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Trabalho de Odontogeriatria - Gabrielle e Gracielle

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Índice de Katz na avaliação da autonomia funcional do idoso
Gabrielle Dias Bento, Gracielle Dias Bento e Pantaleo Scelza Neto*
Faculdade de Odontologia, Departamento de Odontologia, Universidade Federal Fluminense – Rua São Paulo, 28 - CEP 24020-150, Niterói, RJ, Brasil
	*Email: scelza@terra.com.br	
Resumo
O crescente envelhecimento da população mundial leva a necessidade de usar ferramentas hábeis para avaliar a capacidade funcional do idoso de acordo com o objetivo do examinador. O índice Katz possui ferramentas dinâmicas para avaliar as demandas assistências aos idosos. O propósito desse estudo é analisar diferentes metodologias derivadas da escala de Katz original na avaliação funcional do idoso e sua correlação com o desempenho das atividades diárias. Foi realizado uma revisão da literatura levantada nos bancos de dados: Nacional Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS). A palavra chave utilizada foi “índice de Katz” na base de dados BVS. No localizador PubMed foi utilizada a palavra-chave “Index Katz’’. Um compilado de 2.218 artigos foram levantados em ambas bases de dados, na base PubMed foram encontrados 2.201 artigos e na base BVS encontrados 17 trabalhos. Destes artigos, foram selecionados 20 para leitura dos resumos e análise dos artigos que se encaixam no escopo desse estudo. Após passados pelos critérios de exclusão, 8 artigos foram separados. Observou-se que o índice de Katz é uma ferramenta que passou por atualizações desde a publicação original e possibilita avaliar a funcionalidade, necessidades e limitações dos idosos. Entender o nível de dependência do indivíduo e programar ações de assistência baseada no grau necessário auxilia no cuidado dessa população e na melhora da sua qualidade de vida.
Palavras-chaves: Autonomia Funcional do Idoso, Índice de Katz, envelhecimento.
1. Introdução
No Brasil, a transição demográfica configurou o crescimento do envelhecimento da população idosa. Dessa maneira, a sociedade contemporânea necessita promover avanços das perspectivas de qualidade de vida dos que se encontram em um processo de envelhecimento (BEZERRA et al., 2011).
Em 2019, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuía uma população idosa de 32,9 milhões. Esse indicador demonstra que a predisposição de envelhecimento da população e a quantidade de cidadãos maiores de 60 anos no país já ultrapassa a quantidade de crianças de até 9 anos de idade (IBGE, 2021). 
A autonomia e independência da terceira idade são decorrentes do êxito social, pois estas conquistas estão estreitamente ligadas à expectativa de vida, em especial na velhice. A autonomia e independência são dados que indicam a qualidade de vida para os idosos e que necessitam ser avaliados integralmente (KALACHE et al., 1987). 
A autonomia na terceira idade é susceptível ao entrave das limitações, sejam elas sociais, psíquicas ou financeiras, além de ter uma constituição física mais debilitada. O idoso deve ter sua autonomia preservada, mesmo que seja dependente fisicamente, pois a sua sanidade mental, assim como sua liberdade, deve ser resguardada, a fim de evitar danos à sua vida (SILVA et al., 2013).
A autonomia funcional, ou aptidão funcional, é a conceituação relacionada à saúde e expectativa de vida. O Grupo de Desenvolvimento Latino Americano para a Maturidade (GDLAM) relata que a autonomia possui três particularidades, sendo essas: a autonomia de ação, no qual tem se a consciência de realizar a incumbência apresentada; a autonomia de vontade, no qual a perspectiva é de autovalorização; e, por fim, a autonomia de concepção, que permite a pessoa determinar qualquer situação. Verifica-se, dessa forma, que a autonomia não é definida exclusivamente por um ponto de vista, mas em uma conjuntura abrangente. Assim sendo, o estudo da capacidade funcional visa avaliar a aptidão e deficiência na realização de atividades cotidianas (ALENCAR et al., 2010).
A escala de Katz foi publicada em 1963, sendo um dos instrumentos mais antigos, no qual detém citações na literatura para avaliação da capacidade funcional. A escalada foi estruturada a partir do raciocínio que a diminuição da capacidade para executar as atividades de vida diária (AVD) nos pacientes idosos segue um mesmo padrão evolutivo ao desempenhar atividades básicas de vida diária (ABVD), as quais são relacionadas ao autocuidado, tais como tomar banho, se vestir, alimentar-se, ter controle na sua continência (DUARTE et al., 2007; LINO et al., 2008).
É relevante salientar que há outras metodologias que realizam a avaliação da capacidade funcional do idoso, em virtude da escala de Katz delimitar seu estudo a funções básicas do dia a dia. É hiperativo que se tenha uma avaliação a respeito do desempenho em atividades de maior complexibilidade, titulada de atividades instrumentais de vida diária (AIVD), as quais são importantes para independência, tais como administrar finanças, lidar com transporte, realizar compras, preparar refeições (ARIK et al., 2015; PENG et al., 2020). 
Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo estudar diferentes metodologias desenvolvidas a partir da escala de Katz original para avaliação da funcionalidade dos idosos e, por conseguinte, o desempenho das atividades cotidianas.
2. Metodologia 
 
Essa pesquisa consiste em uma revisão de literatura com o intuito de obter conhecimento acerca do índice de Katz, que avalia a funcionalidade da autonomia do idoso pela atividade básica de vida diária (ABVD). Nessa revisão narrativa utilizou-se plataformas de buscas de artigos acadêmicos anexados nas seguintes bases de dados: Nacional Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS).
Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) nas bases de dados da BVS com as seguintes palavras: “Avaliação funcional do idoso” e “índice de Katz”. No localizador descritor de assunto da PubMed foi utilizada a seguinte terminação: “Index Katz’’. Nesse estudo, foram selecionados os trabalhos que fossem estritamente relacionados ao índice de Katz e as modificações que essa metodologia passou no decorrer do tempo, propiciando, por conseguinte, diferentes formas de se avaliar a funcionalidade da autonomia do idoso.
3. Resultados 
Conforme o critério de inclusão, foram encontrados 2.218 artigos, entre o ano 2000 e 2021, sendo esses 2.201 da PubMed e 17 da BVS, destes foram selecionados 20 que foram submetidos a leituras dos resumos para a análise da relevância e relação ao objetivo da pesquisa. Nessa revisão foram utilizados 8 que estavam relacionados ao objetivo da pesquisa.
 
4. Revisão da Literatura
É de máxima necessidade a avaliação acerca das atividades e questões sobre o cotidiano dos idosos, pois a estimativa é que a população mundial de pessoas idosos no ano de 2025 seja de aproximadamente 1,2 bilhão da população vivendo com mais de 60 anos de idade.
O índice Katz é um instrumento graduado amplamente empregado que analisa seis atividades primárias tais como tomar banho, se vestir, ir ao banheiro, se locomover, continência e alimentar-se. Essas atividades têm uma ordem hierárquica em que as funções mais complexas são perdidas primeiro. Esse instrumento representa a descrição de um fenômeno observado em um contexto biológico e social e, apesar do desenvolvimento de outros, ainda tem sido dos mais utilizados na literatura gerontológica (ARIK et al., 2015).
O índice Katz foi originalmente desenvolvido como uma medida de função para ser usado em avaliações objetivas de populações com doenças crônicas e em envelhecimento e atualmente é usado para avaliar uma ampla gama de grupos e ambientes (ARIK et al., 2015; KATZ e AKPOM, 1976). 
O ato de se banhar é exercida durante o banho, como o próprio ato de ensaboar-se. O idoso, de acordo com a escala de Katz era considerado independente caso ele não necessite de ajuda durante essa função ou mesmo caso seja indispensável a assistência para banhar uma única parte do corpo. O idoso eraconsiderado dependente parcial caso precisasse de ajuda para se banhar em mais de uma parte do corpo ou fosse necessário auxilio para entrar ou sair do banho. Já a dependência total está relacionada a incapacidade de banhar-se sozinho (DUARTE, 2007).
A atividade de vestir-se se baseia na ação de pegar as roupas no armário e vestir-se. A dependência nessa atividade era ofertada ao idoso que necessitava de algum auxílio pessoal ou que permaneciam parcial ou totalmente despidos (GRUBER et al., 2017; DUARTE, 2007).
A atividade de ir ao banheiro corresponde ao ato de ir ao banheiro para excreções, higienizar-se e arrumar as próprias roupas. Os idosos considerados independentes poderiam ou não utilizar algum equipamento ou ajuda mecânica para executar a função sem que isso modificasse sua classificação. Já os idosos considerados como dependentes eram aqueles que recebiam qualquer auxílio direto ou mesmo os que não desempenhavam a função (DUARTE, 2007). 
A atividade de transferência compreende a locomoção executada pelo idoso para sair da cama e sentar-se numa cadeira e vice-versa. Tal como na atividade de ir ao banheiro, a utilização de algum equipamento ou ajuda mecânica não modificada a classificação de independência desta função. Caso seja necessária alguma colaboração na atividade de transferência ou diante da impossibilidade de realização desta ação o idoso era considerado dependente (DUARTE, 2007). 
A atividade de continência estava relacionada ao autocontrole de urinar ou defecar. A dependência estava relacionada à presença de incontinência total ou parcial em qualquer das funções, sendo que diante de qualquer tipo de controle externo ou uso regular de fraldas o paciente era considerado dependente (DUARTE, 2007).
A função de alimentação baseava-se no ato de dirigir a comida do prato à boca. A dependência era configurada em caso de necessidade de assistência pessoal. Eram considerados dependentes aqueles que utilizam sondas enterais ou eram nutridos por via parenteral (DUARTE, 2007).
A partir da análise do desempenho das seis atividades básicas, o idoso é categorizado, conforme Quadro 1, como dependente ou independente. Se o idoso renunciar a avaliação, ou não é de costume realizar determinada atividade, ele será classificado como dependente nesse quesito. A independência dessas atividades significa que determinada tarefa é realizada sem supervisão, direção ou ajuda (DUARTE, 2007). 
Quadro 1: Índice de Katz original 
	Classificação
	Descrição
	A
	Independente para todas as atividades
	B
	Independente para todas as atividades menos uma.
	C
	Independente para todas as atividades menos banho e mais uma adicional
	D
	Independente para todas as atividades menos banho, vestir-se e mais uma adicional
	E
	Independente para todas as atividades menos banho, vestir-se, ir ao banheiro e mais uma adicional
	F
	Independente para todas as atividades menos, vestir-se, ir ao banheiro, transferência e mais uma adicional
	G
	Dependente para todas as atividades
	Outros
	Dependente em pelo menos duas funções, mas que não se classificam em C, D, E e F
Fonte: Duarte et al., 2007.
Katz e Akpom (1976) elaboraram posteriormente uma nova opção com modificações à escala original. Nessa nova versão, foi eliminada o grupo ‘’outros’’. Dessa forma a classificação é dada pelo número de atividades no qual o indivíduo avaliado é considerado como dependente.
Quadro 2 – Índice de Katz modificado. 
	Classificação
	Descrição
	0
	Independente nas seis funções (banhar-se, vestir-se, alimentação, ir ao banheiro, transferência e continência)
	1
	Independente em cinco funções e dependente em uma função
	2
	Independente em quatro funções e dependente em duas funções
	3
	Independente em três funções e dependente em três funções
	4
	Independente em duas funções e dependente em quatro funções
	5
	Independente em uma função e dependente em cinco funções
	6
	Dependente para todas as funções
Fonte: Duarte et al., 2007.
Essa ferramenta avaliativa tem características preditora da necessidade de cuidados/assistência, o que representa que quanto pior o desempenho neste índice, maior será a necessidade deste idoso requerer cuidados externos.
Uma nova versão do índice de Katz foi publicada em 1998 e introduziu um sistema de pontuação, o qual introduziu um ponto de corte para dependência e independência. A independência do idoso, conforme Quadro 3, é calculada com a soma da pontuação das seis atividades da vida diária. Caso a soma resulte em um valor de 5 ou 6 pontos, o idoso é classificado como independente, uma pontuação igual a 3 ou 4 significa uma dependência moderada, enquanto que uma pontuação igual a 2 ou menor significa uma grande dependência (DUARTE, 2007). 
Quadro 3 – Índice de independência de atividades de vida diária de Katz, modificado por The Hartford Institute fir Geriatric Nursing, 1998.
	ATIVIDADES Pontos (1 ou 0
	INDEPENDÊNCIA (1 ponto)
SEM supervisão, orientação ou assistência pessoal
	DEPENDÊNCIA (0 ponto)
COM supervisão, orientação ou assistência pessoal ou cuidado integral
	Banhar-se Pontos: ____
	Banha-se completamente ou requer auxílio somente para lavar uma parte do corpo como as costas, genitais ou uma extremidade incapacitada
	Requer ajuda para banhar-se em mais de uma parte do corpo, entrar e sair do chuveiro ou banheira ou requer assistência total no banho
	Vestir-se Pontos: ____
	Pega as roupas do armário e veste as roupas íntimas, externas e cintos. Pode receber ajuda para amarrar os sapatos
	Requer ajuda para vestir-se ou necessita ser completamente vestido
	Ir ao banheiro Pontos: ____
	Dirigir-se ao banheiro, entra e sai do mesmo, arruma suas próprias roupas, limpa a área genital sem ajuda
	Requer ajuda para ir ao banheiro, limpar-se ou usa urinol ou comadre
	Transferência Pontos: ____
	Senta-se/deita-se e levanta-se da cama ou cadeira sem ajuda. Equipamentos mecânicos de ajuda são aceitáveis
	Requer ajuda para sentar-se, deitar-se e levantar-se da cama ou cadeira
	Continência Pontos: ____
	Tem completo controle sobre suas eliminações (urinar e evacuar)
	É parcial ou totalmente incontinente do intestino ou bexiga
	Alimentação Pontos: ___
	Leva a comida do prato à boca sem ajuda. Preparação da comida pode ser feita por outra pessoa
	Requer ajuda parcial ou total com a alimentação ou requer alimentação parenteral
Fonte: Duarte et al., 2007.
4. Discussão 
De acordo com DUARTE et al (2007) a primeira escala de Katz, titulado por Index of Independence in Activities of Daily Living de Katz, foi elaborada sob análises do desempenho dos idosos referente as atividades do dia a dia. No entanto a primeira escala não abrange toda complexidade referente a funcionalidade do idoso nas suas atividades cotidianas, não estipulando fielmente o grau de dependência do idoso.
Estipular o grau de dependência do idoso verdadeiramente, permite colaborar com o diagnóstico e avaliar o tipo de assistência que se pretende oferecer além de analisar viés de melhoria referentes a qualidade de vida.
KATZ et al (1976), pontuou que seu primeiro instrumento foi eficaz para identificar a incapacidade no curso de envelhecimento, realmente, foi eficaz, pois essa escala auxilia o parecer médico e analisa a eficácia de tratamentos, o que colabora no processo de reabilitação. 
Katz em conjunto com Akpom aperfeiçoou o instrumento de avaliação e classificação do idoso, nesse segundo instrumento a classe “outro” foi anulada. Essa versão de classificação do Index se dá pelo número de funções cujo o sujeito avaliado é dependente. DUARTE et al (2007), pontuou que essa segunda escala foi a primogênita em contribuir com relações numérica as AVDS categorizada por Katz.
Em 1998, foi publicada na página do Hartford Institute for Geriatric Nursing uma interpretação do Index de ADL de Katz apresentada no quadro 3. Essa escala consegue agrupar e pontualizar de maneira sucinta e objetiva o grau de independência e dependencia do idoso, podendo assim tomar medidas e condutas mais claras e padronizadas para cada espectro de dependência.5. Conclusões 
O processo de envelhecimento populacional ocorre atualmente na maioria dos países, sendo necessário, portanto, que cada vez mais sejam estudadas e utilizadas ferramentas de avaliação da capacidade funcional dos idosos. O estado da capacidade funcional é essencial na avaliação geriátrica, existindo diferentes ferramentas bem consolidadas na literatura. A seleção de uma dada ferramenta deve ser baseada no objetivo da avaliação e o avaliador deve conhecer os critérios que compõem cada teste a fim de não incorrer em uma avaliação equivocada.
O índice Katz evidencia a dinâmica da dependência no processo de envelhecimento e possibilita avaliar melhor as demandas assistências aos idosos, determinando quais são os melhores tratamentos a serem utilizados diante do desempenho em uma determinada atividade básica. Esse índice passou por diversas alterações desde sua primeira publicação e configura uma das principais ferramentas avaliativas da funcionalidade do idoso, possibilitando compreender suas necessidades e limitações.
Um relevante aspecto da avaliação baseada no índice Katz é a oportunidade de realizar ações assistenciais ou mesmo uma simples ajuda ao idoso em atividades mínimas do cotidiano, já que em muitas ocasiões corriqueiras não é possível enxergar o nível de dependência do indivíduo com mais idade. Além disso, um olhar cuidadoso aos idosos permite à sociedade adquirir o real entendimento da palavra vida, a qual não deve estar restrita aos mais novos, mas sim por direito deve considerar aqueles que no passado ofereceram tempo e carinho a seus filhos e netos. 
6. Referências bibliográficas
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Paschoal, S.M. In: NETTO, M.P. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu, p. 313-323, 2002.
Silva, J.M.N; Barbosa, M.F.S.; Castro, P.O.C.N.; Noronha, M.M. Correlação entre o risco de queda e autonomia funcional em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2013;16(2):337-346.
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