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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE TECNOLOGIA – IT/UFRRJ
ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL
GABRIEL BALMANT RODRIGUES CHAVES
LARYSSA TAVARES SOARES
AUTOMAÇÃO EM ARMAZENAMENTOS DE GRÃOS
SEROPÉDICA
2021
GABRIEL BALMANT RODRIGUES CHAVES
LARYSSA TAVARES SOARES
AUTOMAÇÃO EM ARMAZENAMENTOS DE GRÃOS
Trabalho apresentado como exigência da Disciplina IT163 – Eletrificação Rural do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Professora: Juliana Lobo Paes
SEROPÉDICA 
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
1.1 IMPORTÂNCIA.......................................................................................................3
1.2 CONFLITO ENTRE AUTOMAÇÃO E O EMPREGO DE PESSOAS..................4
1 INTRODUÇÃO
 A automação agropecuária é um sistema no qual os processos operacionais de produção agrícola, animal ou florestal são monitoradas, controladas e executadas por máquinas, dispositivos mecânicos, eletrônicos ou computacionais com programadas para aumentar a produtividade no setor agrícola. O objetivo principal desse método produtivo é otimizar o uso de tempo, insumos e capital, além de proporcionar reduzir perdas da produção e aumentar a qualidade dos produtos devido a maior precisão das técnicas empregadas.
 No Brasil, o advento dessa tecnologia ocorreu a partir do século XX, principalmente movida a indústria de implementos agrícolas para preparo do solo, semeadura, e colheita mecanizadas substituindo a mão de obra humana e animal e aumentando a eficiência dos processos e minimizando possíveis erros de operação.
Entretanto, apenas a partir do da década de 80, quando microcomputadores, sensores e sistemas de supervisionar os processos. rastreamento terrestres ou via satélite foram disponibilizados e possibilitaram a difusão dos conceitos, de determinação e gestão da variabilidade espaço-temporal, controle computacionais e inteligência artificial que a automação foi difundida pelos grandes produtores rurais, garantindo a uniformidade nos tratos culturais, controle de temperatura, umidade, circulação de ar, iluminação artificial, sistemas de irrigação e preparo de solo.
Embora, a pesquisa de novas tecnologias e desenvolvimento de sistemas de controle de processos automatizados no meio rural tenha se apresentado como área de futuro promissor e auxilie os produtores rurais uma redução dos impactos ambientais, já que permite o não desperdício de contaminantes no solo, água ou floresta, apenas cerca de 1% dos produtores rurais apresentam acesso a essa tecnologia e contam com mão de obra especializada para a sua operação.
1.1 IMPORTÂNCIA
A automação nesse sentido vem ocupar uma posição importante para o país não apenas para a competitividade, mas essencialmente para o futuro da segurança alimentar e da bioenergia mundial. Pois integra o conhecimento agronômico, eletrônico, computacional e matérias para o desenvolvimento de máquinas capazes de gerar condições próximas as ideias para o desenvolvimento das atividades produtivas rurais garantindo aumento da produtividade (maior produção na mesma área).
Na era da internet, onde redes sociais, computação nas nuvens, Big Data, entre outras tecnologias que têm dominado a inovação da sociedade, a produção agropecuária, como um sistema distribuído em todo o território nacional em várias cadeias, apresenta-se como um dos maiores beneficiários potenciais dessa automação, o desafio se dá na acessibilidade dessa tecnologia para produtores de menor poder aquisitivo devido ao alto custo de implementação e conhecimento técnico.
Nesse sentido, uma discussão que se inicia a partir do surgimento da indústria 4.0 é como aliar esse desenvolvimento sem prejudicar o emprego de colaboradores rurais não especializados acostumados aos processos manuais de manejo do campo.
1.2 CONFLITO ENTRE AUTOMAÇÃO E O EMPREGO DE PESSOAS
 O processo de automação dos meios de produção rural gera grande questionamento quanto a possível geração de desemprego no campo brasileiro pois os tratos culturais como o plantio, adubação, colheita, criação de animais e exploração florestal que anteriormente eram realizados manualmente, agora podem ser feitos por poucos colaboradores especializados, o que provavelmente gera desemprego.
 Não apenas no setor rural ocorre essa discussão, como também nos ambientes fabris, supermercados, restaurantes, construção civil, etc. Todos os empregos considerados possíveis de informatização e automação estariam em risco de serem extintos. Assim, é notório a necessidade de adaptação a essa nova realidade no mercado de trabalho. A chave para o ser humano superar o medo do desemprego está na adaptabilidade tanto dos empresários quanto dos colaboradores.
 No setor rural, toda e qualquer atividade que necessite de precisão na execução é passível de automatização, pois a máquina quando programada com os parâmetros corretos em conjunto com sensores apresenta acurácia e precisão estatística maior que o trabalho humano. 
 Se por um lado temos a problemática da possibilidade do desemprego, também é importante se discutir a qualidade dos empregos manuais no campo, que em sua grande maioria são exaustivos e deteriorante ao trabalhador, do ponto de vista da saúde física e emocional. A possibilidade de aumento da capacidade produtiva e de qualidade no ambiente laboral é uma grande vantagem da automação já que o “trabalho pesado” fica por conta das máquinas e implementos. A dificuldade está na falta de qualificação.
Sendo assim, deve-se elaborar algumas soluções para solucionar essa problemática no setor rural brasileiro:
· Capacitação técnica dos colaboradores através de treinamento proporcionado pela empresa agrícola, focando na manutenção dos sistemas de automação, mecânica de tratores e máquinas agrícolas, instalações dos sistemas de automação como em avicultura, bovinocultura e demais sistemas de exploração e Tecnologia da informação.
· Deslocamento dos colaboradores da parte operacional para o controle de qualidade dos produtos agrícolas que necessita de seleção por qualidade, como por exemplo na benfeitoria do café que necessita da separação dos grãos maduros dos verdes, xoxos, quebrados etc. 
· Utilização de parte da área de cultivo para a agricultura orgânica em que o colaborador poderá exercer a atividade de colheita manual com um produto de maior valor agregado e em uma área menor
· Deslocamento de trabalhadores rurais para a área de transporte de produtos rurais para distribuidoras, frigoríferos e para exportação
· Deslocamento de trabalhadores rurais para a área de segurança da fazenda contra possíveis invasões, que poderia acarretar grande prejuízo econômico
Então, observamos que o avanço da automação dos processos agrícolas impõe grande desafio de adaptação, entretanto revela uma melhoria nas condições de trabalho e uma necessidade de inserção desse trabalhador numa nova realidade.
O futuro dos processos é a automação, a cada ano a tendencia é a difusão dessas novas tecnologias pelas propriedades rurais brasileiras, e outro grande desafio é a acessibilidade do pequeno e médio produtor nesse mercado, devido ao alto custo de aquisição que tende a diminuir com o avanço tecnológico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUTOMAÇÃO e agricultura de precisão. Disponível em: https://www.embrapa.br/tema-automacao-e-agricultura-de-precisao. Acesso em: 08 jul. 2021.