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Resumo - Neurofisiologia da dor

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FISIOLOGIA 
 
NEUROFISIOLOGIA 
 Srta. Mariana Lopes 
 
 
 
 
 
 
 
A dor é definida como: 
“Uma experiência sensitiva e emocional 
desagradável, associada a uma lesão 
tecidual real ou potencial, ou descritiva nos 
termos de tal lesão” 
- SOCIEDADE INTERNACIONAL PARA O 
ESTUDO DA DOR (IASP, 2020) 
 
❖ Representação psicofisiológica 
da dor 
→ Por que sentimos dor? 
• Importância adaptativa: 
- A dor funciona como um mecanismo de demarcação 
de limites para o organismo e um aviso sobre 
estímulos lesivos provenientes do meio externo ou do 
próprio corpo. → As informações nociceptivas estão 
acopladas a reflexos de defesa. 
 
- A importância da dor, no ponto de vista, 
adaptativo/biológico é evidenciada nos casos de 
deficiências congênitas nos mecanismos fisiológicos da 
dor. 
 
Obs.: indivíduos que são portadores desse tipo de 
deficiência possuem baixa expectativa de vida e 
frequentemente apresentam muitas infecções, 
inflamações e lesões teciduais. 
 
- A dor possui um sistema sensorial próprio para 
veicular as informações nociceptivas/dolorosas. 
 
 
 
 
 
 
❖ Nociceptores 
 
• São os receptores pertencentes ao sistema da 
dor e estão aptos a detectar estímulos dolorosos. 
 
• Eles são ativados por estímulos (mecânico, 
térmico ou químico) que tem o potencial de 
causar lesão ao tecido, como p. ex. estimulação 
mecânica intensa, temperatura extrema ou 
substâncias químicas 
 
• Se apresentam estruturalmente como 
terminações nervosas livres. E possuem alto 
limiar de ativação (estímulos intensos) 
 
 
• Os nociceptores estão presentes na maioria 
dos tecidos do corpo: pele, ossos, músculos, 
órgão internos, vasos sanguíneos, raízes 
dentárias, articulações, coração, vasos cerebrais 
e meninges. Estão ausentes no SNC. 
 
 
Neurofisiologia da dor 
 
 
 
FISIOLOGIA 
 
NEUROFISIOLOGIA 
 Srta. Mariana Lopes 
 
❖ TIPOS DE DOR 
- A dor pode ser classificada de acordo com a 
distinção corporal: 
• Dor aguda: é transmitida para o SNC por 
fibras A deltas finas mielinizadas (axônios). Esse 
tipo de dor é aguda e localizada e desaparece 
quando o estímulo é cessado ou interrompido. 
Alerta reação de afastamento. Ex.: agulhada no 
dedo – dor rápida, aguda e localizada. 
 
• Dor crônica: é transmitida para o SNC por 
fibras do tipo C não mielinizadas, portanto possui 
uma velocidade menor do potencial de ação. É 
caracterizada por ser uma dor mais difusa e que 
persiste na ausência do estímulo desencadeante. 
Está associado à inflamação e a lesão tecidual. 
 
• Prurido/coceira: está relacionado a 
liberação de histamina em áreas lesadas que ativa 
um subgrupo de fibras do tipo C. Está associado 
a erupções cutâneas. 
 
 
❖ NOCICEPÇÃO: processo sensorial que 
provê sinais que desencadeiam a experiência 
da dor. Envolve a dimensão sensorial-
discriminativa, ou seja, quando um estímulo 
doloroso é detectado por um nociceptor 
(terminações nevosas livres) a intensidade 
desse estímulo é codificada por potenciais de 
ação que levam a informação dolorosa para 
o sistema nervoso central. 
 
 
 
 
 
 
 
❖ DOR: a dor corresponde a percepção 
(aspecto perceptual) do indivíduo sobre a 
informação sensorial. Com isso, dois indivíduos 
podem receber o mesmo estímulo sensorial 
de mesma intensidade sensorial discriminativa, 
porém os relatos da dor podem ser 
diferentes. – Percepção consciente de 
sensações diversas, como irritação, fisgada, 
ardência ou latejar de alguma parte do corpo. 
Essa forma de percepção desses estímulos 
define a qualidade cognitiva da nossa 
nocicepção (dimensão afetivo-motivacional – 
que pode tanto atenuar ou amplificar a 
sensação de dor) 
 
❖ Dor inflamatória 
- Está associada a lesão tecidual que promove a 
liberação de substâncias químicas (potássio, 
histamina, prostaglandinas e substância P) no local da 
lesão que ativam ou sensibilizam (reduzir o limiar 
de ativação) os nociceptores. 
- Essas substâncias algogênicas promovem a dor, 
gerando uma hiperalgesia (sensibilidade aumentada 
à dor) 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA: Aspirina (ácido 
acetilsalicílico) 
Esse medicamento funciona no bloqueio da dor, pois 
ele atua bloqueando a ação/síntese da prostaglandina 
que é um mediador da inflamação que estimula 
receptores da dor. 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA 
 
NEUROFISIOLOGIA 
 Srta. Mariana Lopes 
 
• A via ascendente que leva a informação de dor 
até o córtex se chama sistema espinotalâmico 
(ou coluna ântero-lateral da medula) 
 
 
 
❖ Dor visceral 
- É uma dor mal localizada e poder ser sentida em 
áreas distantes do estímulo doloroso. 
• Dor referida: a sensação de dor nos órgãos 
internos é sentida na superfície do corpo. 
- Uma teoria explica que na dor referida o que 
ocorre é que nociceptores de diversas localizações 
convergem para um único trato ascendente na 
medula espinhal. Pelo fato de os sinais de dor na pele 
serem mais comuns do que os de dor nos órgãos 
internos, o encéfalo associa a ativação da via com a 
dor na pele. Por exemplo, a dor no braço que pode 
estar associado a dor cardíaca. 
 
 
 
→ A dor pode ser regulada? 
- A percepção da dor pode ser regulada por vias 
descendentes, ou seja, pela ativação de áreas 
cerebrais que irá ativar uma via que vai modular a 
atividade neurônios que leva a informação nociceptiva 
para o sistema nervoso central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁREAS CEREBRAIS: relacionadas ao estado 
comportamental/motivacional 
 
Ex.: Hipotálamo, amigdala, ínsula 
 
Se projetam para áreas do mesencéfalo como a 
substância cinzenta periquedutal – PAG 
 
Ela envia axônios para o núcleo da rafe, no bulbo. 
Aqui há sinapses entre neurônios desse núcleo 
 
Essas sinapses levam a inibição dos neurônios 
nociceptivos 
 
 
 
• O funcionamento dos mecanismos descendentes 
de regulação de dor, está relacionado ao 
funcionamento de opióides endógenos 
(encefalinas e dinorfinas – neurotransmissores que 
ativam esses receptores). 
- Esses receptores opióides estão amplamente 
distribuídos no encéfalo, especialmente em locais que 
modulam a atividade nociceptiva (PAG, núcleos de rafe 
e corno dorsal da medula) 
- Fármacos opióides: atuam no sistema analgésico 
que utiliza os opióides endógenos (encefalinas e 
dinorfinas). Esses fármacos são derivados de morfina, 
que atua nesses receptores. 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA 
 
NEUROFISIOLOGIA 
 Srta. Mariana Lopes 
 
❖ Efeito placebo 
- Placebos são substâncias inócuas administradas que 
promovem a redução da dor 
- O efeito do placebo é abolido quando é 
administrado um antagonista de opioides. 
 
❖ Regulação da dor 
• Teoria da comporta da dor (Portão medular 
para a dor) – Melzack & Wall, 1960 
- O portão da dor é representado por interneurônios 
inibitórios presentes na medula. Eles são ativados por 
estímulos táteis simultaneamente a estimulação 
dolorosa. Esses interneurônios inibitórios são capazes 
de inibir a transmissão da informação dolorosa para 
os neurônios de segunda ordem na medula espinhal, 
que são aqueles que enviam as informações 
nociceptivas. 
- Assim, segundo essa teoria, ocorre a supressão da 
dor no corno dorsal da medula espinhal, antes que a 
estimulação dolorosa chegue aos tratos espinhais 
ascendentes.

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