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Anna Beatriz de Moraes - MED 104 SINAIS E SINTOMAS DO TRATO GASTROINTESTINAL BOCA . ➔ DOR: pode ser gengival, no dente, articulação temporomandibular. As mais comuns são no dente, aftas e in�lamações gengivais. ➔ HALITOSE: pode estar ligada à má higiene da boca, especialmente da língua, �icando ali resquícios alimentares. Também pode estar ligada a problemas gástricos. ➔ ALTERAÇÕES DA GUSTAÇÃO ◆ Ageusia: perda total da gustação ◆ Hipogeusia: diminuição da gustação ◆ Parageusia: perversão/distorção da gustação. Pode ser causada por tabagismo, glossites, medicamentos, tonsilites, faringites, radioterapias ou alterações neurológicas e psiquiátricas ◆ Disgeusia: gosto doce, salgado, amargo, ácido ou metálico persistente na ausência de estímulo, sensação de queimação na boca. ➔ ALTERAÇÕES DA SALIVA ◆ Sialorréia: salivação excessiva. Causas: envenenamento por agonistas colinérgicos (venenos de rato e pesticidas), pacientes com dé�icit neurológico, cirurgias de ressecção de mandíbula. ◆ Xerostomia: boca seca. Causas: tabagismo, radioterapia, respiração bucal, aplasia de glândula salivar, medicamentos (anti-histamínicos, descongestionantes, anticolinérgicos, antidepressivos, estatinas ESÔFAGO . ➔ Principal sintoma: disfagia, que é a di�iculdade para engolir ➔ DISFAGIA BUCOFARÍNGEA/ALTA/TRANSIÇÃO/OROFARINGEANA ◆ É a di�iculdade para engolir ainda no início da deglutição ◆ Pode ocorrer por alterações da atividade neuromuscular da musculatura da boca (por perda da sincronia dos músculos), faringe ou do es�íncter esofágico superior Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ O alimento permanece na boca toda ou em parte da cavidade bucal após a tentativa de engolir ◆ Pode haver aspiração do alimento, tosse e regurgitação nasal (paciente �ica nervoso, o alimento pode parar na traquéia, em casos graves até nos brônquios) ◆ Queixas de impactação do alimento na garganta, re�luxo do alimento pelo nariz, tosse durante a deglutição ◆ Deve-se adotar uma posição ereta, afastar os ombros para trás e elevar o queixo para facilitar a deglutição do alimento ◆ Pode estar associada a doenças neurológicas e musculares ➔ DISFAGIA ESOFÁGICA/BAIXA/TRANSFERÊNCIA ◆ Di�iculdade para engolir após ter iniciado a deglutição, ou seja, a di�iculdade é no transporte do alimento através do esôfago ◆ Nesse caso, o paciente consegue apontar onde o alimento para. Uma das perguntas importantes para diferenciar se a disfagia é alta ou baixa, é perguntar se ele consegue engolir e se sente dor no esôfago. ◆ O paciente informa que o alimento “para” no esôfago após a deglutição ◆ Pode ocorrer por alterações estruturais ou neuromusculares do esôfago ou es�íncter esofagiano inferior ◆ Pode ter origem de obstrução de natureza orgânica ou por alterações motoras ◆ Ela pode se dividir em: ● MOTORA: ocorre por doenças que causam alterações neuromusculares do esôfago, afetando sua atividade peristáltica e/ou a função do es�íncter esofágico inferior por lesão nervosa ou motora. Exemplo: Acalasia, em que há hipertonia e/ou defeito de relaxamento do es�íncter esofágico inferior, associado a perda da peristalse esofágica; a disfagia é progressiva de sólidos para líquidos; ocorre regurgitação noturna repetidamente e, consequentemente, aspiração. Outra causa são os Espasmos esofágicos difusos, que são intermitentes; quando o paciente perde a sincronia dos músculos peristálticos; causa dor torácica que se confunde com angina pectoris. À esquerda, temos a Acalasia. À direita, os espasmos esofágicos difusos. ● OBSTRUTIVA: quando algo bloqueia a passagem do alimento ao reduzir o lúmen esofágico. Essa obstrução pode ser: ○ INTRÍNSECA: ocorre por doenças que diminuem o canal do órgão intrinsecamente. Por exemplo: estenose/esofagite péptica do esôfago (mesmo após tratado, o órgão pode �icar lesionado), carcinoma em Anna Beatriz de Moraes - MED 104 que ocorre disfagia progressivamente rápida de sólidos para líquidos. IMAGEM ACIMA. ○ EXTRÍNSECA: ocorre por doenças que diminuem o canal do órgão de forma extrínseca, sendo esse tipo mais raro. Exemplos: linfadenomegalia no mediastino, aneurisma na aorta torácica. ➔ GLOBUS: sensação de obstrução na garganta, mas não interfere na deglutição e não há nada ali obstruindo, é mais ligado ao psicológico ➔ PSEUDODISFAGIA: sensação exagerada da deglutição, mas não há nada de errado, é mais ligado ao psicológico. ➔ AFAGIA: obstrução esofágica completa que, em geral, se deve à impactação do bolo alimentar e representa uma emergência médica, pois há risco de rompimento do esôfago. Pode acontecer em tumores. ➔ FAGOFOBIA: é o medo de deglutir, que pode ocorrer em casos de histeria, tétano, raiva e paralisia faríngea. Geralmente desencadeado por medo de aspiração de alimentos ou comprimidos. ➔ ANAMNESE NA DISFAGIA ◆ Perguntar se é di�ícil iniciar a deglutição (indicativo de disfagia orofaríngea) ◆ Perguntar se a ingestão de ambos, sólidos ou líquidos, causa re�luxo do alimento para o nariz ou tosse imediata (indicativo de disfagia orofaríngea) ◆ Perguntar se o alimento para durante o trajeto até o estômago (indicativo de disfa�ia esofagiana) ◆ Pedir para o paciente apontar com o dedo onde o alimento para, a �im de saber se o problema é mesmo no esôfago ou em outro órgão ◆ Perguntar se após o alimento parar, ele regurgita ou, em seguida, desce após repetidas deglutições. Quando ele regurgita o alimento que ele deglutiu, pode ser um sinal de acalasia; quando regurgita conteúdo ácido, sinal que é conteúdo estomacal, que se for em excesso pode causar rouquidão. ◆ Perguntar se a di�iculdade em engolir vem piorando com o tempo (indicativo de disfagia esofagiana) ◆ Perguntar se a deglutição é dolorosa (odinofagia) ◆ Perguntar se a dor desaparece no intervalo das deglutições (indicativo de odinofagia) ◆ Pergunta se o paciente sente o alimento descendo enquanto deglute (indicativo de pseudodisfagia) ◆ Perguntar se o paciente tem a sensação de algo na garganta ou na base do pescoço, no intervalo das deglutições (indicativo de globus apenas) ◆ Perguntar se existem sintomas associados: pirose, rouquidão, dor torácica e odinofagia ➔ DOR RELACIONADA AO ESÔFAGO ◆ ODINOFAGIA: é a dor APENAS para deglutir, do tipo queimação, constritiva ou cólica. É resultante do contato do bolo alimentar com a lesão na mucosa esofágica. Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ PIROSE: é uma dor em queimação do tipo retroesternal, que pode irradiar para abdomen superior, garganta e região ântero-lateral do tórax. O paciente espalma a mão em movimento entre o esterno e o manúbrio; geralmente surge após as refeições e alivia com leite e antiácidos. ◆ DOR TORÁCICA: normalmente é um agravo de toda a situação, ocorre pela inervação comum entre o esôfago e o coração, faz diagnóstico diferencial de dor de origem cardiovascular. Características: resposta atípica com o exercício; duração prolongada da dor; retroesternal e constritiva; irradiação para região anterolateral do tórax, mandíbula e MMSS; associada às refeições; aliviada por antiácidos e anti secretores; história de outros sintomas como regurgitação, gastrite, pirose, disfagia esofágica. Quando o paciente chega ao PS com queixa de dor torácica, é necessário primeiramente excluir a possibilidade de ser de origem cardíaca, tendo em vista que essa, se não tratada, pode ser letal. Para isso, podemos pedir um ECG, perguntar se a dor piora aos esforços e durante o processo de alimentação. ◆ DOENÇAS QUE PODEM LEVAR A ESSES SINTOMAS ● Doença do Re�luxo Gastroesofágico (DRGE): muito relacionada com a hérnia de hiato ● Hérnia de hiato esofagiano: há um mau posicionamento do estômago e do esôfago na separação realizada pelo diafragma entre cavidade torácica e abdominal, devido a uma abertura maior do que o normal no hiato esofágico do diafragma. Assim, parte do estômago migra para cima, normalmente a cardia. ➔ REGURGITAÇÃO ◆ É o retorno do conteúdo gástrico/esofágico à cavidade oral ◆ Não é acompanhado de náuseas, vômitos ou contração abdominal. O conteúdo pode ser: ◆ Amargo: de origembiliar ◆ Ácido: de origem estomacal ◆ Putrefeito: oriundo da acalasia ESTÔMAGO E DUODENO . ➔ DISPEPSIA ◆ A de�inição envolve os sintomas de dor (crônica ou recorrente) e/ou desconforto na região epigástrica ◆ Desconforto é de�inido como sentimento negativo subjetivo e indolor, que pode ser de�inido como um conjunto de: peso epigástrico pós prandial, e/ou saciedade precoce, e/ou náuseas, e/ou vômitos, e/ou plenitude gástrica, e/ou distensão abdominal, persistente ou recorrente ➔ EPIGASTRALGIA Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ É a dor na região epigástrica ◆ Está dentro dos sinais da dispepsia ◆ Causa mais comum: úlcera péptica (gastroduodenal) não complicada ◆ Dor visceral: não é localizada ◆ Intensidade: discreta, raramente intensa ◆ Tipo: queimação, pode ser descrita como uma “dor de fome”, "estômago roendo”, “vazio no estômago”, “queimadura”, “dor manhosa” ◆ Localização: localizada na região epigástrica, raramente difusa e interescapular, mais di�icilmente também pode ser difusa no epigástrio, na região interescapular, no tórax inferior, e na região periumbilical ◆ Ritmicidade: ● Possui horário certo para surgir: na madrugada entre 01 e 03h, às 10h da manhã e entre 15 e 17 da tarde ● São as chamadas “hora gástrica”, “clocking” ● É consequência ao estômago vazio e elevada acidez, ou seja, ela é interdigestiva ● Pacientes relatam que “dói, come, passa” - ela é intimamente relacionada com a alimentação, pois quado o alimento chega no estômago e se mistura com o conteúdo ácido, a dor alivia ◆ Periodicidade: dias a meses de dor seguido de período de acalmia por período entre dias a meses ➔ NÁUSEAS ◆ Sensação desagradável, referida no epigástrio ou garganta, de desejo iminente de vomitar ◆ É resultante de atividade motora desordenada do trato digestivo superior e anti peristalse do duodeno ◆ Pode estar associada a distúrbio da atividade autonômica (síndrome vasovagal) como sialorréia, palidez, sudorese, hipotensão e bradicardia ➔ VÔMITOS ◆ Expulsão violenta dos conteúdos gástricos com contratura abdominal ◆ Geralmente é precedido de náuseas ◆ Vômitos não associados a doenças gastroduodenais: ● Vômitos em jato: repentinos, não precedidos de náuseas, são característicos de hipertensão intracraniana ● Fecalóide: com conteúdo de fezes, característico na obstrução intestinal ➔ SACIEDADE PRECOCE: redução da sensação do apetite e da fome logo após iniciar a refeição. Diferente da anorexia, que é a perda da vontade de se alimentar. ➔ FLATULÊNCIA: caracterizada por sintoma de distensão, plenitude, timpanismo, borborigmos, eliminação de gases ➔ DESCONFORTO ABDOMINAL: sensação subjetiva, não dolorosa, de peso epigástrico pós prandial e/ou saciedade precoce, e/ou náuseas, e/ou vômitos, e/ou �latulência Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ➔ PESO PÓS PRANDIAL: sensação desagradável de enchimento excessivo do abdômen superior, pior após as refeições. Normalmente, os pacientes relatam “parece que comi um boi”, “estou com estômago inchado”, “estou muito cheio” ➔ REGURGITAÇÃO ÁCIDA: ◆ É a regurgitação do conteúdo ácido estomacal. Causa sensação de queimação retroesternal e o retorno do alimento previamente deglutido à boca, associado ao suco gástrico, para dentro do esôfago. Assim, pode também causar dores esofágicas (uma gastrite associada à esofagite) ◆ Pode evoluir para dor torácica e irradiar-se para pescoço e MMSS ◆ Geralmente é associada à dispepsia e outros sintomas gástricos, ex: DRGE ➔ PIROSE ◆ Dor retroesternal em queimação ◆ Consequente ao conteúdo ácido do estômago estar presente no esôfago devido ao re�luxo gastroesofágico ◆ A pirose geralmente acompanha a regurgitação ácida INTESTINO DELGADO . ➔ DESTINADO A ABSORÇÃO ◆ É o órgão mais longo do trato gastrointestinal ◆ Localização: entre o estômago (começa após piloro gastroduodenal) e o intestino grosso (termina na válvula ileocecal) ◆ A sua função de absorção é essencial à manutenção da vida ◆ Possui um total de 200 m de área absortiva, contando com todas2 suas dobras e vilosidades ◆ É dividido em: duodeno, jejuno e íleo ◆ Também secreta substâncias com características hormonais ● Regula o esvaziamento gástrico ● Regula a contração da vesícula biliar ● Regula a secreção pancreática ● Faz o controle motor do próprio órgão ➔ DUODENO ◆ Seu início é no piloro ◆ Seu término é no ligamento de Treitz, também chamado de �lexura duodenojejunal ou ângulo de Treitz. Essa é uma importante marcação do TGI, pois as hemorragias acima dela é chamada de hemorragia digestiva alta; abaixo dela é chamada hemorragia digestiva baixa. ➔ JEJUNO E ÍLEO ◆ Jejuno: corresponde aos ⅖ proximais do intestino delgado Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ Íleo: ocupa os ⅗ distais do intestino delgado ◆ Não há limites precisos entre jejuno e íleo ➔ DIARRÉIA ORIUNDA DO INTESTINO DELGADO ◆ Pode ser volumosas, amolecidas, líquidas ou semilíquidas ◆ Possui a frequência aumentada, porém menos frequente do que a do intestino grosso ◆ As evacuações noturnas são maiores, comparadas ao do intestino grosso ◆ As fezes são claras, brilhantes, leves e espumosas ◆ Possui odor muito desagradável, pútrido ◆ Conta com eliminação de muitos gases, que lhes conferem característica explosiva. As fezes �icam boiando em meio à água. ◆ Pode ser precedida de cólica na região ◆ Raramente possui sangue, pus ou muco ◆ Pode conter restos de alimentos que são digeríveis, como batata, carne, ovo, arroz ◆ Tem a presença de gotas de gordura por má absorção ◆ Pode ocorrer em: doenças in�lamatórias do intestino no geral, intolerância à lactose, intolerância ao glúten, Doença de Chron. Todas essas doenças afetam a mucosa intestinal, prejudicando a absorção dos alimentos, e por isso podem conter restos de comida e gordura. ◆ DIARREIA NA ANAMNESE ● Quando começou? Como começou? (foi após ingerir algum alimento, como leite ou glúten?) ● Qual o número diário? Pedir ao paciente para comparar o hábito intestinal atual com o anterior ● Qual a consistência? Pastosa? Líquida? ● Qual a cor e o odor? Possui gases, muco, pus ou sangue? ● Existem fatores agravantes e/ou atenuantes? ● Existem sintomas associados? Febre? Cólicas abdominais? ● Como evoluiu? ● Como está agora? ➔ MÁ ABSORÇÃO INTESTINAL ◆ De�inida como di�iculdade ou ausência de absorção de nutrientes pelo intestino delgado. ◆ Paciente que não absorve proteínas pode ter edema; no caso do ferro pode ter anemia; vitamina vai depender da função de cada uma delas no corpo. ◆ Quando essa má absorção é causada por intolerância a algum alimento, como o glúten, é necessário interromper a ingestão do agente causador. Caso contrário, as vilosidades intestinais podem sofrer atro�ia, �ibrose, e �icarem eternamente dani�icadas. ◆ Seletiva: apenas um nutriente é mal absorvido. Ex: de�iciência de vitamina B12 por doença ou ressecção cirúrgica de íleo ◆ Global: diversos nutrientes são inadequadamente absorvidos ◆ Hipoabsorção: é a mais comum ◆ Hiperabsorção: ocorre na hemocromatose Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ ESTEATORREIA ● É uma diarreia com alto teor de gordura, volumosa, brilhante, lustrosa, clara, �lutua no vaso sanitário por grande conteúdo de gases, odor desagradável ou pútrido, eliminação de gotas de óleo e substância branca. ● Frequentemente é relatada como fezes “pegajosas”, “espumosas”, “cheiro de manteiga rançosa” ◆ DISTENSÃO ABDOMINAL E FLATULÊNCIA ● Sensação desagradável de repleção, saciedade, acompanhada de aumento de volume abdominal e distensão de suas paredes ● Geralmente em consequência ao conteúdo gasoso ● Pode haver dor tipo cólica, ruídos abdominais, eliminação de �latos (gases) ● Ocorre, por exemplo, na de�iciência de lactase ◆ OUTROS SINTOMAS DA MÁ ABSORÇÃO ● Emagrecimento: importante quanti�icar e determinar o início e velocidade ● Febre: pode estar presente nas doenças in�lamatórias, infecciosas, neoplásicas do intestino delgado. Ex: Infecções agudas benignas virais ou bacterianas; na febre baixa episódica dor e diarréia na Doença de Chron ● Anemia: má absorção de ferro, vitamina B12, ácido fólico.Em casos agudos, pensar em hemorragia digestiva. ● Edema: níveis baixos de albumina no sangue por má absorção de proteínas, levando à diminuição da pressão coloidosmótica do plasma ● Características nutricionais especí�icas: sintomas relacionados à má absorção de vitaminas A, E, K e D ➔ DOR ◆ Dor do tipo cólica ● Causada pela distensão intestinal ● Alivia com posição antálgica ou aplicação de calor ● Presença de ruídos hidroaéreos em decorrência dos gases ● Pode ter reação vagal com bradicardia e sudorese ◆ Dor tipo “peso”: ocorre em processos in�lamatórios, isquêmicos ou congestivos ◆ Dor tipo “queimação” ou “pontada”: relacionada a processos in�lamatórios que atingem o peritônio visceral ◆ Localização ● Quando imprecisa ou na região periumbilical: relacionadas ao jejuno e íleo ● Quando abaixo da cicatriz umbilical: relacionadas ao íleo distal ● Quando na fossa ilíaca direita: relacionada ao íleo terminal, já quase virando ceco ◆ ANAMNESE DA DOR ● Quando começou? Como começou? ● Qual o tipo/característica: distensão, queimação, torção, pressão, peso ou cólica? ● Qual a duração? ● Qual a frequência? ● Qual a localização da dor: importante pedir ao paciente para APONTAR o local da dor Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ● Existem fatores atenuantes e/ou agravantes? Posição antálgica (sinal que é do tipo cólica), relação com alimentação, medicação? ● Existem sintomas associados: febre, sangramento, anemia, desidratação, emagrecimento, diarréia? ● Como evoluiu? ● Como está agora? INTESTINO GROSSO E ÂNUS . ➔ DIARREIA BAIXA ◆ Maior frequência em comparação ao intestino delgado, porém contém menor volume ◆ Está mais relacionada à presença de muco, pus e sangue. Por exemplo, na Doença de Crohn, diverticulite, retocolite. ◆ Acompanhada de tenesmo (dor localizada no períneo ou reto com desejo imperioso de evacuar) ◆ Possui urgência evacuatória ◆ As fezes podem ser líquidas/semi líquidas/pastosas: desde aspecto de água até coloração pardacenta ou amarelada ◆ Pode estar associada à diarreia do intestino delgado também ➔ OBSTIPAÇÃO/CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Obstipação: prisão de ventre pontual Constipação: prisão de ventre crônica, precisa atender aos Critérios de Roma para ter diagnóstico ➔ ALTERAÇÕES DAS FEZES ◆ Ressecadas ● Fecalitos são fezes ressecadas, que já chegam ao reto partidas, com vários pedaços pequenos ● Fezes fragmentadas são partidas no ato defecatório em razão de dor ◆ Líquidas/semi líquidas/pastosas Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ Fezes em �itas: muito �inas, cilíndricas ou achatadas por estreitamento ou espasmo muscular na sua passagem. Esse estreitamento pode ser causado por uma obstrução, que reduz o lúmen retal e faz as fezes saírem �inas, em forma de �itas. ➔ DOR ANAL ◆ Ela é percebida quando o foco da dor é abaixo da linha pectínea, lá no reto. Isso acontece pois acima dela, por todo os intestinos, não há nociceptores, portanto a dor não consegue ser localizada. ◆ Ela pode ou não ter relação com ato de defecar. Indivíduos com �issura ou �ístulas anais irão sentir dor independente do momento de evacuar ◆ Dor em queimação: causada por secreções ácidas como muco, pus, suor ou fezes. Presente em �issuras anais e hemorroidas. ◆ Dor latejante: ocorre por distensão dos tecidos perianais por acúmulo de secreções purulentas, muco, sangue. Presente na trombose hemorroidária e abcesso anal ◆ Dor em �isgadas: são pequenas contrações ou sensação de “repuxamento” anal. Presente em abscessos, �ístulas e cicatrização de cirurgias Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ Puxo: contração anal dolorosa ou não, é involuntária, ocorre por re�lexo cérebro-espinal, geralmente após evacuação dolorosa. Pode ocorrer em �ístulas, hemorróidas ou �issuras. ◆ Tenesmo: são contraturas anais autônomas, dolorosas, de natureza autonômica na musculatura lisa, sensação de vontade de evacuar; ocorre em decorrência de estímulos vagais, diferentemente do puxo. Presente em infecções intestinais. ➔ SECREÇÕES E PRODUTOS ANÔMALOS NA MATÉRIA FECAL ◆ Muco: secretado permanentemente nas fezes, quando presente signi�ica que está ocorrendo o excesso de sua produção. Presente em colites e retocolite ulcerativa. ◆ Pus: seu achado é sempre anormal. Ex: retocolite ulcerativa, amebíase ◆ Restos alimentares: celulose, �ibras, pode ser causado por aceleração do trânsito intestinal ou por má absorção intestinal ◆ Parasitos ◆ Pólipos: são uma massa avermelhada, tipo cogumelos, geralmente com sangue. São arrancadas da parede intestinal pelo atrito das fezes. ➔ INCONTINÊNCIA FECAL ◆ É a incapacidade do indivíduo de controlar, com facilidade, a passagem de gases e fezes pelo canal anal. ◆ Pode ser total ou parcial ◆ Muitas vezes está ligada à alterações da musculatura ou da invervação anal ◆ Pode ocorrer em paciente idosos, com alterações neurológicas, traumas, hipotonia muscular devido à cirurgia HEMORRAGIA DIGESTIVA . ➔ HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA ◆ Essa é uma classi�icação anatômica ◆ Qualquer sangramento que ocorra acima do ligamento de Treitz (ou ângulo duodeno jejunal). Pode ser do tipo ◆ MELENA: evacuação com fezes escuras, negras, fétidas, devido ao sangue digerido, processado e metabolizado por aproximadamente 08 horas. É um cheiro extremamente forte e marcante. ◆ HEMATÊMESE: vômito de sangue vermelho, podendo ser também vermelho escuro ◆ SANGUE OCULTO NAS FEZES: quando o sangramento é menor que 60 ml, e por isso não altera a cor das fezes ➔ HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA ◆ Essa é uma classi�icação anatômica ◆ Qualquer sangramento que ocorre abaixo do ângulo duodenojejunal ◆ HEMATOQUEZIA/SANGRAMENTO ANAL: é a eliminação de sangue vermelho nas fezes ◆ ENTERORRAGIA: sangramento que não se relacionada com as fezes Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ SANGUE OCULTO NAS FEZES: quando o sangramento é pequeno, menor que 60 ml, e não manifesta cor nas fezes ➔ A HEMATOQUEZIA PODE SER: ◆ Em gotas: ocorre logo que a pessoa senta no vaso sanitário, antes da passagem das fezes, sugere lesão anorretal. Pode estar presente em hemorróidas, �issuras e em pós operatório ◆ Esborrifado: salpica o vaso de sangue, ao invés de sujar as fezes ou gotejar. Pode estar presente em hemorróidas. ◆ Em jato: o sangue sai sob forma de jato apenas pelo ato de sentar no vaso sanitário, sem precisar fazer força. Pode estar presente em câncer e hemorróidas (quando entremeado nas fezes) ◆ Coagulado: coágulos pretos (se vierem do cólon ascendente) ou avermelhados (se vierem do cólon descendente), com odor fétido, sugere sangramento colônico mais alto. Ex: diverticulite, retocolite ulcerativa, doença de crohn, câncer ◆ Semicoagulado: de cor vermelho e sem odor fétido, pode estar presente na retocolite, câncer e diverticulite ◆ Vermelho em estrias: fezes com estrias de sangue por fora das fezes, sugere que as fezes traumatizaram a lesão, fazendo-as sangrar. Se houver dor, a localização será abaixo da linha pectínea. Pode estar presente em pólipos retais, pequenos tumores retais e hemorróidas internas ◆ Concomitante ou após a passagem das fezes: pode ocorrer sem dor, sugerindo lesão acima da linha pectínea, que necessita de algum traumatismo para sangrar. Se houver dor, signi�ica que a lesão está abaixo da linha pectínea. Pode ser �issura, �ístulas, hemorróidas. No caso da esquerda, o sangramento será coagulado, pois todo o intestino está in�lamado. No caso dos pólipos → ao lado, o sangramento será em estrias, pois ao passar por ali, as fezes irão lesioná-los, causando o sangramento. No caso dessas hemorróidas, o sangue pode ser esborrifado. No caso à direita, o sangue pode ser coagulado ou em estrias. Esse é um caso de diverticulite, vai possuir um sangramento do tipo anal em coagulos ou semicoagulos. A diverticulite é herniação da mucosa do intestino, que in�lama e está muito ligada à constipação. Anna Beatriz de Moraes - MED 104 PÂNCREAS . ➔ Os sintomas de sua parte endócrina estão relacionados com a diabetes. ➔ Os sintomas da sua parte exócrina estão ligados à pancreatite aguda ou crônica ➔ DOR DA PANCREATITE ◆ AGUDA● É muito intensa, às vezes excruciante, a intensidade é variável (podendo chegar a 10) ● Frequência: contínua ● Localização: região epigástrica, com irradiação em faixa (Também chamada de dor em barra) para hipocôndrios, �lancos, dorso e lombar (Faixa pancreática), como se fosse uma cinta dolorosa ● É agravada por alimentação e ao �icar em decúbito dorsal ● Quase sempre acompanhada de náuseas e vômitos ● Na história clínica do paciente, normalmente possui abuso de álcool (nesse caso, é pontual de um evento de abuso de álcool, e não de etilismo), litíase biliar não tratada que migra e afeta o pâncreas ◆ CRÔNICA ● Dor do tipo insidiosa e vaga, pode ocorrer em neoplasias e in�lamações crônicas ● Posição antálgica é característica dos casos crônicos: posição fetal de cócoras, decúbito lateral ou genupeitoral ● Pode estar relacionada com etilismo crônico, hepatite B ◆ OUTROS SINTOMAS ● Emagrecimento: o carcinoma é precoce e frequente (presente em ⅔ dos casos), além de rápido e progressivo (2 kg/mês). Nos casos de pancreatite crônica, se agrava com a relação da dor com a alimentação ● Icterícia: presente nas obstruções da ampola duodenal (pois a bilirrubina não consegue passar para ser eliminada e acaba extravasando), frequente nos tumores de cabeça do pâncreas ● Alterações mentais: pode causar ansiedade, depressão, manifestações por alcoolismo, que é a causa mais comum de pancreatite ● Astenia: relacionada com a di�iculdade em alimentar-se, o alcoolismo e também com o câncer ● Massa ou abaulamento abdominal: região epigástrica consequente a cistos volumosos, pode haver ascite em casos de carcinomatose peritoneal ◆ HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA ● Investigar a presença de litíase biliar, traumatismo fechado do abdômen, dislipidemia, uso de medicamentos como clortalidona, estrógenos, corticóides, furosemida, tetraciclinas e doses tóxicas de paracetamol ◆ HISTÓRIA SOCIAL Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ● Investigar etilismo crônico (pancreatites crônicas), etilismo abusivo (relação com pancreatite aguda), trabalhadores da indústria química e lavagem a seco, por ter muito contato com substâncias cancerígenas FÍGADO E VIAS BILIARES . ➔ ICTERÍCIA ◆ Cor amarela da pele, mucosa e dos líquidos corporais pelo aumento da bilirrubina sérica. Torna-se evidente quando os níveis ultrapassam 2 a 3 mg/dl ◆ Diferencia-se pelo excesso de caroteno, pois nesse caso não altera a cor das mucosas ◆ Classi�icação das icterícias ● Aumento da bilirrubina direta ou conjugada: é aumento da bilirrubina hidrossolúvel, que consegue ultrapassar a barreira renal. Valores normais no plasma = 0,2 a 0,4 mg/dl ● Aumento da bilirrubina indireta ou não conjugada: é aumento da bilirrubina lipossolúvel, que não consegue atravessar a barreira renal e não é excretada na urina ou fezes. Valores normais no plasma = 0,8 a 1,0 mg/dl ◆ METABOLISMO DA BILIRRUBINA ● 80% das bilirrubinas produzidas são provenientes da degradação das hemácias, após o ciclo de vidas normal dos eritrócitos (120 dias) ● 20% da bilirrubina são originadas na medula óssea pela eritropoiese imperfeita, como ocorre na anemia perniciosa e na por�iria ● As hemácias são destruídas no retículo endotelial da medula óssea, baço, �ígado e linfonodos ● Liberação da hemoglobina → fragmentada em ferro, globina e grupo heme ● Enzima homeoxigenase transforma o grupo heme em biliverdina ● Enzima biliverdina-redutase transforma biliverdina em bilirrubina não conjugada ou indireta, que é lipossolúvel e não atravessa a barreira renal. ● 35g/dia de hemoglobina são degradadas e 300mg/dia de bilirrubina/dia são formadas ● Bilirrubina indireta se liga à albumina para transporte no plasma, e uma pequena parte �ica livre no plasma ● A captação da bilirrubina ocorre por receptores albumínicos da membrana dos hepatócitos ● Nos sinusóides hepáticos, a albumina se solta da bilirrubina, a qual é transportada pela proteína Y (ligandina) e Z até o retículo sarcoplasmático ● A enzima UDP-glicuroniltransferase conjuga a bilirrubina com o ácido glicurônico → forma a Anna Beatriz de Moraes - MED 104 bilirrubina direta ou conjugada, que é hidrossolúvel ● A bilirrubina junta-se à água, sais biliares, colesterol, fosfolipídios, eletrólitos e proteínas e forma a BILE, que segue pelos canalículos biliares e passa pelo ducto colédoco. Seu volume diário é em torno de 500 a 700 ml. ● A bile é armazenada na vesícula biliar através do ducto cístico, sendo liberada intermitentemente, conforme a necessidade, no duodeno por ação neuro-humoral ● No íleo terminal e cólon ascendente, existem bactérias que fazem a desconjugação da bilirrubina, origiando urobilinogênio, o responsável pela cor castanha das fezes. A urobilina é a parte que é reabsorvida e excretada na urina. ● Problemas extra-hepáticos irão causar aumento da bilirrubina indireta, não causarão colúria ● Problemas intra-hepáticos ou pós hepáticos (como a colestase) causam aumento da bilirrubina direta. ◆ ETAPAS DA FORMAÇÃO DA BILIRRUBINA NO ORGANISMO ● CAPTAÇÃO: a bilirrubina formada a partir da degradação do grupo heme das hemácias. Essa bilirrubina é ligada à albumina para ser transportada pelo sangue, já que é insolúvel, sendo denominada bilirrubina indireta ou não conjugada ● CONJUGAÇÃO: dentro do hepatócito, a bilirrubina é convertida em um composto solúvel pela enzima glicuroniltransferase, sendo a partir daí denominada bilirrubina direta ou conjugada. ● EXCREÇÃO: a bilirrubina é excretada no lúmen intestinal e é metabolizada por bactérias, formando o urobilinogênio. Uma parte desse composto é reabsorvida e excretada na urina, e o restante é excretado nas fezes, conferindo a coloração característica. ➔ DOR ◆ A dor costuma ser do tipo cólica, chamada cólica biliar. ◆ Localização: hipocôndrio direito, epigástrio, base do hemitórax direito, escápula, região supracravicular direita. ◆ Pode ser do tipo surda e moderada, hipocôndrio direito sugere distensão da cápsula hepática. ➔ COLÚRIA ◆ É a cor da urina escura pelo aumento da bilirrubina direta na urina, que é a hidrossolúvel. ◆ Também é chamada de urina cor de coca cola. ➔ ACOLIA FECAL ◆ É caracterizada por fezes brancas/claras por ausência do pigmento urobilinogênio ◆ Ocorre na colestase, quando não chega bilirrubina no intestino Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ➔ HIPERTENSÃO DO SISTEMA PORTA ◆ O sistema porta é composto pela veia porta, que é de grande calibre, e suas divisões intra-hepáticas ◆ A pressão na veia porta é em torno de 7 mmHg, que é uma baixa pressão. Por isso, quando há obstáculos (como um tecido �ibroso no �ígado), ela não consegue superar essa pressão e fazer a drenagem para levar o sangue para o �ígado. ◆ Obstáculo à drenagem da veia porta → estase e aumento do volume sanguíneo, que causa elevação da pressão venosa das veias que drenam o sangue oriundo de: ● Parte distal do esôfago ● Estômago ● Pâncreas ● Baço ● Intestino delgado ● Cólon, vesícula biliar (área esplâncnica) ◆ Consequência são as varizes esofagianas e estômago → importantes causa de hemorragia digestiva alta ◆ Essas varizes causam circulação colateral no abdome do tipo porta, que surge no umbigo e irradia para o entorno, também chamada de Cabeça de Medusa. ◆ A pressão hidrostática dos vasos abdominais vai �icar elevada devido ao excesso de sangue, causando ascite: aumento de líquido na cavidade abdominal. Com problema hepático associado, a albumina é de�icitária, reduzindo a pressão oncótica e contribuindo para a ascite. Anna Beatriz de Moraes - MED 104 CASO CLÍNICO 1 JB, masculino, branco, 40 anos, natural e residente em Vassouras, casado, católico, advogado QP : “dor para engolir” ➔ HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL ◆ Há 03 meses PIROSE, duração curta, porém de variada frequência e moderada intensidade. Episódios de REGURGITAÇÃO ÁCIDA, que pioravam ao assumir o decúbito dorsal ◆ Nas semanas que se seguiram, iniciou ODINOFAGIA, principalmente nas refeições com alimentos sólidos, principalmente quando eram ácidos e condimentados. Iniciou medicação antiácidacom melhora momentânea. Procurou clínico que prescreveu omeprazol , solicitou exame de retorno em 15 dias, porém não retornou ao médico e descontinuou a medicação ◆ Há 01 mês observou que houve progressão dos sintomas, quando a dor relatada passou a ser acompanhada de DISFAGIA ESOFÁGICA PARA ALIMENTOS SÓLIDOS, havendo a sensação que o alimento para no trajeto do esôfago. ◆ Ontem percebeu que a PROGRESSÃO PARA DISFAGIA ESOFÁGICA PARA ALIMENTOS PASTOSOS, resolvendo procurar tratamento médico. ➔ REVISÃO DE SISTEMAS ◆ Geral: refere perda de peso nas última semanas, sono tranquilo , nega febre e calafrios, nega sudorese ◆ Pele: nega alterações da cor ou pigmentação, prurido, ressecamento, erupções cutâneas ou abcessos, nega alterações na unhas . ◆ Cabeça: nega cefaléia, nega alterações no cabelos - alterações da cor, textura, distribuição, ou perda ◆ Olhos: nega dor ocular, xerostomia, alteração da acuidade visual ou da percepção das cores, nega fotofobia, diplopia, visão borrada, escotomas ◆ Ouvidos: nega zumbido, otorréia, otorragia, otalgia ◆ Nariz: nega epistaxe, alterações do olfato, rinorréia, obstrução nasal e dor ◆ Boca e garganta: informa rouquidão, tratamento dentário para caries, nega gengivite, nega lesões ulceradas na boca ◆ Pescoço: nega dor, tumorações, pulsações, alterações da tireoide ◆ Mamas e Axilas: nega tumorações, dor, descarga mamilar ◆ Respiratório: informa tosse seca, nega dispnéia, sibilância, cianose. Nega Ronco ◆ Cardiovascular: nega palpitações, ortopnéia e dispnéia paroxística noturna ◆ Vascular Periférico: nega claudicação intermitente, varizes, �lebite ◆ Gastrointestinal: nega hérnias e tumorações, apetite normal, nega náuseas, vômitos, �latulência, nega dor abdominal, nega hematêmese, melena, hematoquezia, acolia fecal ◆ Urinário: nega oliguria , poliuria, anuria, hematúria, nictúria ◆ Masculino: nega alterações estruturais penianas, dor peniana, disfunção erétil, dor escrotal e testicular ◆ Musculoesquelético: refere astenia , nega dor muscular, óssea e articular ◆ Neurológico: nega paresia, paralisia nega convulsões, tonturas, lipotímia, síncope, coma ◆ Psíquico: nega ansiedade, irritabilidade, alterações do humor ◆ Hematológico: nega sangramento fácil nega petéquias, equimoses, alterações em linfonodos ◆ Metabólico e Endócrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, nega anorexia ou outras alterações do apetite como polifagia, nega polidipsia Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ➔ HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA ◆ Refere rubéola, nega caxumba, sarampo, varicela, coqueluche e roséola ◆ Nega Diabetes, hiperuricemia, anemia, dislipidemia, hiper ou hipotireoidismo ◆ Nega HAS, Infarto, AVE, Insu�iciência cardíaca ◆ Nega Úlcera gástrica, hemorragia digestiva, hemorroidas. Refere hérnia de hiato esofagiano diagnosticada há 08 anos ◆ Refere Infecção urinária há 01 ano, nega cálculo renal e Insu�iciência Renal ◆ Refere Pneumonia com 03 anos , nega Asma e Sinusite ◆ Não faz uso de medicações ◆ Nega Alergias a alimentos, medicamentos, insetos, animais ◆ Nega Cirurgias anterior ◆ Nega Transfusões e internações anteriores, traumas e acidentes ◆ Imunizações em dia (tríplice, poliomielite, in�luenza, caxumba, pneumococo, tétano, hepatite A e B, BCG, PPD). Nega DST e doenças infecciosas. ➔ HISTÓRIA FISIOLÓGICA ◆ Desenvolvimento Físico e Psicomotor normal ◆ Telarca aos 10 anos e pubarca aos 11 anos ➔ HISTÓRIA FAMILIAR ◆ Pai, mãe e irmãos com boa saúde ◆ Os avós paternos são hipertensos e a avó materna diabética. Nega outras patologias na família ➔ HISTÓRIA SOCIAL ◆ Mora na zona urbana em casa de alvenaria com 05 cômodos e 02 pessoas, água encanada, luz elétrica, coleta de lixo 3 x semana. ◆ Etilismo social, nega tabagismo e drogas. ◆ Refere fazer atividade �ísica na escola 1 x por semana e joga bola com amigos nos �ins de semana ◆ Alimentação é rica em carboidratos, café, refrigerantes e doces e fast food ◆ O ambiente familiar é harmônico e considera-se feliz ➔ Relacionar os sintomas aos mecanismos �isiopatológicos ◆ Ele tinha pirose (dor em queimação), evolui para odinofagia (dor para deglutir), depois para disfagia (di�iculdade para deglutir, com alimento parando no esôfago). ◆ A rouquidão é indicativo do ácido re�luindo para o esôfago e chegando na orofaringe. ◆ A tosse é um sintoma importante, pois é um re�lexo dos receptores de dor existentes na orofaringe, além de ser uma tentativa de expulsar o ácido. ◆ A hérnia de hiato pregressa corrobora com o diagnóstico de DRGE ◆ Ele pode evoluir com regurgitação, esofagite, esôfago de Barrett ➔ Hipóteses diagnósticas: ◆ Essa é uma típica evolução de DRGE Anna Beatriz de Moraes - MED 104 1) Possíveis sintomas: regurgitação, dor torácica que simula angina, náusea 2) e 3) possíveis sintomas: é um carcinoma esofágico, pode ter disfagia CASO CLÍNICO 2 ➔ HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL ◆ Início há 01 mês de dor na região epigástrica (ou epigastralgia) do tipo queimação, grau leve ao acordar ◆ Há 02 semanas houve progressão da dor em intensidade e frequência. Passou a intensidade moderada e também surgir nos intervalos das refeições e ao acordar ◆ Hoje observou que a dor se tornou de forte intensidade, mantendo o mesmo padrão de frequência nos períodos inter digestivos e ao acordar. Informa que houve um episódio de melena e decidiu procurar o pronto atendimento ➔ REVISÃO DE SISTEMAS ◆ Geral: refere sono agitado e insônia , nega febre e calafrios, nega sudorese ◆ Pele: nega alterações da cor ou pigmentação, prurido, ressecamento, erupções cutâneas ou abcessos, nega alterações na unhas . ◆ Cabeça: cefaleia pulsátil hemicraniana com frequência, nega alterações da cor, textura, distribuição dos cabelos ◆ Olhos: alterações visuais tipo escotomas cintilantes, xerostomia, alteração da acuidade visual ou da percepção das cores, nega fotofobia, diplopia, visão borrada, escotomas ◆ Ouvidos: nega zumbido, otorréia, otorragia, otalgia ◆ Nariz: nega epistaxe, alterações do olfato, rinorréia, obstrução nasal e dor ◆ Boca e garganta: informa rouquidão, tratamento dentário para caries, nega gengivite, nega lesões ulceradas na boca ◆ Pescoço: nega dor, tumorações, pulsações, alterações da tireoide ◆ Mamas e Axilas: nega tumorações, dor, descarga mamilar ◆ Respiratório: nega tosse ou dispneia e sibilância ou cianose ou ronco ◆ Cardiovascular: nega palpitações, ortopnéia e dispnéia paroxística noturna ◆ Vascular Periférico: nega claudicação intermitente, varizes, �lebite ◆ Gastrointestinal: informa náuseas , plenitude abdominal, saciedade precoce, nega hérnias e tumorações, apetite normal, nega, vômitos, nega hematêmese, hematoquezia, acolia fecal ◆ Urinário: nega oliguria , poliuria, anuria, hematúria, nictúria ◆ Masculino: nega alterações estruturais penianas, dor peniana, disfunção erétil, dor escrotal ou testicular ◆ Musculoesquelético: refere astenia , a�irma dor articular na região lombar ◆ Neurológico: nega paresia, paralisia nega convulsões, tonturas, lipotímia, síncope, coma ◆ Psíquico: informa muita ansiedade, irritabilidade, alterações do humor ◆ Hematológico: nega sangramento fácil nega petéquias, equimoses, alterações em linfonodos ◆ Metabólico e Endócrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, nega anorexia ou outras alterações do apetite como polifagia, nega polidipsia ➔ HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA ◆ Refere rubéola, nega caxumba, sarampo, varicela, coqueluche e roséola ◆ Nega Diabetes, hiperuricemia, anemia, dislipidemia, hiper ou hipotireoidismo ◆ Nega HAS, Infarto, AVE, Insu�iciência cardíaca ◆ Passado de úlcera péptica há 10 anos, nega hemorragia digestiva, hemorroidas. ◆ Refere Infecção urinária há 01 ano, nega cálculo renal e Insu�iciência Renal Anna Beatriz de Moraes - MED 104 ◆ Refere Pneumonia com 03 anos , nega Asma e Sinusite ◆ Usa antin�lamatórios com frequência ◆ Nega Alergias a alimentos, medicamentos, insetos, animais ◆ Nega Cirurgias anterior ◆ Nega Transfusões e internações anteriores, traumas e acidentes ◆ Imunizações em dia (tríplice, poliomielite, in�luenza, caxumba, pneumococo, tétano, hepatiteA e B, BCG, PPD). Nega DST e doenças infecciosas. ➔ HISTÓRIA FISIOLÓGICA Desenvolvimento Físico e Psicomotor normal ◆ Telarca aos 10 anos e pubarca aos 11 anos ➔ HISTÓRIA FAMILIAR Pai, mãe e irmãos com boa saúde ◆ Avós paternos são hipertensos. Nega outras patologias na família ➔ HISTÓRIA SOCIAL ◆ Mora na zona urbana em casa de alvenaria com 05 cômodos e 02 pessoas, água encanada, luz elétrica, coleta de lixo 3 x semana. ◆ Informa grande ingestão de café, etilismo social, nega tabagismo e drogas. ◆ Refere fazer atividade �ísica na escola 1 x por semana e joga bola com amigos nos �ins de semana ◆ Alimentação é rica em carboidratos, refrigerantes e fast foods ◆ O ambiente familiar é harmônico e considera-se feliz ➔ HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: úlcera peptica
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