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Como Fazer um Texto Dissertativo 
Argumentativo 
O texto dissertativo argumentativo tem como principais 
características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o 
questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de argumentos, de fatos, de 
dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver. As três 
características básicas de um texto dissertativo são: 
 Apresentação do ponto de vista 
 Discussão dos argumentos 
 Análise crítica do texto 
A diferença desse modelo para um texto narrativo, por exemplo, é que o texto narrativo 
descreve uma história, contendo alguns elementos importantes como personagens, local, 
tempo (intervalo no qual ocorreram os fatos), enredo (fatos que motivaram a escrita). O 
texto dissertativo, por outro lado, tem como objetivo defender um ponto de vista usando 
argumentos. 
Uma redação dissertativa argumentativa pode ser escrita na terceira pessoa do plural 
(objetiva) ou na primeira pessoa do singular (subjetiva), veremos a seguir exemplos 
de cada uma delas: 
Dissertação Objetiva 
Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o leitor, já que os argumentos são 
expostos de forma impessoal. Isso, aliás, confere ao texto um ar de imparcialidade, embora 
se saiba que é a visão do autor que está sendo discutida. Esse procedimento faz o leitor 
aceitar mais facilmente as ideias expostas no texto. 
Dissertação Subjetiva 
No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por meio do uso da primeira pessoa do 
singular (eu), evidenciando que os argumentos são resultados da opinião pessoal de quem 
escreve (não que no texto objetivo também não o sejam, afinal, a influência das ideias do 
autor estão presentes também neste último caso). 
Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho de um texto objetivo e o segundo é 
um trecho de um texto subjetivo. Repare na diferença que existe entre os dois: 
1) “Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre resultado de uma demolição ou 
desconstrução de edificações. Existe um primeiro tipo que simboliza um tempo passado que 
evoluiu e foi deixando ruínas devido às mudanças dos gostos e da riqueza dos donos.” 
2) “Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas não posso ficar indiferente aos 
últimos acontecimentos no cenário público do Brasil. Toda essa movimentação em torno 
dos casos de corrupção que assolam a nação me fez pensar sobre a importância da ética 
nas relações sociais em todos os níveis. Não quero me convencer de que um valor moral 
http://comofazerumaboaredacao.com/wp-content/uploads/2015/03/como-fazer-um-texto-dissertativo-argumentativo-150x150-1.jpg
tão importante esteja sendo banido da sociedade, substituído pelo direito de garantia de 
privilégios pessoais a qualquer custo.” 
Podemos notar claramente a diferença no uso da terceira e da primeira pessoa. 
Na prática, escrever na primeira pessoa (eu/nós) dá origem a frases do tipo: 
– “Precisamos estar conscientes da importância do cuidado ao meio ambiente” 
– “Sabemos que o Brasil precisa de mudanças” 
– “Tive bons professores, mas nem todo estudante tem esse privilégio”. 
As mesmas frases acima escritas na terceira pessoa do plural ficariam: 
– “É preciso estar consciente da importância do cuidado ao meio ambiente” 
– “Sabe-se que o Brasil precisa de mudanças” 
– “Alguns estudantes têm bons professores, mas nem todos têm esse privilégio”. 
Repare que quando você escreve na terceira pessoa do plural, nunca utiliza os verbos 
conjugados pessoalmente (utilizando o “eu” ou o “nós”). As frases sempre ficam 
impessoais. 
Essas duas maneiras de escrita são aceitas, mas é muito importante que você escolha e 
mantenha o mesmo estilo do início ao fim! Se você escolheu a escrita objetiva, não utilize 
a subjetiva e vice-versa. É muito comum misturar as duas coisas, a grande maioria dos 
candidatos mistura esses dois estilos ao longo do texto e são penalizados na nota por isso. 
Fique atento a esse detalhe. Sempre que você for escrever alguma frase, lembre-se de qual 
estilo você escolheu e seja fiel a ele até o fim! 
O mais recomendado é que você escolha a terceira pessoa do plural, pois essa forma de 
escrever é mais informal e mais fácil de ser seguida com fidelidade. O texto objetivo 
também tem a vantagem de dar um aspecto de “autoridade” aos argumentos. Quando se 
opta pelo texto subjetivo, tem-se uma impressão de que tudo está somente de acordo com a 
opinião do autor, enquanto que no objetivo tem-se a impressão de que a opinião é de todos. 
Isso é o que fortalece o caráter objetivo. 
Recomendamos também que você pratique suas redações utilizando sempre o mesmo estilo 
para se acostumar. Isso vai ajudar você a não misturar as coisas depois. Então comece a 
praticar desde já o texto objetivo para chegar no dia da prova afiado e não colocar traços 
subjetivos misturados. 
A Argumentação do Texto Dissertativo 
Um texto argumentativo, como já 
comentamos, é aquele em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, procurando 
fazer com que o leitor acredite nele. Para conseguir esse objetivo, utilizamos os argumentos. 
A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM; 
significa: fazer brilhar, iluminar. 
http://comofazerumaboaredacao.com/wp-content/uploads/2015/03/texto-argumentativo-1.jpg
É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta que se identifique a tese (ideia 
principal), para então fazer a pergunta “por quê”? Por exemplo: o autor é contra a pena de 
morte (tese). Porque… (argumentos). 
Um bom texto dissertativo deve apoiar-se principalmente em uma boa argumentação (por 
isso o nome: dissertativo argumentativo). Para que isso ocorra, é preciso que se 
organizem as ideias que serão expostas. Mostraremos abaixo os tipos mais comuns de 
argumentos que podem ser utilizados em uma redação: 
Tipos de argumentos 
– Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no conhecimento de um especialista 
da área. É um modo de trazer para o texto o peso e a credibilidade da autoridade citada. Por 
exemplo: “Conforme afirma Bertrand Russel, não é a posse de bens materiais o que mais 
seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela”. 
– Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a demonstração de um 
especialista para que se prove o conteúdo argumentado. Nesse caso, não precisamos citar 
uma fonte de confiança. Por exemplo: “O investimento na Educação é indispensável para o 
desenvolvimento econômico do país”. Repare que essa afirmação não precisa de 
embasamento teórico, pois é um consenso global. 
– A Comprovação pela Experiência ou Observação: Esse tipo de argumentação é 
fundamentada na documentação com dados que comprovam ou confirmam sua veracidade. 
Por exemplo: “O acaso pode dar origem a grandes descobertas científicas. Alexander 
Flemming, que cultivava bactérias, por acaso percebeu que os fungos surgidos no frasco 
matavam as bactérias que ali estavam. Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à 
penicilina”. Observe que, nesse caso, o argumento que validou a afirmação “O acaso pode 
dar origem a grandes descobertas” foi a documentação da experiência de Flemming. 
– A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse caso se baseia em operações de 
raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e efeito, consequência e causa, etc. Por 
exemplo: “Ao se admitir que a vida humana é o bem mais precioso do homem, não se pode 
aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico 
que, no caso, seria irreparável”. Note que a ideia que o leitor tentou passar era: Não se 
pode aceitar a pena de morte. Para isso, foi mencionado o caso de falha humana na 
sentença, o que permitiu que se chegasse a tal conclusão. 
Qualquer um desses tipos de argumentos citados é válido na construção de um texto 
argumentativo. 
A título de nomenclatura, muitas provas de vestibulares e concursos utilizam o nome “texto 
dissertativo”, “texto argumentativo”ou ainda “texto dissertativo argumentativo”, mas todos 
se referem a esse mesmo padrão de texto que mencionamos nesse artigo.

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