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Gabarito História Política do Brasil Contemporâneo

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Gabarito das Autoatividades
HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL 
CONTEMPORÂNEO
(SERVIÇO SOCIAL)
2010/2
Módulo V
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE 
HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 Partindo de uma análise dos textos presentes na Leitura Complementar, 
teça alguns comentários sobre a maneira como os jornais anunciaram a 
Proclamação da República. Procure enfocar a reação da população frente 
aos acontecimentos do dia 15 de novembro de 1889.
R.: É importante que o(a) acadêmico(a) saiba identificar o idealismo presente 
na primeira notícia. Com efeito, de acordo com ela, a República foi anunciada 
como portadora dos ares da mudança, veículo da democracia (algo que, de 
acordo com o texto presente no tópico, esteve longe de se configurar como 
um fato). Já o segundo texto discorre sobre a novidade do movimento militar. 
Pode-se perceber nas entrelinhas do texto a incipiência da participação 
popular, configurada na relativa ausência de conflitos.
2 Uma vez que a ideia de “ordem” e “disciplina” é um dos pilares das práticas 
militares, você acha plausível a afirmação de que o Exército se considerava 
a instituição melhor indicada para conduzir os rumos políticos do Brasil após 
a Proclamação da República? Justifique sua resposta.
R.: Respondendo pelo ideal positivista “A ordem por base, o progresso por 
fim”, o Exército Brasileiro, com sua estrutura hierárquica rígida, considerava-se 
de fato a instituição melhor preparada para orquestrar e conduzir a transição 
política da Monarquia à República. A inexistência, no Partido Republicano, 
de uma estrutura nacional organizada, deu margem para que os militares 
tomassem para si a prerrogativa de conduzir o processo político.
TÓPICO 2
1 Descreva, em linhas gerais, os rumos tomados pelo governo republicano 
até 1930.
R.: A descrição elaborada pelo(a) acadêmico(a) pode ser bastante ampla. 
Mas, independentemente da maneira como ela for articulada, alguns 
elementos fazem-se necessários.
Respondendo pelos interesses da elite nacional – à época intimamente 
ligada aos interesses de grupos oligárquicos produtores de café –, o regime 
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republicano não foi acompanhado de um projeto político que primasse pela 
incorporação de amplos setores da sociedade. O regime, excludente, voltava-
se mais para o atendimento de interesses imediatos e pontuais – a exemplo 
das políticas de valorização do café – do que para a elaboração de políticas 
públicas que resultassem em uma diversificação e ampliação das atividades 
econômicas nacionais. 
Embora tenha ganhado corpo neste período histórico, a industrialização foi 
decorrente mais da ação de iniciativas privadas do que de políticas públicas. 
Do choque inicial entre correntes de políticas que primavam, de um lado, 
pela centralização administrativa, e do outro, pelo federalismo, surgiu um 
arremedo de administração consubstanciado na Política dos Governadores.
2 Teça alguns comentários sobre o funcionamento da “Política dos 
Governadores”.
R.: A Política dos Governadores, implementada durante o governo de Campos 
Sales, foi o nome dado à lógica de perpetuação no poder operada pelos 
estados de Minas Gerais e São Paulo e consistiu na aplicação dos seguintes 
princípios: o reforço da figura presidencial (a despeito da independência dos 
poderes) e a solidarização das maiorias com os Executivos (estaduais e 
federais). Partindo deste princípio, o mesmo sufrágio que elege as primeiras 
deve eleger o segundo, reconhecendo-se a “legitimidade” das maiorias 
estaduais, comprometendo-se o Governo Federal a não apoiar dissidências 
locais. No conjunto dessas ações articularam-se relações entre chefes dos 
Executivos nacionais e estaduais com lideranças locais conhecidas como 
“coronéis”. 
TÓPICO 3
1 Durante os anos de militância do movimento operário surgiram vários 
jornais com o objetivo de disseminar o ideário anarquista e socialista entre 
os trabalhadores. Analisando a charge da Figura 11 (Vamos repartir esse 
chocolate!), explique por que não é possível enquadrar a imagem no conjunto 
desse material.
R.: Como a própria legenda presente na imagem evidencia, a charge publicada 
no jornal “O Estado de São Paulo” foi idealizada com o objetivo de ironizar a 
Revolução Russa – capitaneada pelos bolcheviques – e o regime socialista. 
Levando-se em conta que o ideário socialista encontrava respaldo em alguns 
setores populares – principalmente do operariado urbano –, o objetivo da sátira 
era questionar a própria legitimidade das reivindicações dos trabalhadores. 
Assim sendo, não há como enquadrar a imagem no conjunto de materiais 
que respondiam pelos interesses das classes trabalhadoras. 
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2 Comente, em linhas gerais, os motivos que levaram ao declínio do movi-
mento anarquista.
R.: Além da forte repressão estatal, que respondia pelos interesses de grupos 
patronais, o declínio do movimento anarquista foi favorecido pela cisão no 
movimento operário. A eclosão da Revolução Russa resultou na paulatina 
propagação da ideia de elaboração de um projeto político mais consistente. 
Como os anarquistas se negavam a participar do jogo político, ou a apoiar 
os partidos políticos existentes, havia uma dificuldade para transformação 
das reivindicações dos trabalhadores em leis. Em 1920, durante a realização 
do II Congresso Operário Brasileiro, a força expressiva do exemplo soviético 
minou as resistências ideológicas dessa tendência e não foram poucos os 
que se voltaram para outra tendência hegemônica do proletariado mundial. 
A cisão do movimento anarcossindicalista acabou resultando na criação, em 
março de 1922, do Partido Comunista do Brasil.
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UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 Estabeleça uma relação entre eventos que eclodiram ao longo da década 
de 1920 e a Revolução de 1930.
R.: O principal objetivo desta questão é fazer com que o(a) acadêmico(a) 
perceba que, ao longo da década de 1920, a República Oligárquica e as 
práticas eleitorais fraudulentas que lhe davam sustentação passaram a 
ser alvo de pesadas críticas e ataques. Dentre estes ataques seria interes-
sante que os acadêmicos apontassem aqueles advindos do Tenentismo e 
suas ramificações e da Semana da Arte Moderna. Vale lembrar também o 
impacto da Revolução sobre o movimento operário e a consequente criação 
do Partido Comunista do Brasil, em 1922. Por outro lado, é importante frisar 
as reverberações da crise econômica de 1929 que levaram ao rompimento 
do pacto político firmado entre Minas Gerais e São Paulo. 
2 Entre 1930, ano em que Getúlio Vargas chega ao poder, e 1937, ano da 
instauração do Estado Novo, o governo Vargas enfrentou duas sublevações 
de grande impacto e relevância: a Revolução Constitucionalista e a Intentona 
Comunista. Descreva, em linhas gerais, as circunstâncias nas quais estes 
movimentos encontraram condições de emergência.
R.: Embora a resposta à questão possa ser bastante ampla, os principais 
elementos que dela devem constar fazem menção à instabilidade institucional 
relativa ao período que vai da Revolução de 1930 à instauração do Estado 
Novo. Neste período, o governo Vargas carecia de um partido nacional que 
lhe desse apoio político e tinha que lidar com um conjunto heterogêneo de 
interesses. O relativo isolamento imputado ao estado de São Paulo foi uma 
das causas da Revolução Constitucionalista de 1932. A Intentona Comunista, 
por sua vez, é tributária do cenário internacional (o apelo exercido pela URSS). 
TÓPICO 2
1 Elabore alguns comentários sobre as relações que podem ser estabelecidasentre a “Questão Social” e a implantação do Estado Novo.
R.: Durante a República Velha as reivindicações e mobilizações organizadas 
por trabalhadores eram normalmente tratadas como casos de polícia, ou, dito 
de outra forma, como “questão de polícia”. Ocorre que, ao longo da década 
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de 1930 essas reivindicações não podiam mais ser desprezadas. Após 1929 
todos os países capitalistas, em menor ou maior grau, enfrentaram uma grave 
crise econômica. Neste momento o exemplo da URSS – que não foi atingida 
pela crise com a intensidade em que esta se fez valer no mundo capitalista – 
passou a exercer um forte apelo sobre os trabalhadores em diversas partes 
do mundo. O receio de que o socialismo viesse a se tornar uma realidade 
no Brasil criou o terreno fértil para a elaboração da farsa denominada Plano 
Cohen. 
A resposta de setores conservadores da sociedade brasileira à 
possibilidade da “Questão Social” converter-se em uma ruptura estrutural no 
plano político e econômico nacional veio em forma de apoio ou, no mínimo, 
aceitação da ditadura implantada por Vargas durante o Estado Novo.
2 Duas características/práticas marcantes do Estado Novo: o “Sindicalismo 
Corporativo” e a “Política da Barganha”. Explique o significado desses 
conceitos.
R.: O “Sindicalismo Corporativo” representou, em linhas gerais, a postura 
adotada por Vargas em relação aos trabalhadores urbanos. O presidente 
não impediu a existência de sindicatos, mas permitiu apenas um sindicato 
por categoria e limitou a capacidade de barganha dos trabalhadores. 
Associados ao Estado, os sindicatos transformaram-se de instrumentos de 
luta em instituições prestadoras de serviços assistenciais e pregadores da 
harmonia social.
A política da barganha foi a postura adotada por Vargas em relação às 
potências do cenário internacional durante o período em que vigorou o Estado 
Novo. O presidente soube se aproveitar das desavenças entre os países em 
que vigorava o regime democrático, tais como EUA e Inglaterra, e daqueles 
com regimes ditatoriais, a exemplo da Alemanha de Hitler, para estabelecer 
negociações que favoreciam o Brasil. 
TÓPICO 3
1 Indique as características gerais do populismo e a maneira como Getúlio 
Vargas se utilizou desse mecanismo em seu governo no período democrático.
R.: O populismo, segundo Weffort, foi uma forma de exercício político 
caracterizado pela aproximação do presidente em relação às massas 
populares, as quais procurava conduzir e manipular aspirações. Embora 
surgido já no primeiro governo de Getúlio Vargas, ganhou maior projeção em 
seu segundo governo, no período democrático. O mecanismo consistia em um 
processo de identificação, por parte das massas, com uma liderança política 
julgada capaz de um exercício do poder preocupado com o desemprego e 
a miséria. Estabelecia uma relação direta entre o líder e as massas, relação 
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esta que resultava em ganhos tanto para as massas quanto para o líder. 
Embora não tenha sido o único presidente a adotar tal postura, Vargas foi 
seu grande representante, vindo, inclusive, a estabelecer uma relação direta 
com os trabalhadores. Estes, por exemplo, enviavam cartas com reclamações 
que eram respondidas pelo próprio presidente. 
2 Descreva, em linhas gerais, as circunstâncias nas quais o golpe militar de 
1964 foi articulado. Procure enfatizar as ações realizadas por João Goulart 
e as repercussões das mesmas nos meios conservadores do país.
R.: Esta resposta pode ser construída de maneira bastante sucinta se 
os acadêmicos lembrarem que João Goulart, que havia sido Ministro do 
Trabalho do governo Vargas, não tinha boa aceitação por parte dos setores 
mais conservadores do cenário político nacional. Sua presença à frente do 
governo só foi possível devido à renúncia de Jânio Quadros. A tentativa de 
implementação das chamadas “Reformas de Base”, que incluíam a reforma 
agrária, foram interpretadas como expectativa de uma guinada à esquerda. O 
receio da possível implantação de uma “República Sindicalista” – entenda-se 
socialista – aglutinou interesses de amplos setores da sociedade brasileira 
que deram respaldo à atuação dos militares no golpe de 1964.
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UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Observando a discussão terminológica sobre os eventos de 1964 – golpe 
militar ou revolução – justifique a ação que desencadeou a ditadura, segundo 
essas duas visões.
R.: Em linhas gerais é importante que os acadêmicos entendam que a ideia de 
revolução revela a visão oficial dos fatos, propagandeada pelo regime, de que 
o projeto dos governos militares era modernizar o Brasil, salvar a democracia e 
garantir a liberdade. A ideia de golpe mostra a visão crítica de que o movimento 
de 1964 foi feito por uma minoria, não correspondendo ao desejo da nação, 
vitimou a população menos privilegiada e foi antidemocrático.
2 Faça um comentário sobre a relação entre os atos institucionais, dentre 
outros expedientes legais, e a sociedade civil, durante a ditadura militar.
R.: Os atos institucionais, bem como as demais leis, decretos e medidas 
legais do período, foram expressão de que o autoritarismo se tornou um 
procedimento do Estado contra os cidadãos comuns, ou seja, de que o desejo 
de liberdade e participação política da sociedade civil constituía um ato de 
ilegalidade, fora da lei. Tais procedimentos foram instrumentos de opressão 
do Estado sobre a sociedade.
TÓPICO 2
1 Caracterize, com suas palavras, a diretriz geral da política econômica dos 
governos militares.
R.: A política econômica dos governos militares visava à industrialização do 
Brasil através de investimentos públicos e privados, com a participação de 
capitais nacionais e estrangeiros, consolidando o setor exportador de bens 
primários, utilizando-se excessivamente dos empréstimos internacionais. 
Sintetiza-se na busca do crescimento com endividamento, pois a dívida 
externa brasileira se multiplicou no período.
2 Explique, brevemente, o processo de duas décadas (1960 e 1970) no qual 
se deu a multiplicação da dívida externa brasileira.
R.: A necessidade de industrialização para realizar o projeto de desenvolvimento 
econômico forçou o país a utilizar-se de financiamentos externos para que 
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pudessem ser investidos internamente. Esse procedimento foi acentuado 
depois de 1964, seja pela predisposição do governo em aceitar o 
endividamento, seja pela conjuntura internacional favorável. Após a crise do 
petróleo, em 1974, para não “esfriar” a economia, o governo optou por manter 
o financiamento externo, mesmo a juros muito elevados.
TÓPICO 3
1 “Apesar do autoritarismo, a ideologia de esquerda continuou dominante”. 
Faça uma reflexão crítica sobre essa afirmação, pressupondo as 
características e motivações das contestações ao aparelho ideológico do 
Estado, durante a ditadura.
R.: Os aspectos da ideologia da ditadura (segurança nacional, anticomunismo, 
ufanismo, Brasil Grande etc.) levaram à identificação de todos os opositores 
do regime como elementos subversivos, comunistas, terroristas. O ambiente 
ideológico de contestação ao regime, que tomou conta da sociedade em 
diversos meios, foi obviamente considerado de esquerda, pois o regime era 
de extrema-direita. Mas nem toda contestação à ditadura foi de esquerda.
2 Faça uma avaliação sobre a importância da participação popular na transição 
para o regime democrático e após a sua instalação.
R.: As grandes manifestações populares, organizadas ou não, armadas ou 
não, mostraram a insatisfação social contra o regime militar de governo, 
em diversosníveis. Mesmo que historicamente importantes nesse sentido, 
demonstrando o sentimento do povo, ou foram massacradas ou ludibriadas 
pelos governantes. A campanha das “Diretas-já!” foi frustrada e os demais 
movimentos na República Nova mostraram a necessidade que o povo 
brasileiro sentia em ser melhor governado. 
TÓPICO 4
1 A partir do que foi lido, identifique os principais empecilhos para a instalação 
de um regime democrático pleno no Brasil, após o fim da ditadura, em 1985.
R.: Com o fim da ditadura, o povo brasileiro acumulou muitas expectativas e 
esperanças em torno do regime democrático. Mas esse regime foi constituído 
por grupos políticos dirigentes que não estavam diretamente associados 
aos interesses do povo e, dessa forma, geraram um Estado que, apesar 
de democrático na forma jurídica, continuou atendendo aos interesses dos 
setores privilegiados, excluindo a maioria da população dos “benefícios” do 
novo sistema.
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2 Faça uma breve reflexão sobre o papel do governo FHC quanto à economia e 
à democracia no Brasil, durante a década de noventa e o início do século XXI.
R.: O governo de Fernando Henrique Cardoso conseguiu trazer a tão almejada 
estabilidade econômica, com o controle da inflação. No entanto, persistiram os 
problemas estruturais do Brasil, principalmente os sociais. Assim, o governo 
FHC foi responsável por uma política econômica que manteve privilégios a 
alguns setores da sociedade, restando para a população a implantação de 
programas sociais. No campo institucional, consolidou o Estado Democrático 
de Direito, a normalidade do regime.

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