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ACIDENTES OFÍDICOS escorpião, aracnídeos e lagarta “ No ano de 2010, em todo o país, foram registrados 126.759 acidentes por animais peçonhentos no SINAN, sendo 52.355 (41,30%) causados por escorpiões. 3 CASO CLÍNICO: ESCORPIONISMO Na UBS: 9 anos, masculino, vítima de picada de animal peçonhento em região plantar do segundo artelho do pé esquerdo há 30 minutos. O irmão mais velho da vítima informa que se trata de escorpião de cor amarelada e de dorso escurecido. 4 CASO CLÍNICO: ESCORPIONISMO O paciente encontra-se muito agitado, queixando de cefaleia intensa e exibiu quatro episódios de vômitos. Solicitada transferência para o hospital municipal. 5 CASO CLÍNICO: ESCORPIONISMO Admitido no hospital com queixa de dor intensa no local da picada. Ao exame, encontrava-se sonolento, com extremidades frias, sialorreia, bradicardia sinusal ao eletrocardiograma, sem sinais de acometimento pulmonar, glicemia capilar de 504 mg/dL. 6 CASO CLÍNICO: ESCORPIONISMO Foi feito diagnóstico de escorpionismo grave pela espécie T. serrulatus e administradas quatro ampolas de SAE, sem diluição, via endovenosa, em 10 minutos e dipirona via EV. 7 CASO CLÍNICO: ESCORPIONISMO Realizada revisão laboratorial direcionada, com boa evolução. A alta hospitalar foi dada 30h depois, com o paciente assintomático. 8 ESCORPIONISMO × Veneno neurotóxico, com efeitos simpáticos e parassimpáticos × ECG, EcoCG, RxTórax, Hemograma e eletrólitos 9 TRATAMENTO × Soro antiescorpiônico/antiaracnídeo, 5-10 ampolas EV nos casos graves. × Lidocaína (local), analgésicos, soro, corrigir distúrbios, atropina, VM, etc. × UTI para casos moderados e graves 10 CASO CLÍNICO: ARANEÍSMO Recém-nascido, sexo masculino, procedente de Itapeva-SP, no sétimo dia de vida foi picado por aranha marrom em região de axila direita, apresentando inicialmente edema, eritema e calor local. 12 CASO CLÍNICO: ARANEÍSMO Evoluiu com necrose progressiva do membro superior direito até o cotovelo, exsudato purulento em toda a região e choque séptico. 13 Aspecto inicial da lesão CASO CLÍNICO: ARANEÍSMO Paciente ficou internado em UTI, sendo efetuado tratamento tópico (curativos) com hidrofibra de prata e sistêmico (antibioticoterapia endovenosa). 14 Aspecto inicial da lesão CASO CLÍNICO: ARANEÍSMO Após o desbridamento químico, foi realizado enxerto de pele parcial. 15Pós desbridamento químico Pós-operatório (2 meses) ESPÉCIES IMPORTANTES Aranha-armadeira (Phoneutria) Aranha-marrom (Loxosceles) Viúva-negra (Latrodectus) 16 PHONEUTRIA (ARMADEIRA) Veneno neurotóxico. Hiperglicemia e acidose podem aparecer. 5 ampolas EV com manifestações sistêmicas/acidentes graves. Lidocaína local. 17 LOXOSCELES (MARROM) Ação lítica sobre hemácias e endotélio. Inflamação intensa com necrose (1 a 12 dias). Localizada ou visceral: anemia hemolítica, CIVD, injúria renal, etc Soroterapia até 36h (?) 18 LOXOSCELES (MARROM) Dipirona, curativo, atb (SN), corticoides. Remoção da escara após delimitação definitiva da lesão. Correções sistêmicas. 19 LATRODECTUS (VIÚVA-NEGRA) Dor intensa no local, fasciculações, contraturas, trismo, alterações do SNA e, nos piores casos, hipotensão e choque. Soro antilatrodectus, 1-2 ampolas, EV. Lidocaína local. 20 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Menina de 5 anos, procedente do povoado de Villarondos, área rural amazônica do departamento de Huánuco, Peru, chega ao Centro de Saúde Bello, com equimoses em hemiabdome inferior e MMII. 22 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Conta que há 24 horas, enquanto acompanhava seu pai, caiu e apoiou sua mão sobre o tronco de uma árvore, em cuja superfície havia dezenas de lagartas de cor marrom e cerca de 10cm de comprimento. 23 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Com equimoses em hemiabdome inferior e MMII, é referida ao Hospital de Tingo María e dali para o Hospital de Huánaco, onde chega ao 3º dia de história clínica. 24 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Durante sua estadia no hospital, apresenta epistaxe, hematêmese e edema lingual, orofaríngeo e facial, Além de transtorno sensitivo. Os exames mostram anemia severa e plaquetopenia leve. 25 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Tratada com hidratação EV, transfusão de hemácias e antibióticos. Sem melhora, diante da persistência do quadro clínico, é referida ao hospital de referência em Medicina Tropical, onde chega com uma semana de história. 26 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS À admissão, apresentava-se em mal estado geral, com icterícia em pele e mucosas; múltiplas equimoses e hematomas periorbitárias, submentoniana, em hemiabdome inferior e MMII; gengivorragia; e pequena lesão crostosa necrótica no dorso da mão direita. 27 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Foi internada em UTIp e diagnosticada com erucismo. Os exames complementares revelaram anemia hemolítica severa, plaquetopenia leve e transtorno de coagulação. 28 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Iniciado tratamento com hidratação EV, antibióticos, corticoide, vitamina K, furosemida, ranitidina, transfusão de hemoderivados (plasma e hemácias) e nebulizações con adrenalina. Solicitado soro antilonômico ao Instituto Butantan (SP). 29 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS Chega o soro 48h depois. Apesar de melhora clínica, a paciente permanece com anemia severa e transtorno de coagulação. Foram administrados 3 frascos de SALon. Melhora do quadro hemorrágico em horas. 30 CASO CLÍNICO: LEPIDÓPTEROS A paciente permaneceu hospitalizada um total de 21 dias, recebendo alta com reversão completa do quadro clínico. 31 LONOMIA × A tríade composta por anemia hemolítica, plaquetopenia e insuf. renal aguda é bastante encontrada após o contato com Lonomia spp. × Insuficiência renal aguda e hemorragia intracraniana são as complicações mais graves. 32 LONOMIA × Dor, edema, placas eritematosas e necrose de pele são sintomas locais possíveis. × Tto: soro antilonômico (SALon) + hemotransfusão, reposição de fatores da coagulação, diálise. 33 Boa semana. Siga-me no Instagram @eduwolfgram Obrigado! 34
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