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Gabarito das Autoatividades PROGRAMAS DE PREVENÇÃO (SEGURANÇA DO TRABALHO) 2011/1 Módulo IV 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE PROGRAMAS DE PREVENÇÃO UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Explique como foi instituída a obrigatoriedade de se implementar o PPRA para os empregadores que admitam trabalhadores e para as instituições. R.: O PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um programa instituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego através da norma regulamentadora NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, aprovada pela portaria n° 25 de 29/12/94 e republicada em 15/02/95, que determina a todos os empregadores ou instituições que contratem trabalhadores como empregados a necessidade de se elaborar e implementar o PPRA. 2 Discorra sobre o objetivo do PPRA. R.: O objetivo do PPRA é a preservação da saúde dos trabalhadores e a sua integridade, buscando antecipar, reconhecer, avaliar e consequentemente controlar a ocorrência de riscos ambientais existentes ou que possam existir no ambiente de trabalho, considerando também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 3 Descreva cada um dos agentes que são considerados riscos ambientais no contexto do PPRA. R.: São considerados riscos ambientais os seguintes agentes que, por sua natureza, intensidade ou concentração e tempo de exposição, podem causar danos à saúde do trabalhador: • físicos: diversas formas de energia como por exemplo: radiações não- ionizantes, pressões anormais, ruído, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes, infrassom e ultrassom. • químicos: compostos, substancias ou produtos que possam penetrar no organismo por via respiratória, nas formas de fumos, neblinas, poeiras, gases, névoas ou vapores ou, que pela natureza da atividade de exposição, possam ser absorvidos ou ter contato com o organismo através da pele ou por ingestão; • biológicos: fungos, protozoários, vírus, bacilos, bactérias, parasitas, entre outros. 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O 4 Apresente os itens que devem constar da estrutura do PPRA. R.: A estrutura do PPRA deve constar de: a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b) estratégia e metodologia de ação; c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados e d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 5 Discorra sucintamente sobre cada uma das etapas que devem ser consideradas no desenvolvimento do PPRA. R.: No desenvolvimento do PPRA deve-se considerar as etapas a seguir descritas, sendo que no caso de não serem detectados riscos na etapa de antecipação e reconhecimento, o desenvolvimento do PPRA ficará restrito as etapas a) e f): a) antecipação e reconhecimento dos riscos: A antecipação refere-se à busca em reconhecer os riscos possíveis e estabelecer as ações necessárias para sua mitigação ou mesmo a eliminação. Envolve a análise de projetos de instalações novas, dos métodos ou dos processos de trabalho, ou até mesmo das modificações destes. Para o reconhecimento, utiliza-se a identificação qualitativa, para cada posto de trabalho, dos riscos ambientais contendo os seguintes itens: reconhecimento dos riscos; estabelecimento das possíveis causas e sua localização; reconhecimento dos possíveis percursos e dos meios de expansão dos agentes; o reconhecimento das atribuições e estabelecimento do número de trabalhadores sujeitos aos riscos; a especificação das atividades desenvolvidas e do modo como os trabalhadores estão expostos aos riscos; a aquisição dos dados existentes na empresa, indícios de possível exposição aos riscos de danos à saúde em consequência das atividades laborais; os possíveis prejuízos à saúde que possuam correlação com os riscos reconhecidos, encontrados na literatura técnica e o detalhamento das providências já existentes de controle dos riscos. b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle: Em virtude de poderem ser determinadas várias metas e ações correspondentes para alcançá-las, devem ser definidas prioridades para as metas de avaliações e para os controles com indicação clara dos prazos para o seu alcance em cronograma específico. c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores: Deve-se proceder, sempre que necessária, a avaliação quantitativa com os seguintes objetivos: constatar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos reconhecidos na fase de reconhecimento; avaliar a exposição aos riscos pelos trabalhadores e apoiar o dimensionamento das medidas de controle. d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia: Deve- se adotar providências que sejam suficientes para a extinção, a minimização ou o controle de todos os riscos em qualquer uma das seguintes ocorrências: reconhecimento, na etapa de antecipação, de risco potencial à saúde; comprovação, na etapa de reconhecimento de risco inegável à saúde; se 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores ultrapassarem os valores dos limites mencionados na NR-15 ou aqueles adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou ainda determinados em negociação coletiva de trabalho, uma vez que sejam mais rigorosos do que os critérios técnico-legais determinados; e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional previsto na NR - 7, indicar a existência do nexo causal entre os danos detectados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho em que eles desenvolvem suas atividades laborais. As medidas de proteção coletiva devem ser desenvolvidas seguindo a seguinte ordem: medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. Devem ser realizados treinamentos aos trabalhadores expostos sobre os procedimentos necessários à eficiência das medidas de proteção coletiva e as informações relativas às possíveis limitações de proteção que possam oferecer. Se for constatada pelo empregador ou instituição a impossibilidade técnica de se implantar medidas de caráter coletivo ou se as medidas adotadas não forem suficientes ou estiverem em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em condição complementar ou emergencial, deverão ser implantadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte ordem: medidas de relativas à organização do trabalho ou de caráter administrativo e emprego de EPI. O emprego do EPI deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e deverá se considerar no mínimo: que o EPI deve ser eficiente quanto à proteção necessária e confortável de acordo com a avaliação do trabalhador usuário do EPI; • adotar programa de treinamento dos trabalhadores esclarecendo as limitações de proteção do EPI; • estabelecer normas ou procedimentos relacionadas ao fornecimento, uso, guarda, higienização, conservação, manutenção e a reposição do Equipamento de Proteção Individual e • identificação das atribuições ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva destinação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais. Através dos dados resultantes das avaliações, conforme previsto na NR 7 – PCMSO, o PPRA deve determinar os critérios e técnicas de avaliação da eficácia das medidas de proteção adotadas. Denomina-se nível de ação o valor a partir do qual devem ser implantadas medidas preventivas para que não sejam ultrapassados os limites de exposição aos agentes ambientais estabelecidos. Entre as ações, considera- 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O se também o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadorese o controle médico da saúde do trabalhador. A exposição ao risco à saúde do trabalhador acima dos níveis de ação é indicado a seguir: • nos casos de agentes químicos a metade dos limites mencionados na NR-15, ou caso não sejam mencionados neste norma, a metade dos valores limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou ainda metade dos valores determinados em negociação coletiva de trabalho, uma vez que sejam mais rigorosos do que os critérios técnico-legais determinados; • nos casos de ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6. e) monitoramento da exposição aos riscos: Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores aos riscos e das medidas de controle, deve-se proceder repetitivamente uma avaliação sistemática da exposição ao risco, para implantação ou alteração das medidas de controle, em todos os casos em que se fizer necessário. f) registro e divulgação dos dados: Todos os dados devem estar registrados e arquivados de maneira que seja mantido por 20 (vinte) anos; esteja sempre disponível a qualquer trabalhador interessado ou representantes dos trabalhadores e para as autoridades competentes. 6 Apresente as responsabilidades do empregador e do trabalhador relativas ao desenvolvimento do PPRA. R.: Para o desenvolvimento do PPRA, estão determinadas as seguintes responsabilidades: Do empregador estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. Dos trabalhadores auxiliar e participar na implantação e execução do PPRA; atender às orientações transmitidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA e informar ao seu superior hierárquico direto os fatos que, segundo o seu critério, possam indicar a existência de riscos à saúde dos trabalhadores. 7 Descreva cada passo da sequência de atividades apresentadas na figura 4 – Diagrama de blocos das etapas do PPRA. R.: A partir da fase de reconhecimento dos riscos, podem ocorrer as seguintes situações: • reconhecimento de riscos graves e iminentes à saúde do trabalhador e reconhecimento de nexo causal de doenças, • reconhecimento de existência de riscos que devem ser avaliados e • reconhecimento da inexistência de riscos. Nas situações de inexistência de riscos procede-se o registro dos dados considerados na fase de reconhecimento. Nos casos em que se percebe a existência de riscos, procede-se a 7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O avaliação do risco de exposição. Na fase de avaliação do risco de exposição, podem ocorrer três situações: • Int. > LT: intensidade medida maior do que o limite de tolerância; LT > Int. > 0,5 LT: Intensidade medida menor do que o limite de tolerância e maior do que 50% (metade) do limite de tolerância e • Int. < 0,5 LT: Intensidade medida menor do que 50% (metade) do limite de tolerância. Na ocorrência de Int. > LT , bem como nos casos de reconhecimento de riscos graves e iminentes à saúde do trabalhador e nos casos de reconhecimento de nexo causal de doenças, procede-se à implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia, considerando as medidas de proteção coletiva, as medidas administrativas, a adoção de EPI e treinamentos e posteriormente a avaliação sistemática da exposição ao risco, para implantação ou alteração das medidas de controle, em todos os casos em que se fizer necessário. Nos casos em que LT > Int. > 0,5 LT, ou seja, a intensidade medida menor do que o limite de tolerância e maior do que 50% (metade) do limite de tolerância caracteriza-se a situação de nível de ação e procede-se o monitoramento da exposição dos trabalhadores aos riscos e o seu controle médico com posterior avaliação sistemática da exposição ao risco, para implantação ou alteração das medidas de controle, em todos os casos em que se fizer necessário. Para os casos em que Int. < 0,5 LT, ou seja, a intensidade medida é menor do que 50% (metade) do limite de tolerância procede-se o registro de todos os dados levantados. TÓPICO 2 1 Explique como se instituiu a obrigação por parte da empresa ou do Permissionário de Lavra Garimpeira de elaborar e implementar o PGR. R.: A obrigação por parte da empresa ou do Permissionário de Lavra Garimpeira de elaborar e implementar o PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos foi instituída pela norma regulamentadora NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, aprovada pela portaria n° 2.037 de 15/12/99. 2 Descreva os temas cujos aspectos previstos na NR 22 devem ser considerados no PGR. R.: O PGR deverá conter os aspectos abordados na NR 22, no mínimo, referentes aos seguintes temas: a) riscos físicos, químicos e biológicos; b) atmosferas explosivas; 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O c) deficiências de oxigênio; d) ventilação; e) proteção respiratória, de acordo com a Instrução Normativa n.º 1, de 11/04/94, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho; f) investigação e análise de acidentes do trabalho; g) ergonomia e organização do trabalho; h) riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em espaços confinados; i) riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas, equipamentos, veículos e trabalhos manuais; j) equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-se no mínimo o constante na Norma Regulamentadora n.º 6. l) estabilidade do maciço; m) plano de emergência e n) outros resultantes de modificações e introduções de novas tecnologias. 3 Apresente as fases do Programa de Gerenciamento de Risco e discorra sucintamente sobre cada uma. R.: O Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR deve contemplar as seguintes fases: • Antecipação e identificação dos fatores de risco do PGR: a partir desta fase e em todas as fases posteriores deverão ser considerados os aspectos abordados na NR 22, no mínimo, referentes a: a) riscos físicos, químicos e biológicos; b) atmosferas explosivas; c) deficiências de oxigênio; d) ventilação; e) proteção respiratória, de acordo com a Instrução Normativa n.º 1, de 11/04/94, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho; f) investigação e análise de acidentes do trabalho; g) ergonomia e organização do trabalho; h) riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em espaços confinados; i) riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas, equipamentos, veículos e trabalhos manuais; j) equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-se no mínimo o constante na Norma Regulamentadora n.º 6. l) estabilidade do maciço; m) plano de emergência e n) outros resultantes de modificações e introduções de novas tecnologias. Deve-se considerar, também, as informações contidas no Mapa de Risco elaborado pela CIPAMIN, quando houver. • Avaliação dos Fatores de Risco e da Exposição dos Trabalhadores: nesta fase, realizam-se as avaliações dos fatores de risco, podendo ser qualitativas e quantitativas para: a) Evidenciar o controle da exposição ou a ausência dos riscos identificados na etapa anterior; b) Definir a intensidade da exposição aos riscos pelos trabalhadores; c) auxiliar o planejamento das medidas de controle. • Estabelecimento de metas, prioridades e cronograma: As metas são relativas à situação desejada decorrente das ações do PGR. São 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O definidas prioridades para as metas de avaliações e definindo claramente em cronograma os prazos para o alcance destas metas na etapa de estabelecimento de prioridades, meta e cronograma. • Acompanhamento das medidas de controle implementadas: nesta fase, define-se como será o acompanhamento das medidas de controle, considerando que todas as medidas de controle adotadas e as alterações e complementações do PGR devem necessariamente ser expostas aosmembros da CIPAMIN e discutidas com os mesmos, para o acompanhamento das medidas de controle implementadas. • Monitorização da exposição aos fatores de risco: fase em que se estabelece uma avaliação sistemática de maneira repetitiva da exposição aos fatores de risco, para implantação ou alteração das medidas de controle implementadas. Utilizando-se das informações dos trabalhadores e dos resultados dos exames relativos ao controle médico da saúde do trabalhador conforme previsto na NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional no PGR, deve-se determinar os critérios e técnicas de avaliação da eficácia das medidas de proteção adotadas. • Registro e manutenção dos dados: nesta fase é estabelecido o método de arquivamento para que todos os dados relativos ao PGR sejam mantidos e disponibilizados para consulta por um período mínimo de vinte anos. • Avaliação periódica do PGR: fase em que devem ser estabelecidos os critérios para se avaliar periodicamente a eficácia do Programa de Gerenciamento de Riscos em todos os seus aspectos em comparação com as prescrições contidas na NR 22. TÓPICO 3 1 Explique como se instituiu a obrigação para os estabelecimentos de construção civil com mais de 20 empregados de elaborar e implementar o PCMAT. R.: A obrigação dos estabelecimentos que desenvolvem atividades de construção civil que possuírem 20 empregados ou mais de implementar o PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção foi instituída pela norma regulamentadora NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, aprovada pela portaria n° 04 de 04/07/95. 2 Descreva as condições que devem ser atendidas no desenvolvimento do PCMAT. R.: O desenvolvimento do PCMAT deve atender às seguintes condições: devem ser consideradas as exigências que constam na NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego; deve 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O ser elaborado e executado por profissional da área de segurança do trabalho habilitado legalmente; e a responsabilidade pela sua implementação é do empregador ou condomínio. 3 Descreva os documentos que devem constar no PCMAT e discorra sucintamente sobre cada um deles. R. Os seguintes documentos devem compor o PCMAT: relatório de condições e características do meio ambiente de trabalho; projeto de execução de proteções coletivas; especificação técnica das proteções coletivas e individuais; cronograma de implantação das medidas de prevenção; desenho do arranjo físico do canteiro de obras; e programa educativo. • Relatório de condições e características do meio ambiente de trabalho: refere-se à elaboração de relatório descritivo das condições de trabalho e das condições ambientais inerentes a todas as fases de execução da obra considerando os riscos de acidentes e os riscos de doenças ocupacionais e as correspondentes medidas de prevenção. • Projeto de execução de proteções coletivas: refere-se a cada uma das medidas de proteção coletiva. Há a necessidade de se elaborar um projeto específico detalhando a sua execução. Neste projeto deverão estar previstas todas as especificações inerentes. • Especificação técnica das proteções coletivas e individuais: refere-se à definição das características técnicas dos dispositivos de proteção tanto coletivos quanto individuais que serão empregados durante a realização da obra. • Cronograma de implantação das medidas de prevenção: refere-se às medidas de prevenção previstas no PCMAT e deve ser coerente com o cronograma de execução da obra. Neste cronograma deverão constar as providências de prevenção a serem desenvolvidas com determinação dos prazos de implementação. • Desenho do arranjo físico do canteiro de obras: é relativo a parte inicial do canteiro de obras deverá especificar a localização de cada instalação ou equipamento necessários para a execução da obra. Deverão ser incluídas neste desenho as áreas de vivência. • Programa educativo: deve contemplar treinamentos na fase admissional e treinamentos periódicos. O treinamento na fase de admissão dos trabalhadores deve ser realizado durante o horário de trabalho e ter carga horária mínima de 6 (seis) horas, e constando dos seguintes tópicos: a) informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho; b) riscos inerentes a sua função; c) uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI; d) informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, existentes no canteiro de obra. O treinamento periódico deverá ser realizado nas seguintes situações a) em todos os casos que se tornar necessário; b) ao iniciar cada fase da obra. 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Discorra sobre o objetivo e a obrigatoriedade do PPR. R.: O PPR – Programa de Proteção Respiratória objetiva proteger a saúde do trabalhador por meio de medidas técnico-administrativas relacionadas à seleção e uso o dos respiradores. A observância, pelos empregadores, das recomendações contidas nesta publicação tornou-se obrigatória através da Instrução Normativa nº 1 de 11 de abril de 1994 do Ministério do Trabalho e Emprego. 2 Relacione os tópicos que devem ser, no mínimo, contemplados no PPR. R.: O PPR deve contemplar, no mínimo, os seguintes tópicos: administração do programa; existência de procedimentos operacionais escritos; exame médico do candidato ao uso dos respiradores; treinamento; uso de barba; ensaios de vedação; manutenção; higienização e guarda de respiradores; uso de respiradores para fuga; emergências e resgates; e avaliação periódica do programa. 3 Em quais casos devem ser utilizados os equipamentos de proteção respiratória de acordo com as recomendações publicadas pela FUNDACENTRO? R.: Deve-se utilizar respiradores apropriados de acordo com as recomendações publicadas pela FUNDACENTRO sobre o PPR, nos seguintes casos: quando medidas de controle de engenharia não são viáveis, ou enquanto as medidas estiverem sendo avaliadas ou implementadas; ou em situações de emergência. 4 Discorra sobre as responsabilidades do empregador e do trabalhador usuário do equipamento de proteção respiratória relativas ao PPR. R.: Quanto ao PPR o empregador tem as seguintes responsabilidades: fornecer o respirador conveniente e adequado ao trabalhador; estabelecer e manter um programa de uso dos respiradores; permitir por qualquer motivo relacionado ao uso do respirador que o trabalhador deixe a área de risco; investigar e tomar as providências para sanar a causa de mau funcionamento do respirador; e comunicar ao fabricante do respirador e ao órgão oficial de competência na área de EPI nos casos de defeito de fabricação. • O trabalhador usuário da proteção respiratória deve atender aos 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O seguintes requisitos mínimos: utilizar o respirador fornecido de acordo com o treinamento; guardá-lo de maneira adequada; deixar imediatamente a área contaminada caso o respirador não esteja funcionando bem e comunicar o defeito à pessoa responsável; comunicar à pessoa responsável qualquer alteração no seu estado de saúde que possa afetar a capacidade de uso do respirador de maneira segura. 5 Apresente sucintamente os aspectos relacionados aos procedimentos operacionais escritos do PPR. R.: Os procedimentos operacionais cuja cópia impressa deve ser disponibilizada aos usuários deverão ser lidos e revistos periodicamente pelo administrador, caso seja necessário. Os procedimentos operacionais em situações rotineiras deverão abranger no mínimo: política da empresa na área da proteção respiratória; seleção; ensaios de vedação; treinamento dos usuários; fornecimento dos respiradores; distribuição dos respiradores; limpeza,inspeção, higienização, guarda e manutenção dos respiradores; monitoramento do uso; e monitoramento dos riscos. Para as situações de emergência e de salvamento que possam ocorrer nas operações realizadas na área industrial os procedimentos devem: definir os prováveis respiradores a serem empregados; a partir desta análise preliminar verificar se os respiradores proporcionam a proteção apropriada; selecionar os respiradores adequados e promover o fornecimento; e determinar os cuidados relativos à manutenção, inspeção e guarda dos respiradores. 6 Descreva resumidamente as principais características do treinamento contido no PPR. R.: A respeito do treinamento, devem ser registrados: nome do instrutor, nomes dos participantes, datas do treinamento e o assunto. Para os usuários, a periodicidade das atualizações devem ser no mínimo a cada 12 meses e no registro do treinamento deverá ser incluído o resultado obtido na avaliação, se houver. O treinamento para os supervisores deve contemplar os seguintes tópicos: informações sobre as práticas de proteção respiratória; natureza do riscos relativos à respiração existentes; identificação dos problemas e formas de se resolver com o uso de respiradores; as informações dos princípios e critérios de seleção adotados na seleção dos respiradores; treinamento aos usuários dos respiradores; averiguação da vedação, ensaio de vedação e fornecimento dos respiradores; inspeção de respiradores; uso e acompanhamento do uso de respiradores; guarda e manutenção dos respiradores; e legislação e regulamentos relativos aos respiradores. Para a pessoa encarregada da entrega dos respiradores, o treinamento visa assegurar que o trabalhador receba o respirador apropriado à execução de suas atividades. Para o usuário, o treinamento deve incluir, no mínimo, os seguintes tópicos: necessidade de utilização do respirador; 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O natureza, extensão e os defeitos sobre os riscos respiratórios existentes; necessidade de relatar ao seu supervisor qualquer problema relativo ao uso do respirador; razões da não implementação das medidas coletivas ou de não serem adequadas, e as ações que estão sendo realizadas para eliminar ou diminuir a necessidade de utilização de respirador; esclarecimento das razões de se ter adotado aquele tipo de respirador contra aquele risco respiratório; esclarecimentos a respeito do funcionamento, as limitações e a capacidade do respirador escolhido; atividades práticas a respeito da inspeção, colocação e utilização de respiradores, colocação ou ajustes e necessidade de ensaios de vedação; esclarecimentos sobre os cuidados relativos à guarda e manutenção de respiradores; explicações a respeito dos procedimentos nos casos de emergência e utilização dos respiradores em situação de fuga; regulamentos e normas sobre a utilização de respiradores. Os membros de equipes de ação nos casos de emergência e salvamento como as brigadas de incêndio devem participar de treinamento para garantir a familiaridade e eficiência nas realizações das tarefas relativas ao salvamento e às operações de emergência. 7 Discorra sucintamente sobre os principais aspectos relativos ao ensaio de vedação. R.: Os usuários de respiradores com vedação facial devem ser submetidos ao ensaio de vedação qualitativo ou quantitativo. Para a seleção do modelo, tipo e tamanho do respirador para cada usuário deve ser usado o resultado do ensaio de vedação. Os ensaios de vedação devem ser repetidos no mínimo uma vez a cada 12 (doze) meses. 8 Discorra de maneira resumida referente aos principais tópicos relativos à manutenção, inspeção e guarda dos respiradores previstos no PPR. R.: Os respiradores devem ser limpos e higienizados periodicamente. Nos casos em que são utilizados por várias pessoas, é necessário que estejam limpos e higienizados logo após o uso. Os respiradores utilizados em ensaios de vedação ou operações de emergência devem estar limpos e higienizados após a utilização. A inspeção para verificar se o respirador está em condições adequadas para o uso, se necessita de reparos, substituição de partes ou mesmo se deve ser inutilizado deverá ser realizada antes de cada uso e durante a operação de limpeza. Os respiradores para resgate ou emergências devem ser verificados antes de cada uso para observar se estão em condições adequadas ao uso. Estes respiradores devem ser inspecionados uma vez por mês, no mínimo, mantendo o devido registro das datas de cada inspeção. Os respiradores reprovados na inspeção devem ser imediatamente retirados de uso, substituídos ou enviados para reparo. Os respiradores devem ser guardados considerando-se os seguintes cuidados: devem ser protegidos contra agentes químicos e físicos; de maneira que suas partes de borracha 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O ou outro elastômero não se deformem; não sejam colocados em caixas de ferramentas ou gavetas a não ser que estejam protegidos contra qualquer distorção, e contaminação ou outros danos. Os respiradores utilizados em emergências devem ser guardados considerando-se os cuidados descritos anteriormente e deve-se considerar também: ser facilmente acessíveis a qualquer tempo; e devem estar em armários ou estojos marcados para que possibilite a sua imediata identificação. TÓPICO 2 1 Discorra sobre como se instituiu a obrigatoriedade para as empresas da elaboração e implantação do PCA. R.: O PCA – Programa de Conservação Auditiva cujo principal objetivo é evitar as perdas de capacidade auditiva dos trabalhadores expostos ao ruído elevado foi instituído pela portaria nº 19 de 09 de abril de 1998. Esta portaria incluiu o anexo I – Quadro II – diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados, da NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 2 Descreva sobre a formação da equipe de gestão do PCA. R.: A equipe de gestão do PCA deve ser integrada por pessoas preferencialmente responsáveis pelo controle de cada fase do PCA: determinação da exposição ao ruído, controles técnicos e administrativos do ruído, formação e motivação, proteção auditiva e avaliação audiométrica. 3 Relacione as etapas do PCA e discorra sucintamente sobre cada uma delas. R.: Determinação da exposição ao ruído: Realiza-se através dos dados coletados por medidores e dosímetros de ruído que possibilitam definir políticas adequadas para a proteção dos trabalhadores. Por meio dos resultados da avaliação identifica-se: os trabalhadores que serão incluídos no PCA; as áreas em que deverá ser obrigatório o uso de protetores auditivos; e os protetores auditivos considerados apropriados. Controles técnicos e administrativos do ruído: O PCA pode ser dispensado por se reduzir o nível de exposição ao ruído com a implementação de medidas tais como: modificação das fontes de ruído; modificação da via de transmissão ou enclausuramento do posto de trabalho. A participação do trabalhador nas modificações se faz necessária para que possam ser práticas e não passem a dificultar o exercício de suas atividades laborais. Os controles administrativos relativos ao ruído, são resultados de ações tais como: substituir equipamentos ruidosos por mais silenciosos; implementação 15UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O de programas de manutenção dos equipamentos orientados ao controle do ruído; aplicação de rodízio de postos de trabalho dos trabalhadores para limitar o tempo de exposição e promover a redução das doses de ruído; e planejar e projetar instalações de produção objetivando a redução do ruído dentro de níveis aceitáveis, podendo dispensar a necessidade de um PCA. Formação e motivação: A participação dos integrantes da equipe do PCA e dos trabalhadores deve ser efetivada somenteapós a compreensão, pelos mesmos, dos seguintes tópicos: objetivo do PCA; benefícios diretos proporcionados pelo programa e de que trata-se de uma condição de emprego cumprir com os requisitos de higiene e segurança da empresa. Para uma formação adequada que promova a motivação individual, deve-se considerar os seguintes tópicos: os benefícios e a finalidade do PCA; os resultados e os métodos de avaliação do ruído; a manutenção e o uso das medidas técnicas de controle do ruído; o modo como prejudicam a audição as exposições ao ruído fora do trabalho; os efeitos das perdas da capacidade auditiva na vida diária do trabalhador; a seleção e a adaptação dos protetores auriculares; a maneira utilizada para se identificar as alterações da capacidade auditiva através de exames audiométricos visando a identificação da necessidade de se aumentar as políticas relativas ao PCA da empresa e a proteção auditiva. O ideal é promover os esclarecimentos desses tópicos para grupos pequenos de trabalhadores nas reuniões relativas à segurança, com tempo suficiente para que se possa elucidar os eventuais questionamentos. A etapa de formação, nos PCAs eficazes, é resultado de um processo contínuo e não está restrita apenas a uma apresentação por ano. Proteção auditiva: Deve-se promover na empresa, no mínimo, a distribuição de protetores auditivos (PAs) do tipo tampão e concha. Muitos equipamentos de uso industrial, não possibilitam a adoção de medidas viáveis de controle técnico, e nesses casos o emprego de PAs é a melhor opção. A aplicação do teste de atenuação através de exames audiométricos simultâneos, com e sem protetor auricular, em cada trabalhador que está exposto ao ruído é uma medida que objetiva à melhor seleção do tipo de protetor e consequentemente verificação da eficácia do mesmo. A medida da atenuação real do protetor auricular seria obtida pela diferença entre os resultados dos dois exames. Para assegurar a proteção do PA devem ser considerados os seguintes fatores: tipo de protetor auricular; tempo de uso por dia; o nível de adaptação do protetor auricular ao ouvido do usuário; nível de conscientização sobre a importância do uso do protetor auricular. Avaliação audiométrica: Devem primeiramente serem submetidos ao teste auditivo, todos os trabalhadores que serão expostos ao ruído nos ambientes de trabalho. Posteriormente e com periodicidade anual deverão ser submetidos a testes para a medição da capacidade auditiva e poder perceber qualquer alteração desta capacidade. A comprovação da eficácia do PCA – Programa de Conservação Auditiva, se obtém através da comparação 16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O dos resultados dos exames audiométricos dos trabalhadores e se não forem detectadas alterações significativas relacionadas à danos auditivos induzidos por ruído no ambiente de trabalho. Nos casos de suspeitas de alteração na capacidade auditiva revelando danos auditivos, o operador do audiômetro ou o médico responsável pelas análises audiométricas deve aconselhar o uso do PA de maneira mais eficaz, enaltecendo a importância da melhor adaptação do protetor ao ouvido e o tempo diário de uso. Deverão motivar também o trabalhador para que ele assuma um comportamento que promova a proteção do seu ouvido dentro do seu local de trabalho e também fora dele. A eficácia do controle audiométrico somente poderá ser alcançada com o estabelecimento de novas medidas relativas ao controle para a prevenção de modificações significativas na capacidade auditiva mediante o monitoramento constante dos procedimentos de avaliações audiométricas e a utilização destes resultados para a realimentação do PCA. TÓPICO 3 1 Descreva o LTCAT e as informações que deverão nele constar. R.: O LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, é o documento emitido por engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, exigido pelo INSS para servir de base para a comprovação da exposição efetiva dos seus segurados aos agentes nocivos. Deverão constar no LTCAT as informações a respeito da tecnologia de proteção coletiva, das medidas relacionadas às questões administrativas ou de organização do trabalho ou de tecnologia de proteção individual existentes que reduza, elimine ou controle a exposição a agentes nocivos a níveis dentro dos limites de tolerância respeitando o que estabelece a legislação trabalhista, inclusive as normas do MTE e os atos normativos do INSS. 2 Liste resumidamente os elementos que deve conter o LTCAT. R.: O LTCAT deve ser constituído dos seguintes elementos: dados da empresa; setor de trabalho; condições ambientais do local de trabalho; registro dos agentes nocivos; para os agentes químicos, informar o nome da substância ativa, duração do trabalho que expôs o trabalhador aos agentes nocivos; informação sobre Equipamento de Proteção Individual (EPI); ou Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), métodos, técnica, aparelhagens e equipamentos utilizados para a elaboração do LTCAT; conclusão; especificação se o signatário do laudo técnico é ou foi contratado da empresa, à época da confecção do laudo, ou, em caso negativo, se existe documentação formal de sua contratação como profissional autônomo para a subscrição do laudo; e data e local da inspeção técnica da qual resultou o laudo técnico. 17UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O 3 Discorra sucintamente a análise comparativa entre LTCAT, PPRA e PCMSO. R. LTCAT: Para a elaboração do LTCAT se faz necessária a medição do ruído, calor, vibração, poeira, entre outros, por grupos homogêneos de exposição - GHE. O monitoramento dos agentes ambientais devem ser realizados segundo a estratégia de avaliação dos agentes ambientais, a ser definida pelo higienista ocupacional. Devem ser feitas adequações referentes à metodologia de caracterização e avaliação do risco de exposição de acordo com a sua finalidade que pode ser atender às normas da previdência ou o PPRA. DESENVOLVIMENTO DO PCMSO:- Para definir os exames médicos, exigidos pela NR 7, que serão realizados e a periodicidade deles, o médico coordenador do PCMSO se baseia nos dados das avaliações quantitativas e qualitativas do LTCAT. DESENVOLVIMENTO DO PPRA: A avaliação quantitativa dos agentes existentes nos ambientes de trabalho exigida pela NR -9, é feita na elaboração do LTCAT que servirá de subsídio para que a empresa selecione a medida de controle mais apropriada e defina o cronograma com prioridades, metas e prazos para implantação. 18 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Discorra sobre o que determina a NR 25 – Resíduos Industriais. R.: A Norma Regulamentadora NR 25 – Resíduos Industriais aprovada pela portaria nº 3214 de 08/06/1978 do Ministério do Trabalho e emprego determina as medidas para prevenção de riscos que devem ser atendidas pelas empresas relativas aos resíduos produzidos por operações e processos industriais. 2 Apresente resumidamente os requisitos da NR 25 relativos aos resíduos gasosos. R.: A NR 25 – Resíduos Industriais estabelece que os resíduos gasosos devem ser eliminados dos locais de trabalho por meio do emprego de equipamentos, métodos ou medidas apropriados. Esta norma proíbe a liberação ou o lançamento em qualquer ambiente de trabalho de contaminantes no estado gasoso, tanto direta como indiretamente, de maneira que ultrapassem os limites aceitáveis determinados pela NR 15. Todos os métodos, medidas e equipamentos ou dispositivos empregados no controle da liberação ou do lançamento de contaminantes gasosos na atmosfera devem ser submetidos aos órgãos competentes do Ministério do Trabalho e Emprego para exame e aprovação. A análise dos contaminantes existentes no local de trabalho deverá seguir os métodos e procedimentos fixados na NR – 15 Atividades e Operações Insalubres.Nos casos em que são utilizados métodos de controle que retiram os contaminantes gasosos existentes no ambiente de trabalho e lançam estes contaminantes para a atmosfera externa, as emissões destes contaminantes ficam sujeitas à legislação competente nos níveis federal, estadual e municipal. 3 Descreva sucintamente os requisitos da NR 25 relacionados aos resíduos líquidos e sólidos. R.: Para evitar riscos à segurança e à saúde dos trabalhadores todos os resíduos líquidos e sólidos decorrentes de operações e processos industriais deverão ter seu tratamento, deposição e/ou retirada de maneira conveniente. As operações de lançamento ou deposição destes resíduos no solo e/ou água devem estar sujeitas às respectivas legislações de âmbito federal, estadual e municipal. As operações de disposição dos resíduos radioativos, dos resíduos 19UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O sólidos e líquidos de alta periculosidade e toxicidade e dos resíduos de alto risco biológico deverão ser realizadas com o conhecimento, assistência e permissão de entidades especializadas públicas ou que sejam vinculadas aos órgãos públicos e dentro da área de competência destas entidades. GRUPOS CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS EXEMPLOS A com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras. B contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros. C contenham radionuclídeos em quantidades super iores aos l imi tes de e l iminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. quaisquer materiais resultantes de atividades humanas de serviços de medicina nuclear e radioterapia etc. D não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc. E materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares. 4 Comente sucintamente sobre cada um dos passos para o desenvolvimento do PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. R.: • Identificação do problema: define-se um responsável para: analisar as condições econômicas, sociais, políticas, jurídicas em âmbito local, estadual e nacional no qual deverá ser inserido o PGRSS; reconhecer as políticas nacionais sobre RSS; pesquisar sobre as iniciativas existentes; analisar os documentos relacionados ao assunto existentes; proceder uma avaliação preliminar dos RSS e da gestão respectiva; mapear todos os setores com envolvimento ao RSS; planejar uma estratégia de trabalho; conseguir a aprovação da direção da instituição; debater com a direção a respeito de todas as fases do trabalho. • Definição da equipe de trabalho: nesta fase deve-se: definir um profissional para elaborar o PGRSS, que tenha registro ativo junto ao seu conselho de classe; apresente a Anotação de Responsabilidade Técnica , ou o Certificado de Responsabilidade Técnica, ou documento similar quando for o caso; e compor e treinar uma equipe para a realização dos trabalhos. • Mobilização da organização: fase em que se trata da sensibilização dos funcionários para a realização do PGRSS. São desenvolvidas as seguintes 20 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O atividades: reuniões para apresentação da ideia, do possível plano de trabalho e do que se espera de cada unidade; eventos tais como: filmes, conferências, oficinas e outros; criação de formas de comunicação permanentes com os funcionários; organização de campanhas; preparação de um questionário a ser respondido pelos funcionário; e divulgação dos resultados da pesquisa feita pelo questionário. • Diagnóstico da situação: esta fase refere-se à análise da situação do estabelecimento com relação aos RSS. Esta fase engloba as seguintes ações: levantamento de todas as atividades realizadas no estabelecimento; pesquisar sobre a quantidade em termos de volume ou pesagem de RSS, identificar e classificar os resíduos por grupos; pesquisar sobre a capacitação e treinamento aos envolvidos no gerenciamento; as políticas relacionadas à gestão ambiental; identificar e verificar se são adequados: os materiais para acondicionar os resíduos; os procedimentos de coleta e transporte; o fluxo da coleta; as condições de armazenamento; área de higienização para os equipamentos e veículos utilizados na coleta interna; os tipos de tratamento aos RSS; os tipos de disposição final; preparar uma descrição de todos os procedimentos levantados, os aspectos relativos aos problemas, fazendo referência às legislações, normas, regulamentos e apresentá-lo formalmente à administração. • Definição de metas, objetivos, período de implantação e ações básicas: esta fase contempla as seguintes ações: determinação das medidas intervenientes e da dotação financeira; definição das metas; determinação dos objetivos;- dimensionamento da equipe de trabalho, dimensionamento dos espaços, materiais e equipamentos necessários; quantificação dos investimentos financeiros necessários; definição de cronograma por ordem de prioridade. • Elaboração do PGRSS: refere-se a preparação de um documento do PGRSS de maneira continuada, contemplando os seguintes tópicos: dados gerais do estabelecimento e da equipe do PGRSS; características ambientais do sistema de abastecimento de água; caracterização da forma de esgotamento dos efluentes líquidos; identificação e localização dos pontos de geração de vapores e gases; identificação e quantificação dos tipos de resíduos; formas de segregação a serem adotadas para cada grupo e os EPCs e EPIs; acondicionamento em função dos tipos de segregação propostos; informações detalhadas dos processos de: coleta e transporte; armazenamento; tratamento; e disposição final; apresentação do mapa de risco; informações dos SESMT, CIPA, PPRA e PCMSO; informações da capacitação; ações de controle de insetos; ações de emergência e acidentes; 21UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O fluxograma dos roteiros por tipo de resíduos; especificação dos indicadores de desempenho; e aprovação pelo administrador do estabelecimento. • Implementação do PGRSS: contempla as seguintes ações: estabelecimento das ações prioritárias e indispensáveis; estabelecimento de um plano de ações possíveis e emergenciais adotadas até que todas as ações previstas no PGRSS sejam implantadas; executar as ações previstas no PGRSS. • Avaliação do PGRSS: consiste nas seguintes ações: verificação das razões para a ocorrência das eventuais diferenças entre os resultados esperados e aqueles alcançados; verificação da possibilidade de se adotar outros indicadores que proporcionam melhor desempenho e que sejam mais coerentes do que os indicadores estabelecidos; elaboração de um quadro demonstrativo contendo o resultado da avaliação; apresentação de propostas oriundas da avaliação e de outras auditorias realizadas; discussão entre os membros da equipe e o pessoal do setor responsável pelas adaptações propostas apresentadas na avaliação e inseri-las no orçamento. TÓPICO 3 1 Relacione as atividades consideradas como serviços de saúde segundo a NR 32. R.: De acordo com a NR 32 - – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde são considerados serviços de saúde as edificaçõesem que são realizadas ações de recuperação, pesquisa, promoção, assistência e ensino em saúde assim como também atividades de assistência à saúde da população. 2 Discorra sucintamente sobre o desenvolvimento do PPRA dos serviços de saúde. R.: O PPRA dos serviços de saúde, em relação aos riscos biológicos, além de se atender ao disposto na NR 9 deverá incluir, na fase de reconhecimento, o seguinte: I. Reconhecimento dos riscos mais prováveis considerando:a) as fontes de exposição e do reservatório;b) as vias de transmissão e de entrada dos; c) a transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente; d) a capacidade do agente biológico identificado em permanecer fora do hospedeiro, mantendo a possibilidade de causar doença, no ambiente considerado; e) estudos epidemiológicos ou dados estatísticos; f) outras informações científicas; e II. Avaliação do local de trabalho, considerando: a) a descrição e a finalidade; b) a organização e os procedimentos de trabalho; c) a possibilidade de exposição; d) descrição das atividades e as funções; 22 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O e) as medidas preventivas e seu acompanhamento. No PPRA dos serviços de saúde deverá constar: relatório completo de todos os produtos químicos, incluindo os produtos intermediários e os resíduos, com indicação clara dos produtos que possam implicar em risco à saúde e à segurança do trabalhador e a descrição dos riscos relacionados às atividades de armazenamento, de recebimento, preparo, distribuição e administração dos medicamentos bem como das drogas de risco. O PPRA dos serviços de saúde deve ser reavaliado uma vez ao ano e quando: ocorrerem mudanças nas condições de trabalho; e a análise dos acidentes e incidentes indicar. Para a elaboração e implementação do PPRA deve-se levar em consideração os trabalhos realizados pela CCIH do estabelecimento ou órgão equivalente. Todos os documentos do PPRA devem estar disponíveis aos trabalhadores. 3 Apresente um resumo do programa de controle de animais sinantrópicos em estabelecimentos de saúde. R.: Para o controle de animais sinantrópicos, se recomenda o controle integrado de pragas nos estabelecimentos de saúde, que consiste em proceder separadamente a análise de cada praga e envolve os seguintes passos: Inspeção; Identificação das pragas; Aplicação das estratégias de controle integrado; e Avaliação e comunicação. Na inspeção deve-se: buscar os micro-habitats que propiciam o desenvolvimento de pragas e examinar todos os arredores destes locais; verificar as condições ambientais referentes à umidade, luminosidade e temperatura, que possibilitem as infestações; verificar as fontes de água e alimento que podem ser utilizadas pelas pragas e as possíveis causas do ingresso e da infestação; e buscar identificar as evidências da infestação. A identificação acertada das pragas reconhecidas na inspeção possibilita a correta avaliação dos problemas e a determinação adequada das recomendações inerentes ao seu controle. Na fase de aplicação das estratégias de controle integrado de pragas trata-se da implementação de medidas corretivas para impedir o acesso das pragas ou de exclusão dos abrigos das mesmas, tais como: medidas educativas (higienização e controle físico) e o tratamento com desinfestantes. Também considera-se as ações que a administração do estabelecimento deve realizar. Na etapa de avaliação e comunicação a administração do estabelecimento, o serviço de limpeza, a CCIH e o corpo de funcionários devem desenvolver a comunicação frequente. É fundamental para a avaliação contínua do programa de controle e para auxiliar na melhor organização do mesmo e na busca da resolução dos problemas que persistirem o registro de todos os procedimentos adotados. 4 Descreva as principais determinações da NR 32 a respeito das radiações ionizantes. R.: A NR 32 determina que o PPR – Plano de Proteção Radiológica, além 23UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES P R O G R A M A S D E P R E V E N Ç Ã O de atender as normas da ANVISA e da CNEN, também deve atender aos seguintes quesitos dispostos: estar dentro do prazo de vigência; conter a identificação dos membros efetivos da equipe de trabalho do serviço, do profissional responsável e do eventual substituto; compor o PPRA do estabelecimento; e ser considerado para a elaboração e a implementação do PCMSO; ser apresentado na CIPA com a cópia do PPR anexada às atas da mesma.
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