uma determinada população. A incidência leva em conta o período de tempo em que os indivíduos estão livres da doença, ou seja, em risco de desenvolvê-la. No cálculo da taxa de Incidência, no denominador devem constar apenas os indivíduos em risco de desenvolver a doença ou agravo. Portanto, pessoas que já apresentam a doença ou agravo devem ser subtraídas. • Quando a população é pequena, e a incidência é alta, há alteração no resultado, porém, se a população for uma cidade inteira, e a incidência for baixa, o resultado não irá se alterar quando calcular a taxa. MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE MORBIDADE INCIDÊNCIA Melhor medida para doenças agudas ou infecciosas. ▪ EX. Tuberculose, Cólera, Dengue, Hepatite C, Sarampo, etc... Doenças crônico-degenerativas: • Não é possível medir a incidência de modo direto. • Considera-se, então, como caso novo o 1o diagnóstico da doença. Exemplo Em um município com 120 mil habitantes, 15 mil eram hipertensos no início de 2018. Ao longo do ano, duas mil pessoas foram diagnosticadas com hipertensão. 1) Quantos casos novos surgiram em 2018? Qual é a proporção (em %) que este número representa no total de habitantes? 2000/105000 = 1,9% (subtrai aqueles 15 mil que já estavam doentes dos 120000) 1,9٪ de incidência no ano de 2018 2) Qual é o risco de adquirir hipertensão neste município? casos incidentes em linguagem acessivel PREVALÊNCIA NÃO É RISCO TIPOS DE INCIDÊNCIA = CASOS NOVOS E PESSOAS SOB O RISCO •Incidência Acumulada (Cumulativa) • Densidade de Incidência • Taxa de Ataque Primário • Taxa de Ataque Secundário ➔ Incidência Acumulada (Cumulativa): Pessoas sob risco ATRELADA AO TEMPO • Probabilidade (risco) de um indivíduo da população vir a desenvolver uma doença durante um período específico do tempo (ano, mês, semana, vários anos, toda a vida, etc.) • Utiliza-se o período de tempo em que todos os indivíduos na população são considerados sob risco para o desfecho (doença ou agravo) INCIDÊNCIA ACUMULADA = Número de casos novos/ pessoas-tempo expostas ao risco. Pessoas sob risco 1)Exemplo: indivíduos expostos à radiação. ✓ Foram detectados 26 casos de leucemia, entre as 520 pessoas expostas à radiação pelo Césio 137, em 10 anos de acompanhamento. Calcule a Incidência Acumulada: 2)Exemplo: diferença entre: “casos incidentes” e “taxa de incidência” Em 2013 foi relatada a seguinte situação: Município “Margarida”: - 151 casos novos do “agravo A” - População estimada em 1o de julho de 2013: 32.000 habitantes Município “Orquídea”: - 301 casos novos do “agravo A” - População estimada em 1o de julho de 2013: 165.000 habitantes 3)Exemplo: diferença entre: “casos incidentes” e “taxa de incidência” Em qual município ocorreram mais casos da doença? Orquídea 301 casos Em qual município os habitantes tiveram maior risco de adoecer? margarida, porque a taxa é de 0,4 casos por 100 hab. Em qual município o “agravo a” teve “mais força”? Margarida “casos incidentes”: frequência absoluta “taxa de incidência”: frequência relativa a doença B demora mais para se desenvolver ➔ Taxa de ataque primário: QUANDO TIVER UM SURTO ▪ É utilizada quando se investiga um surto de uma determinada doença em um local onde há uma população bem definida: ✓ Residência, creche, escola, quartel, colônia de férias; pessoas que participaram de um determinado evento, como almoço, casamento, etc. OBS: Este cálculo não tem constante variável, ou seja, o resultado sempre será expresso em porcentagem! Qual é a taxa de ataque? Numerador: casos de hepatite A entre crianças que frequentam a creche: 07 Denominador: número de crianças que frequentam a creche: 70 Taxa de ataque: COLOCAR SÓ O RESULTADO DE PORCENTAGEM NA RESPOSTA ➔ Taxa de ataque secundário ▪ Casos novos entre os contatos de casos conhecidos. ▪ Emprega o conceito de “caso-índice” (caso primário): ✓ Primeiro caso notificado oficialmente. Qual é a taxa de ataque secundária? Numerador: casos de hepatite A entre contatos domiciliares das crianças que desenvolveram hepatite A: 05 Denominador: no de pessoas sob risco de desenvolver hepatite A entre os contatos domiciliares (no de membros das famílias, excluídas as crianças que já apresentavam hepatite A): 25 Taxa de ataque secundário: ➔ Densidade de incidência Pessoas-tempo (pessoas-ano; pessoal-mês) em risco para o evento PESSOA E TEMPO ▪ Casos novos em um dado período de tempo, em relação à contribuição de tempo da população em risco para o seguimento. ▪ Cálculo mais complexo e mais preciso da incidência: mede a taxa ou velocidade para o desenvolvimento do problema de saúde. ▪ Quando se deseja medir o no de casos novos em uma população que é possível acompanhar o tempo em que cada indivíduo está exposto. ✓ EX: Incidência de infecções hospitalares, em que o denominador varia de acordo com as novas internações, altas e óbitos. Depende do SEGUIMENTO COMPLETO de CADA indivíduo. “Vida real” → manejo mais eficiente dos dados: noção do tempo em risco para todos os participantes. Depende do SEGUIMENTO COMPLETO de CADA indivíduo. Uma vez que nem todos os indivíduos são expostos durante todo o período, calcula-se a densidade de incidência, somando, no denominador, a quantidade de tempo em que cada indivíduo foi exposto. o resultado será expresso por pessoas-tempo. Como assinalam Fletcher e cols., “na tentativa de manter a contribuição de cada sujeito proporcional ao seu intervalo de tempo de seguimento, o denominador de uma medida de densidade de incidência não é constituído pelas pessoas em risco por um período específico de tempo, mas pelas pessoas- tempo em risco para o evento” tempo de contribuição englobam todas pessoas do estudo, o tempo de contribuição delas independentementede terem a doença ou não, todas as pessoas estavam suscetíveis/em risco de terem a doença.
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