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Microbiologia 19/06 ATD3 Micologia: - Estudo dos fungos. - Micoses. INTRODUÇÃO: - Fungo não é planta. - Distanciamento das células vegetais por: • Não possuir clorofila. • Não possuir celulose na sua parede celular. - Se aproxima muito mais da célula animal. - Eucarionte. - Tamanho de 10 a 100 micrometro. CARACTERÍSTICAS GERAIS: - 80 mil espécies. De importância médica somente 400. • Somente 50 desses dão 90% das doenças fungícas. - Ubíquos (saproIlicos ou parasitários): decompositores de matéria orgânica. - Podem viver nos animais (homens), de forma comensal, insetos, água, ar atmosférico e ventos. - São em sua maioria aeróbicos. Em casos mais raros são anaeróbios facultaPvos. - Crescimento depende tanto de temperatura quanto de ajuste de pH (5,6). - Formam dois Ppos de colônias diferentes: • Filamentoso: estrutura mulPnuclear e tubulares (hifas - mulPcelulares). - Crescem próximo à temperatura ambiente: 22ºC - 28º. pH: 1,5-11. • Leveduriformes: - Crescem entre 33 e 37ºC. - Não tolera pH alcalino. ‣ Dimorfismo fúngico: o fungo pode assumir as duas formas celulares, tanto a forma filamentosa quanto a forma em levedura, dependendo da temperatura e pH que se encontra no meio. - Esporos: reprodução assexuada ou sexuada. • Estrutura de reprodução fúngica. • Dois grupos: - De reprodução assexuada: menor variabilidade genéPca (por mutação). • São agrupados em conídios e os esporangiosporos. - Agrupamento pela caracterísPca estrutural deles. - De reprodução sexuada: maior variabilidade genéPca, por diferentes Ppos de gametas. • São áscósporos, os basidiósporos e os zigósporos. ‣ Deuteromicetos: fungos que não possuíam esporos sexuais. Não possuíam a fase sexual da vida (ex: cândida albicans). “Fungos imperfeitos”, sem fase de reprodução sexuada. ESTRUTURAS DA CÉLULA: - Nessa imagem: levedura isolada. 1 Microbiologia 19/06 ATD3 - Célula eucarionte. ✓ Mitocondrias ✓ Ribossomos. ✓ Golgi. ✓ Recculo endoplasmáPco. ✓ Núcleo com material genéPco Ppo DNA. ✓ Membrana plasmáPca: pode exisPr alvos para terapêuPca. ✓ Parede celular. MEMBRANA PLASMÁTICA: - Possui lipídeos diferentes dos seres humanos. • Fosfolipídeos e esteróis. • Lipídeo ergosterol. - * Nos animais é o colesterol. - Mesmo modelo do mosaico fluído. PAREDE CELULAR: - Rígida com 8 camadas (200 a 350 nm). - Dá forma ao fungo. - Suporta as pressões atmosféricas e osmóPcas. - Possui a presença da quiQna (polissacarídeo): 2acetamida-2deoxibeta-D-glicose. - Glicoproteínas, manoproteínas (exílio terminal de carboidratos presente nas bactérias - procariontes- e nos fungos. Padrão molecular presente em invasores) e glicomanoproteínas. • Glucanas (polímeros de D-glicose). • Mananas (manose): indica o MO como invasor. - Cápsula mucopolissacarídea (estrutura facultaPva): perspecPva de evitar a fagocitose. - Cryptococcus neoformans: presente nas fezes do pombo. - Cápsula: MORFOLOGIA E REPRODUÇÃO: - CaracterísEcas gerais dos fungos: colônias. • Estruturas baseadas na temperatura e pH. • Leveduras: entre 33 e 37ºC. - Geralmente disposta como célula única, unicelular, não filamentosas (hifas), são esféricas ou ovais. - Cumpre tanto funções vegetaQvas (metabólicas da célula) e reproduQvas (biparPção ou brotamento). - Pseudo-hifas (estruturas agrupadas). ConPnuam sendo esféricas e agrupadas pelas paredes celulares. • Filamentosas: bolor/ micelial. Crescem entre 22 e 28ºC. - Micélio: conjunto de rifas (“cabelinhos”). Que se agrupam formando uma estrutura macroscópica. - Colônias filamentosas mulPnucleadas em forma de tubo (HIFAS): colônia de rifas é o micélio/bolor. - Hifas vegetaEvas: nutrição e sustentação do fungo, metabolismo e produção de energia dos fungos. - Hifas aéreas: esporos dos fungos. Área percepcvel de bolor. • Esses esporos são facilmente dispersos no ambiente. • Modo de contaminação de alimentos. 2 Microbiologia 19/06 ATD3 • Dimórficos: espécies patogênicas que fazem doença sistêmicas. - Dimorfismo fúngico. - Na maioria das vezes fazem doenças endêmicas. - Os fungos dimórficos crescem nas duas formas: • Filamentosa: vegetaPvas (nutrição) e aérea (reprodução). • Levedura: brotamento. - CaracterísEcas gerais das colônias: levedura e fungos filamentosos (bolor). • Candida albicans: levedura. • Trichophyton rubrum: filamentoso. • Microsporum gypseum: colônia aveludada. • 1ª: brotamento. • 2º: pseudo-hifa. • 3º: hifa não septada ou concnua. • 4º: hifa septadas. REPRODUÇÃO DOS FUNGOS: esporos. - Assexuais: conídios e esporangiósporos. • PerspecPva de dispersão. • Conídios (uni ou mulPcelulares): - Artroconídios: dispersa o esporo através da fragmentação das hifas. Nesses fragmentos há vários esporos fúngicos. - Clamidoconídios: “saquinhos” com esporos dentro que explodem e dispersam os esporos. Células grandes e esféricas de paredes espessas, produzidos a parPr de células terminais. - Blastoconídios: dispersam esporos através de brotamento. • Da levedura. • Esporangiósporos: formam-se dentro de uma bolsa (esporângio) na extremidade da uma hifa aérea (esporangióforo). Quando ele cai do esporangióforo em alguma superIcie, dá origem a outra estrutura. - Se um esporo conseguir se comunicar com outro dará origem à reprodução sexuada. - Sexuais: ascósporos, basidiósporos e zigósporos. 1. ZAGOMYCETES: - Fungos filamentosos saproIPcos que apresentam hifas. • Rhizopus stolonifer: 3 Microbiologia 19/06 ATD3 - Fase assexuada feita por esporângios. - Fase sexual resulta na formação de zigósporos (conjugação de duas hifas). - Ciclo reproduQvo: curiosidade. • Doença humana: - Gênero: Rhizopus, Mucor, Rhizomucor, Absidia, Cunninghamella sp. • Mucormicose: doença oportunista em pacientes com doença de base (DM, leucemia, queimaduras severas, desnutrição…). Só se instala se houver um imuno-compromePmento do sistema imune. - Gênero: basidiobolus, conidiobolus sp. • Podem fazer infecções subcutâneas: derme, músculos, arPculações e ossos. • Para o fungo aPngir essas estruturas deve ter ocorrido um evento importante, por exemplo um trauma e inoculação acidental. 2. ASCOMYCETES: - Fungos de hifas septadas. • Fase assexuada ocorre por meio de conídios e esporângios. • Fase sexuada envolve a formação de uma saco (ascos), produzindo os ascósporos. • Responsáveis por 85% das doenças fúngicas humanas: - Gênero: Saccharomyces sp. - Gênero: Epidermophyton spp, Trichophyton spp e Microsporum spp —> dermatologia. • Esses gêneros, com algumas espécies, são responsáveis por micoses superficiais (fica nas camadas mortas da pele, pelos e fios de cabelo) e cutâneas (dermatofitoses ou Qnhas: micoses que acometem a derme, couro cabeludo e unha). • Esses gêneros são considerados dermatófilos e são queraQno`licos (usam a queraPna como substrato energéPco). • Ex: Tinea corporis, Tinea capiUs, Tinea pedis e Tinea uguium. • Tratamento feito na maioria das vezes de forma errada. - Gênero: Histoplasma, Paracoccidioides e Claviceps spp. • Causam micoses sitêmicas. - Gênero: Aspergillus. • Aspergilose. • Hialohifomicoses. - Saccharomyces cerevisae: • Fungo do pão, vinho e cerveja. • Fermentação alcoólica. • Usado na biologia molecular, para produção de vacina: vacina recombinate da HepaQte B. - Um trecho do virus da hepaPte B (ancgeno de superIcie), coloca-se dentro de um plasmídeo e insere no Saccharomyces cerevisae. - Aspergillus sp: • Aspergilose pulmonar em imunodeprimidas. - O indivíduo só desenvolve a doença se Pver um imuno-compromePmento importante, como HIV/ AIDS não tratante. • Aspergillus flavus: produzem micotoxinas (aflatoxinas) que contaminam culturas agrícolas (amendoim, milho, cereais). 4 Microbiologia 19/06 ATD3 - Exposiçãoà doses muito altas de aflatoxinas, pode- se observar o desenvolvimento de hepatocarcinomas celulares. - A aflatoxina, em grande quanPdade no Igado, inibe a expressão correta da proteína P53 (supressor de tumor e indutor da apoptose), podendo levar ao crescimento de uma hepatocarcinoma celular. - Na presença do vírus da HepaPte B, e o consumo crônico da aflatoxina, teria uma sinergia em determinar junto com o vírus o hepatocarcinoma celular. - ABICAB: selo de regulamentação de concentração de aflatoxina no amendoim. • Aspergillus fumigateurs: aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA). - Fenômeno que acontece por conta dos esporos do Aspergillus que dá uma resposta de hipersensibilidade do Qpo 1 em algumas pessoas. • Hiperssensibilidade Ppo 1: alergia mediada por IgE, histamina. • Processo alérgico do esporo do fungo. - Claviceps purpurea: • Relacionada com culturas agrícolas. • “Doença do centeio” (cravagem). • Trigo/ milho/ aveia. • ErgoQsmo (fogo de Santo Antônio): doença feita pelas toxinas (alcalóides). - Espasmos nervosos dos músculos lisos, redução da perfusão sanguínea (gangrena e necrose), alucinações (uma das toxinas: LSD). - Atualmente é mais rara, pois hoje, rePram-se as culturas dessas toxinas. • Interese médico: - Ácido lisérgico: poderos alucinógeno (diePlamida - LSD). - Ergométrica é úPl para induzir o parto (espasmos musculares) e previnir hemorragias pós-partos. - Ergotamina são vasosconstritores. • Diminuição do processo da enxaqueca. - Histoplasma capsulatum: • Morcegos, galinheiros… - O Histoplasma capsulatum gosta de locais com solos nitrogenados. - Acomete expedidores de cavernas e limpadores de galinheiro. • Micose sistêmica em imuno-deprimidos. • É um fungo dismórfico. Assume a forma de levedura e de bolor, dependendo da temperatura inserida. - Na caverna (22 a 28ºC), o fungo se apresenta na forma de filamentos de hifas (micelial). O indivíduo começa a inalar os esporos do fungo miciliar, que se implanta no alvéolo. • Portanto, o fungo é inoculado na sua forma filamentosa - No pulmão, existe uma temperatura em torno de 36 e 37ºC e umidade de favorece a transformação do fungo em forma de levedura. Essa levedura é fagocitada por um magrófago, mas ela sobrevive dentro das nossas células imunológicas fagocitárias. - EsPmula-se nossos macrófagos a produzirem manoses e substâncias (EROs) que conseguem formar um granuloma e atacar o MO. • 9 entre 10 de indivíduos, conseguem conter normalmente esse microorganismos. - 1 em 10 não possuem a variabilidade genéUca para seu organismo entender que o MO tem um comportamento intracelular e tanta combate-lo. • Porém, em indivíduos imuno-deprimidos, eles não conseguem aPvar os macrófagos, por linfócitos T helper, assim o MO consegue se mulPplicar e se disseminar para outros órgãos do nosso corpo. 3. BASIDIOMYCETES: - Cogumelos: fungos superiores. • Hifas septadas. • Forma assexuada ocorre por meio de conídios e esporângios. • Forma sexuada resulta na formação de basidiósporos (esporos sexuais externos). - Esporos sexuais: basidiósporos. - Após a meiose, forma-se geralmente 4 esporos sobre a superIcie de uma basídio, em forma de clava. • Gênero: 5 Microbiologia 19/06 ATD3 - Agaricus campestres, Agaricus spp. • Comescveis. - Amanita phalloides (falodina e amaniPna). • Possui micotoxinas alcalóides que podem produzir alucinações, também produz faloidina (micotoxina que se liga ao hepatócito e rompe sua membrana celular - falência hepáPca) e a amaniQna (se aloja em células do TGI e determina processos inflamatórios e intoxicação alimentar). - Gênero: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gaZ. • Criptococose (pombo). • Pode levar a micose sistêmica. 4. DEUTEROMYCETES: - Fungos imperfeitos: não se conhece a fase sexuada. - Hifas septadas. • Assexuada caracterizada por conídios. • Sexuada ?? - Candida albicans: mucosa oral, vagina, pênis, regiões de “dobrinhas”, vivendo de forma normal, com uma pressão imunológica adaptaPva sobre ela. • Caso o indivíduo Pver um descontrole nessa pressão imunológica, a Candida albicans ataca o organismo, podendo causar micose cutânea (por atrito, por exemplo na coxa, podendo levar até a uma candidíase ou “sapinho”) ou, sabem, oportunistas graves em indivíduos imuno-deprimidos. MPRINCIPAIS MICOSES E FUNGOS: 6
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