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Ética nos negócios slides

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Tema 01 – Desmitificação da ética; 
Conceito e diferença entre ética e moral
Bloco 1
Felipe Athayde Lins de Melo
Ética nos Negócios
W
BA0504_V1.0
• Compreender e diferenciar os sentidos de 
Ética e de Moral, bem como as espécies 
de fenômenos que lhes dizem respeito.
• Reconhecer os processos históricos, 
sociais e filosóficos de composição da 
Ética como domínio do conhecimento. 
Objetivos
Introdução
O que é ser Bom? Qual o sentido da Virtude? 
Que relações existem entre o Bem e a 
Justiça? As Leis, o Conhecimento e a Política 
se relacionam com a Virtude? Qual a 
importância dessas reflexões para a 
configuração do mundo social? Questões 
como essas são objeto de reflexão desde as 
mais antigas civilizações.
Moral e Virtude na Grécia pré-socrática
“É feio às naus voltarmos;
Primeiro, amigos, nos engula a terra:
Antes morrer que dar a glória aos Teucros”.
HOMERO, Ilíada - Livro XVII
Virtude (areté) = nobreza, excelência, glória.
Conhecimento como Ética, Justiça 
e Política na obra de Platão
O autor aborda reflexões acerca da Justiça, 
do Bem, do Belo, da Política e das Leis.
Toda reflexão platônica principia no 
questionamento sobre o que é o 
conhecimento e de como o conhecimento 
deve ser utilizado para a organização da polis.
Conhecimento como Ética, Justiça 
e Política na obra de Platão
A alegoria da caverna traz uma série de 
questionamentos e tensões, que 
representam os desafios de administrar a 
polis: o que fazer com aquelas que se 
recusam a deixar a caverna? Como conduzir 
as pessoas que também querem se libertar? 
Estão todas elas aptas a conhecer a luz? 
Críton – ou do Dever
A narrativa escrita em Críton é a 
condenação de Sócrates.
Visitando-o enquanto na prisão, enquanto 
Sócrates aguarda o cumprimento da 
sentença, Críton sugere-lhe fugir de Atenas, 
dispondo-se a corromper os guardas da 
cidade e, assim, salvar-lhe a vida.
Seria justo pagar o mal – uma condenação 
considerada por Críton como injusta – com 
outro mal – a fuga da cidade, violando as Leis? 
A violação das Leis não seria, isso sim, 
uma afronta aos deuses, uma vez que os 
atenienses consideram as Leis como 
representação dos acordos que os homens 
firmam a partir de desígnio dos deuses? 
Além disso, fugir não seria afrontar a própria 
polis, e dessa forma botar por terra todo 
modo de organização política da cidade?
A virtude da cidade é, nessa perspectiva, 
reflexo da virtude dos cidadãos: se Sócrates 
se mostra um cidadão sem virtudes, ele não 
é merecedor da polis.
Portanto, todo cidadão deve, para assegurar 
a virtude da polis, agir de forma virtuosa. 
Conhecer as Leis, praticar a Justiça e 
promover a harmonia da polis são 
expressões do homem dotado de razão, 
portanto, de conhecimento.
A polis se assenta num contrato social entre 
seus cidadãos, o qual possui um caráter 
Ético – da relação virtuosa entre os 
indivíduos; Justo – da igualdade política 
entre os cidadãos; e Político – a obediência 
às Leis e o bem-estar da cidade.
Tema 01 – Desmitificação da ética; 
Conceito e diferença entre ética e moral
Bloco 2
Felipe Athayde Lins de Melo
Ética nos Negócios
Objetivos
• Identificar a interinfluência entre fenômenos 
éticos, morais, políticos e sociais.
Introdução
Vimos que, para Platão, a Justiça é fazer 
cumprir aquilo que os cidadãos, na Ágora e 
na Assembleia, pactuam; para formular as 
Leis de modo justo, os homens devem 
conhecer a polis e seus cidadãos; o 
comportamento ético é aquele que obedece 
as leis não apenas por dever ou medo de 
punição, mas porque é o comportamento 
que garante a harmonia, a felicidade, o Bem 
da cidade e de seus indivíduos.
A modernidade e a crítica ao 
idealismo/racionalismo
Friedrich Nietzsche foi um filósofo alemão que 
viveu entre 1844 e 1900.
Nietzsche identifica em Sócrates o começo da 
reversão do ato de filosofar, visto pelo 
pensador alemão não como a racionalização 
do ato criativo do pensamento, mas como o 
ato próprio de criar o pensamento.
Segundo Nietzsche, ao estabelecer uma 
divisão entre aparência e essência (a sombra 
e o objeto do mito da caverna), entre 
conhecimento e opinião (o filósofo conhece, 
as pessoas, em geral, opinam), Sócrates – e 
Platão – teriam impedido o desenvolvimento 
da própria experiência - mística – que 
envolve a existência humana. 
Assim, se a consciência era, segundo os 
gregos antigos, a manifestação da Virtude, 
todas as potencialidades e os demais atos 
humanos eram reduzidos ao poder dessa 
consciência; o homem tornara-se, portanto, 
escravo daquilo que, para Nietzsche, lhe era 
menor: a própria consciência.
Retornando à filosofia pré-socrática, 
Nietzsche argumenta que o homem somente 
tornara-se humano em razão de sua potência 
e de seus atos, ao passo que a consciência é 
apenas uma das formas de interpretar a 
experiência humana no mundo. Ou ainda, 
um ato de nomear estas experiências.
Uma genealogia da Moral
Para denunciar e combater essa moral da 
resignação, Nietzsche elabora uma 
Genealogia da Moral, a qual deve, 
sobretudo, livrar o homem da razão 
platônica, cristã e moderna, bem como 
emancipá-lo da renúncia à vida que esta 
razão promove. 
O autor afirma, primeiramente, que ao 
contrário do que resulta das racionalidades 
socrática ou cristã, o juízo “bom” não 
provém do efeito gerado para aqueles a 
quem se fez o “bem”: longe de ser um juízo 
de utilidade, “bom” e “ruim” são formas de 
nomear as ações realizadas; o “bom” era 
aquilo que o nobre realizava, tal como 
afirmavam os poemas homéricos.
O “ruim” era identificado com o simples, o 
não-elevado.
Mas afinal, o que é Ética e 
o que é Moral?
Moral e Ética se referem, de uma maneira ou 
de outra, ao domínio comum dos costumes.
No entanto, se a Moral expressa “uma forma 
específica de comportamento humano, cujos 
agentes são os indivíduos concretos (...) que 
só agem moralmente quando em sociedade” 
(VASQUÉZ, 2007, p. 09). A Ética configura um 
conjunto de princípios e valores metamorais, 
que orientam a construção das normas e as 
tornam compreensíveis para os indivíduos.
Mas afinal, o que é Ética e 
o que é Moral?
Assim, se a Ética pode ser compreendida 
como uma “teoria da moral”, esta envolve o 
conjunto de códigos que designa o permitido 
e o proibido, o aceito e o recusado, bem 
como a obrigação individual de aderir a ela.
Considerações finais
• Do grego ethos, a Ética pode ser 
compreendida como a teoria da Moral.
• A Moral, que advém do latim moralis, é o 
campo da ação do homem em sociedade.
• Quando aplicada a contextos específicos, 
a Ética ganha função de regulação do 
comportamento moral, como nos casos 
das éticas profissionais.

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