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TFG FELIPE 06-06

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13
UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA – UNIME ITABUNA
CURSO DE BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
FELIPE CAMPELO CATARINO MENEZES
CENTRO DE INTEGRAÇÃO UNIVERSITARIA: A MORADIA ESTUDANTIL COMO PARTE DO PROCESSO DE FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
ITABUNA-BA
2021
FELIPE CAMPELO CATARINO MENEZES
CENTRO DE INTEGRAÇÃO UNIVERSITARIA: A MORADIA ESTUDANTIL COMO PARTE DO PROCESSO DE FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Projeto Apresentado à União Metropolitana de Educação e Cultura, para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.
Professor Orientador: Yasmine Midlej.
ITABUNA-BA
2021
FELIPE CAMPELO CATARINO MENEZES
CENTRO DE INTEGRAÇÃO UNIVERSITARIA: A MORADIA ESTUDANTIL COMO PARTE DO PROCESSO DE FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Projeto Apresentado à União Metropolitana de Educação e Cultura, para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.
Professor Orientador: Yasmine Midlej
Aprovado em ___/___/______
Banca examinadora:
_____________________________________________________
Nome
Titulação
Instituição
_____________________________________________________
Nome
Titulação
Instituição
_____________________________________________________
Nome
Titulação
Instituição
ITABUNA-BA, 
(opcional)
Epígrafe: citação de um pensamento
DEDICATÓRIA
(opcional)
AGRADECIMENTOS
(opcional)
RESUMO
O resumo deve ser um texto objetivo, contendo entre 150 e 500 palavras, que represente as partes principais do trabalho. De acordo com a NBR 6028:2003, ao definir as regras gerais para apresentação de resumos em trabalhos científicos, aponta que:
O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original
(...)
3.3 O resumo deve ser composto de uma sequência [sic] de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único.
3.3.1 A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.).
3.3.2 Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.
3.3.3 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto
Palavras-Chave: Trabalho Final. Arquitetura. Fainor. Vitória da Conquista-BA.
(Escolha de 3 a 5 palavras que representem o conteúdo trabalhado)
ABSTRACT
Keywords:
Sumário
1 INTRODUÇÃO	11
1.1 Tema	11
1.2 Justificativa	12
1.3 Objetivos	12
2 EXPLORAÇÃO TEÓRICA DO TEMA	13
2.1 Teorias e Conceitos	13
2.2 Projetos Referenciais	13
2.2.1 Projeto Referencial 1	13
2.2.2 Projeto Referencial 2	13
2.2.3 Projeto Referencial 3	13
3 METODOLOGIA	14
4 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO	15
5 RESULTADOS ESPERADOS	16
REFERÊNCIAS	17
APÊNDICES	18
Apêndice A – título do apêndice A	19
ANEXOS	20
Anexo A – título do anexo A	21
1 INTRODUÇÃO
A Educação é considerada hoje a principal maneira de se mudar a situação de uma nação, haja vista que por meio dela a população desenvolve pensamento crítico e condições para diminuir desigualdade sociais. Investir em Educação é, portanto, investir em capital humano, maior riqueza que qualquer país pode ter. 
Nesse sentido, nas últimas décadas o ingresso de pessoas em instituições de ensino superior no Brasil foi sendo viabilizado por meio de programas de financiamento estudantil, sistemas de cotas, aumento do número de faculdades tanto públicas quanto privadas em todo o território nacional.
Colocar alguma citação sobre a importância da Educação no desenvolvimento pessoal e social.
Cidades como Itabuna, na Bahia, são consideradas polos universitários por ofertarem vagas de diversos cursos de ensino superior, ocupadas por alunos da própria cidade e de outros municípios do sul da Bahia. Cursos como o de Medicina, Direito, dentre outros, também atraem estudantes de outros estados do país, principalmente após a implantação do ENEM e do SISU.
Nesse contexto, um elemento a se discutir é a oferta de moradia para tais estudantes, cujos cursos, em sua maioria, possuem uma grade repleta de disciplinas e atividades durante toda a semana, o que faz com que muitos alunos optem por residirem na cidade onde está localizada a sua universidade.
Uma parcela dos estudantes advindos de outras cidades conseguem alugar um imóvel durante o curso ou residem em pensionatos. Por vários motivos, dentre eles o financeiro, há também uma porcentagem do corpo docente que reside em cidades próximas - ou não tão próximas, com casos até de 300 km de distância – da universidade em que estudam, e que precisando assim se deslocarem todos os dias para assistir à aulas, o que compromete tempo e energia que poderiam estar sendo direcionados para a formação profissional.
Sabe-se que o processo de aprendizagem envolve muitos elementos, que vão além da permanência na sala de aula. Além da própria motivação, o aluno necessita de um contexto (social, emocional e ambiental) que lhe propicie uma vivência e um processamento dos conteúdos propostos pelo curso de forma adequada, focando no seu próprio desenvolvimento e na superação das dificuldades que surgem para cada um na graduação.
 Nesse sentido, pesquisas e projetos a respeito de empreendimentos híbridos, (que contemplem habitação, comércio e lazer) voltados para o público universitário, vem sendo desenvolvidas e tem apontado para um “terreno fértil” de possibilidades, onde alunos e comunidade são beneficiados.
1.2 Justificativa
A cidade de Itabuna sempre foi conhecida como centro comercial regional no sul da Bahia. Localizada em uma região estratégica, Itabuna é rodeada por rodovias de grande importância de âmbito nacional como a BR 101 e a BR 415 e por isso se tornou um polo comercial regional, onde grande quantidade de insumos e mercadorias passam pela cidade. 
Com o passar do tempo e o crescimento da cidade em 1972 houve a necessidade de implantação da primeira grande universidade em nossa região que atendia principalmente as cidade de Itabuna, Ilhéus e suas cidades circunvizinhas que foi a Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna - FESPI constituida pela junção da Faculdade de Direito de Ilheus, Faculdade de Filosofia de Itabuna, e Faculdade de Ciências Econômicas de Itabuna e em 1995 renomeada UESC localizada às margens da Rodovia Ilhéus-Itabuna (BR 415). 
Ao passar dos anos e a necessidade de outras instituições de ensino superior tanto em Itabuna quanto em Ilhéus foram criadas outras faculdades particulares e mais recentemente foi trazida a Itabuna um polo da UFSB. Com todas essas instituições de ensino na cidade de Itabuna e a vinda de estudantes de outras cidades e estados para estudar nesta cidade não contamos com um centro de moradia especializado para estes estudantes, que atualmente residem, em sua grande maioria, em casas e apartamentos de aluguel espalhados na cidade. Como a maioria das universidades ficam localizadas na parte central da cidade os estudante.
 A proposta do presente trabalho é verificar se um condomínio universitário com soluções arquitetônicas integradas de habitação, lazer, pesquisa e comercio, pode facilitar o processo de formação profissional dos estudantes das universidades de Itabuna/BA que não tem condições de residir na cidade e com impactos positivos na comunidade em torno dele.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral: desenvolver projeto de empreendimento híbrido (habitacional e comercial) voltado para o público universitário na cidade de Itabuna/BA, de modo a favorecer o seu processo de formação profissional.
1.3.2 Objetivos específicos: 
- Dissertar a respeito da importância dos fatores psicológicos, sociais e ambientais no processo de formação acadêmica e profissional do ser humano;
- Investigar a proposta de Habitação voltada para universitários (como espaço de descanso,acolhimento, construção de identidade, socialização, aprendizado);
- Analisar os chamados empreendimentos híbridos, isto é, prédios que contemplem áreas residencial e comercial integradas;
- Verificar aspectos sociais, ambientais e econômicos da cidade de Itabuna/BA a fim de identificar necessidades, dificuldades e potenciais da comunidade em que o empreendimento será inserido;
- Desenvolver soluções arquitetônicas que favoreçam o processo de formação dos universitários da região à luz de princípios humanísticos e sustentáveis.
2 EXPLORAÇÃO TEÓRICA DO TEMA
2.1 O profissional em formação
O Brasil tem um capital humano extraordinário, com vários exemplos de profissionais que se destacaram tanto no próprio território quanto em outros países. Profissionais de todas as áreas contribuem a todo momento no desenvolvimento do Brasil e importam ideias e produtos de qualidade para o resto do planeta.
 São várias histórias de superação e luta na seara da formação profissional do brasileiro, pois para a maioria das pessoas no país a Educação, assim como a Saúde, não são acessados por todos, apesar de serem direitos assegurados na Constituição de 1988.
Países como os EUA e a Inglaterra atualmente são os maiores detentores de prêmios Nobel (a maior parte das grandes invenções foram provenientes desses países) e isso está relacionado ao alto investimento que essas nações direcionam à educação do seu povo. 
Há correlação também entre investimento em educação e melhores condições de vida, medidos por índices como o IDH, cujos números no Brasil ainda costumam ser baixos a cada ano.
Nesse sentido, muito se tem feito para tornar a Educação no Brasil mais acessível para todos, bem como para incorporar novos modelos pedagógicos à formação básica até o ensino superior, os quais entendem a aprendizagem como um processo dinâmico e não somente a transmissão do saber do professor para o aluno.
Edgar Morin apud LIV (2019) explica que 
nas escolas o foco do ensino são os conteúdos de cada disciplina, mas ignoram o que é conhecimento de fato. “O conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da realidade. O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução”, afirma o autor em seu texto célebre. Isso significa que nossos saberes não são um reflexo fiel e estático da realidade, mas sim construções que se modificam no dia a dia, afetadas por fatores internos e externos à própria escola. (Disponível em: <https://www.inteligenciadevida.com.br/pt/conteudo/as-contribuicoes-de-edgar-morin-para-a-educacao/>. Acesso em 08.06.2021)
Assim, podemos afirmar que o processo de aprendizagem envolve diversos elementos tanto internos quanto externos ao discente.
O que é preciso para que o aluno adulto aprenda? O estudante adulto, diferentes das crianças, tem os seus objetivos e motivações mais bem definidos e já chega com alguma bagagem. Dentro dessa bagagem há muitas habilidades, mas também algumas vulnerabilidades que estão sendo foco de estudos de profissionais da saúde mental, principalmente.
Nos primeiros anos deste século, a preocupação com a saúde dos estudantes restringia-se ao ponto de vista ela saúde física e se referia quase unicamente à saúde escolar, não incluindo a saúde dos universitários. Em 1902, na Inglaterra, segundo Lucas (1976)8, uma comissão real já apontava a falta de serviços de saúde destinados aos alunos nas escolas equivalentes aos nossos 1° e 2° graus. A ênfase desses serviços era detectar doenças de natureza orgânica e promover a saúde por meio da recreação física. Os problemas dos universitários eram percebidos como sendo de natureza educacional ou espiritual, e quem devia se responsabilizar por esses problemas eram os tutores e os conselheiros religiosos. ((p 82 A Saúde Mental do Estudante Universitário: Sua história ao longo do século XX. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbem/a/t8zQdXWT4HjHcWr4KLZxvyG/?lang=pt#). Acesso em 
E quanto aos alunos que não residem na cidade onde está situada a universidade onde frequentam aulas diariamente? Será que a distância, o cansaço, as dificuldades podem falar mais alto do que a motivação de concluir um curso, de realizar o seu sonho? Talvez para alunos que possuam uma maior vulnerabilidade psicológica, social ou financeira esse fator da distância pode contribuir para uma desistência do curso.
Nesse sentido, Andrade (2019) relata um estudo realizado com estudantes do curso de Jornalismo:
Conseguir uma vaga no curso dos sonhos não é uma tarefa fácil. Mas obter êxito nessa etapa não quer dizer que a trajetória universitária vai ser tranquila, principalmente para quem mora em outros municípios. O vestibular não é o último obstáculo enfrentado pelos jovens que querem um diploma de Ensino Superior. Ir para a universidade e voltar para casa todos os dias acaba sendo uma jornada estressante e desgastante para os alunos que moram longe do campus onde estudam. (...)
Para quem tem aula no turno da noite, a partir das 18h, o trajeto começa cedo, entre 16h e 16h20. Para se ter uma ideia, são 106 km percorridos diariamente pelo estudante de jornalismo Antônio Williams Abreu, entre a cidade de Assaré até o campus de Juazeiro do Norte da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Uma jornada de duas horas justificada pela busca de um sonho, um diploma de ensino superior. Considerando o exemplo da turma de jornalismo com ingresso no primeiro semestre de 2018, a qual Williams faz parte, dos 32 discentes, 14 residem fora da cidade de Juazeiro do Norte, aproximadamente 44% dos estudantes, e fazem o trajeto entre a sua cidade e o campus todos os dias. (...)
Apesar da rotina cansativa, da exaustão psicológica e das dificuldades financeiras, desistir não é uma opção. Principalmente por conta da universidade ser a única na região a ofertar cursos específicos como jornalismo. (Disponível em: <https://medium.com/@rodolfoandrade_91153/os-desafios-de-quem-mora-longe-da-universidade-c0ddc1608a4b. Acesso em 05.06.21.)
Muitos alunos dependem do transporte que o município disponibiliza gratuitamente para os levarem das cidades onde residem e para a cidade onde está localizada a faculdade.
Outros conseguem pagar transportes particulares fretados com um preço mais acessível do que se optassem por residir na cidade onde está localizada a faculdade, como ilustra Andrade (2019) no estudo citado anteriormente:
A universidade é frequentada por alunos de diversas cidades da região, como Santana do Cariri, Brejo Santo, Milagres entre outras localidades da macrorregião do Cariri e de estados vizinhos, como Paraíba e Pernambuco. Alguns estudantes utilizam o transporte particular, mas a maioria faz o traslado entre a residência e a universidade em ônibus gratuitos cedidos pelas prefeituras. Apesar de não existir uma lei que garanta assistência financeira ao transporte intermunicipal de universitários, alguns municípios aderiram como lei orgânica o Projeto de Lei nº 2564/11, do Senado, que inclui no Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) o transporte para alunos de Ensino Superior ou técnico que estudam afastados de onde residem. Embora a iniciativa ajude os estudantes a se manterem no curso superior, a superlotação dos ônibus, os atrasos e os problemas mecânicos fazem esse caminho tornar-se mais difícil. (Disponível em: <https://medium.com/@rodolfoandrade_91153/os-desafios-de-quem-mora-longe-da-universidade-c0ddc1608a4b. Acesso em 05.06.21.)
Em alguns casos, financeiramente compensa alugar um local na cidade universitária ao invés de pagar um transporte, contudo, é difícil encontrar habitações com boa localização, segurança, sem poluição sonora à um preço acessível. Além disso, há a questão do distanciamento da família e a inexistência de uma rede de apoio na cidade nova, fator relevante na decisão do estudante em permanecer residindo na sua cidade de origem durante a graduação.
Nesse contexto, o caso da estudante de Juiz de Fora a seguir ilustra dificuldades que vão além das atividades curriculares quando o assunto é morar fora de casa para obter o diploma: 
Segundo Bárbara, porum lado é bom aprender a lidar com as dificuldades à sua maneira, pois contribui para o amadurecimento e independência. Além disso, é bom para conhecer novas culturas e comportamentos. Mas ao mesmo tempo ela considera desesperador. “Passamos alguns perrengues e não tem para onde ou para quem correr. Não tem o conforto de estar no seu lugar, na sua casa”. Ela mora em Juiz de Fora há quase três anos e explica que, apesar de ainda estar no mesmo estado, se assustou muito com as diferenças de uma região para outra, inclusive o clima. “Foi muito difícil, o clima me prejudicou muito, adoeci várias vezes. Minha cidade é quente e seca e a chuva é rara, o que é completamente o contrário de Juiz de Fora”.
(...)
Para além disso, a Universidade enquanto lugar que facilita encontros, experiências e contatos, também contribui para que esses estudantes façam amizades e conheçam novas pessoas. Para Borges, por exemplo, a Universidade foi fundamental neste ponto. “Se não fosse a UFJF, eu praticamente nao conheceria ninguém. Meu pai fez faculdade aqui, então eu tenho contato com os amigos dele do tempo de faculdade, mas pessoas da minha idade eu não ia conhecer”. (Disponível em: https://www2.ufjf.br/noticias/2018/01/16/os-desafios-dos-estudantes-que-moram-muito-longe-de-suas-cidades-de-origem/. Acesso em 05.06.21)
Frente à vulnerabilidade do estudante diante dos desafios advindos de um momento tão crucial da sua vida, são imperiosas ações de promoção e prevenção na área da saúde mental dos estudantes, de forma multidisciplinar.
Giglio (1981:142)3 correlaciona o baixo desempenho e/ou abandono dos estudos com os problemas emocionais: ‘No nosso contato com universitários, quer no papel de docente ou no de terapeuta, temos observado que o rendimento escolar ocupa um alto posto na escala de valores do estudante, e que os insucessos acadêmicos costumam levar a reações depressivas de maior ou menor intensidade’. 
Com base nesses autores e em nossa experiência clínica anterior no Ambulatório de Psiquiatria do Hospital-Escola da Faculdade de Medicina de Botucatu, verificamos a semelhança entre os tipos de conflitos e problemas apresentados tanto pelos alunos de Botucatu, quanto pelos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), conforme descrito por Giglio (1976)4, e também pelo corpo discente de ambas as universidades públicas de São Carlos (USP e UFSCar). Verificamos que estas dificuldades podem ser definidas teoricamente como situações de crise. 
Segundo Caplan (1980)5, crise é um período de transição que pode ser tanto uma oportunidade de crescimento da personalidade, como um período de maior vulnerabilidade ao transtorno mental. O resultado final desse período depende da forma como o indivíduo enfrenta a situação, que, por sua vez, é determinada por fatores pessoais e do próprio ambiente. 
Nesse sentido, podemos observar que a vida universitária exige um grau de mobilização interna considerável, podendo levar o indivíduo a passar por situações de crise, entendida aqui como um processo atípico na vida do sujeito, com elevação do nível da tensão psíquica e com tempo de duração limitada. (p 82 A Saúde Mental do Estudante Universitário: Sua história ao longo do século XX. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbem/a/t8zQdXWT4HjHcWr4KLZxvyG/?lang=pt#>. Acesso em 03.06.2021)
Dessa forma, a arquitetura pode fornecer elementos que ajudem nesse seara de forma conjunta com a Psicologia, Medicina e dentre outras áreas que se propõem a pensar na saúde do ser humano de maneira integral.
2.2 Estudar e morar
2.2.1 Modalidades de habitações voltadas para alunos universitários
(Digressão histórica dos pensionatos, repúblicas até os condomínios universitários)
2.3 Empreendimentos de uso misto
Pode-se dizer que edifícios de uso mistos são considerados todos aqueles que combinam três ou mais funções em seus espaços, como apartamentos residenciais, salas comerciais, estacionamentos, lojas, restaurantes, áreas de lazer entre outras. 
Espaços de uso misto são datados desde a antiguidade como a ágora grega e o fórum romano. Já os primeiros edifícios que compreendiam como sendo de uso misto foram as termas, grandes edifícios romanos com abóbadas, que tinha funções como banhos, áreas de exercícios e setores de socialização.
Na idade média as edificações de uso misto ganharam outra roupagem, já que as pessoas passaram a ter seus locais de trabalho agregados às suas residências fazendo com que o que antes era uma somente um local de moradia e lazer também fosse seus pontos negociais. Isso se deu por conta da dificuldade que a população rural encontrava ao levar suas mercadorias quando iam para a missa aos fins de semana e aproveitavam para comercializa-las.
Exemplo de um edifício multifuncional distinto construído na Idade Média, a Ponte Vecchio (Figura x), Florença, projetada por Taddeo Gaddi e reconstruída em pedra em 1345 após uma grande cheia em 1333. Possuía lojas no térreo e habitações nos pavimentos superiores. Hoje é considerada um dos monumentos mais antigos da cidade e exerce uma importante função como elemento de ligação no contexto urbano devido aos seus espaços comerciais (DZIURA, 2009).
Figura x - Ponte Vecchio, Florença
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-82mG8blIYVo/UtQNXrtfa_I/AAAAAAAACQk/hWSoPVSmeIM/s1600/Ponte+Vecchio+03.jpg
	No mundo os projetos de uso misto vêm se tornando uma tendência, ao agregar em um único espaço mais de uma função, trazendo vários benefícios para a população vizinha e todo seu entorno. Esta tendência vem contrariando o propósito do planejamento urbano segmentado que visa separar a cidade por setores, como residenciais, hospitalares e comerciais. 
O edifício híbrido oferece a possibilidade de investigação de novas relações entre edifício e contexto urbano, entre composição e representação, assim como da relação espaço público e privado. A vocação periférica do edifício híbrido sugere que não seja visto como possível corretor de desequilíbrios, mas como instrumento que atua na multiplicação de centralidades. Scalise (2004, p.14)
No Brasil um edifício de uso misto muito conhecido e que se tornou uma referência pela sua imponência projetual, pelo marco na história urbanístico e pelo desenho do projeto em forma de s, que pode ser visto de muitos pontos da cidade, é o Edificio Copan, concebido em 1954 pelo renomado arquiteto Oscar Niemayer, tornando-o símbolo da arquitetura modernista. Segundo RIBEIRO (2014)
Encomendado pela Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo, o objetivo principal era se um grande centro urbanístico no modelo do Rockfeller Center. No entanto, a obra só foi iniciada em 1957, depois de várias alterações em seu plano original. O fato da cidade apresentar um enorme potencial imobiliário e turístico foi um dos principais motivos para o desenvolvimento do projeto, finalizado em 1966, por Carlos Alberto Cerqueira Lemos. (Disponível em: < https://web.archive.org/web/20170426152843/http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/184-edificio-copan>. Acesso em: 08.06.2021)
Edifício Copan. Foto: Caio Silveira/ SPTuris.
3 Projetos Referenciais
3.1 Keetwonen – Amsterdam – Holanda
Este condomínio universitário foi inovador na Holanda por se tratar de uma construção pensada na reutilização de containers, telhado com tecnologia que drena as águas pluviais com finalidade de dispersão de calor e isolamento entre os containers. 
Figura x
Fonte: https://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/conteineres_reutilizados_viram_condominio_estudantil_em_amsterda/. Acesso em 05.06.2021
Para este projeto foram utilizados mil containers que contrariando as expectativas negativas, oferece ao seu residente 
banheiro e cozinha individuais, varanda, quarto separado e sala de estudo, grandes janelas que oferecem uma vista panorâmica e luz natural e, até mesmo, um sistema de ventilação automática com velocidades variáveis. O aquecimento é a partir de um sistema de caldeira de gás natural central. (Disponível em: https://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/conteineres_reutilizados_viram_condominio_estudantil_em_amsterda/.Acesso em: 05.06.2021)
	Cada dormitório contempla também um tanque de 50 litros de água quente além de internet de alta velocidade e sistema de telefonia.
Figura 1
Fonte: https://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/conteineres_reutilizados_viram_condominio_estudantil_em_amsterda/1. Acesso em 05.06.2021
O condomínio que é dividido em blocos fornece aos seus moradores e a população vizinha estrutura de cafeteria, supermercado espaço de escritórios e áreas de esportes. Cada bloco contem seu sistema de internet e telefonia separado dos demais. Como a Holanda é mundialmente conhecida por sua urbanização e suas ciclovias este condomínio possui dentro do seu edifício um local fechado para estacionamento das bicicletas.
Todo o projeto foi concebido de acordo com a maneira que os estudantes gostam de viver: um lugar para si sem ter que dividir o chuveiro e vaso sanitário com estranhos. Mas, ao mesmo tempo, a ideia é oferecer uma gama de possibilidades para participarem da vida social do dormitório, incluindo as festas. (Fonte: https://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/conteineres_reutilizados_viram_condominio_estudantil_em_amsterda/. Acesso em: 05.06.2021)
Os pontos principais deste projeto que serviram como referência para o projeto a ser desenvolvido se tratam do modelo arquitetônico implantado, com ambientes iluminados e com tamanho e organização adequados ao usuário e o outro fator que chamou muita atenção foi o planejamento sustentável existente em sua construção.
3.2 Residencial Cidade Universitária de Maringá – Paraná
Localizado na cidade de Maringá no estado do Paraná este condomínio que é um edifício de uso misto é composto por 4 blocos residenciais e 1 bloco para usos comerciais além de áreas comuns como piscina, churrasqueiras, sala de jogos, sala de fitness, sala de informática, sala de estudos e salão de festas, que oferece conforto e praticidade aos universitários além de estar bem em frente a Universidade Cesumar. Esta instituição possui 12.000 alunos matriculados.
Figura x – Perspectiva Residencial Cidade Universitária de Maringá 
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/_bsUzBA2sj9o/RwNRxeuAxcI/AAAAAAAAAbQ/W4rT_GbL6hg/s200/15_4.jpg. Acesso em 0.06.2021
	Com apartamentos de 25m2 privativos de um total de 39m2 o seu aluguel tem média de valor de R$800,00 oitocentos reais na data de hoje, junho de 2021. 
Figura x – Planta Baixa dos dormitórios
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_bsUzBA2sj9o/RwNRxuuAxgI/AAAAAAAAAbw/5hcsEjlTpj0/s1600-h/15_13.jpg. Acesso em 05.06.2021
	O Residencial Cidade Universitária de Maringá, foi escolhido para ser referência neste trabalho por se tratar de um condomínio verticalizado dividido em blocos que proporciona aos sus usuários a experiencia de residir em uma estrutura d uso misto e estar em frente a Universidade CESUMAR, e o impacto desse fator no uso do espaço misto.
3.3 Condomínio Parque Universitário – Salobrinho – Ilhéus – Bahia
Localizado às margens da BR 415, na rodovia Itabuna – Ilhéus, e a aproximadamente 800 metros de distância da Universidade Estadual de Santa Crus – UESC, este condomínio oferece em sua estrutura 58.34 m² de área construída com varanda, dois quartos, sanitário social, lavabo, sala de estar, cope / cozinha, área de serviço, vaga exclusiva e quintal. Diferente dos outros projetos apresentados acima este não oferece em sai estrutura setores comerciais sendo um condomínio de uso exclusivo residencial.
Em sua área comum é oferecido sistema de segurança, campo de futebol gramado, espaço gourmet com churrasqueira, parque infantil, ampla área verde, clube social com piscina e salão de festas.
	Os valores de aluguel das residências duplex variam de 600,00 a 1200,00 levando em consideração se já é mobiliado ou não. Este empreendimento atende uma gama variada de usuários, e apesar do seu nome ele não atende somente universitários, mas também professores e outras pessoas interessadas em morar fora dos centros urbanos de Ilhéus ou Itabuna.
Figura x – Planta humanizada dos pavimentos residencial.
Fonte: http://www.construtoramodulo.com.br/hots/parque10-2015.jpg. Acesso em 05.06.2021
4 APRESENTAÇÃO DA ÁREA (06 a 10 laudas)
Localizado na região sul do estado da Bahia, Itabuna possui uma área total de 432,244 km² e está a cerca de 426 km da capital do estado, Salvador. Segundo IBGE (2020) Itabuna possui uma população estimada em 213.685 habitantes tornando-a a quinta cidade mais populosa do estado. 
Interessante mencionar que Itabuna e Ilhéus, segundo o mesmo órgão, configuram uma aglomeração urbana, classificada como capital regional B, cuja influência alcança mais de 40 municípios que, juntos, apresentam pouco mais de um milhão de habitantes.
Figura x: Ilustração do mapa da Bahia e de Itabuna
Fonte: https://docplayer.com.br/.Acesso em:15 abr 2020.
Nesse sentido, já se projeta ocorrer entre essas duas cidades um fenômeno de conurbação urbana tornando essa uma região metropolitana. Segundo GURGEL (2017) 
A metropolização contemporânea é um fenômeno complexo que produz novas paisagens. Novas formas de morar e consumir, novos arranjos das forças produtivas e meios de produção rebatidos arquitetonicamente na construção dos edifícios e espaços urbanos, nas redes de circulação e transportes, entre outros, assinalam a materialidade espacial da metropolização. O câmbio diário dos meios de comunicação adiciona novos paradigmas imateriais a esse processo, por meio de plataformas que permitem o intercâmbio de informação em escala global e as maneiras pelas quais nos relacionamos com o outro. (Disponível em <https://www.scielo.br/j/cm/a/j6dg8wJFtb3S4tVVCpGHj5z/?lang=pt#. Acesso em 05.06.2021)
Como polo universitário regional, possui alguns dos melhores centros educacionais da Bahia. A cidade dispõe de várias escolas públicas, com destaque para o Colégio da Polícia Militar Antônio Carlos Magalhães, Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, e particulares como os colégios: Jorge Amado, Centro De Estudos Ronaldo Mendes (CERM), Galileu, São José da Ação Fraternal de Itabuna (AFI), Divina Providência e Pio XII, além das faculdades, Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, União Metropolitana de Educação e Cultura - UNIME, Faculdade Santo Agostinho, possui também o campus sede da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) e um Centro Estadual de Educação Profissional em biotecnologia e saúde - CEEP. 
Em 2017 um projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionada prelo Prefeito Fernando Gomes declara Itabuna como polo educacional e cidade uniiversitaria. Segundo Torres (2017)
Outro detalhe importante é que a lei leva em conta a condição de Itabuna como polo da microrregião do cacau, reunindo mais de 100 municípios no seu entorno, que direcionam diariamente milhares de alunos para as universidades e faculdades locais. A lei que declara Itabuna cidade universitária consubstancia os atos administrativos para a promoção e favorecimento da educação superior na cidade, com a finalidade de fomentar as práticas educacionais facilitando a acessibilidade e o manejo da infraestrutura de apoio às instituições de ensino superior, flexibilizando a atração de novos serviços e de investimento. (Disponível em http://www.itabuna.ba.gov.br/2017/08/02/cidade-universitaria-consolida-itabuna-como-polo-regional-ensino/. Acesso em 06.06.2021)
Segundo INEP apud Batista e Ferraz (2017) em Itabuna, somente no ano de 2015 ingressaram 3168 alunos e concluíram apenas 1224. Esses mesmos autores ressaltam que
os números de ingressantes comparados com os de conclusão permanecem distantes dentro dos anos. Em Itabuna, cidade referência em educação na região, no ano de 2015 ingressaram 3168 alunos e concluíram apenas 1224, dados esses que superestimam em grande porcentagem as vagas das faculdades de Ilhéus, que receberam 1239 alunos em 2015, porém nesse mesmo ano a quantidade de concluintes foram 368 apenas, assim, ao todo, as faculdades particulares do pólo urbano Itabuna-ilhéus em 2015 formaram 1592 alunos, sendo Itabuna responsável por 77% desse número. (Disponível em http://www.uesc.br/eventos/viiisemeconomia/anais/gt2/gt2_t1.pdf.Acesso em 06.06.2021) 
4.1 Localização
Este empreendimento será implantado num terreno com 2.152,08 m² de superfície, com a frente voltada para a Av. Cinquentenário, nº1370, bairro Centro (figuras x e y). Seu acesso por meio de veículos se dá através da Rua Almirante Tamandarépara quem vem ao norte e da Rua vitória para quem vem ao sul tendo ambos como encontro na Praça Jose Almeida de Alcantara (Jardim do O), onde se ligam para ter acesso a Avenida Cinquentenário. 
Figura X: Localização do Edifício
Fonte: Prefeitura Municipal de Itabuna. Mapa de Itabuna 2016. Editado pelo autor, 2021
4.2 Inserção do empreendimento
Por estar localizada no primeiro quarteirão da Avenida Cinquentenário, principal via de comercio, e se tratar de um edifício de uso misto, este empreendimento tem como uma das propostas oferecer aos moradores e usuários desta localidade e entornos mais opções de lazer, moradia, segurança e educação.
	A oferta de moradia aos estudantes universitários nessa localidade irá facilitar o acesso destes a maior parte da infraestrutura de comércio, pontos de ônibus, padarias, farmácias, academias, pontos de taxi, lanchonetes que se encontram em um raio aproximado de 500 metros e as principais faculdades UNIME e FTC que ficam a aproximadamente 2 km de distância. 
	O próprio empreendimento oferecerá não somente aos seus moradores mas a toda vizinhança e seus frequentadores uma estrutura de lojas de conveniências, escritório, lojas, farmácia 24h, lanchonetes 24h, restaurantes, salas de estudos e biblioteca.
4.4 Indicação de Infraestrutura urbana
Por vista aérea (figura x), é possível verificar, que no entorno da área onde será implantado o projeto do edifício de uso misto universitário, existe uma dinâmica de uso misto com predominância o uso comercial. 
Figura 3
Fonte: https://goo.gl/maps/bNRh7tCEfzeFeWku8s. Acesso em maio, 2020. Adaptado pelo autor, 2021.
4.5 Condicionantes Físicos
4.5.1 Incidência solar
A análise da insolação que incide sobre o imóvel pode promover o máximo de conforto térmico e melhor aproveitamento da luz natural à edificação futura. Assim, observou-se a posição da edificação com a frente voltada para a avenida trará maior conforto por se tratar de uma edificação com a frente para o nascente.
Figura x: Incidência solar
Fonte: Prefeitura Munic. De Itabuna – Editado pelo autor
Carta solar com a latitude de Itabuna 
Figura x: Carta solar para a cidade de Itabuna
Fonte : http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/softwares/Analysis_SolAr_6_2.zip
Elaborada pelo autor, 2021 
A incidência solar sobre a cidade de Itabuna, durante o dia varia o ano todo. O dia em que o sol nasce mais cedo é 21 de novembro, às 04:57. Em 1 de novembro é o dia em que o sol nasce mais tarde, às 5h03min. Em 9 de julho ocorre mais tarde ainda, às 6h03min. Em 31 de maio o sol se põe mais cedo, às 17h14min. e, o dia em que se põe mais tarde, às 18h13min é em 22 de janeiro. (fig. x)
Figura x: Horas de luz solar na cidade de Itabuna
Fonte: https://pt.weatherspark.com/y/30972/Clima-caracter%C3%ADstico-em-Itabuna-Brasil-durante-o- ano. Acesso em: 07.06.2021.
4.5.2 Clima
Ainda com base nos dados do pt.weartherspark.com, o clima de Itabuna se caracteriza por verão longo, quente, opressivo e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável, abafado e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 18°C a 31°C e raramente é inferior a 16°C ou superior a 33°C como demonstrado na fig. x, com base na fonte citada.
Figura x: Clima
Fonte: pt.weartherspark.com Acesso em: 07.06.2021
Predominância dos ventos
O exame dos ventos em Itabuna, no referido site, afirma que a sensação de vento em um determinado local é altamente dependente de sua topografia e de outros fatores. E que a velocidade e a direção do vento em um instante variam muito mais do que as médias horárias durante todo o ano. Predominando a média horária do vento leste.
Figura x: Direção do vento
Fonte: pt.weartherspark.com Acesso: 07.06.2021
4.6 Legislação
De acordo com o mapa de macro zoneamento anexo ao Plano diretor Municipal de Itabuna – PDMI - Lei 2.111/2008 o terreno está inserido na zona denominada Zona de Comercio e Serviço ZCS-1, identificada como centro antigo (fig. x). 
Figura x: Zoneamento
Fonte: Prefeitura Munic. De Itabuna – Editado pela autora
As soluções do projeto arquitetônico e/ou urbanístico devem estar em concordância com as legislações aplicáveis nas esferas municipais (Plano diretor e a Lei de Ordenamento do uso e ocupação do solo do município), estaduais e federais.
5 METODOLOGIA
		Este trabalho foi dividido em duas etapas. A primeira consistiu-se na elaboração de uma monografia sobre a tipologia do edifício de uso misto que subsidiará a segunda parte, esta, então, é composta pelo projeto arquitetônico e suas análises e interpretações.
O desenvolvimento da primeira etapa baseou-se principalmente em pesquisas bibliográficas sobre a importância dos edifícios de uso misto, seu histórico, concepções e normatização a respeito do tema. Nessa etapa foram adotados os seguintes instrumentos de pesquisa: a) Pesquisa bibliográfica e documental, foram consultados livros, periódicos, teses, dissertações, monografias de conclusão de curso, trabalhos em congressos, entre outros; em conteúdos impressos e em meio eletrônico que continham estudos relacionados ao tema; b) Levantamento de legislação (Federal, Estadual e Municipal) e normas existentes a respeito do tema; c) Análise de estudos de caso com a tipologia do tema a fim de subsidiar a concepção do projeto; d) Levantamento de dados e usos atuais do centro e análise das informações sobre o terreno a ser implantado o edifício multifuncional, assim como o do entorno junto a Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves quando necessárias informações de edifícios inventariados. A segunda etapa constituiu-se no desenvolvimento do projeto arquitetônico e divide-se em: a) Estudo preliminar contendo programa de necessidades, fluxograma, estudos climáticos de ventilação e insolação e definição do partido arquitetônico; b) Desenvolvimento do anteprojeto; estudos volumétricos; plantas de situação, de implantação, de cobertura, plantas baixas, cortes e fachadas; c) Elaboração do projeto básico; detalhamentos, e memorial justificativo e descritivo.
	
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GURGEL, Ana Paula Campos, 2017. As metrópoles do interior do Nordeste: a caracterização de um tipo metropolitano regional. Disponível em <https://www.scielo.br/j/cm/a/j6dg8wJFtb3S4tVVCpGHj5z/?lang=pt#. Acesso em 05.06.2021.
UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz, NOSSA HISTÓRIA. Ilhéus, 2021. Disponível em: <http://www.uesc.br/a_uesc/#:~:text=Em%201991%2C%20depois%20de%20muitas,de%2006%2F12%2F91.>. Acesso em: 05.06.2021
ROSA, Mayra, 2013. Amsterdã possui maior condomínio de contêineres do mundo. Disponível em: <https://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/conteineres_reutilizados_viram_condominio_estudantil_em_amsterda/>. Acesso em 05.06.2021
PROJETO MARINGÁ, 2007. Residencial Cidade Universitária. Disponível em: <http://projetomaringa.blogspot.com/2007/10/residencial-cidade-universitria.html>. Acesso em: 05.06.2021
CONSTRUTORA MÓDULO, Disponível em: <http://www.construtoramodulo.com.br/index2.php?pg=parque> Acesso em: 05.06.2021
SCALISE, Bruno. Complexo híbrido: reintegração da “cidade partida”. Revista Assentamentos Humanos, Marília, v.6, nº1, pag.11 - 24, 2004.
PREFEIRURA MUNICIAL DE ITABUNA, Cidade Universitária consolida Itabuna como polo regional ensino. Disponível em: <http://www.itabuna.ba.gov.br/2017/08/02/cidade-universitaria-consolida-itabuna-como-polo-regional-ensino/>. Acesso em 06.062021 
BATISTA, L. M., ; FERRAZ, M. I. A evolução do ensino superior presencial da microrregião. In: VIII SEMANA DE ECONOMIA, 10., 2017, Ilhéus. Anais eletrônicos...Ilhéus: UESC, 2018. p.9. Disponível em: <http://www.uesc.br/eventos/viiisemeconomia/anais/gt2/gt2_t1.pdf>. Acesso em: 06.06.2021.
RIBEIRO, Tatiane, 2014. Edifício Copan. Disponível em: < https://web.archive.org/web/20170426152843/http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/184-edificio-copan>.Acesso em: 08.06.2021

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