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CAMPUS AVANÇADO DE GOVERNADOR VALADARES DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA Qualidade das Águas Prof.ª: Janaína Seibert DETERMINAÇÃO DE DUREZA Andressa Barros Paschoalim Larissa Torres Fernandes Leticia Guedes Morais Abril de 2018 Governador Valadares – MG 1. INTRODUÇÃO A dureza da água se deve a presença de sais de cálcio e magnésio lixiviados através das rochas pelo solo. A presença desses sais não causa danos à saúde, no entanto a presença destes na indústria pode causar corrosões, perda de eficiência na transmissão e calor em caldeiras, além da formação de incrustações, entupimentos em tubulações e depósitos na superfície de equipamentos, dificultando os processos de limpeza (KOSLOSKI,2015). A água com a presença destes sais em excesso com a propensão de formação de sais insolúveis é chamada de água dura pelas indústrias, entretanto uma água que apresenta teores reduzidos diz-se macia. A água macia tem tendência a originar formação intensa de espuma em lavagens, em contrapartida uma água dura é uma água que não forma espuma na reação com o detergente (KOSLOSKI,2015; APDA, 2012). As impurezas da água podem originar sérios problemas operacionais, devido a formação destes depósitos, diminuindo a eficiência dos processos de higienização e constituindo-se em fonte significativa de contaminação de alimentos processados industrialmente (KOSLOSKI,2015). Vários métodos podem ser empregados para determinação de dureza em água dentre eles, titulometria e espectrofotometria. Os resultados de dureza devem ser expressos em mg/L de carbonato de cálcio (CaCO3) (KOSLOSKI,2015). A dureza de uma água pode ser permanente (não carbonada) ou temporária (carbonada), devendo-se respetivamente ao teor de sulfatos e cloretos de cálcio e de magnésio e ao teor de hidrogeno carbonatos e carbonatos de cálcio e magnésio (KOSLOSKI,2015; APDA, 2012). A dureza da água varia geograficamente, dada a natureza geológica dos terrenos que a água atravessa e com os quais tem contato. Uma água dura está associada a zonas onde os solos são de natureza calcária ou dolomítica, e uma água macia, a zonas onde os solos são de natureza granítica ou basáltica. De maneira geral, as águas subterrâneas, pelo seu maior contato com as formações geológicas, são mais duras que as águas de superfície (APDA,2012). 2. OBJETIVOS Determinar a dureza da água. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS 3.1.1. 2 béqueres 100 mL; 3.1.2. 2 erlenmeyers 250 mL; 3.1.3. água do bebedouro; 3.1.4. bureta 25 mL; 3.1.5. EDTA; 3.1.6. pipeta graduada 2 mL; 3.1.7. solução negro de eriocromo T; 3.1.8. solução padrão de Cálcio; 3.1.9. solução tampão; 3.1.10. vidro-relógio. 3.2. MÉTODOS Transferiu-se 50 mL de água destilada e deionizada para um erlenmeyer, pipetou-se 2 mL de solução tampão e adicionou-se, também, 0,05 g do indicador negro de eriocromo T. Acrescentou-se também 20 mL da solução-padrão de cálcio. Titulou-se com EDTA até a mudança da coloração do composto. Em um béquer, coletou-se 50 mL de amostra de agua do bebedouro da faculdade e a transferiu para um erlenmeyer. Adicionou-se 1 mL de solução tampão e 0,05 g do indicador negro de eriocromo T. Titulou-se com EDTA até a alteração da cor do composto. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A dureza da água irá se relacionar principalmente com a presença de carbonatos e íons de halogênios, como cloretos. Existem valores pré-definidos na literatura para se classificar uma água como muito dura, dura, moderada ou mole. Esses parâmetros estão demonstrados na tabela a seguir: Classificação Valores Muito Dura >300 mg/L Dura 150 a 300 mg/L Moderada 50 a 150 mg/L Mole ou Branda < 50 mg/L Tabela 1: Classificação da água Ao realizar a titulação das amostras observou-se a formação de um complexo, pois o EDTA que é utilizado como titulante apresenta característica quelante. A primeira titulação realizada foi com a amostra padrão e foram gastos 22,0 mL de EDTA. Observou-se a mudança de coloração da solução presente no erlenmeyer de púrpura para azul. A partir do volume gasto de EDTA na titulação, determinou-se a concentração de carbonato de cálcio na amostra padrão realizando o seguinte cálculo: A=0,868 mg/mL Após tal apuração, realizou-se o cálculo para determinação da concentração de carbonato de cálcio na amostra. 0,868 mg ------------- 1 mL EDTA X ----------- 2,1 mL X=1,82 mg 0,0364 mg/ mL x 1000= 36,4 mg/L Posteriormente a todos os cálculos realizados, determinou-se que a concentração de carbonato de cálcio na amostra era de 36,4 mg/L. Ao comparar o resultado obtido com a tabela 1, concluiu-se que a mesma é classificada como branda. 5. CONCLUSÃO Com a realização da prática pode se observar quais são os parâmetros de classificação da dureza da água segundo a legislação, após a titulação da água do bebedouro com EDTA e em seguida a realização dos cálculos chegamos ao seguinte resultado, que a água do bebedouro é classifica como branda, por tanto é uma água apropriada para o consumo humano, uma vez que a dureza da água não é prejudicial à saúde somente a indústria quando classificada como dura, assim causando prejuízos. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Dureza total- Comissão especializada da qualidade da água (APDA) 12/12/2012. Disponível em : http://www.apda.pt/site/upload/FT-QI-10-%20Dureza%20total.pdf Acesso em 24/04/2018. 2. KOSLOSKI, V.R.; MEMLAK, D.M.; PIGATTO, J.; CAREZIA, B.R.L.; Determinação do método de dureza total em água, Revista Banas Qualidade, edição 275, pág. 100 a 103, maio de 2015. 3 CAMPUS AVANÇADO DE GOVERNADOR VALADARES DEP ARTAMENTO DE FARMÁCIA Qualidade das Águas Prof.ª : Janaína Seibert DETERMINAÇÃO DE DUREZA Andressa Barros Paschoalim Larissa Torres Fernandes Leticia Guedes M orais Abril de 2018 Governador Valadares – MG CAMPUS AVANÇADO DE GOVERNADOR VALADARES DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA Qualidade das Águas Prof.ª: Janaína Seibert DETERMINAÇÃO DE DUREZA Andressa Barros Paschoalim Larissa Torres Fernandes Leticia Guedes Morais Abril de 2018 Governador Valadares – MG
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