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Desenvolvimento motor e Reflexos primitivos

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UNIVERSIDADE PAULISTA
RENATA DE OLIVEIRA BRACKS
TUANE CRISTINA GOMES DE MORAIS
DESENVOLVIMENTO NEUROPISCOMOTOR E REFLEXOS PRIMITIVOS
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2021
RENATA DE OLIVEIRA BRACKS (N2868H-0)
TUANE CRISTINA GOMES DE MORAIS (D30HGF-1)
DESENVOLVIMENTO NEUROPISCOMOTOR E REFLEXOS PRIMITIVOS
 Seminário do curso de Fisioterapia á
 Universidade Paulista – UNIP
 Orientadora: Maria Julia Tucci
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2021
RESUMO
Estudos em diversas áreas relatam a primeira infância como um ciclo mais importante para o desenvolvimento humano, nesse momento se faz o desenvolvimento cerebral e também as conexões importantes para os avanços de crescimento. O movimento é um processo que inclui sequência e continuidade e passará desde movimentos simples até grandes habilidades. Além da importância do desenvolvimento motor, há também a importância a respeito dos reflexos primitivos que se originam no sistema nervoso das crianças e se refere a uma resposta muscular e geralmente apresentam uma pequena duração, mas que é de extrema importância e essa resposta é uma relevante designação de que não há nenhum comprometimento de sua função neurológica e que com isso possa permanecer durante os anos de vida. 
As respostas reflexivas são designadas a cada mês e ano de vida, seguindo assim suas respostas esperadas.
Palavras chaves: Desenvolvimento, Reflexos, Função.
ABSTRACT
Studies in several areas report early childhood as the most important cycle for human development, this is when brain development takes place, and also the important connections for growth advances. Movement is a process that includes sequence and continuity and will go from simple movements to great abilities. In addition to the importance of motor development, there is also the importance of primitive reflexes that originate in the nervous system of children and refer to a muscular response and usually have a short duration, but which is of extreme importance and this response is a relevant designation that there is no impairment of their neurological function and that with this can remain during the years of life. 
The reflex responses are assigned to each month and year of life, thus following their expected responses.
Keywords: Development, Reflexes, Function.
SUMÁRIO
1 Introdução......................................................................................................6
2 Crescimento...................................................................................................7
3 Desenvolvimento neuropsicomotor................................................................7
 3.1 Fases do desenvolvimento neuropsicomotor..........................................8
 3.2 Marcos do desenvolvimento neuropsicomotor.......................................11
4 Maturação e Mielinização.............................................................................12
5 Neuroplasticidade.........................................................................................13
6 Reflexos e Reações......................................................................................15
 6.1 Fisiologia, vias e localização.................................................................15
 6.2 Tipos de reflexos e reações..................................................................18
7 Persistência dos reflexos..............................................................................21
8 Caso clínico..................................................................................................22
9 Conclusão.....................................................................................................23
10 Referências..................................................................................................24
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento é designado por diversas características. Primeiro, é uma ação de contínua mudança na funcionalidade, assim como a capacidade de existir, viver, mover e trabalhar existir. Este é um processo cumulativo. Os organismos vivos estão sempre em processo de desenvolvimento, mas as mudanças podem ser observadas ao longo da vida. Segundo, o desenvolvimento está ligado à idade, embora não dependa disso. O período que a idade avança, o desenvolvimento também avança, embora ele possa ser mais abrupto ou menos em períodos diferentes. Indivíduos não necessariamente avançam em idade e desenvolvimento na mesma razão, além disso, o desenvolvimento não para em uma idade em específica, mas continua ao longo da vida. Terceiro, o desenvolvimento engloba mudança sequencial. Um passo leva ao passo seguinte de maneira irreversível e ordenada. Essa mudança é o resultado de interações.
As mudanças fisiológicas não cessam ao término do tempo de crescimento físico, elas ocorrem durante toda a vida. A mudança fisiológica tende a ser mais lenta após o período de crescimento; no entanto, permanece avançado. O termo envelhecimento pode ser utilizado em um sentido amplo para se designar ao processo de se tornar mais velho, independentemente da idade cronológica; pode também se referir especificamente a mudanças que levam à perda de adaptabilidade ou de sua função. Os processos fisiológicos de crescimento e de envelhecimento se localizam em um contínuo de desenvolvimento durante toda a vida. Por muitos anos, os pesquisadores examinaram o desenvolvimento motor quase que exclusivamente da primeira infância até a puberdade. (Spirduso, Francis e MacRae, 2005).
É importante ter um modelo ou plano para nos direcionar ao estudo das mudanças dos movimentos que ocorrem. Um modelo nos auxilia a incluir todos os fatores relevantes em nossa observação do comportamento motor, o modelo de Newell. 
Além do desenvolvimento motor, maior parte dos movimentos do recém-nascido é representada por reflexos primitivos. As peculiaridades de comportamento do neonato mostram que este está sob a dominância dos núcleos subcorticais, os quais maturam antes do córtex. É por isto que o comportamento do lactente se caracteriza por estes padrões primários, e alguns padrões que permanecem até idade posterior sob a sua influência. Com a maturação crescente do córtex são inibidos estes padrões comportamentais primários, realizando-se a evolução em direção crâniocaudal. O processo é analisado com nitidez através do aparecimento e desaparecimento de reflexos e reações, com a evolução motora normal. A falta desses reflexos em idades em que deveriam estar presentes ou a persistência desses em idade em que deveriam ter desaparecido, indica prejuízo neurológico. (Flehmlg, 2002).
O ganho motor no primeiro ano de vida é um marco relevante do prognóstico do desenvolvimento global da criança. Essa etapa é caracterizada pelo controle postural, pela evolução das reações posturais de retificação e equilíbrio, associadas às habilidades apendiculares, ações consideradas marcos no desenvolvimento infantil, pois ampliam as possibilidades de exploração e interação com o ambiente. O desenvolvimento neurológico segue uma sequência previsível. Essa evolução permite que um bebê após o nascimento, que possui como atividade motora essencialmente o reflexo, progrida para a deambulação (Diament et al., 2010).
2 CRESCIMENTO
De um modo geral, considera-se o crescimento como aumento do tamanho corporal e, portanto, ele cessa com o término do aumento em altura. De um modo mais amplo, pode-se dizer que o crescimento do ser humano é um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a concepção até o final da vida, considerando-se os fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos. É considerado como um dos melhores indicadores de saúde da criança, em razão de sua estreita dependência de fatores ambientais, tais como alimentação, ocorrênciade doenças, cuidados gerais e de higiene, condições de habitação e saneamento básico, acesso aos serviços de saúde, refletindo assim, as condições de vida da criança, no passado e no presente. O planejamento familiar, a realização de uma adequada assistência pré-natal, ao parto e ao puerpério, as medidas de promoção, proteção e recuperação da saúde nos primeiros anos de vida são condições cruciais para que o crescimento infantil se processe de forma adequada.
O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento da criança com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que esteja submetido desde a concepção até a idade adulta. Portanto, pode se dizer que o crescimento sofre influências de fatores intrínsecos e de fatores extrínsecos. (Sampaio, T.F, Nogueira, K.G, Pontes, T.B , Toledo, A.M . 2015).
3 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
O desenvolvimento motor é definido como o processo de evolução e mudança no comportamento da criança. Se relaciona aos vários aspectos que caracterizam a evolução humana desde a sua concepção, abrangendo crescimento, maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais em uma transformação dinâmica, complexa e contínua. Fatos importantes nesse processo, é a carga genética e os fatores ambientais, sendo que estes podem ser otimizados com estímulos apropriados A criança deve atravessar cada fase, seguindo uma certa sequência com regularidade e, se a mesma não recebe estímulos externos, pode ocorrer atrasos no desenvolvimento. Por isso, é de extrema importância a avaliação e o acompanhamento do desenvolvimento motor da criança, principalmente nos primeiros anos de vida, pois dessa forma é possível realizar o diagnóstico precoce de doenças motoras, o que facilita o tratamento e o prognóstico. Um bom desenvolvimento motor repercute no futuro da criança, na qualidade de vida, nos aspectos sociais, intelectuais e culturais.
Há uma progressão de movimentos simples e desorganizados para habilidades motoras altamente organizadas e complexas. O desenvolvimento infantil se inicia ainda na vida uterina, com o crescimento físico, a maturação neurológica a construção de habilidades relacionadas ao comportamento e as esferas cognitiva, afetiva e social.
https://www.alcanzapsicologia.es/fisioterapia-infantil-almeria/
3.1 FASES DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
Recém-nascido (RN): O RN apresenta um padrão flexor de MMSS e MMII, devido a posição fetal; ombros protraídos; punhos e dedos em flexão; mãos fechadas; dorsiflexão e eversão dos tornozelos. Geralmente é assimétrico.
1º mês: A criança ainda apresenta um padrão flexor de MMSS e MMII; postura assimétrica; cabeça roda para ambos os lados; ao ser puxado para sentar, não tem o controle de cabeça, mas ocorre a ativação da musculatura cervical; em prono, a cabeça pode ser erguida por alguns segundos e roda para o outro lado, liberando as vias aéreas (reflexo de sobrevivência).
2º mês: Em supino os MMII apresentam movimentação “kickings”, que são os chutes, ou seja, realiza movimentos de extensão; os quadris ainda não apoiam no solo durante os movimentos de MMII; a criança sorri e vocaliza sons simples e incompreensíveis; em prono eleva a cabeça a 45° e a parte superior do tronco, apoiando-se sobre os antebraços e os cotovelos;
3º mês: Em supino a criança adquire uma postura mais simétrica; a cabeça permanece mais tempo na linha mediana; passa a adquirir melhor os movimentos de extensão dos membros; faz aproximação das mãos ao oferecer um objeto, mas geralmente não pega; sorri e vocaliza sons quando falam com ela e pode gargalhar; fixa atentamente para a face de outras pessoas; ao ser puxado para sentar, levanta a cabeça, porém os músculos abdominais ainda não participam da atividade; em prono, apoia-se sobre os antebraços e os cotovelos, ergue a cabeça até 45°, podendo movê-la de um lado para o outro.
4º mês: Em supino é capaz de abrir as mãos para pegar os objetos e trazê-los até a boca; os dedos são mais participativos; ao ser puxado para sentar, mantém a cabeça alinhada, ajuda flexionando os cotovelos e ocorre ativação da musculatura abdominal; em prono, eleva a cabeça a 90° e segue o objeto para ambos os lados; ao ser colocado em pé, estende os joelhos e faz descarga de peso sobre os pés; reconhece os pais visualmente e para de chorar ao ouvir a voz deles.
5º mês: Em supino leva objetos à boca usando as duas mãos; faz preensão ulnar (4º e 5º dedo); transferem os objetos de uma mão para a outra; as mãos tocam os pés e assim, podem cair para a lateral; ao ser puxado para sentar, ergue a cabeça e ocorre a contração dos músculos abdominais; sentado, o tronco ainda é instável e projetado para frente, mãos em contato com a superfície e pernas em posição circular (formato de anel); ao ser colocado em pé, estende os joelhos e descarrega o peso sobre os pés.
6º mês: Rola de supino para prono; pode levar os pés até a boca; faz preensão palmar e na base do polegar; balbucia (reproduzir sílabas incompreensíveis); e localiza a direção do som; em prono, gira a cabeça a 180°, apoia-se sobre a palma das mãos, estende os MMSS, retira um braço do apoio para alcançar o objeto, gira e vira para a posição supina com rotação de tronco; mantém-se sentado sem apoio, com controle de cervical completo e com as pernas, geralmente, mantidas em posição circular (anel); faz reação de proteção para frente; ao ser colocado de pé, mantém o peso do corpo e pode realizar movimentos de flexão e extensão dos MMII.
7º mês: Geralmente não gosta da posição em supino, vira para o lado ou rola para prono; gosta de brincar em decúbito lateral; em prono, estende os cotovelos, rasteja ou desliza quase sempre para trás, pode elevar um pouco a pelve e usar as pernas para a impulsão na tentativa de se mover para frente; senta sozinha, estável e com boa retificação do tronco, passa de sentada para prono e inicia a transição de sentada para “quatro apoios” porém, ainda não possui estabilidade para assumir a posição de “quatro apoios”. Pode puxar-se para a postura em pé, segurando nos móveis. A visão é mais nítida nessa fase, e após 6 a 7 meses de vida, qualquer tipo de desvio ocular é anormal.
8º mês: A criança realiza trocas posturais; interage com olhares, sorrisos, gestos e sons; passa rapidamente de prono para “quatro apoios”, pode engatinhar, ainda “em bloco”; senta com várias posições dos membros inferiores, realiza movimentos de rotação e flexão do tronco, alcança objetos se inclinando para frente ou se deslocando sentado; engatinha ainda com pouca rotação de tronco, o que é importante para a estimulação sensorial das mãos e aquisição da noção de espaço; puxa-se para a postura de pé (ainda instável) e, com uma mão apoiada, consegue abaixar para pegar o objeto no chão; apresenta movimento de pinça inferior; pega brinquedo fora do alcance e solta voluntariamente o objeto.
9º mês: O engatinhar é seu principal meio de locomoção. As habilidades de equilíbrio estão mais aprimoradas, o que permite a investigação do espaço ao seu redor; não permanece muito tempo em supino e prono, vira-se para decúbito lateral, senta ou passa para “quatro apoios”; a postura sentada é mais estável; engatinha com rotação do tronco; fica de pé com apoio, base de sustentação alargada, pode realizar alguns passos laterais; diz “papa” e “mama” ainda sem especificidade, linguagem corporal “dá tchau”; consegue levar o copo e a colher na boca para beber ou comer e inicia “bater palminhas”; entende o significado da palavra não; noções de individualidade; tem a consciência das partes de seu corpo e as reconhece no espelho.
10º mês: Atinge a postura sentada com total equilíbrio; engatinha com agilidade e com rotação de tronco; consegue ficar de joelhos sem apoio e passa de semi-ajoelhada para em pé; suas articulações estão preparadas para a postura em pé e para desenvolver a marcha; fica mais estável na postura de pé com apoio, pode ficar sem apoio por alguns segundos e cai no chão; apresenta marcha lateral e é capaz de caminhar parafrente quando segurado pelas duas mãos; explora os brinquedos; retira e coloca o cubo no recipiente, ainda de forma descoordenada; compreende seu nome e usa “mamá” e “papá” de forma consciente; gosta de brincar sozinho; bebe no copo segurando com as duas mãos. 
11º mês: A criança desenvolve melhor as habilidades dos estágios anteriores. O engatinhar ainda é o principal meio de locomoção, pode engatinhar “tipo urso” e pode passar para a posição de cócoras para de pé sem apoio; brinca na postura de joelhos e passa da postura semi-ajoelhada para de pé com o apoio de uma mão; pode se manter em pé sem o apoio das mãos, com a base alargada, e consegue abaixar e passar para a postura de cócoras; passa de um móvel ao outro com apoio de uma mão; faz pinça digital superior com precisão, com os dedos polegar e indicador; pode identificar animais, partes do corpo e alguns objetos; emite a primeira palavra, caso ainda não tenha o feito; melhora progressivamente a percepção de si mesmo e a interação com as pessoas; ajuda a se vestir e pode comer sozinha.
12º mês: A criança gosta de escalar, planeja e executa uma atividade. Usa as variações da postura sentada com muita destreza; locomove-se em “quatro apoios” e passa para outras posturas com bastante habilidade, sobe escadas (escala) em “quatro apoios”; pode iniciar a marcha independente com passos curtos; faz pinça digital superior, a criança segura a bolinha entre o polegar e o indicador, próximo à ponta dos dedos; coloca um cubo sobre o outro; aumenta a frequência dos balbucios e inicia a produção das primeiras palavras, pode falar de duas a três palavras; identifica mais alguns objetos, animais e partes do corpo, usa palavras com sentido “papa” (comer), “au-au” (cão), entende e pode seguir ordens simples acompanhadas de um gesto, por exemplo “me traga a bola”, “me dá”. Participa ativamente das brincadeiras; come sozinha, segura o copo e bebe com certa coordenação e indica desconforto com as fraldas sujas.
No 13º e 14º mês, ocorre um aperfeiçoamento das habilidades e, principalmente, da marcha. 
15º mês: Mudanças posturais. Tem um bom equilíbrio e movimentos coordenados. Assume a posição de cócoras, pega objetos no chão e levanta, faz agachamentos trabalhando o equilíbrio postural. Sobe nos móveis. Tira e põe os brinquedos da caixa.
18º mês: Aperfeiçoamento do 16 º e 17º mês. Equilíbrio bastante adequado em todas as posições. Necessita de menos base de sustentação para ficar em pé/andar e menos elevação dos MMSS. É capaz de despir as roupas, rabisca, organiza objetos em ordem.
24º a 36º meses: Ocorre a maturação da marcha: dissociação de cíngulos, boa mobilidade do pé, boa transferência de peso para a passada; corre, sobe e desce escadas sozinha, chuta e salta no lugar. Veste sozinha roupas simples, monta quebra-cabeças simples, faz bola com argila ou massinha. Diz e forma frases simples, tem um vocabulário mínimo de 50 palavras, diz “por favor” e “obrigado”, usa plurais, compreende e tem sentimentos, canta e dança, pede permissão para fazer as coisas.
	
3.2 MARCOS MOTORES DO DNPM
Os marcos do desenvolvimento motor são certas atividades motoras que a maioria das crianças conseguem fazer em uma determinada idade. A maneira como a criança age e se movimenta revela informações importantes sobre o desenvolvimento motor. Os primeiros marcos motores, como controlar a cervical, rolar, arrastar, sentar, engatinhar e andar, acontecem principalmente no primeiro ano de vida.
A seguir, os principais marcos motores em cada fase da criança.
Entre 2 e 3 meses de idade: em prono, apoia-se sobre os antebraços e o cotovelo, pode elevar a cabeça até 45° (realizando uma extensão), podendo movê-la de um lado para o outro.
Entre 4 e 5 meses: possui controle de cervical, é capaz de abrir as mãos para pegar os objetos e trazê-los até a boca e senta com apoio.
Entre 6 e 7 meses: rola para ambos os lados, começa a sentar sem apoio, ao ser colocado de pé, mantém o peso do corpo e pode realizar movimentos de flexão e extensão dos MMII.
Entre 8 e 9 meses: realiza trocas posturais, fica de pé com apoio, senta sozinho sem apoio, aprende a engatinhar.
Entre 10 e 12 meses: senta sem apoio, faz marcha lateral apoiando nos móveis, fica de pé sozinha e pode iniciar a marcha independente com passos curtos.
De 13 até 18 meses: anda sozinha, consegue subir degraus, ajuda a se despir, bebe no copo e come com colher.
Aos 2 anos: corre, sobe e desce escadas sozinha, chuta e salta no lugar, escala e desce móveis sem ajuda e veste sozinha roupas simples.
4 MATURAÇÃO E MIELINIZAÇÃO
Sabe-se que, as aquisições motoras assim como o controle motor, acontece no sentido céfalo-caudal e proximal-distal. No entanto, essas aquisições e o seu controle não são lineares, apesar de se apresentarem em uma sequência que se relaciona com a idade e com a maturação do sistema nervoso central (SNC). A maturação refere-se ao aprendizado progressivo de habilidades. Pode ser definida como o processo de “amadurecimento” do SNC. Ou seja, a medida que uma determinada área amadurece, a criança realiza comportamentos correspondentes à mesma. Desta forma, o desenvolvimento comportamental é restringido pela maturação das células cerebrais, acontecendo a formação da mielina (processo de mielinização). 
O neurônio torna-se maduro quando é envolvida por uma camada de proteína denominada bainha de mielina. O processo de mielinização acontece com o passar dos anos, de modo que diferentes neurônios se mielinizam em épocas distintas do desenvolvimento humano. No primeiro ano de vida da criança, ocorre uma intensa atividade do sistema nervoso central (SNC), é importante recordar que o desenvolvimento do SNC tem início por volta da terceira semana de gestação, com a formação do tubo neural, seguido da proliferação e da migração de células neurais iniciadas por volta da oitava semana de gestação. A organização neural, com diferenciação neuronal e conexões específicas, que se inicia a partir da quinta semana de gestação, perdura, em média, até o quarto ano pós-natal. A mielinização inicia por volta da 25a semana de gestação e segue até cerca dos 20 anos de idade. Os primeiros movimentos típicos do feto acompanham essa modificação do SNC e podem ser observados por meio da ultrassonografia tridimensional.
 	Durante o crescimento mudanças gradativas vão ocorrendo no ser humano, principalmente nos aspectos cognitivos. Na infância há um ajuste no número de neurônios e um aumento no número de sinapses, de circuitos neurais e um aumento na quantidade de mielina que favorecem a aprendizagem, sendo uma via de mão dupla, visto que aprender significa recrutar sinapses ainda não utilizadas.
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/arquivos/783
5 NEUROPLASTICIDADE 
Por muito tempo acreditou-se que após o seu desenvolvimento o Sistema Nervoso Central (SNC) não poderia mais ser modificado e que suas lesões seriam permanentes devido à incapacidade de reorganização das células. Mas atualmente sabe-se que o SNC não é uma estrutura definitiva e inalterada, e que, na verdade, possui grande capacidade de adaptação, principalmente na tentativa de recuperação. As conexões neurais estão constantemente sendo iniciadas e desfeitas de acordo com nossas experiências externas e internas e a plasticidade neural ou neuroplasticidade é a capacidade de mudanças morfológicas e funcionais que o sistema nervoso possui, ou seja, a capacidade do neurônio em mudar sua função e suas características em resposta a alterações ambientais. 
Na neuroplasticidade há uma reorganização na dinâmica do sistema nervoso. O envelhecimento também faz parte das mudanças que ocorrem no sistema nervoso, onde ocorre uma sequência de etapas degenerativas. Embora o grau de neuroplasticidade esteja relacionado com a idade do indivíduo, e as constantes mudanças que ocorrem dificultem a compreensão de seus mecanismos, ela proporciona a possibilidade da recuperação de lesões e o aprendizado de novas experiências e habilidades.
Existem 5 tipos de plasticidade. São elas: axônica, sináptica, dendrítica,somática e regenerativa.
Axônica: também conhecida como ontogenética, acontece no período crítico (de 0 a 2 anos de idade), sendo fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso da criança. Este, consiste na capacidade plástica de os axônios responderem às ações indiretas do ambiente.
Sináptica: quando ocorrem alterações sinápticas entre as células nervosas que possuem sincronia, facilitando a interação entre elas e assim modificando sua função ou comportamento. A plasticidade sináptica está relacionada ao processo de aprendizagem e memória os quais atuam através da habituação, sensibilização e do condicionamento clássico no comportamento.
Dendrítica: ocorre principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento humano, são alterações no número, comprimento, disposição e densidade das espinhas dendríticas que estão sujeitas à plasticidade morfofuncional. Nos adultos a plasticidade que ocorre nos dendritos fica restrita às espinhas, sendo de grande importância, pois relaciona-se com o estabelecimento e consolidação da memória.
Somática: acontece somente no sistema nervoso central embrionário e não está suscetível a influências externas. É a capacidade de regular a proliferação ou a morte de células nervosas. A proliferação e morte celular durante o desenvolvimento tem um componente genético e sofre influência do microambiente neural. Embora a literatura mostre que neurônios adultos não se proliferam, há algumas células neurais com capacidade proliferativa, são as células-tronco que se proliferam e depois diferenciam-se em células da glia ou neurônios. 
Regenerativa: É capacidade de regeneração de neurônios lesados. Neste tipo de plasticidade há uma regeneração neuronal, geralmente axônica. São mais frequentes as plasticidades regenerativas no Sistema Nervoso Periférico (SNP), pois o microambiente é mais propício e também há células não neurais presentes que colaboram diretamente para a que a regeneração aconteça.
6 REFLEXOS E REAÇÕES
Um reflexo é uma resposta muscular involuntária a um estímulo sensorial. Sabe-se que certas sensações produzem respostas musculares específicas. A presença e força de um reflexo é uma indicação importante do desenvolvimento e função neurológicos. Muitos reflexos do bebê desaparecem com o amadurecimento, embora alguns permaneçam durante toda a vida adulta. No entanto, como alternativa, teorias mais recentes do controle motor, como as dos sistemas, a ecológica e a da ação dinâmica, sugeriram que o controle postural surge de uma interação complexa entre o sistema músculo esquelético e neural sendo determinadas pela tarefa e pelo ambiente. Considerando a existência dos reflexos apenas como uma das diversas influências sobre o controle da postura e do movimento.
http://naescola.eduqa.me/rotina-pedagogica/7-principais-reflexos-presentes-no-recem-nascido/
 6.1 Fisiologia, vias e localização 
Quando pensamos em vias extrapiramidais, as mesmas estão relacionadas com o controle dos movimentos e com os movimentos involuntários. Elas possuem relações com o córtex pré-frontal (área pré-motora) mas as grandes estruturas responsáveis pelas modulações de movimento da via extrapiramidal se referem às relações entre o tálamo, os núcleos da base, o tronco encefálico, e o córtex pré-motor. 
Vias eferentes somáticas (piramidais e extrapiramidais):
Uma vez iniciado, o movimento passa a ser controlado pelo cerebelo, que é informado das características do movimento em execução e promove as correções devidas. O cerebelo também participa da manutenção do tônus muscular, pois alguns de seus núcleos mantêm certo nível de atividade espontânea, que chega ao neurônio motor. Até pouco tempo as estruturas que compunham as vias eferentes estavam agrupadas em sistema piramidal e extrapiramidal. Nessa divisão, o sistema piramidal é o único responsável pelos movimentos voluntários, algo questionável, uma vez que núcleos do corpo estriado, parte do sistema extrapiramidal, exercem influência sobre os neurônios motores. Esses termos, no entanto, são ainda muito usados, sobretudo na área clínica. Assim, em vez de serem divididas em sistemas, as vias eferentes são classificadas de acordo com o trato ao qual pertence.
Trato rubro-espinhal: 
Controla a motricidade dos músculos distais dos membros e favorece a resposta flexora. Esse trato inicia-se no núcleo rubro e cruza a linha média, passando pelo tronco encefálico e juntando-se ao trato córtico-espinhal lateral no funículo lateral da medula.
Trato vestíbulo-espinhal:
Age na manutenção do equilíbrio, influencia a musculatura axial e favorece a resposta extensora. Seus impulsos partem da região vestibular do ouvido interno e do cerebelo e são transmitidos ao neurônio motor por fibras que descem pelo funículo ventral medial da medula.
Trato retículo-espinhal: 
Responsável por influenciar os músculos axiais e proximais dos membros, ajustando a postura. A partir dos núcleos da formação reticular partem dois tratos importantes para a função motora. O trato retículo-espinhal que surge dos núcleos reticulares da ponte e desce para todos os níveis da medula pelo funículo ventral medial, sua ação é aumentar os reflexos antigravitacionais da medula, pois facilita os extensores dos membros inferiores, auxiliando na manutenção da postura ereta. O trato retículo-espinhal bulbar surge a partir do núcleo gigantocelular, no bulbo, e desce bilateralmente na medula pelas colunas brancas laterais. Esse trato se opõe aos reflexos gravitacionais.
Trato tecto-espinhal: 
Está envolvido em reflexos nos quais a movimentação da cabeça decorre de estímulos visuais. Surge no colículo superior e desce homolateralmente pelos funículos anteriores e termina na porção cervical. 
6.2 Tipos de Reflexos e Reações
- Reação Automática ou Reflexo de Sobrevivência (1º mês):
 A criança em posição ventral gira a cabeça, quase sempre para o mesmo com intuito de liberar vias respiratórias.
- Reflexo de Galant ou Reflexo da Coluna Vertebral (0 até 2º mês): Fricciona-se a região paravertebral com o dedo e a criança forma com o corpo um arco com a concavidade voltada para a direção do estímulo.
- Reflexo Glabelar (0 até 2º mês):
 Comprimindo-se a glabela, fecham-se os olhos (por meio deste é possível constatar paresias faciais).
- Reação de Marcha (0 até 2º mês):
 O examinador com as mãos na região do tronco da criança mantém a mesma verticalmente com a parte superior do corpo da criança ligeiramente para frente. Ao se apoiar a planta do pé de uma perna sobre o suporte, esta flete-se e a outra estende-se e assim sucessivamente.
- Reação Magnética (0 até 2º mês):
 A criança em posição supina, com flexão de quadris e joelhos, o examinador irá comprimir a planta dos pés da mesma com os polegares e retirá-los lentamente. O contato do dedo com a planta do pé irá manter-se, as pernas irão estender-se e o pé ficará em colado com o dedo.
- Reação Positiva de Suporte (0 até 2º mês):
Ocorre quando a criança é sustentada verticalmente e seu peso colocado sobre a região anterior do pé. A resposta é uma contração dos músculos dos membros inferiores, tornando-os capazes de sustentar o peso da criança por alguns momentos. Este reflexo possibilita a primeira vivência da postura de pé.
- Reflexo da Voracidade ou Pontos Cardeais (0 até 4º mês):
Toca-se as regiões laterais, superior ou inferior da boca com o dedo ou com um objeto (por exemplo: mamadeira), a cabeça vira-se na direção do estímulo. 
- Reflexo de Sucção (0 até 4º mês):
É uma continuidade do reflexo de procura. Após a criança introduzir o bico do seio em sua cavidade oral, o contato deste com a porção anterior da língua, desencadeia um processo de movimentos rítmicos de sucção. 
- Reflexo de Preensão Palmar (0 até 4º mês):
 Toca-se a superfície interna da mão da criança, esta se fecha; enquanto dura o estímulo a mão permanece fechada. 
- Reflexo do Membro de Propulsão ou Reflexo de Rastejar (0 até 4º mês):
Estando a criança em posição de pronação os polegares do examinador comprimem a planta do pé e o lactente começa a rastejaralternadamente
- Reflexo de Moro (0 até 6º mês):
Pode ser desencadeado por um som súbito, ou puxando-se o bebê pelos punhos, a partir da posição em decúbito dorsal e, em seguida, soltando-o, ou com a manobra mais sensível. Ou ainda, toma-se no colo o bebê, como se fosse para acalantá-lo, porém distanciando-o para que seus membros superiores fiquem livres para abduzirem. Com a mão esquerda, o examinador apóia-lhe o dorso e, com a direita, a região occipital. Em seguida, se solta o apoio do occipital, deixando a cabeça cair alguns centímetros, apoiando-a novamente. Há abdução dos membros superiores e abertura das mãos que estão presentes.
- Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico (RTCA) (0 até 5º mês):
Gira-se isoladamente a cabeça para um lado, as extremidades do lado rosto estendem-se e as do lado occipital fletem-se (posição de esgrimista).
- Reflexo de Preensão Plantar (0 até 12º mês):
Toca-se a planta do pé abaixo dos artelhos, os mesmos assumem a posição em garra. Quando cessa o toque os artelhos estendem-se.
- Reação Óptica de Retificação (6º mês e permanece por toda vida):
Quando os olhos se movem, a cabeça e o corpo também giram em direção ao objeto, o qual a atenção foi direcionada. Com a maturação das vias ópticas por volta dos seis meses de idade, é que inicia-se a reação de retificação pela visão. 
- Reação Postural Labiríntica ou Labiríntica de Retificação:
Coloca-se a criança em posição de pronoção e a criança ergue a cabeça (iniciando no 1º mês). Em supino a criança é puxada para sentar e a cabeça acompanha (inicia no 4º mês). Suspensa no ar a criança ao ser inclinada lateralmente apresenta o retorno da sua cabeça à posição inicial (inicia no 7º mês).
- Reação de Landau (4º mês até o 12º mês):
 Segura-se firmemente o lactente horizontalmente, por baixo do tronco, mantendo-o no ar. A cabeça ergue-se automaticamente e as pernas acompanham a extensão.
- Sinal de Babinski (0 até 12º mês):
Caracteriza-se por uma extensão do hálux, quando um firme estímulo tátil na porção lateral do pé do bebê (que não deve ser chegar a ser doloroso, nem causar desconforto ou lesão na pele). Junto com a extensão do hálux pode ocorrer ou não a abertura dos artelhos em leque.
- Reflexo Tônico Labiríntico (RTL):
Na posição supina há extensão do tronco e das pernas, as quais se mostram aduzidas e em rotação interna. Os braços permanecem fletidos ou estendidos e em rotação interna, os ombros apresentam-se retraídos.
Na posição prono a cabeça não mantém-se rodada lateralmente impedindo a liberação de vias aéreas, os braços e pernas permanecem fletidos
- Reações de Proteção:
As reações protetoras ocorrem para baixo (iniciando aos 5 meses), para frente (iniciando aos 6 meses), para os lados (iniciando aos 8 meses) e para trás (iniciando aos 10 meses). É uma reação de defesa contra as quedas e também ajuda a manter o tronco em equilíbrio na posição sentada. Consiste em duas fases na primeira há extensão do braço, pulso e dedos para atingir o solo ou outro apoio; na segunda há a colocação do peso do corpo sobre os membros superiores.
- Reações de Equilíbrio:
As reações de equilíbrio podem ser observadas colocando a criança sobre uma mesa e inclinando a superfície, prono (iniciando aos 6 meses), supino e sentada (iniciando aos 7/8 meses), em quatro apoios (iniciando aos 9 meses), ou de pé (iniciando aos 12 meses). Quando a superfície é inclinada, verifica-se um movimento compensatório contrário ao deslocamento, na tentativa de manter o corpo em equilíbrio. Essas reações permanecem por toda vida. 
7 PERSISTÊNCIA DOS REFLEXOS
Os reflexos primitivos do recém-nascido possuem um padrão de imaturidade de caráter automático e refletem a maturação do sistema nervoso central, que se refere as estruturas neurológicas mais recentes que vão se tornando funcionais à medida em que há o processo de mielinização e formação de novas sinapses. Tais reflexos são considerados fisiológicos nos primeiros meses de vida e desaparecem ou são substituídos por movimentos voluntários (por volta dos seis meses), nesse momento, o bebê passa a apresentar respostas controladas corticalmente ao invés de respostas reflexas do tronco encefálico. Sendo assim, tanto a ausência inicial quanto a persistência tardia desses reflexos podem indicar alguma patologia neurológica pelo fato da maturação do SNC não ter sido alcançada por completo, como ocorre na paralisia infantil, ou podem até reaparecer na vida adulta em algumas doenças neurológicas, sobretudo naquelas que acometem o lobo frontal.
Além, é importante ressaltar que a maturação do SNC não só inibe os reflexos primitivos do recém-nascido, mas também permite o desenvolvimento intelectual, sensorial e da atividade reflexa postural de forma global, o que torna ainda mais importante o acompanhamento do bebê a fim de constatar a evolução e desenvolvimento esperados.
8 CASO CLÍNICO
9 CONCLUSÃO
Como conclusão deste trabalho, podemos dizer que o desenvolvimento motor é de extrema importância, pois e com isso que as crianças são capazes de controlar seu próprio corpo, isso faz com que a criança se torne independente já que é um processo de mudanças complexas e interligadas das quais participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas do organismo, pois com o movimento dos braços ela manipula objetos e com o andar ela tem a possibilidade de exploração ampliada assim aumentando a sua visão de mundo, assim como os reflexos primitivos, que são de extrema importância pois dão sequencia ao desenvolvimento e analisam posteriormente e detectam problemas neurológicos que possam vir a surgir com sua ausência ou seu atraso ou sua permanência no crescimento do neonato.
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