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SISTEMA DE ENSINO
AFO
Programação e Execução Orçamentária 
e Financeira
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Programação e Execução Orçamentária e Financeira ............................................................ 4
1. Planejamento e Programação Orçamentária e Financeira ................................................ 4
1.1. Planejamento ............................................................................................................................. 4
1.2. Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) ............................................ 6
1.3. Programação Orçamentária e Financeira ......................................................................... 14
2. Execução Orçamentária e Financeira ...................................................................................20
3. Sistema de Informações .......................................................................................................... 30
3.1. SIAFI ............................................................................................................................................31
3.2. Contas a Pagar e a Receber (CPR) ..................................................................................... 41
3.3. SIOP ...........................................................................................................................................43
Resumo ............................................................................................................................................ 47
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 54
Questões Comentadas em Aula ................................................................................................. 59
Questões de Concurso ..................................................................................................................61
Gabarito ..........................................................................................................................................137
Referências ................................................................................................................................... 139
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
ApresentAção
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é conhecer um pouco mais acerca do Planejamento, in-
cluindo o SPOF – Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, e da programação e execu-
ção orçamentária e financeira do Orçamento Público, passando pelo conhecimento dos princi-
pais Sistemas de Informações relacionados.
Contábil
Prestação de 
Contas do TCE
Programação 
Financeira
Arrecadação
Reserva de 
Dotação
Empenhamento
RH e Folha de 
Pagamentos
Receitas 
Municipais
Patrimônio
Compras e 
Licitações
Controle 
de Frotas
Administração 
de Materiais
Integração
Cronograma de 
Desembolso
Ordens de 
Pagamento
Liquidação
Execução Orçamentária
PPA
Orçamento
LDO
Pl
an
ej
am
en
to
Eventos
Geração
Como disse Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.
Então, vamos TRANSPIRAR, entendendo a teoria e depois resolvendo juntos muitas ques-
tões para fixarmos o que aprendemos.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO 
ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
1. plAnejAmento e progrAmAção orçAmentáriA e FinAnceirA
1.1. plAnejAmento
Temos que ter em mente que, em última análise, o Planejamento e o Orçamento têm como 
finalidade a realização dos Direitos Sociais previstos em nossa Constituição Federal, conforme 
a figura a seguir:
�Políticas �Programa
�Programas
�Plano setoriais
�Plano regionais
�Bens e serviços 
�públicos
Direitos sociais
Plano
Plurianual
Co
ns
titu
içã
o
Fe
de
ral
Re
ali
za
çã
o 
do
 di
rei
to
Programas no
Orçamento
Nesse contexto, a etapa do planejamento, que ocorre antes da execução, compreende a 
fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programa-
ção orçamentária e financeira e o processo de licitação e contratação.
Hoje vamos conhecer a programação orçamentária e financeira e a descentralização/mo-
vimentação de créditos e recursos.
DICA!
Não confundir a execução do orçamento com a execução da 
despesa.
A descentralização do crédito orçamentário não é a execução 
da despesa, mas, sim, o seu planejamento, que integra no ci-
clo orçamentário a fase de execução orçamentária.
Quando estudamos as fases da despesa isso fica claro.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, suas respectivas dotações orça-
mentárias. Assim, o crédito orçamentário é composto pelo conjunto de categorias classificató-
rias e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto a dotação é 
o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Em outras palavras, 
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
podemos dizer que para um crédito orçamentário temos uma dotação, que é o limite de recur-
so financeiro autorizado para aquele crédito.
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente 
é o titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades 
Orçamentárias, as quais são responsáveis pela execução das despesas. Já a fiscalização fica 
a cargo de um órgão específico normalmente denominado órgão setorial de controle interno.
É importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo orçamentário 
em sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela elabo-
ração e a própria execução da lei orçamentária anual.
Em verdade, o ciclo orçamentário, também chamado de processo orçamentário, pode ser 
definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elaboram, apro-
vam, executam, controlam e avaliam os programas do setor público nos aspectos físico e finan-
ceiro. É o período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Graficamente, o ciclo orçamentário tem a seguinte forma:
Planejamento
Execução
Controle Elaboração
Em apertada síntese, o planejamento reflete a tentativa do administrador público de rece-
ber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a capacidade de reco-
lhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações prioritárias. Numa 
última etapa, o Poder Público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim de verificar a 
acuidade da programação.
A própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) destaca a importância da integração entre 
o planejamento e a execução orçamentário-financeira ao estabelecer, no artigo 5º, que o pro-
jeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o plano plurianual, 
com a lei de diretrizes orçamentárias e com a própria LRF, e deverá conter, em anexo próprio, 
demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas 
constantes do Anexo de Metas Fiscais.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
1.2. sistemA de plAnejAmento e de orçAmento FederAl (spoF)
Antes de adentrarmos no estudo do SPOF, veja uma síntese histórica do seu arcabouço 
normativo:
Lei n. 
4.320/1964Decreto n. 
71.353/1972
Constituição 
Federal
Decreto n. 
2.829/1998
Lei n. 
10.180/2001
1964 1972 1988 1988 2001
Normas Gerais 
para controle 
de orçamentos 
e balanços da 
União, estados e 
municípios
Atividades de 
planejamento, 
orçamento e 
modernização 
da 
administração 
federal a partir 
do Sistema de 
Planejamento 
Federal
Sistemática 
para ordenação 
do orçamento 
a partir de um 
planejamento 
de médio prazo: 
Plano Plurianual 
(PPA)
Inovação no 
PPA para 
aproximar 
planejamento 
e gestão 
com foco em 
resultados
Criação do 
Sistema de 
Planejamento 
e Orçamento 
Federal (SPOF)
Em primeiro lugar é preciso que você saiba que as atividades do Poder Executivo Federal 
estão organizadas sob a forma de sistemas organizacionais. Cada Sistema Organizacional 
dispõe de um órgão Central e de pelo menos um sistema informatizado estruturante.
O SPOF, assim como os sistemas de administração financeira federal, de contabilidade 
federal e de controle interno do Poder Executivo Federal são regulados e organizados pela Lei 
n. 10.180/2001.
Sistema 
Organizacional Órgão Central
Sistema 
Informatizado 
Utilizado Estruturante
SPOF Ministério da Economia SIOP
Administração 
Financeira
STN – Secretaria do Tesouro 
Nacional que integra o 
Ministério da Economia
SIAFI
Contabilidade
STN – Secretaria do Tesouro 
Nacional que integra o 
Ministério da Economia
SIAFI
Controle Interno CGU – Controladoria-Geral da União Usa todos os sistemas
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
001. (CESPE/EBSERH/TECNÓLOGO/2018) Com relação aos fundamentos legais e aos con-
ceitos básicos do sistema de planejamento, orçamento e financeiro, julgue o item a seguir.
Cabe ao sistema de planejamento e de orçamento do governo federal fazer a gestão financeira 
e orçamentária.
Tenha em mente que a Lei n. 10.180/2001 organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento 
e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Na verdade, o sistema que faz a gestão financeira é o Sistema de Administração Financeira Fe-
deral, embora o Sistema de Planejamento e de Orçamento do governo Federal participe desse 
processo com atividades de acompanhamento.
Vamos ver a definição de atos de gestão extraída da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da 
União (TCU) no que diz respeito à Responsabilização:
Ato de Gestão: Todo e qualquer ato administrativo que importe alteração de natureza orçamentá-
ria, financeira e patrimonial. São exemplos de atos de gestão: autorização para emissão de ordem 
bancária; incorporação e desfazimento de bens; assinatura de contratos, convênios e instrumentos 
congêneres; assinatura de ato de admissão e exoneração de servidor etc.
Dessa forma, as atividades de acompanhamento não são definidas pelo TCU como atos 
de Gestão.
Confira, com grifos nossos, os principais trechos dessa norma que tratam do que foi abordado 
na assertiva e sua correção.
Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:
I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibiliza-
ção de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.
Art. 9º O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Fe-
deral, dentro dos limites da receita e despesa públicas.
Art. 10. O Sistema de Administração Financeira Federal compreende as atividades de programação 
financeira da União, de administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade 
do Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa referente à execução orçamentária e financeira”.
Errado.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Sistema de 
Planejamento e de 
Orçamento Federal 
Lei n. 10.180/2001
FINALIDADE
ATIVIDADES
INTEGRANTES
Planos, programas e orçamentos
Estudos e pesquisas socioeconômicas
Elaboração
Acompanhamento
Avaliação
ME – Órgão Central
Órgãos setoriais: unidades de planejamento e orçamento
Órgão específicos: vinculados ou subordinados ao órgão central
Ministérios
AGU
Vice-Presidência
Casa Civil
Formular o Planejamento Estratégico Nacional
Formular planos de desenvolvimento econômico e social
Formular
Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal
Promover articulação para compatibilização de normas e tarefas afins, entre:
Nacional
Setoriais (Poderes)
Regionais
Estados
Municípios
DF
PPA
Orçamento Anual
Diretrizes orçamentárias
Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do administra-
dor público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a 
capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações 
prioritárias.
É importante registrar que o SPOF que tem o ME – Ministério da Economia (anteriormente 
era o MPOG que foi absorvido pelo ME) – como órgão central, compreende as atividades de 
elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização 
de estudos e pesquisas socioeconômicas.
Além do órgão central, integram o sistema os órgãos setoriais, que são as unidades de 
planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência 
e da Casa Civil da Presidência da República, e os órgão específicos vinculados ao órgão central 
do sistema.
O PULO DO GATO
O órgão setorial da Casa Civil da PR – Presidência da República – tem como área de atuação 
todos os órgãos integrantes da PR, exceto nos casos previstos em legislação específica.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
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Dessa forma, podemos dizer que integram o SPOF:
• 1. Órgão Central – Ministério da Economia;
• 2. Órgãos Setoriais – Unidades de Planejamento e Orçamento dos Ministérios, da AGU, 
da Vice-Presidência da República e da Casa Civil da Presidência da República. São repre-
sentados pela figura do SPOA – Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Adminis-
tração. O órgão setorial atua como articulador no âmbito da sua estrutura e coordena o 
processo de decisão no nível subsetorial, ou seja, no nível das Unidades Orçamentárias 
(UOs);
• 3. Órgãos Específicos – vinculados ou subordinados ao órgão central, cuja missão com-
preenda atividades de planejamento e orçamento. Os Órgãos específicos são: SUPLAG 
– Subsecretaria de Planejamento Governamental, SOF – Secretaria de Orçamento Fede-
ral e SEST – Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais. É impor-
tante salientar que os órgãos setoriais e específicos se sujeitam à orientação normativa 
e à supervisão técnica do Órgão Central do SPOF, sem prejuízo da subordinação do ór-
gão a que estiverem integrados. Podemos dizer, portanto, que hierarquicamente a SPOA 
fica submetida ao ministro, mas tecnicamente e normativamente deve seguir as orien-
tações dos órgãos específicos. Ressalte-se ainda que as unidades de planejamento e 
orçamento das entidades vinculadas e subordinadas aos Ministérios e Órgãos Setoriais 
ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do Órgão Central do SPOF, 
e também no que couber, do respectivo órgão setorial;
DICA!
As unidades de planejamento e orçamento dos Poderes Ju-
diciário e Legislativo e do MPU – Ministério Público da União 
– também sesujeitam à supervisão técnica e à orientação nor-
mativa do órgão Central (atualmente o ME).
• 4. As UOs – Unidades Orçamentárias – atuam coordenando o processo de elaboração 
da proposta orçamentária, de modo a integrar as unidades administrativas do órgão. 
São responsáveis, entre outras atividades, pela apresentação da programação orçamen-
tária detalhada da despesa por programa, ação e subtítulo, bem como pela análise e 
validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
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Veja a seguir uma comparação das atribuições de uma unidade orçamentária e de um 
órgão setorial:
Unidade Orçamentária Órgão Setorial
Atua nas Unidades Administrativas, 
analisando e validando as suas 
propostas orçamentárias, fixando 
limites. Apresentam a programação 
orçamentária detalhada por programa, 
ação e subtítulo. Em termos de 
diretrizes para a elaboração da proposta 
orçamentária e de suas alterações fica 
limitada à própria UO.
Atua nas Unidades Orçamentárias (nível 
subsetorial), analisando, validando, 
consolidando e formalizando a 
proposta orçamentária do órgão 
e as suas alterações. Estabelecem 
diretrizes setoriais. Fixa, de acordo 
com as prioridades setoriais, os valores 
referenciais para apresentação das 
propostas orçamentárias e dos limites 
de movimentação de empenho e de 
pagamento de suas UOs.
Sistema de Planejamento e Orçamento Federal 
ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO
Ministério da Economia (ME)
Unidades de Planejamento e Orça-
mento nos Min., AGU, VPR e CCPR
Órgãos vinculados 
ou subordinados ao 
ME
Órgão Central
Órgão Setorial
Unidades 
Orçamentárias
Órgãos 
Específicos
Unidades com conjunto de serviços atri-
butos ao órgão que tenha 
dotação própria
No artigo 2º da Lei n. 10.180/2001 são dispostas as finalidades do Sistema de Planeja-
mento e de Orçamento Federal:
• Formular o planejamento estratégico nacional.
• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social.
• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal.
• Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando à 
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, 
estadual, distrital e municipal.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Compete às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento:
• Elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de de-
senvolvimento econômico e social;
• Coordenar a elaboração do projeto de lei do PPA e o item “metas e prioridades” do pro-
jeto de lei da LDO e suas alterações, de modo a compatibilizar as propostas de todos os 
órgãos, entidades e Poderes da Administração Pública Federal com os recursos dispo-
níveis e com os objetivos governamentais;
• Assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos programas, 
projetos e atividades da Administração Pública Federal mantenham rotinas de acompa-
nhamento e avaliação da sua programação;
• Acompanhar física e financeiramente os planos e os programas referidos nos itens aci-
ma, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e à efetividade, com vistas a subsidiar o 
processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das 
ações do Governo;
• Manter sistema de informações relacionado a indicadores econômicos e sociais, assim 
como mecanismos para desenvolver previsões e informação estratégica sobre tendên-
cias e mudanças no âmbito nacional e internacional;
• Analisar e avaliar os investimentos estratégicos do Governo, suas fontes de financia-
mento e sua articulação com os investimentos privados, bem como prestar o apoio ge-
rencial e institucional à sua implementação;
• Realizar estudos e pesquisas socioeconômicas e análises de políticas públicas;
• Estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais, as quais 
são consideradas, para efeito deste item, as sociedades de economia mista, suas sub-
sidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
002. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Acerca dos fundamentos de administração financeira e 
orçamentária, julgue o item a seguir.
Se determinado órgão público elaborar um plano que envolva apenas sua área de atuação, 
esse plano deverá ser submetido ao sistema de planejamento e de orçamento federal.
Essa é uma das Finalidades do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. Confira na 
Lei n. 10.180/2001, com grifos nossos:
Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:
I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compati-
bilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e 
municipal.
Certo.
003. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) No que se refere ao sistema integrado de planejamento e 
orçamento, julgue o item a seguir.
O sistema integrado de planejamento e orçamento destina-se exclusivamente aos processos 
de elaboração e acompanhamento da lei orçamentária anual.
Na verdade, o sistema integrado de planejamento e orçamento destina-se também à avaliação 
dos orçamentos e realização de estudos e pesquisas socioeconômicas. Confira diretamente 
na Lei n. 10.180/2001:
Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as atividades de elabora-
ção, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos 
e pesquisas socioeconômicas.
Errado.
004. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:
O órgão setorial do sistema de planejamento e orçamento federal na Casa Civil da Presidência 
da República atua em todos os órgãos integrantes da presidência da República, ressalvados 
aqueles determinados em legislação específica.
De acordo com o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 10.180/2001, o órgão setorial da Casa Civil da Presi-
dência da República tem como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da 
República, ressalvados outros determinados em legislação específica.
Certo.
No âmbito do artigo 5º da Lei n. 10.180/2001, ganha força a autonomia administrativa e 
financeira presente no artigo 99 da CF/1988, mas essa autonomia não é ilimitada. Confira:
Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades 
responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do 
Sistema.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
005. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Plane-
jamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
Os órgãos integrantes do SPOF realizam o acompanhamento e a avaliação dos planos e pro-
gramas respectivos de todos os poderes e órgãos da administração pública federal.
A resposta está no artigo 6º da Lei n. 10.180 de 2001, que trata do Sistema de Planejamento e 
de Orçamento Federal. Confira, com grifos nossos:
Art. 6º Sem prejuízo das competências constitucionaise legais de outros Poderes e órgãos da Ad-
ministração Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento 
Federal e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão 
o acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos”.
Errado.
Por seu turno, o artigo 8º da Lei n. 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Siste-
ma de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do ORÇAMENTO. Compete às unida-
des responsáveis pelas atividades de planejamento:
• 1. Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal, da 
seguridade social e de investimento das empresas estatais;
• 2. Estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação 
dos orçamentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual;
• 3. Realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamen-
to do processo orçamentário federal;
• 4. Acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, sem prejuízo da compe-
tência atribuída a outros órgãos;
• 5. Estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua 
harmonização com o planejamento e o controle;
• 6. Propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das 
diversas esferas de governo.
Assim, a execução orçamentária deve estar atrelada a um processo eficaz de planejamen-
to e não deixa de ser um instrumento de políticas públicas.
Nesse sentido, em um contexto de recursos escassos e necessidades humanas ilimitadas, 
ou seja, em ambiente de restrições, é fundamental otimizar o uso dos recursos por meio de 
boas práticas de planejamento integradas ao acompanhamento e controle da execução finan-
ceiro-fiscal.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
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Nessa toada, a integração do planejamento à execução orçamentário-financeira, em espe-
cial por meio da programação financeira de gastos e arrecadações, ganha enorme importância, 
de modo a atender à necessidade de se controlar a execução financeira por meio de sistema 
de informações como forma de incrementar a transparência pública.
As informações obtidas pela fiscalização e controle dos gastos públicos, nas quais estarão 
destacadas as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão orientar no planejamento para 
o exercício subsequente.
No quadro seguinte, apresentamos a interface entre o SPOF e as empresas estatais depen-
dentes e não dependentes:
Características Empresa Estatal não Dependente
Empresa Estatal 
Dependente
Orçamento Orçamento de Investimentos Orçamento Fiscal e Seguridade Social
Órgão Central
Departamento de 
Coordenação e Governança de 
Empresas Estatais – DEST
Secretaria de Orçamento 
Federal – SOF
Contabilidade Aplicável Somente a privada (Lei n. 6.404/76)
Tanto a pública (Lei 
n. 4.320/64) quanto a 
privada (Lei n. 6.404/76)
Despesas
Somente as despesas de 
investimento, de acordo com 
a LDO. Despesas operacionais 
são desconsideradas
Todas as despesas
Sistema utilizado para:
Elaboração
Execução
Alterações orçamentárias
Somente SIOP nas três fases
Elaboração e alterações 
orçamentárias: SIOP
Execução orçamentária: 
SIAFI
1.3. progrAmAção orçAmentáriA e FinAnceirA
Tenha em mente que a programação orçamentária e financeira nada mais é do que a adap-
tação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, de modo que a despesa fixada 
seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a velocidade de 
execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de modo a garantir a execução dos 
programas anuais de trabalho, realizados por meio do Sistema Integrado de Administração 
Financeira do Governo Federal (SIAFI), com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela 
legislação vigente.
O SIAFI é o principal instrumento de registro, acompanhamento e controle da execução 
orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
Guarde que as diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na LOA 
são fixadas em Decreto.
Nesse contexto, merece menção destacada a previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964, 
de que, logo depois de promulgada a LOA, baseada nos limites nela fixados, o Poder Executi-
vo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária 
pode usar, sendo que essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em fun-
ção, por exemplo, das oscilações na receita pública.
O PULO DO GATO
Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o quadro 
de cotas trimestrais, logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados. 
Assim, cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada 
unidade orçamentária fica autorizada a gastar.
O objetivo de se fixar essas cotas trimestrais é assegurar às unidades orçamentárias, tem-
pestivamente, recursos necessários e suficientes à melhor execução do seu programa anual 
de trabalho, equilibrando a receita arrecadada e a despesa realizada para evitar eventuais insu-
ficiências de caixa.
Além disso, tenha mente que as cotas trimestrais podem ser alteradas durante o exercício, 
mas, claro, respeitando o limite da dotação orçamentária.
Guarde ainda que, além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da 
despesa orçamentária abarca ainda os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao 
determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de desem-
bolso ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º da LRF com 
grifos nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-
retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo 
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Ainda nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade espe-
cífica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exer-
cício diferente daquele em que ocorrer o ingresso. Mentalize recurso vinculado como sendo 
aquele que possui destinação obrigatória a determinada despesa e, assim, a LRF dispõe que se 
é recurso vinculado, continuará vinculado, ainda que em exercício financeiro diverso daquele 
em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da 
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional, 
os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Unida-
des Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade 
social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo 
de despesa e a modalidade de aplicação.
Nesse sentido, a descentralização orçamentária é fundamental para a execução orça-
mentária. É importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, arrecadar receitas e 
realizar as despesas públicas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das 
despesas previstos na Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Merece destaque a ferramenta usada para a limitação dos gastos do Governo Federal,o 
famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que nada mais é do que o Decreto de 
Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que deta-
lha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do 
exercício, tendo como suporte legal além da Lei n. 4.320/1964 e da LRF, as LDOs de cada ano.
Programação Financeira
A Programação Financeira, realizada por meio do Decreto de Programação Financeira, para 
que seja bem elaborada, exige profundo conhecimento técnico de finanças e do comportamento 
da arrecadação dos tributos que compõem a receita, além, é claro, da própria estrutura do Estado.
�PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
�Aprovação até 30 dias após a publicação dos orçamentos:
�- metas bimestrais de arrecadação;
�- programação financeira e o cronograma da execução mensal de 
desembolso.
�LRF: arts. 8º e 13, caput
É importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas dos contribuin-
tes nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de realização de despesas 
públicas, existe um conjunto de atividades que tem o objetivo de ajustar o ritmo da execução 
do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que vão assegurar a realização 
dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insuficiências de 
tesouraria. A esse conjunto de atividades chamamos Programação Financeira.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
A seguir um resumo sistematizado da programação financeira:
Programação Financeira
ME
STN
Órgão central
Disposição dos recursos $ aos 
órgãos setoriais em suas contas-
correntes do BB (S\A)
Órgão setorial
Sec. de Administração-Geral 
dos Ministérios Civis e órgãos 
equivalentes da PR e dos 
Comandos Militares
*Transferência de recursos 
$ entre órgão de estruturas 
administrativas diferentes
UG: UC ou UA
Movimentação 
interna de recursos $ 
realizado pela OSPF
MIN. “A”
Órgão
Setorial
MIN. “A”
UG
MIN. “B”
Órgão
Setorial
MIN. “B”
UG
COTA(OB)COTA(OB)
SUB-REPASSE
(OB)
SUB-REPASSE
(OB)
REPASSE (OB)
É importante destacar que a programação financeira se realiza em três níveis distintos, 
existindo uma hierarquia entre eles:
• Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o órgão central;
• Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOAs) – ou equivalen-
tes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira (OSPF);
• Unidades Gestoras Executoras (UG).
Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do órgão cen-
tral é o órgão setorial que pode descentralizar ainda para a UG, ou seja, quem realiza as des-
centralizações são o órgão central e o órgão setorial.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
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A UG – Unidade Gestora – é uma UO – Unidade Orçamentária – ou uma UA – Unidade Ad-
ministrativa – investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou 
descentralizados.
A UO – Unidade Orçamentária – tem dotação consignada diretamente na LOA.
A UA – Unidade Administrativa – não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente, 
portanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.
Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e do maior controle sobre os gastos públicos, 
tanto para equilibrar os orçamentos como para indicar transparência dos compromissos go-
vernamentais com a dívida pública, de modo a fomentar e manter expectativas claras e ob-
jetivas, a administração pública buscou melhor programar financeiramente a execução das 
suas despesas.
Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e a corre-
ção das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cumprimento 
das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando ainda seu com-
portamento para os dois subsequentes.
006. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva:
A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.
Na verdade, já existia essa previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964.
A LRF apenas melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que a elabo-
ração da programação financeira e do cronograma mensal de desembolso ocorram no prazo 
de 30 dias após a publicação da LOA.
Errado.
Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos, ou 
seja, quando os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são libera-
dos para os órgãos setoriais das secretarias, baseado na programação financeira de cada um 
deles, para a execução dos seus programas de trabalho.
Nessa pegada, acaba ficando a critério do Governo executar este ou aquele projeto, sem 
obedecer a nenhuma hierarquia orçamentária.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano pluria-
nual (PPA).
A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-
vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.
Na verdade, a Programação Financeira compreende um conjunto de atividades com o objetivo 
de ajustar o ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros.
Assim, por meio da programação financeira, garante-se a execução dos programas anuais de 
trabalho, realizados por meio do SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela 
legislação vigente.
Não custa lembrar que depois da sanção presidencial à LOA, o Poder Executivo mediante de-
creto estabelece em até 30 dias a programação financeira e o cronograma de desembolso 
mensal por órgãos, observadas as metas de resultados fiscais dispostas na LDO.
Guarde que a Programação Financeira se realiza em três níveis distintos, sendo a STN o seu 
órgão central, contando ainda com a participação das Subsecretárias de Planejamento, Orça-
mento e Administração (ou equivalentes os órgãos setoriais – OSPF) e as Unidades Gestoras 
Executoras (UGE).
Guarde ainda que é de competência da STN estabelecer as diretrizes para a elaboração e for-
mulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos 
necessários à sua execução. Aos órgãos setoriais competem a consolidação das propostas 
de programação financeira dos órgãos vinculados e a descentralização dos recursos financei-
ros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabe a realização da despe-
sa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento.
Diante do exposto, podemos concluir que a questão está falsa ao afirmar que é para ajustar o 
fluxo do PPA.
Errado.
É importante informar ainda que, como cada secretaria ou órgão tem um prazo determi-
nado para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos, que reflete as saídas de 
recursos financeiros, a Secretaria de Tesouro, ou correspondente Estadual, Distrital ou Munici-
pal, deve consolidar e aprovar toda a programação financeira de desembolso para o governo, 
procurando ajustar as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro 
(despesas e receitas), a fim de obter um fluxo de caixa mais de acordo com a política fiscal e 
monetária do governo.
Todo esse processo, em realidade, ocorre dentro de sistema informatizado, sendo tarefa 
de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la ao seu ór-
gão setorial de programação.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e submetê-la ao órgãocentral de programação 
financeira. Dessa forma, o sistema permite um acompanhamento preciso do cronograma de 
desembolso dos recursos financeiros de cada UG e sua execução.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desembolso, já que 
representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e atividades a 
cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos financeiros para 
pagamento dessas despesas.
O PULO DO GATO
Assim, podemos dizer que a programação financeira é mais abrangente do que o cronograma 
de desembolso, pois ela engloba não só as despesas, mas também os ingressos de receitas 
no caixa do Tesouro.
2. execução orçAmentáriA e FinAnceirA
É interessante que você se situe em que ponto do ciclo orçamentário nós estamos:
Plano Plurianual (PPA)
Controle de execução orçamentária 
e financeira
Planos nacionais, regionais 
e setoriais
Execução orçamentária e 
financeira
Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO)
Elaboração da proposta 
orçamentária anual (LOA)
Discussão, votação e 
aprovação da Lei Orçamentária
Anual
É fundamental guardar a ideia de que a execução orçamentária se completa com a exe-
cução financeira. Esta passa pela programação dos recursos financeiros de forma a garantir o 
atendimento à demanda de recursos aos órgãos e entidades da Administração Pública direta 
e indireta.
Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos 
consignados na LOA, enquanto a execução financeira é a utilização de recursos financeiros.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Obs.: � tenha em mente que a etapa do planejamento, que antecede a etapa de execução orça-
mentária, abrange, de modo geral, a fixação da despesa orçamentária, a descentraliza-
ção/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira e o proces-
so de licitação e contratação, sendo o nosso foco agora a programação orçamentária 
e financeira e a descentralização/movimentação de créditos e recursos.
A correta gestão pública, pautada em uma execução orçamentária e financeira eficiente, 
advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será realmente realizado. Sen-
do assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter o entendimento dos conceitos de 
Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem 
o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente, 
o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando recur-
sos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem, concomitantemen-
te, por estarem atreladas uma a outra. Se existir orçamento e não houver o financeiro, não 
poderá ocorrer a despesa.
De outra parte, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo, caso não exista 
disponibilidade orçamentária.
Visando estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a execução orçamentá-
ria e a execução financeira, existe forte integração entre as etapas que compõem os fluxos e 
processos pertinentes.
Desc.
Externa
RepasseDesc. Externa
Desc. interna
Desc. interna
Sub-repasse
Repasse Sub-repasse
Cota
STNSOF
UG UGUG UGUG UG
Ministério A Ministério AMinistério B Ministério B Ministério C
Entidade 
Supervisionada
Entidade 
Supervisionada
 Ministério C
ORÇAMENTÁRIO
Descentralização de Crédito
FINANCEIRO
Movimentação de Recurso
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a movimentação de 
recursos. Guarde: crédito para o lado orçamentário e recurso para o lado financeiro. O crédito é 
orçamentário, é uma dotação ou autorização de gasto, e recurso é financeiro, dinheiro ou saldo 
de disponibilidade bancária.
008. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos meca-
nismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária 
e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue o 
item subsequente.
O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras unida-
des orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham sido dota-
dos caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.
A descentralização de créditos ocorre quando uma unidade orçamentária transfere a outras 
unidades as dotações orçamentárias. Confira no MCASP, com grifos nossos:
As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de 
parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica, 
para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.
Certo.
Dessa forma, em nível federal, o Ministério do Planejamento (incorporado pelo ME – Minis-
tério da Economia), via Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é o órgão central responsável 
pelo orçamento, enquanto o Ministério da Fazenda (incorporado pelo ME), via Secretaria do 
tesouro Nacional (STN) é o órgão central responsável pelo financeiro. Registre-se que tanto 
os créditos orçamentários quanto os recursos financeiros podem ser movimentados entre uni-
dade gestoras.
Vale destacar que a movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os ór-
gãos setoriais chama-se dotação, enquanto a movimentação de recursos do órgão central de 
programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota.
A movimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa 
ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como repasse.
009. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de execução 
do orçamento, julgue o item seguinte.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
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O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu orçamento para unidades gesto-
ras de outro órgão público deverá realizar um destaque.
Guarde que a movimentação de créditos orçamentários envolve os conceitos de dotação, pro-
visão e destaque.
No caso da dotação, que se refere ao montante de créditos autorizados, temos que ocorre a 
provisão quando a descentralização de créditos é interna e o destaque quando a descentrali-
zação de créditos é externa (outro órgão).
Como na questão o órgão público precisa descentralizar dotações do seu orçamento para uni-
dades gestoras de outro órgão público, ele deve realizar um destaque.
Certo.
010. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária e 
financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
Define-se destaque como transferência de créditos entre unidades gestoras de um mesmo 
órgão ou entidade.
Na verdade, o destaque é a transferência da dotação orçamentária de uma Unidade Orçamen-
tária para outra. A transferência do crédito entre duas Unidades Gestoras é uma provisão.
Errado.
A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como 
entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimentação 
de recursos é chamada de sub-repasse.
Nível de Órgão Central
Nível de Órgão Setorial
Nível de Unidade
 Executora
Ministério da Economia/ 
Secretaria de Orçamento Federal
Unidade 
Orçamentária (UO)
Unidade 
Gestora (UG)
(UO)
UG
Dotação Dotação
Provisão Provisão
Destaque
Destaque
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AFO
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Fluxo Financeiro
Cota STN
Repasse
Repasse
Sub-repasse Sub-repasse
Ministério X 
Unidade Orçamentária
Ministério X 
Unidade Orçamentária
Ministério Y 
Unidade Orçamentária
Ministério Y 
Unidade Orçamentária
Cota
011. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de execução 
do orçamento público, julgue o item que se segue.
A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em 
ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.
Guarde que quando a descentralização de créditos orçamentários envolver unidades gestoras de 
um mesmo órgão, ou seja, quando tivermos uma descentralização interna, temos uma provisão.
Por outro lado, quando a descentralização de créditos orçamentários é realizada entre unida-
des gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, temos um destaque.
Errado.
Guarde que nas descentralizações de créditos orçamentários devem ser mantidas as clas-
sificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades admi-
nistrativas executem a despesa orçamentária.
012. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária e 
financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
As dotações orçamentárias descentralizadas podem ser empregadas em programas de traba-
lho distintos do original, desde que autorizados por decreto.
Na verdade, guarde que nos casos de descentralizações orçamentária, os programas de traba-
lho são mantidos e é respeitada a classificação programática de origem.
Errado.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
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013. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira e orça-
mentária, julgue o item seguinte.
A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da uni-
dade orçamentária na classificação institucional.
Na verdade, a descentralização de créditos orçamentários não altera a unidade orçamentária 
na classificação institucional. Confira no MCASP, com grifos nossos:
Descentralizações de Créditos Orçamentários
As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de 
parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica, 
para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária. As descen-
tralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e transposição, pois:
a. Não modificam a programação ou o valor de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); e
b. Não alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito orçamen-
tário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.
Errado.
Registre-se, ainda, que essas movimentações ocorrem em tempo real no âmbito do SIAFI.
Guarde, portanto, que a execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a 
utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual (LOA), ou seja, a execução or-
çamentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos 
financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades 
Orçamentárias pelo Orçamento.
As etapas seguintes à publicação da LOA, à nível federal, devem estar em consonância 
com as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União.
Volto a destacar que após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da 
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional, 
os subprojetos e subatividades constantes da LOA, especificando as Unidades Orçamentárias 
de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social, especifican-
do, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a 
modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária.
De acordo com a Portaria MPOG 42/1999, projeto é um instrumento de programação para 
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tem-
po, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação 
de governo.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO
Manuel Piñon
Essa Portaria define como atividade um instrumento de programação para alcançar o obje-
tivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo 
e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orça-
mentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas no SIAFI, por intermédio 
da geração automática do documento Nota de Dotação (ND), criando-se, assim, o crédito orça-
mentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.
Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-
tente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela 
descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.
O SIAFEM, Sistema Integrado de Administração Financeira Para Estados e Municípios, por 
sua vez, é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (SER-
PRO), baseado no SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal 
– customizado para atender os estados e municípios.
É utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial e 
contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparência, efi-
ciência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando, assim, a apreciação de contas 
do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Controle Externo repre-
sentados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.
Seguindo adiante, a próxima etapa é a do detalhamento do crédito orçamentário. Esse 
procedimento normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável pela supervisão fun-
cional dos atos de execução orçamentária. Existem quatro tipos de detalhamento de crédito no 
SIAFI: de fonte de recursos (FR), de natureza da despesa (ND), de Unidade Gestora responsável 
(UGR) e de plano interno (PI), formando em seguida a chamada “célula orçamentária”.
É importante guardar que executar o orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-
cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei 
n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a explici-
tar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República, ain-
da que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o 
Ministério Público da União.
Execução Financeira
A fase inicial da execução financeira ocorre por meio da programação financeira, adiante 
comentada.
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Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos financeiros ne-
cessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para a realização dos progra-
mas de trabalho definidos, ou seja, a execução financeira representa a utilização dos recursosfinanceiros para atender à realização dos projetos e atividades atribuídos a cada unidade.
O PULO DO GATO
É importante destacar que, em termos de execução financeira, quando falamos em recurso, 
estamos falando de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque da execução finan-
ceira), que tem sentido diferente do termo crédito, que é dotação ou autorização de gasto ou 
sua descentralização (enfoque da execução orçamentária).
Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro é o tempo compre-
endido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a administração promove a 
execução orçamentária e demais fatos relacionados às variações qualitativas e quantitativas 
que tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público.
A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e sub-repasse.
• Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de 
programação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais, 
da perspectiva orçamentária;
• Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de programa-
ção financeira para entidades da administração indireta e de entidades da administra-
ção indireta para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques de 
crédito (movimentação externa), da perspectiva orçamentária;
• Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras per-
tencentes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito 
(movimentação interna), da perspectiva orçamentária.
Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, encerra-se 
o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele só será efetuado 
quando ordenado após sua regular liquidação.
Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento Geral da 
União, é importante frisar que se faz exclusivamente por meio de Ordem Bancária (OB), via 
Conta Única do Governo Federal, e se destina ao pagamento de compromissos, bem como à 
transferência de recursos entre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para 
fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins.
Guarde, portanto, que a Ordem Bancária é o único documento de transferência de recur-
sos financeiros.
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Em contraste, do lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acontece, nor-
malmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por meio de DARF OU 
DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos recursos arrecadados, ao 
BACEN, no prazo de um dia.
Atualmente, por meio do DARF ou DAE Eletrônico e da GRPS Eletrônica, os usuários do 
sistema podem efetuar o recolhimento dos tributos federais e contribuições previdenciárias 
diretamente à Conta Única, sem trânsito pela rede bancária.
Seguindo essa linha, uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída desses 
recursos, para pagamentos diversos. O pagamento entre Unidades Gestoras ocorre mediante 
a transferência de limite de saque, que é a disponibilidade financeira da UG on-line, existente 
na Conta Única.
Ainda no âmbito da execução financeira, merece destaque a Conta Única do Tesouro Na-
cional, mantida no Banco Central do Brasil, que acolhe todas as disponibilidades financeiras 
da União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações. Constitui importante instrumento 
de controle das finanças públicas, uma vez que permite a racionalização da administração dos 
recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro, além de agilizar os proces-
sos de transferência e descentralização financeira e os pagamentos a terceiros.
O Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização da Admi-
nistração Federal e estabeleceu as diretrizes para a Reforma Administrativa, determinou ao 
Ministério da Fazenda (incorporado pelo ME – Ministério da Economia) que implementasse a 
unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro Nacional, através de seu Caixa Único no 
agente financeiro da União, de forma a garantir maior economia operacional e racionalização 
dos procedimentos relativos à execução da programação financeira de desembolso.
Tal determinação legal só foi integralmente cumprida com a promulgação da Constituição de 
1988, quando todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diversos agentes fi-
nanceiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta Única centralizada, exercen-
do o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro, sendo operacionalizada no SIAFI.
SIAFI
CONTA ÚNICA
RECOLHIMENTOS
RECEBIMENTOS
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS/RECEBIMENTOS EXTERNOS
GOVERNO
BANCO
EMPRESA
ENTIDADES
EXTERNAS
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Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacio-
nal em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n. 93.872/86.
Ainda no âmbito da execução orçamentária e financeira, merece destaque a figura do Or-
denador de Despesas, que é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho, auto-
rização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 do 
Decreto-Lei n. 200/1967.
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos 
orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade que exige capacitação em 
áreas como administração financeira e orçamentária, licitações e contratos, obras, recursos 
humanos, contabilidade pública, transparência, controle patrimonial etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por centralizar as decisões finais sobre 
diversas áreas administrativas, exercendo um papel de liderança na gestão de uma entidade pública.
É interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, sendo esse papel 
exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Executivo ou até mesmo por um 
Presidente de órgão ou entidade.
Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, o Ordenador de Despesa é re-
gistrado com esse título no rol de responsáveis nos órgãos que gerem o sistema financeiro da 
entidade e também nos Tribunais de Contas. Com entrada em vigor da LRF – Lei de Responsa-
bilidade Fiscal –, a importância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar ainda que o Ordenador de Despesas necessariamente precisar ser um 
servidor público, seja ocupante de cargo público, titular de cargo de confiança com ou sem vín-
culo efetivo, ou mesmo empregado público, sendo, em regra, o responsável pelo recebimento, 
verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos, respondendo, 
assim, pelos prejuízos que eventualmente acarretar à Fazenda pública.
É importante ressaltar que a atividade do Ordenador de Despesas guarda íntima relação 
com o Princípio da Legalidade, pois boa parte do seu tempo deve ser gasto com a verificação 
da existência ou não de norma que o autorize a proceder dessa ou daquela forma, de modo que 
todas as despesas tenham respaldo na lei.
A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públicas, tornou obri-
gatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Ordenador de Despesa”, docu-
mento em que o ordenador de despesa declara que a despesa tem adequação orçamentária e 
financeira com a LOA e compatibilidade com a LDO e com o PPA.
Uma das atividades mais importantes do Ordenador de Despesa ocorre na fase do empenho 
da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existência de dotação orçamentá-ria, necessária e suficiente. Existem situações em que existe a dotação orçamentária, mas ainda 
não estão disponíveis os recursos financeiros para cumprir a obrigação, nesses casos ele precisa 
fazer a adequação financeira, verificando a sua compatibilidade com a programação financeira.
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Merece destaque também o Decreto n. 8.180/2013, que dispõe sobre as normas relativas às 
transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, devendo ser objeto 
de destaque as definições de Contrato de Repasse e de TED – Termo de Execução Descentralizada.
O contrato de repasse é um instrumento administrativo, de interesse recíproco, por meio 
do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição ou 
agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União.
O TED – Termo de Execução Descentralizada é um instrumento por meio do qual é ajus-
tada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos 
Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orça-
mentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respei-
tada fielmente a classificação funcional programática.
Em relação à celebração do TED, o mencionado Decreto determina que deve atender à 
execução da descrição da ação orçamentária prevista no programa de trabalho e poderá ter as 
seguintes finalidades:
• execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, em regime de mú-
tua colaboração;
• realização de atividades específicas pela unidade descentralizada em benefício da uni-
dade descentralizadora dos recursos;
• execução de ações que se encontram organizadas em sistema e que são coordenadas 
e supervisionadas por um órgão central; ou
• ressarcimento de despesas.
3. sistemA de inFormAções
No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em nossa ges-
tão pública, conhecidos como sistemas estruturadores. Os principais são:
• SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – tendo a 
STN – Secretaria do Tesouro Nacional – como responsável, é usado para registro, acom-
panhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial da União;
• SIOP – Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal – tendo a 
SOF – Secretaria de Orçamento Federal – como responsável, resulta da integração dos 
sistemas SIDOR e SIGPLAN e dos processos de Planejamento e Orçamento Federais;
• SIASG – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – tendo a Secretaria 
de Logística e Tecnologia da Informação como responsável, funciona como um conjun-
to informatizado de ferramentas para operacionalizar internamente o funcionamento 
sistêmico das atividades relacionadas ao SISG – Sistema de Serviços Gerais – como a 
gestão de materiais, edificações públicas, veículos oficiais, comunicações administrati-
vas, licitações e contratos, com destaque para o SICAF – Subsistema de Cadastramento 
Unificado de Fornecedores;
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• SIAPE – Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – a Secretaria de 
Recursos Humanos é a gestora deste sistema e órgão Central do Sistema de Pessoal 
Civil da Administração Federal – SIPEC – tem mais de 30 anos de vida e surgiu da ne-
cessidade de o Governo Federal de saber o quanto era despendido com pagamento de 
pessoal;
• SIAPA – Sistema Integrado de Administração Patrimonial – serve como ferramenta de 
apoio à administração do patrimônio imobiliário da União, dos seus imóveis dominiais e 
para integrar os procedimentos da SPU – Secretaria do Patrimônio da União.
A seguir podemos ver o papel ocupado pelo SIAFI e pelo SIOP no âmbito orçamentário e 
financeiro, que serão os que iremos nos aprofundar para o nosso certame:
COMPRA
CONTRATO
ORÇAMENTO
SIAFI
SIOP
SIASG
PAGAMENTO
LIQUIDAÇÃO
EMPENHO
3.1. siAFi
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) é o sistema 
de informações usado para fins de registro, acompanhamento e controle da execução orça-
mentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
SISTEMA SIAFI
SUBSISTEMAS
Controle de Haveres
 e Obrigações:
Administração 
do Sistema:
Execução Orçamentária 
e Financeira:
- Dívida Pública
- Haveres
- Controle
- Operações Oficiais 
de Crédito
- Administração 
do Sistema
- Auditoria
- Centro de Informação
- Conformidade
- Manual
- Contábil
- Documentos do Siafi
- Orçamentário e 
Financeiro
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Está no ar a versão web do SIAFI. A aplicação consiste no primeiro produto do projeto Novo 
SIAFI, que está estruturado em fases e prevê a convivência do SIAFI Operacional e do novo SIA-
FI. As funcionalidades serão migradas gradualmente para a versão web do sistema, até que o 
SIAFI Operacional seja totalmente descontinuado.
Podemos dizer que o SIAFI operacionaliza, ou melhor, viabiliza a centralização e a uniformi-
zação do processamento da execução orçamentária, em parceria com as unidades executoras 
e setoriais, gerando integração dos procedimentos relativos à programação financeira, à con-
tabilidade e à Administração Financeira e Orçamentária.
Podemos dizer ainda que o SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por 
meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financei-
ra, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias, 
fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem 
contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais 
apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, 
energia elétrica, telefone etc.) e dos Órgãos que utilizam o sistema.
Muitas são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz 
uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as informações 
pertinentes às tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente 
da sociedade que são a Execução Orçamentária, a Execução Financeira, a Programação Finan-
ceira e a Prestação de Contas consolidadas da União(antigo BGU).
Devemos destacar ainda que o SIAFI abarca as informações pertinentes às três tarefas 
básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade:
• execução orçamentária;
• execução financeira;
• elaboração das demonstrações contábeis consolidadas na prestação de contas anual 
do Presidente da República, que substituiu o antigo BGU – Balanço Geral da União.
Cabe ao SIAFI, por exemplo, efetuar o controle dos saldos e a transferência de recursos 
entre as UGs – Unidades Gestoras.
A UG – Unidade Gestora – é uma UO – Unidade Orçamentária ou uma UA – Unidade Adminis-
trativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou descen-
tralizados.
A UO – Unidade Orçamentária – tem dotação consignada diretamente na LOA.
A UA – Unidade Administrativa – não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente, 
portanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.
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http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-orcamentaria
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/programacao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/programacao-financeira33 de 140www.grancursosonline.com.br
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O PULO DO GATO
Uma UG pode ser uma UA, cabendo ao SIAFI, nesse caso, controlar os saldos e a transferência 
de recursos entre as UGs.
Nos primórdios, o SIAFI era usado apenas pelo Poder Executivo, mas hoje em dia é um sis-
tema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o terri-
tório nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Admi-
nistração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.
Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e a STN – Secre-
taria do Tesouro Nacional – entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI.
014. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016/ADAPTADA) Julgue a assertiva:
Como forma de garantir a segurança do sistema, as entidades de caráter privado estão impe-
didas de usar o SIAFI.
Na verdade, por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e o 
Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI.
Errado.
Segundo o próprio site da STN – Secretaria do Tesouro Nacional – os objetivos do SIAFI 
são os seguintes:
a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patri-
monial aos órgãos da Administração Pública;
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do 
Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal;
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais 
destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar 
rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de 
despesa de cada unidade gestora;
e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas;
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e
i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
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Ainda segundo o próprio site da STN, o SIAFI trouxe as seguintes vantagens para a Admi-
nistração Financeira, Orçamentária e Patrimonial Pública:
• Contabilidade: o gestor ganha rapidez na informação, qualidade e precisão em seu tra-
balho;
• Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos 
do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal 
na Conta Única no Banco Central;
• Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com 
transparência, completamente integrada a execução patrimonial e financeira. Visão cla-
ra de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: são mais de 4.000 
gestores cadastrados, que executam seus gastos através do sistema de forma on-line;
• Desconto na fonte de impostos: no momento do pagamento, já é recolhido o imposto 
devido;
• Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;
• Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível em rela-
tórios publicados no site.
Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 contas 
bancárias e o registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a implantação do 
SIAFI, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas bancárias e se registravam em 
média 33.000 documentos diariamente. Hoje 98% dos pagamentos são identificados de modo 
instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem de, no máximo, cinco dias.
Além disso, segundo a STN, o SIAFI apresenta ainda inúmeras vantagens que o distinguem 
de outros sistemas em uso no âmbito do Governo Federal:
• Sistema disponível 100% do tempo e on-line;
• Sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de trabalho;
• Interligação em todo o território nacional;
• Utilização por todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, Legislativo 
e Judiciário);
• Utilização por grande parte da Administração Indireta;
• Integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utilizam o SIAFI 
para efeito de consolidação das informações econômico-financeiras do Governo Fede-
ral – à exceção das Sociedades de Economia Mista, que têm registrada apenas a par-
ticipação acionária do Governo – e para proporcionar transparência sobre o total dos 
recursos movimentados.
Vamos conhecer agora os principais documentos do SIAFI.
Guarde que a entrada dos dados necessários à execução orçamentária, financeira e contá-
bil é efetuada usando os seguintes documentos.
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1. DARF ou DF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF Eletrônico: é o 
documento que permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas pelos Órgãos e 
Entidades, por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta 
Única do Tesouro Nacional.
2. GPS ou GP – Guia da Previdência Social – GPS Eletrônica: é o documento que permite 
registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio de transferências 
de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional.
3. NC – Nota de Movimentação de Crédito: é o documento que permite registrar a movi-
mentação de créditos interna e externa e suas anulações.
4. ND – Nota de Dotação: é o documento que permite registrar as informações orçamentá-
rias elaboradas pela SOF, ou seja, dos créditos previstos na LOA. Também permite a inclusão 
de créditos no orçamento não previstos inicialmente e o registro do desdobramento do plano 
interno e do detalhamento da fonte de recursos. O plano interno é um instrumento de plane-
jamento e de acompanhamento da ação planejada, usado como forma de detalhamento do 
projeto/atividade, de uso exclusivo de cada ministério/órgão.
5. NE – Nota de Empenho: é o documento que permite registrar as operações que envolvem 
despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública Federal, ou seja, o comprome-
timento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e 
o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria. Emitida a 
NE, torna-se o crédito empenhado e indisponível para nova aplicação. É, portanto, a forma de 
comprometimento de recursos orçamentários diretamente dotados no orçamento ou recebi-
dos por meio de descentralização externa ou interna.
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6. NL – Nota de Lançamento por Evento: é o documento que permite registrar eventos con-
tábeis não vinculados a documentos específicos.
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7. NS – Nota de Lançamento de Sistema: é o documento que permite registrar eventos 
contábeis de forma automática, como: acertos contábeis; extinção, incorporação, transferên-
cia e integração de saldos.
8. OB – Ordem Bancária: é o documento que permite registrar o pagamento de compro-
missos, bem como a transferência de recursos entre UGs, liberação de recursos para fins de 
adiantamento (suprimento de fundos) e de transferências

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