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Reflexão ética grega

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COLÉGIO ESTADUAL MARIA DALILA PINTO
PROF.: Márcio Aparecido Pinheiro DISCIPLINA: Filosofia
DATA DA ENTREGA: / / DATA DA DEVOLUÇÃO: / /
ALUNO(A):
EJA: 3° Semestre ENSINO: Médio
ATIVIDADE 11
Reflexão ética grega
Prezado(a) Aluno(a)!!
Esta atividade refere-se a aula “Reflexão ética grega”.
Ela consiste de um questionário com cinco questões objetivas.
Segue junto o texto de apoio, procure estudá-lo antes de fazer a atividade.
Bons estudos!!!
1. Sobre a ética dos antigos filósofos gregos, pode-se afirmar, exceto
a) A natureza humana procura pelo bem e pela felicidade.
b) A vida virtuosa é a realização dos desejos e dos impulsos.
c) A separação entre os valores éticos e políticos é impossível.
d) A consciência moral e a vontade guiada pela razão são dois elementos fundamentais à
vida ética.
2. (UFU 2013) Marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Sócrates.
a) Sócrates estabelece uma ligação muito estreita entre o conhecimento da virtude e a ação
humana, a ponto de sustentar que aquele que conhece o que é o correto não pode agir
erroneamente, visto que o erro de conduta é fruto da ignorância sobre a verdade.
b) O fim último do método dialético socrático era a refutação do seu interlocutor. Assim
sendo, é legítimo afirmar que o reconhecimento da própria ignorância equivale à
constatação de que a verdade é relativa a cada indivíduo.
c) Sócrates é considerado um divisor de águas na Filosofia, graças a sua teoria ética sobre a
imobilidade do Ser. Por isso, sua missão sempre foi a investigação de um fundamento
absoluto da moral.
d) Sócrates fazia uso de um método refutativo de investigação, o que significa que seu
principal intento era levar o interlocutor à contradição, independentemente se o último
estivesse ou não com a razão.
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COLÉGIO ESTADUAL MARIA DALILA PINTO
3. (Fuvest 2017) Em relação à ética e à justiça na vida política da Grécia Clássica, é correto
afirmar:
a) Tratava-se de virtudes que se traduziam na observância da lei, dos costumes e das
convenções instituídas pela pólis.
b) Foram prerrogativas democráticas que não estavam limitadas aos cidadãos e que também
foram estendidas aos comerciantes e estrangeiros.
c) Eram princípios fundamentais da política externa, mas suspensos temporariamente após a
declaração formal de guerra.
d) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder assentado em bases religiosas
e para estabelecer critérios racionais de distribuição.
e) Adquiriram importância somente no período helenístico, quando houve uma significativa
incorporação de elementos da cultura romana.
4. Leia o texto a seguir sobre a Filosofia e a Ética.
Toda a obra de Platão tem um profundo sentido ético. Três poderiam ser os eixos centrais, que
comandam a ética platônica: primeiro, a justiça na ordem individual e social; segundo, a
transcendência do Bem; terceiro, as virtudes humanas e a ordem política presididas pela
justiça.
PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através
da história. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 25-26. (Adaptado).
O autor acima demarca alguns pontos singulares dos temas centrais da ética de Platão. Sobre
esse assunto, é CORRETO afirmar que
a) as virtudes humanas estão em conexão com a transcendência do bem e desvinculadas da
ordem política, presidida pela justiça.
b) o sentido ético-político na filosofia de Platão prioriza a ordem individual em detrimento do
plano social.
c) Platão defende um ideal ético, centrado na sabedoria, declinando da ordem política
presidida pela justiça.
d) a justiça e o bem se realizam na ordem individual, e a virtude, na ordem política.
e) na ética de Platão, a virtude é prática da justiça.
5. Tendo em vista as discussões a respeito da ética apresentadas nos diálogos platônicos, por
meio da figura de Sócrates, é INCORRETO afirmar:
a) O indivíduo ético é aquele capaz de autocontrole, de governar a si mesmo.
b) A possibilidade de agir corretamente e de tomar decisões éticas depende de um
conhecimento do Bem.
c) A virtude não pode ser ensinada.
d) O papel do filósofo consiste em despertar a virtude que se encontra adormecida em cada
uma das pessoas.
e) A virtude é algo que pode ser ensinado e aperfeiçoado através de exercícios.
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ÉTICA NA HISTÓRIA
Algumas concepções da filosofia moral
humano, o que o diferencia dos demais animais? 
Sua alma racional. O ser humano é essencialmente 
razão. E é na razão, portanto, que devem ser funda-
mentadas as normas e costumes morais. Por isso, 
dizemos que a ética socrática é racionalista. O indi-
víduo que age conforme a razão age corretamente.
Platão desenvolveu o racionalismo ético inicia-
do por Sócrates, aprofundando a diferença entre 
corpo e alma. Argumentava que o corpo, por ser a 
sede de desejos e paixões, muitas vezes desvia o 
indivíduo de seu caminho para o bem. Assim, de-
fendeu a necessidade de uma depuração do mundo 
material para alcançar a ideia de bem. Segundo 
Platão, o ser humano não consegue caminhar em 
busca da perfeição agindo sozinho. Necessita, 
portanto, da sociedade, da pólis. No plano ético, 
o indivíduo bom é também o bom cidadão.
Depois do período clássico grego, o estoicis-
mo desenvolveu uma ética baseada na procura 
da paz interior e no autocontrole individual, fora 
dos contornos da vida política. Assim, o princípio 
da ética estoica é a apatia (apatheia), atitude de 
entendimento de tudo o que acontece, e o amor ao 
destino (amor fati), porque tudo faria parte de um 
plano superior guiado por uma razão universal 
que a tudo abrangeria. Desse modo, atingia-se a 
ataraxia, ou imperturbabilidade da alma.
A ética do epicurismo, de forma semelhante, 
defendia a atitude de desvio da dor e procura do 
prazer espiritual, do autodomínio e a paz de espí-
rito (ataraxia). 
Ética do equilíbrio
Aristóteles também desenvolveu uma reflexão 
ética racionalista, mas sem o dualismo corpo-al-
ma platônico. Procurou construir uma ética mais 
realista, mais próxima do indivíduo concreto. Para 
tanto, perguntou-se sobre o fim último do ser hu-
mano. Para o que tendemos? E respondeu: para a 
felicidade. Todos nós buscamos a felicidade.
E o que entende Aristóteles por felicidade? Para 
o filósofo, a felicidade não se confunde com o sim-
ples prazer, o prazer das sensações ou o prazer
proporcionado pela riqueza e pelo conforto material.
A felicidade última e maior se encontraria na
vida teórica, que promove o que há de mais es-
sencialmente humano: a razão.
O indivíduo que se desenvolve no plano teórico, 
contemplativo, pode compreender a essência da 
felicidade e, de forma consciente, guiar sua condu-
Vejamos, de forma resumida, algumas das re-
flexões éticas que marcaram os grandes períodos 
históricos. Para isso, retomaremos aspectos do 
pensamento de alguns filósofos estudados ante-
riormente. Daremos destaque às concepções de 
Aristóteles, na Antiguidade, Santo Agostinho, na 
Idade Média, e Immanuel Kant, na Idade Moderna.
 Antiguidade: ética grega
A preocupação com os problemas éticos teve 
início de forma mais sistematizada na época de 
Sócrates, filósofo também conhecido como “o pai 
da moral”. Vejamos o que disseram os principais 
filósofos gregos desse período sobre essa questão.
Os sofistas afirmavam que não existem normas 
e verdades universalmente válidas. Tinham, portan-
to, uma concepção ética relativista ou subjetivista.
Ao contrário dos sofistas, Sócrates sustentou a 
existência de um saber universalmente válido, que 
decorre do conhecimento da essência humana, a 
partir da qual se pode conceber a fundamentação 
de uma moral universal. E o que é essencial no ser 
Pintura em vaso que retrata o episódio mítico em 
que o herói ateniense Teseu mata o Minotauro (1813). 
(Bibliothèque Des Arts Décoratifs, Paris, França.) Os 
antigos gregos desenvolveram uma ética racionalista 
na qual a razão deveria prevalecer sobre as paixões e os 
desejos individuais. O mal, as paixões desenfreadas, a 
iniquidade,a que os gregos denominavam hybris, eram 
representadas pelas personagens monstruosas que 
deveriam ser vencidas pelos heróis de sua mitologia.
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335Capítulo 18 A ética
ta. Mas isso, no contexto histórico da Grécia antiga, 
seria privilégio de uma minoria. Segundo o filósofo, 
a pessoa comum, aquela que não pode se dedicar 
à atividade teórica, aprenderia a agir corretamente 
pelo hábito, isto é, por meio da prática constante e 
reiterada de ações.
Assim, agir corretamente seria praticar as vir-
tudes. E o que seria a virtude? Em sua obra Ética a 
Nicômaco, Aristóteles explica:
A excelência moral [virtude moral], então, é uma 
disposição da alma relacionada com a escolha de 
ações e emoções, disposição esta consistente num 
meio-termo determinado pela razão. Trata-se de 
um estado intermediário, porque nas várias formas 
de deficiência moral há falta ou excesso do que é 
conveniente tanto nas emoções quanto nas ações, 
enquanto a excelência moral encontra e prefere o 
meio-termo. (p. 42)
A coragem, por exemplo, seria uma virtude si-
tuada entre a covardia (a deficiência) e a temeri-
dade (o excesso). Assim, o filósofo propôs uma 
ética do meio-termo, na qual a virtude consistiria 
em procurar o ponto de equilíbrio entre o excesso 
e a deficiência. 
Mas observe que esse ponto de equilíbrio não é 
fixo, isto é, não pode ser estabelecido de antemão, 
pois varia de acordo com a circunstância ou ocasião 
(onde, quando, quanto, com quem, com o quê, como 
etc). Por exemplo: não é exatamente coragem reagir 
em um assalto a mão armada. Ou seja, não é esse 
tipo de atitude que garante a excelência moral de 
uma pessoa. Como explicou Aristóteles:
[...] tanto o medo como a confiança, o apetite, a ira, 
a compaixão e em geral o prazer e a dor, podem ser 
sentidos em excesso ou em grau insuficiente; e, num 
caso como no outro, isso é um mal. Mas senti-los 
na ocasião apropriada, com referência aos objetos 
apropriados, para com as pessoas apropriadas, pelo 
motivo e da maneira conveniente, nisso consistem o 
meio-termo e a excelência característicos da virtude. 
(Ética a Nicômaco, p. 273.)
Também é importante notar que, tanto em Pla-
tão como em Aristóteles, a ética estava vinculada à 
vida política. Aristóteles refere-se mesmo à política 
como um meio da ética, pois, sendo o ser humano, 
por natureza, um ser sociopolítico, necessitaria da 
vida em comum para alcançar a felicidade como 
plenitude de seu bem-estar.
336 Unidade 4 Grandes áreas do filosofar
l.il' PARA SABER MAIS
Ja vimos a divisao da cidade plat6nica com mais 
detalhes no capftulo 7, "Em busca da felicidade", e 
volta re mos a ela no 23, "A politica normativa". 
Como so o filosofo atinge o nivel mais alto de 
sabedoria, cabe a ele exercer a virtude maior da jus­
ti<;:a e portanto a furn;iio de governar. Outras virtudes 
menores, mas tambem importantes para a cidade, 
destinam-se aos soldados defensores da polis (a 
coragem) e aos trabalhadores comuns, artesiios e 
comerciantes (a temperanc;a, ou moderac;iio). 
A cidade perfeita e a aquela em que predominam 
em cada dasse as virtudes citadas e a justic;a con­
siste na harmonia entre as tres virtudes. 
	Reflexão ética grega.pdf
	Antiguidade - ética grega.pdf
	A reflexão ética grega.pdf

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