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Linguagem e Comunicação *Resumo baseado no capítulo 5 do livro "Applied Linguistics" de Guy Cook, e também explicações feitas em aula. *Importante ressaltar que algumas expressões foram traduzidas por mim, e talvez possam não necessariamente condizer com o que o autor possa ter querido transmitir, mas tentei chegar o mais próximo da real tradução. Saber uma língua: O conceito de "saber" um idioma depende de muitos fatores, como históricos e culturais, além da perspectiva de diversos tipos de pessoas, como: linguistas acadêmicos, o usuário de um idioma ou aquele que está aprendendo este idioma. Saber as regras e vocabulário de um idioma é uma coisa, usá-las com eficácia já requer outro tipo de conhecimento e habilidades. Competência Linguística: Para Noam Chomsky, a capacidade da linguagem era uma habilidade humana inata, onde as pessoas nascem com um conhecimento meio que pré-programado sobre como a linguagem funciona, e para ativá-la requer-se apenas um pouco de exposição. Ou seja, na visão de Chomsky, a linguagem se torna algo mais biológico do que social, e é separada de fatores como linguagem corporal e conhecimento cultural. Um bom conhecimento das regras de uma língua, e uma lenta, mas precisa utilização delas são a base para um futuro desenvolvimento na língua. Competência Linguística: Para Dell Hymes, não é importante somente possuir competência linguística, pois o indivíduo apenas reproduziria sentenças gramaticais sem nexo com a situação em que ocorrem. Seria necessário então quatro competências: possibilidade (possibility), viabilidade (feasibility), adequação (appropriateness), evidências ou comprovação (attestedness) Possibilidade: um falante comunicativo competente irá saber o que é possível em um idioma, seja em questões gramaticais, ou como usá-las em situações onde pretende ser criativo, íntimo ou astuto. Ex: "That was a hard day's night" de Ringo Starr. A frase não está semanticamente correta, mas expressa muito bem a ideia que se quer passar. Viabilidade: é a capacidade que um falante tem de comunicar-se em uma língua de forma que se torne acessível e compreensível ao mesmo tempo. Ex: the cheese was green > the cheese the rat ate was green > the cheese the rat the cat chased ate was green. Essas frases não estão gramaticalmente incorretas, mas sim de difícil processamento mental, por isso é importante que um falante competente tenha a capacidade de saber o que é viável em uma comunicação e torná-la acessível de compreensão. Adequação: diz respeito à preocupação que um falante deve ter em relação aos contextos em que ele utiliza a linguagem. Ex: chamar um policial de "querido"; usar uma gíria em uma carta formal; ou utilizar uma linguagem inapropriada em um local com uma cultura diferente (como não mostrar respeito aos mais velhos) etc. ﹡No quesito adequação, ainda há muitos questionamentos e preocupações, como por exemplo: Japoneses deveriam manter sua diferente educação mesmo quando estiverem falando inglês? Aprendizes de um novo idioma devem adotar necessariamente o jeito que este idioma é usado? Entre outros choques culturais. ﹡ Estudar esses aspectos culturais é uma das missões e preocupações da linguística aplicada, principalmente em quem está impondo algo sobre quem, e os limites da coerção social e discordância. Evidências ou comprovação: aborda mais a questão de que tipo de linguagem é comumente mais usada em detrimento de outra. Ex: a expressão e frase "chips and fish" não está incorreta (possibilidade) é fácil de processar (viabilidade) e não infringe nenhum tópico social sensível (adequação), porém, ela não ocorre tão frequentemente quanto "fish and chips". A influência da competência comunicativa: A abordagem comunicativa visou desenvolver a capacidade dos aprendizes de usar a linguagem de forma efetiva. Contudo, as quatro competências de Hymes não foram usadas como partes integrais de um modelo complexo de comunicação, e sim como áreas a serem desenvolvidas separadamente, como algo de interesse comercial e frequentemente tornando alguns aprendizes sem poder para impactar o inglês com outras culturas e desenvolverem suas identidades únicas. Por isso, o destino do conceito de competência comunicativa é um objeto de lição para a linguística aplicada. Além disso, a competência comunicativa também influenciou o interesse da LA em duas áreas de investigação: a análise do discurso e comunicação transcultural.
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