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Resumo de Bárbara Behrens 20.1 1 REGIÃO TORÁCICA: INTRODUÇÃO: • O tórax é a parte do corpo situada entre o pescoço e o abdome. • É formada por regiões topográficas bem definidas, exceto o limite superior ( abertura superior do tórax ), que não é região, mas sim um plano imaginário. • Cada procedimento que for realizado no EIC, tem que ser realizado na parte superior de cada costela, visando não atingir o feixe vasculonervoso ( parte mais importante no sulco da costela ) e de cima pra baixo: VAN: Veia, Artéria e Nervo ( fugir desse feixe vasculonervoso ). No EIC: Pela margem superior da costela inferior: Não existe plexo nervoso tão potente quanto da costela superior. FORMADA POR: • Caixa musculoesquelética externa: ➢ Parede torácica: Formada por tecidos moles e caixa torácica, cujas barras horizontais são formadas pelas costelas e cartilagens costais, esterno e pelas vértebras torácicas. • Cavidade torácica interna: ➢ A cavidade torácica e sua parede têm o formato de um cone truncado, a parte superior é mais estreita e a circunferência aumenta inferiormente, alcançando o diâmetro máximo na junção com a parte abdominal do tronco. ➢ É dividida em três espaços principais: ✓ Compartimento central, ou mediastino: aloja as vísceras torácicas, com exceção dos pulmões. ✓ Cavidades pulmonares direita e esquerda, de cada lado, que abrigam os pulmões. PAREDE TORÁCICA: Resumo de Bárbara Behrens 20.1 2 REGIÃO TORÁCICA: • Inclui a caixa torácica, músculos que se estendem entre as costelas, a pele, a tela subcutânea, os músculos e a fáscia que revestem sua face anterolateral. • As glândulas mamárias estão situadas na tela subcutânea da parede torácica. • Funções: ➢ Proteger os órgãos internos torácicos e abdominais. ➢ Resistir às pressões internas negativas geradas pela retração elástica dos pulmões e pelos movimentos inspiratórios. ➢ Proporcionar a inserção para os MMSS e sustentar seu peso. ➢ Proporcionar a inserção de músculos que movimentam os MMSS. • Esqueleto torácico que forma a caixa torácica são os 12 pares de costelas e cartilagens costais associadas, 12 vértebras torácicas e os discos intervertebrais, além do esterno. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 3 REGIÃO TORÁCICA: MÚSCULOS DA PAREDE TORÁCICA: Resumo de Bárbara Behrens 20.1 4 REGIÃO TORÁCICA: • Os músculos da parede torácica são: Peitoral maior, peitoral menor, latíssimo do dorso, serrátil anterior, intercostais internos e intercostais externos. LIMITES ( PRÓPRIAS PAREDES ): SUPERIOR: • O limite superior é a abertura superior do tórax, que tem como limites: ➢ Posterior: Corpo vertebral de T1. ➢ Lateral: Primeiro par de costelas e suas cartilagens costais. ➢ Anterior: Margem superior do manúbrio do esterno. • As estruturas que passam entre a cavidade torácica e o pescoço através da abertura superior do tórax incluem traqueia, esôfago, nervos e vasos que suprem e drenam a cabeça, pescoço e os MMSS. INFERIOR: • O limite inferior é a região diafragmática e tem como limites: ➢ Posterior: Corpo vertebral de T12. ➢ Posterolateral: 11 e 12 pares de costelas. ➢ Anterolaterais: Cartilagens costais unidas das costelas 7 a 10 e as margens costais. ➢ Anterior: Processo xifoide do esterno. LIMITE ANTERIOR: • Região esternal. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 5 REGIÃO TORÁCICA: LIMITE ANTEROLATERAL E PÓSTERO-LATERAL: • Região costal. LIMITE POSTERIOR: • Região da coluna vertebral torácica. DIAFRAGMA: • É uma parede comum musculotendínea que separa o tórax e o abdome. • Função mais importante é servir como músculo primário da inspiração. • O pulmão, quando em expiração, não ocupa totalmente a cavidade torácica, gerando dois recessos ( espaços pleurais virtuais ): ➢ Costodiafragmáticos ( recesso costofrênico ): Entre as costelas e o diafragma. Revestidos por pleura. Utilizado para punção de coleções de material para diagnóstico. Nessa região, é comum o acúmulo de líquidos. Os líquidos patológicos como tuberculose, derrame pleural, derrame neoplásico, hemotórax, há acúmulo de líquidos nessa região: FAZER PUNÇÃO NESSA REGIÃO E COLHER MATERAL NESSA ÁREA PARA ESTUDO DESSE MATERIAL. ➢ Costomediastinais: Esquerdo é maior. • Possui uma grande aderência com o pericárdio fibroso na região do seu centro tendíneo: ➢ Acesso cirúrgico para abordagem do pericárdio por meio do diafragma. ➢ Nesse caso, pode-se acessar o derrame pericárdico, aproveitando essa aderência, puncionando o abdome para o tórax e acessando esse derrame. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 6 REGIÃO TORÁCICA: PLEURA: • A pleura é uma membrana dupla formada por uma camada externa ( pleura parietal ) e uma camada interna ( pleura visceral ), que reveste diretamente os pulmões. • Recebe nomes de acordo com a parte que está aderida: ➢ Pleura costal aderida às costelas intercostais. ➢ Pleura mediastinal aderida ao mediastino. ➢ Pleura diafragmática adere ao diafragma. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 7 REGIÃO TORÁCICA: ➢ Cúpula pleural ou ápice da pleura ou pleura cervical passa 2 cm da primeira costela. • Cada porção da pleura parietal é inervada de acordo com a parede que ela está. ➢ Pleura costal: Nervo, Artéria e Veia intercostais. ➢ Pleura mediastinal: Nervo frênico e artéria pericardicofrênica. • Ligamento suspensor da pleura de Sebileau: Segura o ápice da pleura na primeira costela e o processo transverso de C7. PLANOS DE ACESSO CIRÚRGICO: • Pele. • Tela Subcutânea. • Fáscia do músculo em que foi realizado a incisão ( grande parte é a fáscia peitoral ). • Músculo em que foi realizado a incisão. • Plano costal: ➢ Músculo intercostal externo. ➢ Músculo intercostal interno. ➢ Músculo intercostal íntimo. • Fáscia endotorácica: ➢ Entre a pleura parietal e o músculo intercostal. ➢ Fixa a parte adjacente do revestimento das cavidades pulmonares ( pleura parietal costal ) à parede torácica. ➢ Encontra-se externamente a pleura parietal. ➢ Considerada como fáscia parietal do tórax. ➢ Formada de tecido conjuntivo frouxo. ➢ Com relação a cúpula pleural, essa fáscia se espessa para formar a membrana suprapleural ( fáscia de Sibson ): ✓ Separa a pleura dos elementos da região supraclavicular. ✓ Fixa-se na margem interna da primeira costela e no processo transverso da vértebra C7. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 8 REGIÃO TORÁCICA: ✓ Também chamado de ligamento suspensor da pleura. ✓ É um perigo nas punções de veia subclávia, pois pode furar o ápice do pulmão, que está acima da primeira costela e causar um pneumotórax. • Pleura parietal costal. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 9 REGIÃO TORÁCICA: VASCULARIZAÇÃO: IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA PAREDE TORÁCICA: • Aorta Torácica: ➢ Artérias intercostais posteriores ( 3 ao 11 EIC ) e Artérias subcostais. • Artéria Subclávia: ➢ Origina a Artéria Torácica interna, que origina a Artéria musculofrênica, que origina as Artérias intercostais anteriores ( 7 ao 9 EIC ). A Artéria Torácica interna também origina as Artérias intercostais anteriores ( 1 ao 6 EIC ). ➢ Origina o Tronco costocervical, que origina a Artéria intercostal suprema, que origina as Artérias intercostais posteriores ( 1 e 2 EIC ). • Artéria Axilar: ➢ Origina Artérias torácicas superior ( 1° porção ) e lateral ( 2° porção ) e ramo peitoral do tronco toracoacromial ( 2° porção ). DRENAGEM VENOSA DA PAREDE TORÁCICA: • As veias intercostais anteriores drenam para a veia torácica interna que drena para a veia braquiocefálica. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 10 REGIÃO TORÁCICA: • A veia intercostal posterior ( 1 EIC ) drena para a veia braquiocefálica. • Veias intercostais posteriores ( 2 e 3 EIC ) drenam para a veia intercostal superior que drena paraa veia braquiocefálica. • Veias intercostais posteriores ( 4 ao 11 EIC ) drenam para o sistema venoso ázigos. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 11 REGIÃO TORÁCICA: Resumo de Bárbara Behrens 20.1 12 REGIÃO TORÁCICA: IRRIGAÇÃO ARTERIAL E DRENAGEM VENOSA DA PLEURA COSTAL: • Artérias e veias intercostais. • Ramos da artéria torácica interna. IRRIGAÇÃO ARTERIAL E DRENAGEM VENOSA DA PLEURA MEDIASTINAL: • Artérias e veias pericardicofrênicas. IRRIGAÇÃO ARTERIAL E DRENAGEM VENOSA DA PLEURA DIAFRAGMÁTICA: • Porção central: ➢ Artérias e veias pericardicofrênicas. • Porção periférica: ➢ Artérias e veias intercostais. IRRIGAÇÃO ARTERIAL E DRENAGEM VENOSA DA PLEURA CERVICAL: • Ramos e tributárias da artéria e veia subclávia, respectivamente. INERVAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA: • Ramos anteriores de T1-T11: ➢ Nervos intercostais anteriores. • Ramo anterior de T12: ➢ Nervo subcostal. • Ramos posteriores de T1-T12: ➢ Nervos intercostais posteriores. INERVAÇÃO DA PLEURA PARIETAL: • Pleura costal e parte periférica da pleura diafragmática: ➢ Raízes de T1-T12: Nervos intercostais. • Pleura mediastinal e parte central da pleura diafragmática: ➢ Raízes de C3-C5 originam o nervos frênicos. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 13 REGIÃO TORÁCICA: COMPARTIMENTO PULMONAR: PULMÕES: • São órgãos vitais da respiração. • São elásticos e retraem-se a aproximadamente um terço do tamanho original quando a cavidade torácica é aberta. • São separados um do outro pelo mediastino. • Cada pulmão tem: ➢ Um ápice, a extremidade superior arredondada do pulmão que ascende acima do nível da costela I até a raiz do pescoço e é recoberto pela cúpula da pleura. ➢ Uma base, a face inferior côncava do pulmão, oposta ao ápice, que acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma e se apoia nela. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 14 REGIÃO TORÁCICA: ➢ Dois ou três lobos, criados por uma ou duas fissuras. ➢ Três faces ( costal, mediastinal e diafragmática ). ➢ Três margens ( anterior, inferior e posterior ). PULMÃO DIREITO: • Apresenta fissuras oblíqua e horizontal direitas, que o dividem em três lobos direitos: superior, médio e inferior. • É maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio estão mais voltados para a esquerda. PULMÃO ESQUERDO: • Tem uma única fissura oblíqua esquerda, que o divide em dois lobos esquerdos: superior e inferior. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 15 REGIÃO TORÁCICA: • A margem anterior do pulmão esquerdo tem uma incisura cardíaca profunda, uma impressão deixada pelo desvio do ápice do coração para o lado esquerdo. Essa impressão situa-se principalmente na face anteroinferior do lobo superior e molda a parte mais inferior e anterior do lobo superior, transformando-o em um prolongamento estreito e linguiforme, a língula. ➢ A língula se estende abaixo da incisura cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração e a expiração. ➢ A língula é utilizada para fazer biópsias diagnósticas de lesões difusas no pulmão: faz incisura com incisão anterior e passa o grampeador, tirando aquele pedaço para estudo. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 16 REGIÃO TORÁCICA: IMPRESSÕES PULMONARES: • Os pulmões têm impressões que são deixadas pelas estruturas adjacentes a eles, como as costelas, o coração e os grandes vasos. • Essas impressões fornecem indicações sobre as relações dos pulmões, entretanto apenas as impressões cardíacas são visíveis durante a cirurgia. FACE COSTAL DO PULMÃO: • Está relacionada à parte costal da pleura, que a separa das costelas, cartilagens costais e músculos intercostais íntimos. FACE MEDIASTINAL DO PULMÃO: • Está relacionada com o mediastino médio, que contêm o pericárdio e o coração. • Compreende o hilo, que recebe a raiz do pulmão. FACE DIAFRAGMÁTICA DO PULMÃO: • Forma a base do hilo, apoiada sobre a cúpula diafragmática. HILO: • Área na face mediastinal de cada pulmão onde entram e saem estruturas que formam a raiz. • Medialmente ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal e visceral de pleura- a bainha pleura. • Disposição das estruturas do hilo: ➢ Direito: ✓ Artéria pulmonar: Entre o brônquio principal e veia pulmonar superior. ✓ Brônquio principal: Posterior à artéria. ✓ Veia pulmonar superior: Anterior à artéria. ✓ Veia pulmonar inferior: Inferior ao brônquio. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 17 REGIÃO TORÁCICA: ➢ Esquerdo: ✓ Artéria pulmonar: Superior. ✓ Brônquio principal: Posterior e inferior à artéria. ✓ Veia pulmonar superior: Anterior ao brônquio. ✓ Veia pulmonar inferior: Inferior ao brônquio. OBS: Encontrar a veia pulmonar inferior: soltando o ligamento pulmonar, que é uma aderência da pleura do pulmão na pleura parietal mediastinal ( Resumo de Bárbara Behrens 20.1 18 REGIÃO TORÁCICA: parte inferior do pulmão aderida na pleura mediastinal ): Quando passa um bisturi elétrico e solta a pleura, cai na veia pulmonar inferior. SEGMENTAÇÃO PULMONAR: • Um segmento pulmonar é a menor região funcionalmente independente de um pulmão, capaz de ser cirurgicamente ressecada sem afetar regiões adjacentes. • OBS: Cada brônquio principal ( primário ) divide-se em brônquios lobares secundários, dois à esquerda e três à direita, e cada um deles supre um lobo do pulmão. Cada brônquio lobar divide-se em vários brônquios segmentares terciários, que suprem os segmentos broncopulmonares. • Supridos independentemente por um brônquio segmentar e um ramo arterial pulmonar terciário. SEGMENTAÇÃO PULMONAR DIREITA: • Lobo superior: ➢ Segmento Apical ( I ). ➢ Segmento Posterior ( II ). ➢ Segmento Anterior ( III ). • Lobo médio: ➢ Segmento Lateral ( IV ). ➢ Segmento Medial ( V ). • Lobo inferior: ➢ Segmento Superior ( VI ). ➢ Segmento Basilar Medial ( VII ). ➢ Segmento Basilar Anterior ( VIII ). ➢ Segmento Basilar Lateral ( IX ). ➢ Segmento Basilar Posterior ( X ). SEGMENTAÇÃO PULMONAR ESQUERDA: • Lobo superior: ➢ Segmento Ápico-posterior ( I e II ). ➢ Segmento Anterior ( III ). Resumo de Bárbara Behrens 20.1 19 REGIÃO TORÁCICA: ➢ Segmento Lingular Superior ( IV ). ➢ Segmento Lingular Inferior ( V ). • Lobo inferior: ➢ Segmento Superior ( VI ). ➢ Segmento Basilar Antero-medial ( VII e VIII ). ➢ Segmento Basilar Lateral ( IX ). ➢ Segmento Basilar Posterior ( X ). Resumo de Bárbara Behrens 20.1 20 REGIÃO TORÁCICA: VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL: • Propriamente dita: ➢ Aorta torácica origina as artérias brônquicas. • Condução do sangue pouco oxigenado aos pulmões: ➢ Do tronco pulmonar, o sangue passa para as artérias pulmonares direita e esquerda, para as artérias lobares ( secundárias ), para as artérias segmentares ( terciárias ) e realiza a hematose. DRENAGEM VENOSA: • Propriamente dita: ➢ Veias brônquicas drenam para o sistema venoso ázigos. • Condução do sangue rico em oxigênio para o coração: ➢ Capilares pulmonares para as veias pulmonares, que desemboca no átrio esquerdo. INERVAÇÃO: Resumo de Bárbara Behrens 20.1 21 REGIÃO TORÁCICA: • Pulmões pleura visceral: Simpática: ➢ Raízes de T2-T5/T6- Nervos esplâncnicos cardiopulmonares- Plexos pulmonares anterior e posterior. • Parassimpática: ➢ Nervo vago- Plexos pulmonares anterior e posterior. APLICAÇÕES CLÍNICAS: PNEUMOTÓRAX, HIDROTÓRAX E HEMOTÓRAX: • A entrada de ar na cavidade pleural ( pneumotórax ), resultante de uma ferida penetrante da pleura parietal, provoca o colapso do pulmão. ➢ Geralmente, oriundo de uma PAF ou uma ruptura por lesão pleural. • O acúmulo substancial de líquido na cavidade pleural ( hidrotórax ) pode ser consequência de derrame pleural ( passagemde líquido para a cavidade pleural ). Resumo de Bárbara Behrens 20.1 22 REGIÃO TORÁCICA: • Em uma ferida no tórax, também pode haver entrada de sangue na cavidade pleural ( hemotórax ). ➢ A lesão de um grande vaso intercostal ou torácico interno é causa mais frequente de hemotórax que a laceração pulmonar. • Se houver um acúmulo de ar e sangue na cavidade pleural, é recebido o nome de hemopneumotórax. COMPARTIMENTO MEDIASTINAL: MEDIASTINO: • É o compartimento central da cavidade torácica. • É coberto de cada lado pela parte mediastinal da pleura parietal e contém todas as vísceras e estruturas torácicas, exceto os pulmões. • Limites: ➢ Anterior: Região esternal. ➢ Posterior: Coluna vertebral torácica. ➢ Lateral: Face mediastinal das pleuras parietais. ➢ Superior: Abertura superior do tórax. ➢ Inferior: Região diafragmática. • É uma região com alta mobilidade, porque contém principalmente estruturas viscerais ocas ( cheias de líquido ou ar Resumo de Bárbara Behrens 20.1 23 REGIÃO TORÁCICA: ) unidas apenas por tecido conjuntivo frouxo, que pode estar infiltrado com gordura. • É subdividido em 2 regiões pelo plano transverso do tórax: ➢ Mediastino superior: Mesmas delimitações da região mediastinal, com exceção da sua delimitação inferior, que é o plano transverso do tórax e coluna torácica de T1 a T4. ➢ Mediastino inferior: Mesmas delimitações da região mediastinal, com exceção da sua delimitação superior, que é o plano transverso do tórax. OBS: O plano transverso do tórax se estende do ângulo do esterno ( ângulo de Louis ) até a junção das vértebras torácicas T4/T5 ( disco intervertebral IV ): Plano transverso do tórax passa pela parte inferior ( horizontal ) da aorta. • O mediastino inferior é dividido em mais 3 porções pelo pericárdio fibroso: ➢ Mediastino Anterior: ✓ Localizado entre o corpo do esterno e o pericárdio, sendo a menor subdivisão do mediastino. ➢ Mediastino Médio: ✓ Limitado pelo pericárdio, é a parte mais larga do mediastino inferior. ➢ Mediastino Posterior: ✓ Localizado entre o pericárdio e o diafragma anteriormente, as vértebras T5-T12 posteriormente Resumo de Bárbara Behrens 20.1 24 REGIÃO TORÁCICA: e as partes mediastinais das pleuras parietais lateralmente. COMPONENTES DO MEDIASTINO SUPERIOR: • Estruturas viscerais: ➢ Timo. ➢ Esôfago. ➢ Traqueia. • Vasos sanguíneos: ➢ Grandes vasos do tórax ( ½ superior da veia cava superior, troncos braquiocefálicos direito e esquerdo, artéria pericardicofrênica, parte horizontal da aorta ), ramos da artéria torácica interna. • Estruturas linfáticas: ➢ Ducto linfático. ➢ Troncos linfáticos. ➢ Linfonodos. • Estruturas nervosas: ➢ Nervos vagos. ➢ Nervos frênicos. ➢ Nervo laríngeo recorrente esquerdo. ➢ Plexo cardíaco. COMPONENTES DO MEDIASTINO ANTERIOR: • Estruturas viscerais: ➢ Timo ( em crianças e lactentes ). • Vasos sanguíneos: ➢ Ramos dos vasos torácicos internos. ➢ Ramos mediastinais da aorta torácica. • Estruturas linfáticas: ➢ Linfonodos mediastinais anteriores. ➢ Vasos linfáticos. • Estruturas conjuntivas: ➢ Tecido adiposo. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 25 REGIÃO TORÁCICA: ➢ Ligamentos esternopericárdicos. COMPONENTES DO MEDIASTINO MÉDIO: • Estruturas viscerais: ➢ Pericárdio e seu conteúdo: coração e raízes dos grandes vasos ( ½ inferior da VCS, parte ascendente da aorta- coronárias- e tronco pulmonar ). • Vasos sanguíneos: ➢ Artérias e veias pericardicofrênicas. • Estruturas nervosas: ➢ Nervos frênicos. COMPONENTES DO MEDIASTINO POSTERIOR: • Estruturas viscerais: ➢ Esôfago. ➢ Brônquios principais ( direito e esquerdo ). OBS: Anteriormente aos brônquios principais ( hilo pulmonar ), passam os nervos frênicos. OBS: Posteriormente aos brônquios principais ( hilo pulmonar ), passam os nervos vagos. • Vasos sanguíneos: ➢ Aorta torácica: T4 a T12: Ramos. ➢ Veia ázigo. ➢ Veia hemiázigo. ➢ Veia hemiázigo acessória. • Estruturas linfáticas: ➢ Ducto torácico. ➢ Troncos linfáticos. ➢ Linfonodos mediastinais posteriores. • Estruturas nervosas: ➢ Nervos vagos. ➢ Troncos simpáticos. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 26 REGIÃO TORÁCICA: ➢ Plexo esofágico. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 27 REGIÃO TORÁCICA: IRRIGAÇÃO DO PERICÁRDIO: Feita pelas artérias Pericardiofrênica, musculofrênica, esofágica, brônquica. OBS: O pericárdio tem que ser aberto sempre no sentido do frênico, para não cortar o pericárdio. PROCEDIMENTOS: Resumo de Bárbara Behrens 20.1 28 REGIÃO TORÁCICA: • Toracotomia: a simples é uma via de acesso, cujo interesse é apenas o tórax. • Toracotomia: a combinada é uma via de acesso, cujo interesse se estende ao pescoço ou abdome. • Pleurostomia: Abertura da pleura. • Timectomia: Esternotomia para retirada de tumor de timo. CORAÇÃO: • O coração é uma bomba dupla, autoajustável, de sucção e pressão, cujas partes trabalham em conjunto para impulsionar o sangue para o corpo todo. • Está situado obliquamente, cerca de 2/3 à esquerda e 1/3 à direita do plano mediano. • Encontra-se alojado no mediastino médio. • Possui um ápice, uma base, quatro faces e quatro margens. ÁPICE DO CORAÇÃO: • Composto pela parte inferolateral do VE. • Situado posteriormente ao 5 EIC, próximo à linha hemiclavicular esquerda. • Direcionado para baixo, para anterior e para esquerda. BASE DO CORAÇÃO: Resumo de Bárbara Behrens 20.1 29 REGIÃO TORÁCICA: • Composto principalmente pelo AE, com uma menor contribuição do AD. • Está voltado para a posterior e para a direita. • Recebe as veias pulmonares no AE e as VCS e VCI no AD. FACES DO CORAÇÃO: • Face esternocostal ( anterior ): Formada principalmente pelo VD. • Face diafragmática ( inferior ): Formada principalmente pelo VE e por uma parte do VD. • Face pulmonar direita: Formada principalmente pelo AD. • Face pulmonar esquerda: Formada principalmente pelo VE. MARGENS DO CORAÇÃO: • Margem direita: Formada pelo AD e estende-se pelas VCS e VCI. • Margem inferior: Formada principalmente pelo VD e por uma parte do VE. • Margem esquerda: Formada por uma parte do VE e pela aurícula esquerda. • Margem superior: Formada pelos AD e AE e suas respectivas aurículas. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 30 REGIÃO TORÁCICA: IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO CORAÇÃO: • É feito pelas artérias coronárias, primeiros ramos da artéria aorta, que se originam dos seios esquerdo e direito da valva aórtica ( seio de valsalva ). • Ramos da artéria coronária direita: ➢ Irriga o AD, VD, porção do VE em contato com o diafragma, áreas dos septos interatrial e interventricular, nó sinoatrial e nó atrioventricular. ➢ Quando entra no seio coronário, forma o ramo do nó sinoatrial ( em 60% das pessoas, a irrigação do nó sinoatrial sai da coronária direita- irriga o VD ). ➢ Na margem do coração, forma a marginal direita ( irriga o AD, VD ) e desce e forma a diafragmática do coração. ➢ Depois, segue até a cruz do coração ( superposição de câmaras cardíacas/septos ), onde origina a interventricular posterior ( em 80% das pessoas )- Nó atrioventricular ( forma o ramo direito e esquerdo ). ➢ A artéria interventricular posterior ( descendente posterior )- em 67% das pessoas, ramo da coronária direita. OBS: O domínio do sistema arterial coronário é definido pela artéria que emitir o ramo IV posterior, sendo predominante a ACD (67%). Resumo de Bárbara Behrens 20.1 31 REGIÃO TORÁCICA: • Ramos da artéria coronária esquerda: ➢ Irriga o AE, VE, uma pequena parte do VD, o septo interventricular e o nó sinoatrial ( 40% das pessoas ). ➢ No seio coronário, origina a interventricular anterior ( descendente anterior) e a circunflexa. ➢ Ainterventricular anterior origina a diagonal ( irriga principalmente o VE ). ➢ A circunflexa origina a marginal esquerda, que segue pela margem esquerda do coração ( irriga o VE ). DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO: • Seio coronário: Principal veia na drenagem do coração, é formado pelas seguintes tributárias: ➢ Veia cardíaca magna: É a principal tributária, drenando as áreas cardíacas suprimidas pela ACE e desembocando na extremidade esquerda do seio coronário. É formada inicialmente pela veia interventricular anterior, seguindo como cardíaca magna junto com o ramo Circunflexo da ACE (sangues arterial e venoso fluem na mesma direção). ➢ Veia oblíqua do AE (veia de Marshall): Contribui para a drenagem do seio coronário ao tributar nele. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 32 REGIÃO TORÁCICA: ➢ Veia cardíaca parva: Ao acompanhar o ramo marginal direito da ACD, tributa na extremidade direita do seio coronário. ➢ Veia interventricular posterior: Ao acompanhar o ramo IV posterior da ACD, tributa na extremidade direita do seio coronário. Também chamada de veia cardíaca média. ➢ Veia VE posterior. ➢ Veia marginal esquerda. • Veias anteriores do VD: Terminam diretamente no AD ou, às vezes, na veia cardíaca parva. • Veias cardíacas mínimas: Conduzem o sangue venoso dos leitos capilares até as câmaras cardíacas (principalmente os átrios). Também atuam na circulação colateral do miocárdio. AORTA TORÁCICA: • Inicia-se em T4, se estendendo até T12. • Tem como ramos parietais: intercostais posteriores e subcostais. • Já como ramos viscerais, são emitidos: esofágicos, frênicos - superiores, pericárdicas, bronquiais e mediastinais ( “EI FERAS, PASSEI NA BAHIANA DE MEDICINA” ). VEIA ÁZIGO: • Formada pelas veias ázigo lombar, lombar ascendente direita e subcostais. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 33 REGIÃO TORÁCICA: • Tem como tributárias: veias esofágicas, mediastinais, bronquiais, intercostais posteriores e plexo venoso vertebral. TRAQUEIA: • Tubo fibrocartilaginoso que possui cerca de 2,5 cm de diâmetro. • Estende-se da cartilagem cricóidea até o nível do plano transverso do tórax, onde se bifurca ( carina ) em brônquios principais direito e esquerdo. • A traqueia desce até o hilo pulmonar, inferiormente ao arco aórtico e anteriormente ao esôfago, entrando no mediastino superior, se inclinando um pouco para a direita do plano mediano. Termina em carina, no nível do ângulo do esterno, se bifurcando em: ➢ Brônquio direito: Mais largo, mais curto e verticalizado. ➢ Brônquio esquerdo: Mais estreito, mais longo e horizontalizado. • A traqueia tem seu suprimento arterial feito por ramos traqueais das artérias tireóidea inferior e por artérias brônquicas. Já a drenagem venosa, é feita pelas veias traqueais que se anastomosam com as veias tireóideas médias e inferiores, formando o plexo venoso tireóideo inferior, que, por sua vez, drena para as veias braquiocefálica. ESÔFAGO: • Entra no mediastino superior entre a traqueia e a coluna vertebral, onde se situa anteriormente aos corpos das vértebras T1-T4. • Estende-se da abertura superior do tórax até o hiato esofágico ( T10 ). • Desce do mediastino superior para o mediastino posterior, seguindo posteriormente e à direita ao arco da aorta e posteriormente ao pericárdio e ao átrio esquerdo. • Principal relação posterior da base do coração. Resumo de Bárbara Behrens 20.1 34 REGIÃO TORÁCICA: • A seguir, desvia-se para a esquerda e atravessa o hiato esofágico no diafragma ao nível da vértebra T X, anteriormente à aorta. • É comprimido por o arco da aorta, o brônquio principal esquerdo e o diafragma. • Irrigação Arterial: As artérias esofágicas e bronquiais, que são ramos da aorta torácica. • Drenagem Venosa: Veias esofágicas, que são tributárias do sistema ázigo. • A constrição broncoaórtica é combinada e ocorre no local do primeiro cruzamento do arco da aorta, a 22,5 cm da ADS e depois o cruzamento pelo brônquio principal esquerdo, a 27,5 cm da ADS. • Inervação: ➢ A inervação simpática se dá a partir do tronco simpático que forma o plexo esofágico. ➢ A inervação parassimpática se dá a partir do nervo vago, que faz parte do plexo esofágico.
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