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Normas e segurança em laboratorio NS6

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NORMAS DE SEGURANÇA EM 
LABORATÓRIO 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Dra. Luciane de Godoi 
 
 
 
 
 
 
2 
 CONVERSA INICIAL 
O trabalho em laboratório é permeado por muitos riscos, sendo o 
incêndio um dos principais. Desenvolver reações e análises que exigem o uso 
de reagentes perigosos e inflamáveis requer o conhecimento mínimo sobre as 
propriedades do produto. 
Dessa forma, é fundamental identificar as causas de um incêndio, saber 
quais produtos são inflamáveis ou não, os cuidados necessários com as 
instalações elétricas, dentre muitos outros detalhes, assim como ter noções 
básicas de primeiros socorros para agir em situações emergenciais. 
 
 TEMA 1 – CAUSAS DE INCÊNDIOS 
O ambiente de laboratório é um espaço propício para a ocorrência de 
incêndios, devido à presença de diversas fontes de ignição, como por exemplo, 
produtos químicos, solventes e algumas reações potencialmente perigosas, 
dentre inúmero outros fatores. A má conservação e falta de manutenção dos 
equipamentos e das instalações do laboratório, assim como a negligência às 
normas de segurança podem acarretar inúmeras situações envolvendo 
incêndios no laboratório. 
Um incêndio é um processo em que ocorre uma reação de combustão, a 
qual necessita de três componentes fundamentais para sua propagação: um 
combustível, comburente (oxigênio) e uma fonte de ignição (calor ou faíscas). 
Os tipos de extintores usados para combate de incêndios são o de água 
pressurizada, pó químico seco, espuma mecânica e CO2 Conforme mostrados 
no Quadro 1. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
QUADRO 1 - TIPOS DE EXTINTORES DE INCÊNDIO 
Extintor Composição e Funcionamento Uso 
Água Pressurizada Água – encharca o material e resfria Incêndios de classe A 
Pó Químico Seco 
Bicarbonato de sódio e monofosfato de 
amônia – cobra o material e abafa, 
cortando o comburente 
Incêndios de classe B e C 
Espuma Mecânica 
LGE (mistura de produtos) - forma uma 
película sobre a superfície, impedindo a 
reignição 
Incêndios de classe B e A 
CO2 
Dióxido de Carbono – recobre o material 
com uma camada de gás carbônico, 
cortando o comburente 
Incêndios de classe B e C 
 
É importante conhecer todos os tipos de extintores que tem no 
laboratório e para que situação servem cada um, assim como saber usá-los em 
situações de emergência. 
 
 TEMA 2 – CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS 
Existem 6 classes de incêndios, classificado de acordo com o tipo de 
material em combustão, conforme segue abaixo: 
 
Classe A: materiais combustíveis como madeira, 
tecidos, plásticos, aglomerados, etc. Combate-se 
com água pressurizada e espuma mecânica. 
 
 
 
Classe B: líquidos inflamáveis como álcoois, 
cetonas, derivados do petróleo, etc. Combate-se 
com pó químico seco e extintores de CO2. 
 
 
4 
 
Classe C: provocado por equipamentos elétricos 
energizados. Combate-se com pó químico seco e 
extintores de CO2. 
 
 
 
Classe D: metais pirofóricos, tais como magnésio, selênio, 
antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, etc. 
Combate-se com extintores especiais à base de cloreto de 
sódio, que age através do isolamento do material com a 
atmosfera e por resfriamento. 
 
 
 
Classe K: incêndio em óleos e gorduras em cozinhas. 
 
 
 
As principais fontes causadoras de incêndios no laboratório incluem as 
operações com líquidos inflamáveis e sua estocagem, equipamentos elétricos 
mal conservados e a sobrecarga da rede elétrica, assim como vazamento de 
gases inflamáveis de cilindros de gás. 
 
 TEMA 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS 
Os líquidos inflamáveis são aquelas substâncias que entram em 
combustão quando colocadas sob determinadas condições. Essa característica 
de inflamabilidade de uma substância depende de uma série de fatores, como 
 
 
5 
a pressão de vapor (pressão em que o líquido e seu vapor coexistem em 
equilíbrio), ponto de ignição (temperatura em que uma substância desprende 
vapor suficiente para produzir fogo pelo contato com o ar ou uma fonte de 
ignição), e o ponto de ebulição. O álcool etílico é um exemplo bastante comum 
em laboratório, sendo usado para diversos fins. Sua faixa de inflamabilidade no 
ar atmosférico é da concentração entre 3,3 a 19%, sendo que abaixo de 3% a 
mistura é muito pobre para inflamar, e acima de 19% está muito alta, tomando 
lugar do comburente, conforme mostrado no Quadro 2. 
QUADRO 2 - CLASSIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS QUANTO AO PONTO DE 
FULGOR 
Classe Ponto de Fulgor (°C) Característica Exemplos 
Classe I <37,7 Líquidos Inflamáveis Éter, etanol, hexano 
Classe II Entre 37,7 e 70 Líquidos Combustíveis Butanol, pentanol 
Classe III >70 Líquidos Combustíveis Óleos lubrificantes 
 
 TEMA 4 – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 
Um problema bastante sério em laboratório é qualidade da instalação da 
rede elétrica, que deve ter um planejamento criterioso ao instalar (como 
abordado anteriormente) e realizar a manutenção periódica para verificar se 
existe algum problema. As principais causas de problemas de com 
equipamentos elétricos em laboratório, que podem provocar incêndios e 
acidentes, incluem: 
 Sobrecarga da rede elétrica; 
 Falta de aterramento, gerando correntes circulantes, alterando a 
leitura ou danificando circuitos microprocessadores; 
 Fios desencapados ocasionando choques elétricos ou curtos 
circuitos; 
 Conexão em voltagem errada por má identificação ou atenção do 
profissional. É importante identificar todas as tomadas de acordo 
com a sua voltagem (110 e 220 V); 
 
 
6 
 Reparos em instrumentos e equipamentos sem desconectar da 
rede elétrica; 
 Acidentes com vidrarias e o consequente derramamento de 
líquidos condutores ou corrosivos sobre aparelhos; 
 Falta de inspeção periódica no sistema de ventilação e filtros de 
ar dos aparelhos, provocando superaquecimento. 
 
 TEMA 5 – NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS 
Em casos de acidentes e incêndios é bom que os profissionais que 
fazem parte do laboratório estejam minimamente treinados para agir, sendo 
importante possuirem noções básicas de primeiros socorros. A norma NBR 
14.725 da ABNT de 28/01/2002, no ítem 4.1, § 5, recomenda: 
 Identificação do produtos químicos: composição e identificação 
dos perigos para manuseio; 
 Medidas de primeiros socorros, combate a incêndio e medidas de 
controle e contenção em derramamento ou vazamento; 
 Manuseio, armazenamento e transporte; 
 Controle de exposição e proteção individual, assim como 
informações toxicológicas: estabilidade, reatividade e 
propriedades físico-químicas; 
 Tratamento e disposição (informações ecológicas). 
Em vista disso, é importante que haja atendimento imediatos, rápidos e 
eficientes em acidentes até o encaminhamento ao médico. O laboratório deve 
ter uma kit emergência, com cobertor para proteção contra o fogo e de feridos 
e diversos outros materiais essenciais. 
No atendimento de primeiros socorros, sempre evitar ao máximo tocar 
com as mãos, roupa ou qualquer material contaminado, os ferimentos de quem 
tiver sofrido acidente. Em caso de desmaio, o indivíduo deve ser deitado de 
costas com a cabeça inclinada mais baixo que o corpo. Em hemorragias, deve-
se fazer compressão com curativos esterilizados, e em caso de contato da pele 
com substâncias químicas, o local deve ser lavado abundantemente com água 
corrente. Nesse caso, assim como respingos no olhos, deve-se recorrer ao 
chuveiro de emergência e o lava-olhos. 
 
 
7 
 Vertigens: evitar aglomerações; 
 Corpos estranhos nos olhos: cuidado ao lavar, sempre procure 
um lava-olhos e use água limpa; 
 Queimaduras: lavar com água fria, usando vaselina esterilizada 
para cobrir o local; 
 Ingestão de substância química: inicialmente dar 1 ou 2 copos de 
água. Não provocar o vômito; 
 Produtos químicos em contato com a pele: deve-se promover a 
diluição e eliminação da substância agressiva pela lavagem 
exaustiva com água. 
Em todos os casos que houver envolvimentode substâncias químicas, 
porém, procurar sempre ler as FISPQ’s do produto químico para saber quais 
são os procedimentos mais adequados para aquela substância. Ligar 
imediatamente para o serviço de socorro médico emergencial, encaminhando 
para o atendimento médico profissional o mais rápido possível. 
 
NA PRÁTICA 
Diariamente, em nossos locais de trabalho e fora deles somos obrigados 
a tomar atitudes preventivas a fim de evitar incêndios. 
 Frequentemente ouvimos nos noticiários sobre a ocorrência de 
desastres, que poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção. 
Observe o ambiente em que você estuda, trabalha e onde mora, se tais 
medidas de segurança são adotadas e se podem ser melhoradas. Observe se 
o ambiente no qual você convive são seguros contra incêndios, pois lembre-se 
que a segurança começa na sua casa! 
FINALIZANDO 
No conteúdo da sexta aula, vimos algumas noções para controle de princípios 
de incêndio e conhecemos os principais tipos de extintores, os quais são 
classificados de acordo com as classes existentes de incêndios, as quais 
compreendem os incêndios causados por agentes inflamáveis como líquido, 
papel, madeira, gordura de frituras, solventes e curtos circuitos em 
equipamentos elétricos. 
 
 
8 
Estudamos a classificação dos líquidos inflamáveis de acordo com o ponto de 
fulgor de cada um deles, os principais problemas que ocasionam incêndios em 
equipamentos elétricos. Estes conceitos podem ser usados para a vida 
cotidiana, em nossas residências e em nosso local de trabalho. 
Para finalizar o conteúdo desta aula, vimos algumas medidas de primeiros 
socorros em casos de intoxicação, princípios de incêndio, ingestão acidental de 
agentes químicos, etc. 
Para complementar o assunto desta aula, sugere-se a leitura do artigo sobre 
combate a incêndios em plataformas de petróleo, disponível em: 
https://www.scielosp.org/pdf/csp/2001.v17n1/117-130/pt 
 
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, M.Z. Segurança em laboratórios químicos e biotecnológicos, 
Caxias do Sul, RS, EDUC, 2008. CARVALHO, P.R. Boas práticas químicas em 
biossegurança, Rio de Janeiro: Interciência, 1999. Chemical Safety Matters, 
Cambridge: Cambridge University Press, 1992. 
 
MARIANO, A. B., et al., Guia de Laboratório para o Ensino de Química: 
instalação, montagem e operação. Conselho Regional de Química IV Região, 
São Paulo, 2012. 
FILHO, A. F. V., Segurança em Laboratório Químico. Conselho Regional de 
Química IV Região, Campinas, SP, 2008. 
Do VAL, A. M. G., et.al., Segurança e Técnicas de Laboratório – Volume I. 
Departamento de Química, UFMG, 2008.

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