Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 8 26/04 Carlla Alessandra MED103 Os fungos são um componente o domínio Eukarya. Este domínio engloba eucariontes, uni e pluricelulares, ex: protozoários, algas, fungos, animais, seres humanos. Célula eucariota, esta possui núcleo e organelas (diferentemente da bactéria). Fungos Eucariotos, ubíquos, quimiorganotróficos e a maioria é saprofítica Devido ao aumento de tratamentos imunossupressores teve a importância elevada (oportunismo) Apenas a minoria causa infecção micoses Podem ser de 3 tipos: Filamentosos Leveduras Cogumelos Presentes em ambientes aquáticos (agua doce preferencialmente) e ambientes terrestres sendo os principais responsáveis pela maioria das doenças de vegetais economicamente importantes. Maior causa de prejuízo na produção de grãos. São mundialmente dispersos. Algumas espécies estão mais adaptados a determinados climas. Lado positivo: Micorrizas: associações com as raízes das plantas, ajudando no crescimento e nutrição Biomassa: energia Controle biológico: controle de parasitas de mosca, carrapatos por exemplo. Maiores decompositores do planeta Biotransformadores: queijo, cerveja, vinho, pão, missô, molho de soja, etc Produtores de antibióticos, enzimas, vitaminas, esteroides e hormônios de crescimento vegetal Lado negativo: Doenças no homem e nos animais Doenças em plantas Micotoxinas: risco de ingerir amendoim sem saber a procedência Alergias Biodeterioração: prejuízo a degradação de alimentos (por isso utilizam antibiótico nas plantações) Os fungos podem ser: Pluricelulares (filamentos- bolores) Amplamente disseminados na natureza Colônia filamentosas multicelulares Cada filamento cresce principalmente na extremidade Um único filamento- hifa Conjunto de hifas que crescem juntas em uma superfície formando tufos- micélio Algumas hifas se dividem por paredes transversais- septos A partir do micélio, ramificações das hifas podem atingir o ar acima da superfície e nessas ramificações aéreas são formados esporos denominados conídios (esporos assexuados), altamente pigmentados e resistentes ao dessecamento, atuando na dispersão do fungo em outros habitats (formando novas estruturas fúngicas) Estrutura: membrana- quitina, celulose, polissacarídeos, proteínas e lipídeo citoplasma- mitocôndrias, núcleos, reticulo endoplasmático, ribossomos, vacúolos Hifa possui filamentos; Forma vegetativa (funciona como raiz, cooperando para a nutrição e formação de novas estruturas); Unidade estrutural; Fixa o fungo no substrato; Assimila nutrientes; Geram estruturas Unicelulares (leveduras) Morfologia dos fungos filamentosos Hifas (septados ou não septados/ cenocíticas: possui filamentos alongados não possíveis de visualização) Formas das hifas: Espiral Em raquete Em forma de raiz (rizoide), etc Micélio (bolor): Vegetativo Micélio aéreo (reprodutivo): Anamorfas (assexuadas) Conídio= unidade formadora de colônias, reprodução anamorfa. Conidiogênese blástica; conidiogênese tálica (hifas sendo partidas gerando conídios). Ex: Microsporum canis, Alternaria spp, Curvularia spp, Trichophyton spp, Nigrospora spp, Fusarium spp Clamidoconídio (clamidósporos): é uma forma de resistência dos fungos Características da colônia fúngica (fungos filamentosos): Algodonosa Aveludada Pulverulenta Identificação de fungos filamentosos Estruturas de ornamentação- hifas Estruturas de frutificação- conídios Associado aos aspectos coloniais Conidiogênese Célula conidiogênica presente na parte terminal da hifa. Esporangênicas- esporos presentes no interior de bolsas (esporângios) Conidiogênicas- sem estruturas envolvendo os conídios- livres Importantes estruturas de identificação! Fungos unicelulares- leveduras Divisão celular em sua maioria por brotamento Algumas espécies produzem brotamentos que não se desprendem se alongando e formando estruturas denominadas pseudo-hifas Células bem maiores que as bactérias e apresentam estruturas em seu interior Morfologia Aspecto da colônia: Cremoso Cerebriforme Mucoide Membrana/ parede: Polissacarídeos (glicana e manana) Proteínas Vestígios de quitina Membrana citoplasmatcia (ptn, lipídeos, pilossacarideo) Célula eucariótica, citoplasma, núcleo, ribossomos, vacúolos, mitocôndrias, etc Leveduras ex: Saccharomyces cerevisiae Crypyococcus neoformans (Filobasidiella neoformans) Paracoccidioides brasiliensis Reprodução anamorfa Pode ser por brotamento ou gemulação. Como identificar as leveduras: Somente a morfologia, assim como em bactérias, muitas vezes não e o suficiente para identificarmos as espécies envolvidas Necessário testes bioquímicos Reprodução TELEOMORFA Tanto para filamentosos quanto para leveduras Reprodução sexuada: fusão de gametas ou hifas especializadas, gametângios: promovem variabilidade genética- adaptação ao meio De acordo com o tipo de produção dos esporos: Ascósporos: dentro de um saco fechado (asco) Basidiósporos: na extremidade de uma estrutura claviforme (basídio) Zigósporos: fusão de hifas Fungos perfeitos= fazem reprodução teleomorfa e anamorfa Fungos imperfeitos= fazem reprodução anamorfa Classificação das micoses: Micoses superficiais: Pitiríase versicolor- micose da praia Distribuição mundial: mais frequente em regiões de um clima tropical ou subtropical Infecção crônica da camada córnea da pele Ag. Etiológico: Malassezia furfur Faz parte da microbiota da pele já nas primeiras semanas de vida- prevalência por áreas seborreicas do corpo Aparece no tórax em adultos e no couro cabeludo em crianças Quando ela desce no folículo piloso ela fica protegida, mas depois pode voltar (recidiva) Sinais clínicos: Lesões hipo ou hiperpigmentas Levemente descamativa Aparecem nos braços, pescoço, tronco e região da cintura Em alguns casos a infecção pode ser assintomática Fatores predisponentes: Alata temperatura e alta umidade relativa do ar Pele gordurosa Elevada sudorese Fatores hereditários Gravidez Estado nutricional precário Uso exacerbado de hidratantes Uso de terapias imunossupressora, corticóides Diagnostico micológico: Exame direto Observação do material clinico (escama da pele) em lamina microscópica, presença de leveduras esféricas ou ovais em forma de cachos de uva e fragmentos de hifas Dados morfológicos: 99% da amostra de pacientes com pitiríase Isolamento é importante para conhecer a epidemiologia da micose e saber a espécie do fungo; Fungo lipodependente (precisa de lipídeo para crescer) Isolamento do fungo: Meio Sabouraud acrescido de azeite de oliva Cultura leveduriforme (produz hifas) após 3 dias a 37°C Textura cremosa, de cor creme, superfície lisa, sem presença de hifas Micoses cutâneas: Dermatofitose Epidemiologia Fungos filamentosos, hialinos, septados, queratinofílicos e queratinolíticos; Causam lesões em: pele, pelos e unhas (em homens e animais) Gêneros: Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton Habitat Geofilicos: vivem no solo (rico em resdifuos de queratina humana/ animal- penas, pelos, escamas, etc Zoofilicos: animais (cães, gatos, etc) Antropofilicos: homem Considerados uma das patologias humanas de maior ocorrência –10-15% da população mundial pode ser infectado no decorrer de sua vida. Estabelecimento da dermatofitose O contato com o conideo que estabelece a dermatofitose. Hifa: habilidade de competição com a microbiotaresidente. Se fragmentam em artroconídios. Para esse contato acontecer é preciso vencer a barreira do filme de gordura sobre a camada córnea. Contato com a queratina do extratocórneo. Crescimento longitudinal ao extratocórneo. (hifa-artroconídio hifa- artroconídio-hifa...) Intensa produção de queratinase-hidrólise da Queratina. Produção de metabólitos e produtos de excreção- ação irritante, alergênica e tóxica. Resposta inflamatória local. Lesões capilares tipo: Ectotrix: fora do pêlo Endotrix: dentro do pêlo Fávico: dentro do pelo, mas em estruturas mais globosas como favos de mel lesão típica: anel de descamação inflamatória. Dermatófito cresce centrifugamente a procura de queratina; “Foge” de áreas de infecção secundária por bactérias Nomes em humanos = Tinea Tinea cruris/ Tinea corporis/ Tinea barbae/ Tinea pedis / Tinea captis/ Tinea imbricata/ Tinea unguineum Variação clínica: •Espécie; •Concentração do inóculo; •Sítio anatômico; •Sistema imunológico do hospedeiro; Classificação Clínica: Tinea capitis –couro cabeludo Tonsurante Microspórica: •Acomete principalmente crianças (4 a 10 anos); •Placas de alopecia (máx. 2 placas); •Fluorescentes a Lâmpada de Wood, •Parasitismo externo do pelo –ectotrix. Lesão microspórica: geralmente associada ao M. canis Tonsurante Tricofítica •Várias placas de alopecia descamativas; •Não fluorescentes a Lâmpada de Wood; •Parasitismo interno do pelo: endotrix. geralmente associada ao Trichophytontonsurans Tineacruris: lesões de grandes pregas T. rubrume E. floccosum Tineapedis (Pé de atleta) E. floccosum Tinea manum Lesões interdigitopalmares T. rubrum, T. tonsuranse T. mentagrophytes Tinea unguium-Onicomicose T. rubrum Diagnóstico micológico: Exame direto Elementos com queratina: pele (extrato córneo), pelos, unha Prepara-se laminas com clarificantes (quando procura-se artroconideos) Hidróxido de sódio (10 a 30%) / Hidróxido de potássio (10 a 15%) Montagem de Lâmina Exame direto de raspado de pele: Microscopia–Objetiva40x Artroconídios Caso ainda não seja possível o diagnostico faz-se o isolamento em meios de cultura seletivos: Ágar seletivo para fungo patogênico, Ágar Mycosel. Montagem de lâminas para microscopia a partir da colônia: Utilização de Azul de algodão.
Compartilhar