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Tipos de Falácias Lógicas

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FALÁCIAS
PETIÇÃO DE PRINCÍPIO: Pensamento circular, retórica falaciosa afirmando uma tese. Repetição com outras palavras, do que foi dito ou pressuposto na declaração anterior. Pretende provar uma conclusão tendo, como premissa, a própria conclusão, isto é, usa-se como prova o que se quer provar. Indica uma retórica falaciosa que consiste em afirmar uma tese, que se pretende demonstrar verdadeira na conclusão do argumento, já partindo do princípio de que essa mesma conclusão é verdadeira e empregando essa pressuposição em uma das premissas.
IGNORATIO ELENCHI/ FALÁCIA DA CONCLUSÃO NÃO PERTINENTE/ FALÁCIA DE IGNORÂNCIA DA QUESTÃO: Designa uma falácia lógica que tenta provar que algo é falso ou verdadeiro a partir de uma ignorância anterior sobre o assunto. Quando o argumento é conduzido de maneira que prove uma conclusão errada ou não pertinente. O argumento pode ser válido, mas o problema é que se afastou da questão. Ignora a questão em si. Por exemplo: uma pessoa que acredita em duendes pode afirmar que eles existem porque não foi provado que não existem.
AD BACULUM: Apelo a força, é uma forma de argumentação onde um dos oponentes recorre direta ou indiretamente à força ou à ameaça para que o adversário aceite sua conclusão. Recorre a força ou à ameaça (intimidação) para impor sua conclusão se ter apresentado argumentos adequados para sustenta-la. Intimidar, vencer pela força, ameaçar.
AD MISERICORDIAM: Apelo a piedade para que uma conclusão seja aceita. Consiste em se fazer de vítima para ganhar a simpatia do adversário apresentando-se como uma pessoa digna de pena. Lástima, compaixão. Se faz de vítima para ganhar simpatia.
AD POPULUM: É um tipo de falácia não-formal e é a tentativa de, ao despertar as paixões e o entusiasmo da multidão, ganhar o apoio do público ouvinte ou leitor para uma determinada conclusão. Apelo as emoções, entusiasmo ou aos sentimentos coletivos de uma plateia. Apelo a quantidade. Discursos emotivos.
AD HOMINEM: Foge do assunto em questão e ataca a pessoa que está falando. Critica um argumento atacando pessoalmente o argumentador em vez de considerar os méritos do seu argumento. Em alguns casos o caráter e conduta pessoal são pertinentes. Desqualifica quem fala.
PERGUNTAS MÚLTIPLAS: É uma falácia que consiste em fazer uma insinuação na forma de pergunta. Dois tópicos sem relação, ou de relação duvidosa, são conjugados e tratados como uma única proposição. Pretende-se que o auditório aceite ou rejeite ambas quando, de facto, uma pode ser aceitável e a outra não
ESPANTALHO: É um argumento em que a pessoa ignora a posição do adversário no debate e a substitui por uma versão distorcida, que representa de forma errada, esta posição.
Exemplo: Maria: É preciso repensar a política de combate às drogas. Pedro: Lá vem esse pessoal dizer que o melhor é liberar as drogas.
AD VERECUNDIAM: É uma forma de argumentar que faz apelo à autoridade. É uma falácia lógica que apela para a palavra ou reputação de alguma autoridade a fim de validar o argumento. Ela funcionar como clausura do processo argumentativo, apresentando-se como última palavra e obrigando os participantes a uma obediência que se transforma num silêncio. Nesse sentido, que é um caso extremo, ela leva ao termo da interação argumentativa porque limita intransigentemente o que possa ser colocado em questão. E, sem assunto em questão em torno do qual se possam estabelecer discursos e contra discursos, não haverá argumentação.
LADEIRA ESCORREGADIA: É uma falácia que ocorre quando dizemos que, se permitirmos que algo aconteça isso levará a uma sequência inevitável de eventos e pelo menos um desses é totalmente indesejável.
POST HOC: É o nome de uma falácia lógica, também conhecida como correlação coincidente, que consiste na ideia de que dois eventos que ocorram em sequência cronológica estão necessariamente interligados através de uma relação de causa e efeito.
Exemplos: O galo sempre canta antes do nascer do Sol. Logo, o sol nasce porque o galo canta; uma pessoa se muda para uma república. O fogão da república passa a apresentar problemas. ...; estatisticamente, todos que beberam água morreram ou vão morrer algum dia.
DIVISÃO: É um argumento no qual, a partir da premissa que todo [não] tem certa propriedade, conclui-se que as partes que compõe o todo [não] tem a mesma propriedade. Exemplo 1: João não gosta de feijoada. Portanto, João não deve gostar de carne de porco e nem de feijão.
COMPOSIÇÃO: A confusão entre o uso coletivo e o uso distributivo dos termos pode resultar numa falácia da composição. Argumenta de maneira incorreta aquilo que pode ser atribuído a um termo distributivamente pode também ser atribuído a ele coletivamente. EX.: Um ônibus gasta mais gasolina do que um carro. Logo, todos os ônibus gastam mais gasolina do que todos os carros.
AD IGNORANTIAM: O fato de uma proposição nunca ter sido provada não faz dela uma proposição falsa. EX.: O argumento de que os fantasmas existem porque ninguém conseguiu provar que eles não existem.

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