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Descentralizacao de poderes EDMA

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8
Índice
1.Introdução	2
1.1.Objectivo geral	2
1.1.1.Objectivos específicos	2
1.2. Metodologia	2
2.Descentralização	3
2.2.1.Governação descentralizada	3
2.4.Impactos da descentralização no desenvolvimento local	6
3.Conclusão	7
Bibliografia	8
1.Introdução
O Estado, para realizar a sua função administrativa, que consiste em atender concretamente os interesses da colectividade, pode organizar-se administrativamente da forma e modo que melhor lhe aprouver, sujeito apenas às limitações e princípios constitucionais. Desse modo, na organização de sua Administração, o Estado pode adoptar basicamente as seguintes formas de realização da função administrativa: “ centralização ”, “descentralização ”, “ concentração ” e “desconcentração ”.
Desta forma, no presente trabalho pretende-se debruçar sobre a “descentralização” de poderes ou governação descentralizada, tendo como objectivos seguintes:
1.1.Objectivo geral
· Descrever o processo de governação descentralizada, dando os exemplos específicos de Moçambique.
1.1.1.Objectivos específicos 
· Avaliar os impactos da descentralização de poder; 
· Indicar os princípios da d descentralização de poderes em Moçambique.
1.2. Metodologia 
Para materializar o trabalho, apropriou-se do estudo bibliográfico. Trata-se do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já escrito sobre o mesmo, conforme mostra a última página.
2.Descentralização 
Desconcentração é um fenómeno interno do Estado, distinguindo-se da concentração, por nesta haver reconhecimento de outras Pessoas Colectivas Públicas, onde a actividade administrativa é exercida em parte pelo Estado (administração estadual) e em parte por entidades independentes do Estado (Administração Autónoma).
Assim, a Descentralização é uma técnica jurídico-administrativa em que se atribuem poderes de decisão, de preferência através de legislação a órgãos que não são da Administração Central.
Conforme GOUVÊA (2012) apud LIMA (2017), a descentralização vem a ser a passagem de competências de órgãos situados nas partes superiores da pirâmide administrativa para escalões mais subalternos, ou mesmo a transferência do exercício das funções do núcleo central para núcleos mais distantes e próximos da periferia, na tentativa de optimizar os procedimentos, gerar maior produtividade e melhorar os resultados para o sistema. 
Assim, a descentralização pressupõe pessoas jurídicas distintas, sem vínculo de subordinação de uma perante a outra, mas, sobretudo, configura uma relação de controlo ou tutela por parte do Estado a qual é exercida nos limites da lei.
2.2.1.Governação descentralizada
CISTAC & CHIZIANE (2008), explicam que, de acordo com José Oscar Monteiro, um dos pensadores moçambicanos mais influentes e consistentes nas questões da construção do Estado e da descentralização em Moçambique, um dos grandes desafios do país tem sido o de estabelecer um Estado e uma burocracia altamente descentralizada e as comunidades sob a sua administração e governação que, na sua opinião é uma condição necessária para a construção de um Estado viável em Moçambique.
De acordo com estes autores, aquando da independência, o Estado Moçambicano enfrentou muitos desafios, porque era altamente centralizado em termos da sua economia política e do sistema administrativo-politico estabelecido, para garantir a extracção de recursos e a acumulação na metrópole. 
Ainda assim, os primeiros anos da governação da FRELIMO, com o socialismo não reduziram a lacuna entre o Estado e as comunidades. Pelo contrário, as politicas adoptadas no âmbito da ideologia da construção da nação socialista, o desenvolvimento orientado pelo estado e pelo regime político de ‘centralismo democrático’, aliados a exclusão da tradição e da cultura Africana, levaram a maior burocratização e fragmentação dos governos locais, e a erosão da legitimidade do governo central. O resultado foi um centralismo altamente conflituoso, uma administração local ineficiente e um obstáculo para a democratização (multipartidária) e liberalizações trazidas pela reforma constitucional de 1990.
De acordo com CISTAC & CHIZIANE (2008), a Constituição da República de 2004 (CRM-2004) no seu artigo 2502 fixa como um princípio estruturante para organização e funcionamento da Administração Pública a promoção da “descentralização”. 
A concretização do princípio da descentralização da Administração Pública é feita através da Lei n°8/2003, de 19 de Maio, que estabelece o conteúdo ou o significado do princípio da descentralização na organização e funcionamento dos Órgãos Locais do Estado, no artigo 3, n°13 e pelo Decreto do Conselho de Ministros n°11/2005, de 10 de Junho, que fixa as disposições regulamentares concretizadoras daquele princípio, quer através do artigo 4, n°1 e do artigo 185, que fixa as regras sobre o processo de transferência de competências. Nesta última disposição se apregoa que a transferência de competências exercidas por qualquer órgão central do Estado para os órgãos locais do Estado deve operar-se de forma gradual.
O princípio da descentralização é o comando constitucional obrigatório. Na verdade, o propósito do dever de respeitar o princípio da descentralização, o artigo 139 da CRM-2004, em matéria sobre as atribuições dos órgãos centrais, estabelece no seu n°1, que “aos órgãos centrais compete, de forma geral, as atribuições relativas ao exercício da soberania, a normação das matérias do âmbito da lei e a definição de políticas nacionais”. Isto significa que a actividade executiva deve ser transferida para os órgãos locais do Estado, isto é, aos Governadores Províncias/Governos Províncias e Administradores Distritais/Governos Distritais.
Dessa forma, a descentralização está relacionada a uma técnica administrativa de distribuição interna de atribuições com o intuito de conferir mais eficiência e celeridade na prestação de serviços, podendo ser aplicada tanto na Administração Directa quanto Indirecta. 
JAMAL (2015), explica que a governação descentralizada em Moçambique é aplicada nas seguintes áreas: 
a) Localidade 
Segundo o actual quadro administrativo legal em Moçambique, entende-se por localidade, “a unidade territorial base da organização da administração local do Estado na qual se estabelecem os primeiros contactos dos Órgãos Locais do Estado com as comunidades locais e as respectivas autoridades” (Lei dos órgãos locais do Estado). Sendo assim, as localidades constituídas nos anos de 1979 e 1980, para além da carga constitutiva legal, acabam por se assumir como sendo frutos das células do Partido FRELIMO para manter a hegemonia partidária na escala local.
Assim, os chefes das localidades, como entidades que representam a autoridade central da administração do Estado dentro da respectiva localidade, promovem em nome do Estado, e de acordo com o plano económico e Social do governo, acções de desenvolvimento económico, social e cultural da localidade, através da mobilização, organização e participação da comunidade local na procura de soluções para as questões locais.
b) Posto Administrativo 
Desde o primeiro projecto de construção do Estado pós-colonial, o posto administrativo sempre representou a unidade territorial imediatamente inferior ao distrito. O posto administrativo constitui o veículo de transporte de orientações do distrito para as localidades tendo em vista a garantia da aproximação efectiva dos serviços da administração do Estado para as populações e assegurar maior participação destes na realização dos interesses locais. 
Para tal, o território do posto administrativo corresponde ao total da área ocupada pelas respectivas localidades que se encontram no seu ordenamento, podendo em certos caso abranger das áreas das autarquias locais compreendidas no respectivo território. O que acaba por conflituar com outros poderes locais - neste caso com o poder autárquico. 
Neste caso, o posto administrativo representado pelo chefe do posto, que normalmenteé auxiliado por 2 ou 3 funcionários públicos que asseguram a ligação entre as autoridades administrativas do Estado e as comunidades locais através da organização e implementação de orientações do governo distrital. Deste modo, o posto administrativo leva o Estado à comunidade e garante o fornecimento de serviços públicos.
c) Distrito 
Na divisão administrativa de Moçambique, o Estado concebe o país em 11 províncias e 128 distritos, que neste caso, são as unidades territoriais imediatamente inferiores a província. Integra no seu espaço territorial, os povoados, localidades e postos administrativos. 
O distrito como unidade sociopolítica congrega o administrador distrital (representante da autoridade central do Estado no respectivo território) e o governo distrital (que se subdivide em serviços e representa os ministérios). Isto é, a administração distrital replica ao nível do distrito o mapa funcional do governo provincial do qual se subordinam. Entretanto, no âmbito da desconcentração e descentralização, o distrito é definido como o centro de planificação inclusiva através da promoção da participação das comunidades e das autoridades comunitárias no desenvolvimento socioeconómico e cultural do respectivo território. 
Com papéis bastante claros, e orientados para o desenvolvimento local, compete a esta unidade territorial realizar o programa do Governo, o Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado através do acompanhamento, verificação e decisões sobre aspectos de decisões do governo.
2.4.Impactos da descentralização no desenvolvimento local 
Impactos positivos – aumento da eficiência dos serviços públicos, maior rapidez de resposta às solicitações, melhor qualidade de serviço por se permitir a especialização de funções, liberta superiores para a resolução das questões de maior responsabilidade.
Enfim, a descentralização pode aumentar a eficiência e a qualidade dos serviços públicos e garante as liberdades locais, evita a hipertrofia do Estado, reduz o gigantismo do poder central, que é fonte de ineficácia da acção administrativa, porque quer se confiar tudo ao Estado, facilita a mobilização das iniciativas locais para as tarefas da Administração Pública.
Impactos negativos – eventual inviabilização da actuação harmoniosa da Administração, risco de especialização se converter em desmotivação, eventual diminuição da qualidade do serviço pela atribuição de responsabilidade a subalternos menos preparados, (DIOGO, 2015).
3.Conclusão
Viu-se com o trabalho que no que se refere ao conceito de descentralização é entendida como transferência de recursos e poderes a nível central para o local.
Desta forma, Os índices de descentralização, podem ser medidos através de aspectos relacionados com: i) burocratização nas instituições, ii) autonomia financeira, administrativa e patrimonial nos diferentes níveis institucionais, e eliminação dos medos que o poder central pode ter em transferir todas essas autonomias independentemente de qual for a justificação26, iii) interacção entre os diferentes níveis (micro, meso e macro), iv) níveis de capacitação e outros. A dinâmica e funcionamento destes elementos conceptuais são determinantes no processo de consolidação da descentralização e planificação participativa.
No que tange aos impactos da descentralização, verificou-se que os impactos positivos da desconcentração são a maior eficiência, celeridade e qualidade na satisfação das necessidades colectivas que ela possibilita. Já os impactos negativos ou inconvenientes são os riscos de multiplicação de centros decisórios reais ou aparentes de competência. 
Vale salientar que a descentralização constitui um dos princípios-chave da organização da administração pública em Moçambique. Neste âmbito o Estado implanta as autarquias locais ou poder local à luz do n˚1 do art.135 da Constituição da República, para responder aos interesses das respectivas populações.
Bibliografia 
CISTAC, G., e CHIZIANE, E. «10 anos de Descentralização em Moçambique: os caminhos sinuosos de um processo emergente»., UEM – NEAD, Maputo, 2008. 
DIOGO, Freitas do Amaral. Curso de Direito Administrativo. Almedina, Coimbra-volume 1, 4ª Edição, 2015.
JAMAL, Saide. Um olhar sobre o processo de descentralização em Moçambique - mecanismos de accountability pública: Orçamento Participativo e os Conselhos Consultivos Locais. Lisboa, 1 a 5 de Fevereiro de 2015.
 LIMA, C. A. ADORNO FERREIRA. DESCONCENTRAÇÃO VIS-À-VIS CONCENTRAÇÃO: um estudo sobre os exames definitivos de drogas na Polícia Técnico-Científica do estado de Goiás. CATALÃO – GO, 2017.

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