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Farmacologia II

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Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Farmacologia II 
Juliana Vieira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no no nome do Senhor Jesus, dando por 
meio dele graças a Deus Pai”. 
Colossenses 3:17 (NVI). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
3 
 
Sumário 
1. Emoções ............................................................................................................. página 07 
a. Histórico do estudo das emoções & estruturas envolvidas ....................... página 07 
b. Medo condicionado / ansiedade & classificação das emoções .................. página 08 
2. Farmacologia da Ansiedade ................................................................................ página 09 
a. Manifestações da ansiedade & epidemio & classificação ......................... página 09 
b. Bases neuroquímicas ............................................................................... página 09 
3. Receptor GABA A – Benzodiazepínicos ............................................................... página 11 
a. Zolpidem ................................................................................................. página 13 
4. Neurotransmissão serotoninérgica ..................................................................... página 14 
a. Sistema serotoninérgico & medicamentos .............................................. página 14 
b. Inibidores Seletivos da Recap. De Serotonina (ISRS) & outras drogas ...... página 15 
c. Tratamento da ansiedade ....................................................................... página 16 
5. Tratamento não farmacológico .......................................................................... página 16 
6. Tratamento farmacológico da Depressão ........................................................... página 16 
a. Aspectos históricos & classificação & doenças e medicamentos que podem causar 
depressão ............................................................................................... página 17 
b. Sinais e sintomas & fisiopatologia & antidepressivos .............................. página 18 
c. ISRS & IRSN ............................................................................................ página 19 
d. TCA (tricíclicos) & antidepressivos atípicos & iMAO ................................ página 20 
e. Antidepressivos e lactação & resumindo & “se o paciente não responder” ............. 
................................................................................................................ página 21 
f. Medidas não farmacológicas ................................................................... página 22 
7. Transtorno Bipolar (não caiu na prova) ............................................................... página 22 
8. Tratamento farmacológico da Esquizofrenia ...................................................... página 25 
a. DSM-V & epidemio & achados científicos ................................................ página 25 
b. Fisiopatologia & dopamina ...................................................................... página 26 
c. Sintomatologia & mecanismo de ação & primeira geração ...................... página 27 
d. Segunda / nova geração ........................................................................... página 28 
e. Aripiprazol e preclamol & resumo ............................................................ página 30 
9. Anticonvulsivantes .............................................................................................. página 31 
a. Tipos de epilepsia .................................................................................... página 32 
b. Tratamento ............................................................................................. página 33 
c. Algaritmos / diretrizes / consensos .......................................................... página 36 
d. Resumo ................................................................................................... página 37 
e. Peculiaridades & casos especiais & efetividade & cirurgia ........................ página 38 
10. Anestésicos locais ............................................................................................... página 39 
a. Características das fibras nociceptivas .................................................... página 39 
b. Anestésicos locais & mecanismo de ação ................................................ página 40 
c. Mecanismo de ação & estrutura química & pH ........................................ página 41 
d. Farmacocinética & metabolismo & administração .................................. página 42 
e. Toxicidade & observações ...................................................................... página 43 
11. Anestésicos gerais ............................................................................................. página 44 
a. Tipos de anestésicos & teorias & receptores & efeitos dos anestésicos nos canais 
iônicos .................................................................................................... página 45 
b. Anestesias inalatória .............................................................................. página 46 
c. Anestésicos intravenosos ....................................................................... página 48 
d. Adjuvantes anestésicos .......................................................................... página 49 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
4 
 
e. Resumo ................................................................................................. página 50 
12. Asma ................................................................................................................ página 50 
a. Patogenia & principais sintomas & fatores desencadeantes & alergia .... página 51 
b. Classificação & objetivos & tratamento não-farmacológico e farmacológico ........ 
............................................................................................................... página 52 
c. Interações medicamentosas & situações especiais ................................. página 57 
d. Controle da asma & como utilizar a bombinha & tratamento das exacerbações ..... 
............................................................................................................... página 58 
e. Resumo .................................................................................................. página 59 
13. Canabioides ....................................................................................................... página 59 
14. DPOC ................................................................................................................ página 60 
a. Fisiopatologia ........................................................................................ página 60 
b. Sinais e sintomas & cessação do tabagismo & terapêutica farmacológica .......... 
............................................................................................................... página 61 
15. Bronquite .......................................................................................................... página 66 
16. Enfisema ........................................................................................................... página 66 
17. Dislipidemias ..................................................................................................... página 67 
a. Apolipoproteínas e doenças cardiovasculares ......................................... página 67 
b. Dislipidemias .......................................................................................... página 68 
c. Tratamento farmacológico ..................................................................... página 69 
d. Resumo ..................................................................................................página 73 
18. Tratamento da obesidade .................................................................................. página 74 
a. Tratamento farmacológico ..................................................................... página 75 
19. Farmacoterapia do Diabetes Mellitus ................................................................ página 78 
a. Regulação hormonal do metabolismo da glicose & controle da secreção de insulina 
& estrutura e síntese da insulina ............................................................. página 80 
b. Farmacoterapia do DM tipo 1, insulina e análogos .................................. página 81 
c. Fatores que afetam a absorção de insulina & posologia e esquemas recomendados 
................................................................................................................ página 83 
d. Como calcular a reação insulina-carboidrato em pacientes com DM1 ...... página 84 
e. Injeção de insulina ................................................................................... página 85 
f. Reações adversas & farmacoterapia do DM2 ........................................... página 88 
g. Resumindo & recomendações & resistência à ação da insulina ................ página 91 
h. Papel da educação alimentar e da atividade física .................................... página 92 
i. Tratamento da hipoglicemia & atividade de fixação ................................. página 93 
20. Farmacologia do Trato Gastrointestinal .............................................................. página 94 
a. Substâncias que alteram a secreção de HCl ............................................. página 95 
b. Secreção gástrica & lesão ........................................................................ página 96 
c. Antiácidos & novos fármacos ................................................................... página 97 
d. Antagonista de receptor H2 & inibidores de bomba de prótons ............... página 98 
e. Agentes que aumentam a defesa da mucosa ........................................... página 99 
f. Resumindo & secreção gástrica .............................................................. página 100 
g. Doença por Refluxo Gastroesofágico (DRGE) & resumindo .................... página 101 
21. Antieméticos ..................................................................................................... página 102 
a. Antagonistas dos receptores H1 ............................................................. página 102 
b. Antagonistas dos receptores muscarínicos, dos receptores 5HT3 e dos receptores 
D2 .......................................................................................................... página 103 
c. Agonistas dos receptores CB1 & resumindo ........................................... página 104 
22. Constipação ...................................................................................................... página 105 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
5 
 
a. Agentes osmoticamentes ativos & umectantes e emolientes fecais & laxantes 
estimulantes (irritantes) ....................................................................... página 105 
b. Outros agentes & constipação por opióides ......................................... página 106 
23. Antidiarreicos .................................................................................................. página 106 
a. Diarreia & potencializadores da absorção intestinal & agentes intraluminares 
adsorventes & formadores de massa & inibidores da motilidade intestinal ............. 
.............................................................................................................. página 107 
24. Inibidores da Síntese de proteínas .................................................................... página 108 
a. Macrolídeos .......................................................................................... página 108 
b. Cloranfenicol ........................................................................................ página 110 
c. Lincosamidas ........................................................................................ página 111 
d. Estreptograminas ................................................................................. página 112 
e. Oxazolidinonas ..................................................................................... página 112 
f. Aminoglicosídeos ................................................................................. página 113 
g. Aminociclitois & tetraciclinas ............................................................... página 116 
h. Resumo ................................................................................................ página 117 
25. Sulfonamidas .................................................................................................. página 117 
a. Sulfonamidas de curta ação ................................................................. página 118 
b. Sulfonamidas de longa ação & Uso tópico & reações adversas & interações .......... 
.............................................................................................................. página 119 
26. Quinolonas ...................................................................................................... página 120 
27. Nitrofurantoína ................................................................................................ página 122 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o 
Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”. 
Josué 1:9 (NVI). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
7 
 
Farmacologia II 
2º Semestre 2019 
FAMINAS - Prof. Ana Flávia 
Estudante: Juliana Vieira Queiroz Almeida 
Email profª: anaflaviafarma@gmail.com 
 
Emoções 
Introdução 
Emoção: conjunto de resposta fisiológicas subjacentes as respostas comportamentais necessárias a 
sobrevivência dos animais. 
 - As emoções dependem dos sentimentos, sendo que ela pode ser simplesmente uma manifestação 
fisiológica, enquanto o sentimento é a consciência daquilo que está te provocando uma resposta (alegria, 
tristeza, medo). 
 - No encéfalo há mudanças no estado de alerta e alterações de algumas funções cognitivas, assim como 
respostas endócrinas, autônomas e musculares. 
 # Nervosismo para a prova  péssimo desempenho. 
 
Histórico do Estudo das Emoções 
Paciente Phineas Cage 
 - Operário que foi atingido por barra de ferro que lesou seu lobo frontal  mostrou que o lobo frontal é 
uma das regiões que modulava as emoções e comportamento dos indivíduos. 
 - Antes do acidente: sociável, proativo, com boas relações com colegas de trabalho. 
 - Pós acidente: personalidade alterada, se tornou agressivo, irresponsável e com dificuldade de manter 
laços sociais. 
 
Charles Darwin e a “expressão das emoções nos homens e nos animais” 
 - Ele sugeriu que o caminho para entender as emoções humanas é compreender o comportamento dos 
animais. 
 # Por isso muitos medicamentos são testados em animais, pois se consegue distinguir/entender os seus 
comportamentos. 
 - Teoria: “tem medo porque corre”  1º corria, e se tinha medo por isso. 
 # É como pensar “me sinto triste porque choro”. 
 
Kanon Bard 
 - Teoria: “corre porque tem medo”. 
 - Basta a ativação o tálamo em resposta a uma situação. 
 
Estruturas envolvidas na modulação das emoções – sistema límbico 
Circuito de Papez 
 
Lobo frontal (córtex pré-frontal) 
 - Lobotomia como forma de estudo  perda de medo sem alterações sensoriais. 
 - Pré-frontal: age no julgamento, sendo um “freio”; é envolvido no processo de ansiedade. 
 # Apaixonados: a dopamina em excesso, principalmente no início do relacionamento, inibe essa região, 
de forma que a análise da situação não é feita de modo adequado.Hipotálamo 
 - Centro integrador das emoções. 
 - Hipotálamo medial: comportamento de defesa. 
 - Hipotálamo lateral: comportamento ofensivo. 
 - Vídeo “How optogenetics works”  diferença da ação de homem (defende seu território) e mulher 
(defende seus filhotes) + comportamento agressivo (ataca uma luva). 
 # Optogenética: técnica de estudo na qual se retira um gene que codifica uma proteína, um canal iônico 
de uma alga, sensível a uma luz azul, e o insere no DNA de vírus e injeta esse vírus em um camundongo em 
uma área específica que se quer estudar. Assim, ao ligar a luz azul se ativa o canal, levando a uma 
despolarização, havendo um controle fino para se estudar a estrutura. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
8 
 
Hipocampo 
 - Centro integrador de respostas emocionais e formação de memórias. 
 - Uma área muito comprometida, com perda de volume, em pacientes com depressão. 
 
Tálamo 
 - Reorganiza os estímulos vindos da periferia e do tronco cerebral e, alguns, vindos de centros superiores. 
 
Amígdala 
 - É uma das principais estruturas responsáveis por regular a resposta de medo, que te alerta sobre um 
perigo. Além disso, essa estrutura também sinaliza a recompensa (condicionamento operandi). 
 - Síndrome de Curver-hussein: uma das regiões afetadas é a amígdala  paciente não tem medo. 
 
Núcleo accumbens 
 - Possui estruturas como o giro, Área Tegumentar Ventral, que modulam a resposta de recompensa. 
 # Faz parte do córtex límbico e se localiza logo abaixo do corpo caloso. 
 # Quanto mais tempo de casados tem um casal, maior a ativação do núcleo. Ou seja, em casamentos 
duradouros se vê que o indivíduo está sendo recompensado. 
 - Giro do Cíngulo 
 # Tem a função de coordenar odores e visões agradáveis de emoções anteriores. 
 - Área Tegumentar Ventral 
 # Ativada quando se vê a pessoa amada, sendo ligada a recompensa de bem-estar, prazer, entre outros. 
 
Substância periaquedutal (PAG) 
 - Circunda o aqueduto cerebral. 
 - Envolvida na dor  controla a analgesia, rica em peptídeos endógenos. 
 - Envolvida no pânico  quem tem Síndrome do Pânico sente uma sensação eminente de morte. 
 # Ansiedade é perigo distal; pânico é perigo proximal. 
 
Medo condicionado / ansiedade 
Ansiedade remete a preocupação devido a uma experiência prévia, de forma que há uma resposta 
fisiológica. 
 - Se coloca o animal em uma caixa  choque. No próximo dia  coloca na caixa  animal fica em freezing 
 se dá Diazepam  freezing é menor do que aquele que tomou salina. 
 # Quando há lesão da amígdala, não há medo (freezing). 
 - Medo condicionado auditivo: quando o som faz parte da situação de medo. 
 
Doença de Urbach-Wiethe 
 - Paciente com essa doença tinha um comprometimento / hipofunção da amígdala foi exposta a trailer de 
filmes de terror e teve menor resposta / sentimento de medo. Essa lesão também comprometeu sua função 
de identificar o que uma música transmite (tristeza, medo, suspense, etc). 
 
Cannabis sativa 
 - Estudos para tratar câncer, epilepsia, ansiedade. 
 - A anandamida é uma substancia análoga a da maconha, sendo um canabioide, sendo ansiolítica 
 - THC  psicotrópico presente na maconha (não é só usar essa que se diminui a ansiedade). 
 
Classificação das emoções 
Emoções primárias: emoções inatas. 
 - Consideradas ontogenéticas: origem e desenvolvimento desde o embrião. 
 - Culpa, vergonha, justiça. 
 # Animais também tem. 
Emoções secundárias: emoções envolvidas com características sócio-culturais. 
Emoções terciárias: emoções de fundo (não percebidas). 
 - Fadiga, sensação de gasto energético e cansaço. 
 
Indicação de livro: Paul Ekman: “atlas de emoções” 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
9 
 
Farmacologia da Ansiedade 
Ansiedade 
Definição: estado subjetivo de apreensão ou tensão cuja expressão plena envolve alterações 
comportamentais, fisiológicas e cognitivo-subjetivas. Graeff, 1999. 
 - Vista como um “aperto”, “constrição”, sendo classificada por Freud como uma neurose. 
 
Ela pode ser normal, sendo benéfica (melhorando a adaptação), ou patológica, de forma que ela passa a ser 
prejudicial (depois de certo ponto, maior a ansiedade, menor adaptada a pessoa está). 
 
A ansiedade envolve tremores, quadros de enrijecimento, devido a um medo, por se saber que há um perigo, 
embora ele não esteja próximo. 
 
Manifestações da ansiedade 
Fisiológicas: 
 - SNA simpático (NE): aumento do inotropismo e do cronotropismo. 
 Tremores e sudorese. 
 Alterações respiratórias. 
 - SNA parassimpático (ACH): hipersecreção gástrica, aumento da motilidade do TGI e urgência de micção 
e defecação. 
 
Epidemiologia 
Os dados da OMS mostram que o problema é global. 
 - 9,3% dos brasileiros apresentam algum transtorno de ansiedade. 
Muitos dos transtornos de ansiedade se desenvolvem na infância e tendem a persistir se não forem tratados. 
 
Como pode ser visto ao 
lado, as Américas são uma 
região em que a 
prevalência é bem alta se 
comparada com a região 
africana ou europeia. Além 
disso, como no segundo 
gráfico, vemos que ocorre com mais frequência no sexo feminino do que no sexo masculino (2:1). 
 
Capítulos do DSMs: 
IV-TR 
 - A ansiedade era tratada apenas como transtorno de ansiedade. 
V 
 - Separa os transtornos de ansiedade, havendo 2 capítulos a mais, sendo o TOC e transtornos relacionados 
e Trauma e transtornos relacionados a estresse separados. 
 
Classificação 
TP: Transtorno do Pânico 
 - Sensação iminente de morte  é o mais diferenciado. 
 
FB: Fobia específica 
 - Medo que desencadeia uma crise de ansiedade. 
 
FS: Fobia social 
 - Indivíduo com dificuldade de se expor na sociedade. 
 # Medo de ir jantar fora por conta disso, por exemplo. 
 
MS: Mutismo Seletivo 
 - Dificuldade de falar em público, no DSM-5, se enquadra nesse, em situações que se espera um bom 
desempenho do indivíduo. 
 
TAS: Transtorno de ansiedade de separação 
 - Quando se separa de algo que tem muito apego, seja os pais, um objeto, um amigo, entre outros. 
 - Abandono, diante de um quadro de separação dos pais, entre outros. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
10 
 
TAG: Transtorno de ansiedade Generalizada 
 - Deve ser por um período de 6 meses, de forma que compromete o desenvolvimento das atividades, da 
rotina, sem medo iminente de morte. 
 
TOC: Transtorno Obsessivo-Compulsivo 
 - É necessitar de fazer algo para sentir alívio, tranquilidade, havendo uma obsessão e compulsão para se 
fazer algo repetidamente. Sem a repetição, não há alívio. 
 # Não está relacionado a segurança. 
 # TOC da limpeza, trancar a casa. 
 - Transtorno dismórfico corporal: indivíduo não está satisfeito com a sua aparência, não sendo algo 
facilmente observado por todos, mas algo que só ele enxerga. 
 - Transtorno de acumulação: dificuldade de desapegar. 
 - Tricotilomania: transtorno de arrancar o cabelo. 
 
Transtorno relacionados a trauma e a estressores 
 - Transtornos relacionados a trauma e estressores incluem transtornos nos quais a exposição a um evento 
traumático ou estressante está listada explicitamente como um critério diagnóstico e reú nem o transtorno 
de apego reativo, o transtorno de interação social desinibida, o transtorno de estresse pó straumático 
(TEPT)... 
 
O que, fisiologicamente e biologicamente, está relacionado a esses neurotransmissores? 
 - Desbalanço de dopamina, serotonina, e o GABA. 
 # Ácido gama-aminobutírico: aumento da neurotransmissão GABAérgica em áreas do sistema aversivo 
causa efeito antiaversivo, enquanto que a diminuição induz reações de defesa e medo  ansiedade 
 # Serotonina (5-HT): mediador importante que desempenha duplo papel na regulação da ansiedade. 
Há locais que o aumento dessa agrava a ansiedade, e há locais que o aumento diminui a ansiedade. 
 # Noradrenalina: envolvida nas manifestações neurovegetativasda ansiedade, como taquicardia, 
aumento da PA, tremores musculares, entre outros. 
 
Bases neuroquímicas 
Histórico 
 - Antiguidade: descobriram que o etanol e beberagens alcóolicas levavam ao relaxamento. 
 - 50’s: descoberta do GABA no SNC. 
 - 50-60’s: descobriram o papel do GABA no SNC + descobriram compostos de origem natural que induziam 
o mesmo efeito (barbitúricos)  síntese de novos compostos. 
 
Sinapse 
 - Imagem ao lado. 
 - Entre o neurônio pré- e pós-sináptico, na 
fenda, ocorre a sinapse. 
 - O neurotransmissor, formado a partir de um 
aminoácido (esse sofre ação de enzimas  
origina o neurotransmissor) e é armazenado 
em vesículas (excretadas pelo entrada de 
cálcio e sódio). A liberação desse e sua ligação 
aos receptores, ionotrópicos e 
metabotrópicos. Em seguida esse pode ser 
recaptado ou degradado por enzimas, 
gerando um metabólito. 
 - Lembrando que as substâncias que agem no receptor podem ser agonistas ou antagonistas. 
 
GABA 
 - Ele é feito a partir do ácido succínico, que pelo Krebs forma o alfa-cetoglutarado, que por meio da 
viagabatrina é transformado em glutamato, e pela DAG, em GABA. 
 - Ele tem 3 tipos de receptores, o gaba A, B e C: 
 # A: canal iônico formado por subunidades que delimitam o canal de cloreto. 
 Sempre que ele se liga a esse há o influxo de cloreto  hiperpolarização  efeito inibitório 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
11 
 
 # B e C: não são estudados. 
 
Receptor GABA A – Benzodiazepínicos 
Introdução 
Tarja preta: causa dependência. 
Os benzodiazepínicos atuam sobre esse receptor  influxo de íons cloreto. 
 - São agonistas do receptores GABA  efeito ansiolítico, 
sedativo e de anticonvulsivante (principais ações desse tipo 
de medicamento). 
 - Clordiazepóxido: viram que houve alteração do 
comportamento dos animais, partindo de um estado de 
agressividade para de calma. 
 
GABA + diazepam  potencialização do efeito inibitório. 
 - Há o aumento da frequência de abertura de canais promovido pelo 
GABA, como pode ser visto ao lado. 
 
Aplicação – sedativo hipnótico 
 - É de efeito rápido. 
 - Sono sustentado durante toda a noite  poucos despertares. 
 - Fala que não promove sonolência residual, mas o sono que esses medicamentos induzem não é reparador, 
não permitindo descanso. 
 # Sono não-REM: 4 fases, sendo que a 3 e 4 são mais profundas, seguidas pelo sono REM. 
 # Sono REM: mais profundo. 
 São prejudicadas pelo uso de benzodiazepínicos, assim como a fase 3 e 4. 
 - Se cria uma tolerância ao efeito hipnótico  necessidade de aumento da dose para uma mesmo efeito. 
 # Triazolam foi retirado. 
 
Diazepam 
 - Protótipo da classe de medicamentos 
 - Produz sedação em 2 a 3 minutos. 
 - Pico máximo de 3 a 5 minutos. 
 - Produz amnésia anterógrada: dificuldade de formar novas memórias. 
 # Não se pode usar benzodiazepínicos por muito tempo  estudos mostram que pode haver prejuízo de 
memória. 
 - Gravidez e amamentação: atravessa a barreira placentária e atingem o leite materno. 
 # Uso de deve ser muito bem monitorado. 
 # A administração contínua de benzodiazepínicos durante a gravidez pode originar hipotensão, 
diminuição da função respiratória. 
 # Sintomas de abstinência em recém-nascidos têm sido ocasionalmente relatados com o uso de 
benzodiazepínicos. 
 - Pré-medicação: 
 # 10 a 20 mg IM (crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg), uma hora antes da indução anestésica. 
 # Indução anestésica: 0,2 a 0,5 mg/kg EV; 
 # Sedação basal antes de procedimentos terapêuticos, diagnósticos ou intervenções: 10 a 30 mg EV 
(crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg); 
 
Efeitos clínicos e concentração 
plasmática de diazepam (20mg). 
 - Imagem ao lado. 
 - Via endovenosa (maior pico), 
intramuscular (menores alterações) 
e oral (média). 
 
Clonazepam 
 - Rivotril. 
 - Como ansiolítico em geral (não foi estabelecida a eficácia em crianças). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
12 
 
 - Trata: transtorno do pânico + fobia social + transtorno afetivo bipolar (tratamento da mania) + tratamento 
da acatisia (inquietação, indivíduo não consegue ficar parado). 
 - A meia-vida de eliminação é de 30 a 40 horas. 
 - Contra-indicação: insuficiência respiratória grave ou insuficiência hepática grave  medicamento 
intensamente metabolizados no fígado. 
 - Comprimidos 0,5 mg e 2 mg. 
 - Comprimidos sublinguais 0,25 mg  indivíduos com crise de pânico. 
 - Solução oral de 2,5 mg/mL 
 
Midazolam 
 - Dormonidi 
 - Indicado para induzir sedação. 
 - Pré-medicação antes de indução anestésica. 
 - Tratamento de curta duração de insônia. 
 - Contra-indicado a pacientes nas seguintes condições: 
 # Com insuficiência respiratória grave; 
 # Com insuficiência hepática grave; 
 # Comprimidos de 7,5 mg e 15 mg 
 
No quadro ao lado podemos 
comparar as duas classes 
estudadas. 
 - Se formos pensar na 
aplicação como relaxante 
muscular temos o medazepam 
como mais eficaz, seguido pelo 
clordiazepóxido, clorazepato, bromazepam, oxazepam, flunazepam, nitrazepam e diazepam, 
flunitrazepam, lorazepam e clonazepam. 
 
Parâmetros farmacocinéticos 
 - Os BDZ são bem absorvidos oralmente, e atingem a concentração plasmática máxima em curto período; 
 - Ligam-se fortemente a proteína plasmática e são altamente lipossolúveis (processados no fígado para 
eliminação); 
 - Os BDZ são metabolizados no fígado e eliminados 
na urina (o que pode ser visto na imagem ao lado). 
 # Em negrito estão os metabólitos ativos 
comercializados. 
 - O tempo de eliminação/de meia vida (incluindo os 
metabólitos) desse são extensos, sendo que o 
diazepam dura até 70h, não havendo como dizer 
que não há efeito residual. 
 # A pró-droga do clorazepato é o nordiazepam. 
 # Pré-anestésico: BZD de curta duração. 
 # Tratamento da ansiedade: BZD de longa 
duração. 
 # Indutor do sono: BZD de curta duração. 
 # Síndrome de abstinência: BZD longa duração 
 
Equivalência de dose (Efeito ansiolotico) 
 - As doses orais equivalentes das drogas de alta 
potência são: 
 # Clonazepam: 0,5 mg. 
 # Alprazolam: 1mg. 
 # Lorazepam: 1mg. 
 - Doses orais equivalentes (mg) de outras drogas. 
 # Bromazepam: 6mg. 
Hipnóticos sedativos Clonazepam, midazolam e diazepam 
Ansiolíticos Clonazepam, bromazepam 
Anti-convulsivante 
Clonazepam, diazepam e lorazepam 
SUBSTITUÍDOS POR NOVOS FÁRMACOS 
Relaxamento muscular Diazepam 
Anestésicos (adjuvantes) Midazolam e lorazepam 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
13 
 
 # Diazepam: 10mg. 
 # Clorazepato: 15mg. 
 # Clordiazepóxido: 25mg. 
 - O gráfico ao lado mostra isso, apresentando o 
nível de ansiedade comparado ao efeito do 
tratamento, sendo que com a interrupção do 
tratamento há pico de ansiedade. 
 # Novos medicamentos não têm efeito tão 
rápido, de forma que, apesar de não serem mais 
primeira escolha, devido a isso, ainda são usados. 
 
Efeitos adversos 
 - Tolerância e abstinência. 
 - Redução da coordenação motora: não podem ser operadores de máquinas, motoristas. 
 - Efeitos sedativos: tratamento de insônia. 
 - Amnésia anterógrada. 
 - Interação com etanol 
 
Zolpidem 
Tarja vermelha: não causa dependência. 
Tratamento de insônia. 
 
Os efeitos são devidos a uma atividade agonista seletiva sobre um receptor Gaba-Ômega, que modula a 
abertura do canal de cloreto. 
 - Tolerância: Alguns sedativos/hipnóticos como o zolpidem podem apresentar perda de eficácia dos efeitos 
hipnóticos (boa resposta para iniciar o sono) após uso prolongado por algumas semanas. 
 - Dependência: não observada com o uso nas doses e duração de tratamento recomendadas 
 
Tempo de uso: 
 - Insônia ocasional: de 2 a 5 dias. 
 - Insônia transitória: de 2 a 4 semanas. 
 
Dose: 
 - Adultos abaixo de 65 anos: 10mg uma vez por dia. 
 - Idosos: 5mg uma vez ao dia. 
 - Pacientes Pediátricos: não deve ser prescrito para esta população. 
 
Efeitos: 
 - Reduz o tempo de indução ao sono.- Reduz o número de despertares noturnos. 
 - Prolonga o estágio II do sono bem como os estágios de sono profundo  maior sensação de descanso. 
 
Contra-indicação: 
 - Pacientes com insuficiência respiratória ou com insuficiência hepática. 
 - Interações medicamentosas: 
 # Depressores do SNC: O aumento da depressão do SNC pode ocorrer no caso de uso concomitante com 
antipsicóticos, hipnóticos, 
ansiolíticos/sedativos, agentes 
antidepressivos, analgésicos 
narcóticos, drogas antipiléticas, 
anestésicos e antihistamínicos. 
 # Entretanto no uso de ISRS 
(Inibidor Seletivo de Recaptação 
de Serotonina) nenhuma 
interação tem sido observada. 
 
Ao lado: aplicação de sedativos 
hipnóticos. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
14 
 
Neurotransmissão serotoninérgica 
Introdução 
Ao lado vemos como ocorre esse 
tipo de transmissão e onde 
alguns medicamentos agem 
nessa. 
 
Triptofano: ácido que sofre ação 
de uma enzima que dá origem a 
um precurssor de serotonina, o 
hidroxitriptofano (HTP), 
transformado em 
hidroxitriptamina (5-HT), que é a 
serotonina. 
 
A serotonina, mediante a um estímulo, é liberado e age em seus receptores, que podem ser metabo- ou 
ionotrópicos, sendo que seus receptores podem estar pós- ou pré-sinapticamente. 
 - 12 tipos de receptores de serotonina, havendo 5 principais que são alvos no tratamento da ansiedade. 
 
A inibição de receptação de serotonina é o métodos usado, permitindo mais serotonina disponíveis para agir 
nos receptores. Assim, ISRS é o nome da classe e o seu mecanismo de ação. 
 
Sistema serotoninérgico 
Ansiedade: ISRS promovem sub-regulação dos receptores: 
 - 5-HT2A e 5-HT2C (ambos acoplados a proteína Gq) pós-
sinápticos. 
 # Receptores presentes, principalmente no córtex frontal 
e na amígdala (diminui medo, ansiedade), que agem por 
meio da proteína Gq, que age por meio da fosfolipase C. 
 - mCPP: agonista 5-HT2A leva a quadros de ansiedade 
intensa em humanos. 
 # Diminui no mesencéfalo o pânico. 
 - Depressão: 5-HT1A pré-sináptico (acoplado a proteína Gi). 
 # Presente no hipocampo. 
 - DOC = TOC: estimulação de 5-HT1D 
(acoplado a proteína Gi) pré-sináptico. 
 #Age no estriado. 
 
Ao lado vemos o modo de ação das 
drogas que atuam no sistema sobre a 
ansiedade, assim como a estrutura 
neural, o receptor (não é importante para 
nós), a ação e o tipo de efeito gerado. 
 
Medicamentos 
Todos são eficazes com perfil de ação muito semelhante. 
 - Eles têm tempo de eliminação menor que os benzodiazepínicos, além de não causar dependência. 
 - Estudo (demonstrado ao lado) no qual, foi observado que na 8ª 
semana de tratamento a ansiedade havia abaixado 
consideravelmente  divisão dos pacientes, de forma que um 
recebeu placebo e outros continuaram fazendo o uso  os que 
receberam placebo voltaram a expressar ansiedade, e os que 
continuaram o tratamento continuaram a expressar diminuição do 
nível de ansiedade. 
 - Em crianças e adolescentes esses medicamentos estão 
relacionados ao aumento da taxa de suicídio. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
15 
 
Fluoxetina: prozac 
 - Alguns pacientes não toleram, tendo muitos sintomas, diarreia, entre outros. 
Citalopram: 
 - Azia, diarreia. 
Escitalopram: 
 - Tiraram um dos dois componentes do citalopram como forma de evitar efeitos adversos  por isso um é 
a metade da dose do outro. 
 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina 
Primeira semana: agitação. 
Disfunção sexual, insônia, dor de cabeça, náuseas e vômitos e alteração no TGI (não deve ser prescrito para 
quem tem intestino irritável). 
 - Comportamento sexual masculino: a dopamina (DA) é o 
principal neurotransmissor envolvida na libido, a 
noradrenalina e a Ach na excitação sexual e no orgasmo a NA 
e a 5-HT. 
 # O aumento do nível de dopamina coopera, podendo se 
dar bupropiona. 
 # Esse medicamento pode ser usado para retardada a 
ejaculação precoce. 
 - Fibras serotoninérgicas, que descem através da coluna espinhal, exercem função inibitória sobre este 
comportamento sexual, enquanto fibras descendentes noradrenérgicas facilitam tanto a ejaculação quanto 
o orgasmo. 
 
Contra-indicações: 
 - Diabetes: O tratamento com escitalopram pode alterar o controle glicêmico. 
 - Os ISRS não interage com alimentos ou bebidas. 
 - Os ISRS não potencializam os efeitos do álcool. Apesar de não haver interação, recomenda-se não ingerir 
álcool durante o tratamento com esses. 
 # O etanol é um agonista que age no GABA  aumenta muito a inibição do SNC. 
 - Uso na gestação: não há evidências de teratogenicidade em seres humanos. 
 # A fluoxetina e o citalopram são distribuídos para o leite materno em níveis terapêuticos e seu uso em 
lactantes não é recomendado. 
 - Há interação com os antipsicóticos levando ao aumento do nível de neurolépticos; interação com 
anticoagulantes. 
 
Outras drogas que atuam no sistema serotoninérgico 
São considerados ansiolíticos de maior espectro – indicados para TOC, TP e TAG. Produzem efeitos a longo 
prazo, inicialmente podem agravar os quadros de ansiedade. 
Antagonistas 5-HT3 (ondansetron / tropisetron): possivelmente atuam na amídala. Facilitam a memória. 
Azaspironas: Busp irona – agonista 5-HT1A. Não reduz atividade locomotora, não é miorrelaxante e não tem 
potencialde abuso. 
 - Mimetiza a ação da serotonina, agindo diretamente no receptor. 
 
Buspirona 
 - Dose inicial: 15 mg/ dia (divididos em 3 administrações). 
 - Aumento da dose: 5 mg/dia a cada 2-3 dias. 
 - Dose média: 30-40 mg/dia (MAX. 60 mg/dia). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
16 
 
 - Apresentação: comprimidos de 5 e 10 mg 
 - A comparação dessa com um benzodiazepínico é feita ao lado. 
 - O clrazepato permitiu que o nível de ansiedade aumentasse mais 
após a retirada da medicação. 
 - RAM: fadiga, excitação, inquietação, insônia, náuseas, nervosismo, 
sudorese e tonturas. 
 
Tratamento de ansiedade 
Quadro que mostra os melhores medicamentos para cada 
transtorno encontrados na RENAME (2018): 
 - O paciente com pânico não costuma conseguir esperar 
que se faça efeito o medicamento de 1ª escolha, de forma 
que se começa com o de 3ª e vai se reavaliando. 
 - Para TOC e ansiedade generalizada: qualquer ISRS. 
 # A ansiedade generalizada pode ser usado para 
quadros de prazo curto. 
 - Depressão: duas grandes classes. 
 - Deve-se sempre pensar em qual é distribuído pelo SUS 
dependendo da situação financeira do paciente. 
 # Dizem que fluoxetina, paroxetina, sertralina e 
venlafaxina não tem diferença em ação. 
 
Terapia não-farmacológica 
Os medicamentos tratam os sintomas, e o psicólogo trata a causa  todos que são diagnosticados com esse 
transtorno devem fazer psiquiatria. 
Pacientes que fizeram terapia: 
 - Redução de ≥ 40% nos sintomas de pânico 
 # 57% dos pacientes que apresentaram melhora, não tiveram um diagnóstico de transtorno do pânico no 
final de 1 ano. 
Além da terapia deve ser proposto atividade física para maior liberação de serotonina. 
 
Tratamento Farmacológico dos Transtornos de Humor – Depressão 
A depressão envolve fatores genéticos, 
biológicos, de hábitos de vida e do 
ambiente. 
 - Componente genético: gêmeos 
idênticos tem 2x mais chance de ter 
depressão que os vitelínios. 
 # Há cientistas que defendem que essa 
está ligada a alimentação, entre outros. 
 
Eixo HPA 
Paciente com depressão tende a 
desenvolver hipercortisolemia. 
 - Há estudos que mostram que em um 
paciente com depressão há desregulação desse eixo. 
 # O feedback negativo nesses pode estar alterado / 
comprometido. 
 
Pacientes em uso de glicocorticoides podem desencadear a 
depressão. 
 
Epidemiologia 
Nos últimos dez anos, o número de pessoas com depressão 
aumentou 18,4%. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
17 
 
5,8% dos habitantes sofrem com a desordem, a maior taxa do continente latino-americano. 
 
A faixa etária mais afetada varia entre 55 e 74 anos. 
 - Muitas vezes devidoà perda do companheiro(a). 
 - “Apesar de a depressão atingir sujeitos de todas as idades, o risco se torna maior na presença de pobreza, 
desemprego, morte de um ente querido, ruptura de relacionamento, doenças e uso de álcool e de drogas”. 
 
Transtornos depressivos: transtornos mentais mais prevalentes do mundo (4,4%) e que mais contribuem 
para incapacidade. 
 
No gráfico ao lado vemos a epidemiologia mundial. 
 - A direita temos os transtornos depressivos e a esquerda os de 
ansiedade. 
 
Suicídio: 
 - 800.000 pessoas por ano (1,5% das mortes). 
 - 2ª causa de morte entre indivíduos com 15-29 anos. 
 - Infelizmente a depressão tem um componente pobreza, devido 
a OMS, de forma que países mais pobres tem maior ocorrência de 
suicídio. 
 
Aspectos históricos 
Loucura, melancolia, mania, fúria divina, possessão, bruxaria, tristeza, demência, psicose. 
Os primeiros escritos sobre a existência da melancolia data m da civilização greco-romana, e são descritas 
em personagens bíblicos e mitológicos. 
No início do século XIX, a melancolia era difundida como subtipo de mania, um distúrbio primário do 
intelecto, de intensidade excessiva de ideias e de natureza irreversível. 
Na metade do século XIX, foi formulada a ideia de que a mania e a depressão representariam diferentes 
manifestações de uma única doença – primeiras concepções da doença maníaco-depressivo como entidade 
nosológica única. 
 
Classificação – trantornos depressivos dsm-v 
Transtorno disruptivo da desregulação do humor Transtorno depressivo maior: transtorno grave. 
Transtorno depressivo persistente (distimia). 
Transtorno disfórico pré-́menstrual: meninas que ficam depressivas durante o período menstrual. 
Transtorno depressivo induzido por medicamentos. 
Transtorno depressivo devido a outra condição médica. 
Diferentemente do DSM-IV, este capítulo “Transtornos Depressivos” foi separado do capítulo “Transtornos 
Bipolares e Transtornos Relacionados”. 
 
Doenças e medicamentos que podem causar depressão 
Hipotireoidismo. 
AVE: vergonha. 
Lesão cerebral traumática. 
Parkinson: o tremor causa uma certa vergonha, de forma que o paciente tende a se isolar. 
Demência. 
Anemia: ainda está sendo investigado. 
Substâncias de abuso: sobretudo na abstinência de cocaína. 
 
Medicamentos: 
 - Não é causa e consequência, mas são achados. 
 - Isotretinoina. 
 - Antiepiléticos (topiramato). 
 - Anticontraceptivos hormonais, corticoesteroides. 
 - Sistemas cardiovascular (beta-bloqueadores, clonidina, metildopa). 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
18 
 
Sinais e Sintomas 
Humor deprimido (tristeza persistente, no adulto; irritabilidade nas crianças). 
Perda de interesse ou prazer em atividades antes eram prazerosas (Anedonia). 
Sentimento de culpa e desesperança. 
Baixa autoestima. 
Fadiga e diminuição de energia. 
Irritabildiade. 
Dificuldade de concentrar-se, indecisão. 
 - Depende do quanto que o seu sentimento interrompe, atrapalha, isso. 
Dificuldade do apetite, alteração do peso. 
Distúrbios do sono (insônia/hipersonia). 
 
Outros: ansiedade, irritabilidade, dores, taquicardia, dormências. 
 - Geralmente duradores ou recorrentes --: reduzem capacidade de desempenhar atividades diárias (Estudo, 
casa, trabalho, social) e lidas com acontecimentos. 
 
Triagem 
 - Deve ser feita em adultos independente dos fatores de risco. 
 - Fatores de riscos: histórico de transtorno familiar psiquiátrico, mulheres, não brancos, acima de 50 anos, 
doenças crônicas, baixas escolaridade e desemprego. 
 - Deve ser feito em adolescentes de 12 a 18 anos. 
 
Fisiopatologia 
Sistemas modulatórios difusos – modulação de 
funções encefálicas 
 - Podemos ver ao lado, os principais 
neurotransmissores que estão em desequilíbrio em 
indivíduos deprimidos. 
 
Hipótese monoaminérgica 
 - Principal hipótese sobre depressão. 
 - Pode ser vista na imagem inferior ao lado. 
 - Acreditasse que os quadros depressivos 
resultariam da depleção dos níveis de serotonina, 
norepinefrina e dopamina no SNC. 
 - Indivíduo normal: liberação adequada de 
neurotransmissores que agem 
adequadamente sobre seus receptores. 
 - Indivíduo depressivo: menores 
neurotransmissores e aumento da expressão 
dos receptores em neurônios pós-sinápticos. 
 
Antidepressivos 
Se necessário  preferir agentes mais 
seguros. 
Doses menores (metade da dose inicial)  titular. 
Pacientes com demência: menor efetividade. 
Deve ser sempre associado com medidas não farmacológicas. 
 
Tipos 
 - Inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS). 
 - Inibidores da receptação de serotonina e NE (IRSN): não são 
seletivos. 
 - Tricíclicos (TCA): inibem a receptação de NE. 
 - Inibidores da monoaminoxidase (IMAO): essa enzima degrada 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
19 
 
a noradrenalina e serotonina  inibindo ela,, os níveis desses hormônios aumenta. 
 - Antidepressivos atípicos. 
Temos um quadro comparativo ao 
lado, mais à direita, podendo ver 
quais hormônios cada 
medicamento tende a aumentar. 
Mais à esquerda vemos proporção 
da inibição da captura de NA:5HT, 
sendo os 6 primeiros medicamentos 
TCA, a venlafaxina IRSN, e os 
últimos 5 ISRS. 
 
ISRS 
Bom balanço eficácia-segurança. 
Inicial (1ª semana): piora sintomas de ansiedade. 
Causa náuseas, ansiedade, sonolência, insônia, disfunção sexual e cefaleia. 
Representantes: fluoxetina (proxac), paroxetina (paxii, ponderia), sertralina (tolrest, zoloft), citalopram 
(cipramil), escitalopram (lexapro) e fluvoxamina (luvox). 
Sertralina e escitalopram: melhor perfil de segurança e eficácia. 
 
Interage com: 
 - Opioides, estase (tilex), cocaína e metilfenidato (ritalina)  leva a síndrome serotininérgica (hipertensão, 
taquicardia, taquipneia, cólicas, hiperatividade, confusão, delírio e coma). 
 # Essa síndrome pode ocorrer em pacientes que estão no início do tratamento, devendo ficar atento a 
essas reações. 
 - Citalopram e escitalopram: prolonga intervalo QT. 
 # Indivíduos que tem arritmia  atento. 
 
Dose: muitos pacientes já respondem com baixas doses. 
 - No início deve-se tomar meio comprimido, e após a segunda 
semana, um comprimido. 
 
IRSN 
Em dose baixa, mais seletivos para 5HT (Serotonina). 
Mais descontinuados que ISRS. 
Efeitos anticolinérgicos: boca seca. 
 
Venlafaxina (efexor) e fesvenlafaxina (pristiq): causam efeitos adversos similares aos ISRS, incluindo 
disfunção sexual e agitação; efeitos no TGI mais pronunciados (náusea) e aumento da PA dose-dependente 
(devido a aumento de NE, devendo monitorar regularmente). 
 
Duloxetina (cymbalta): mais recente, com poucos efeitos adversos, insônia e perda do apetite. 
 - Fibromialgia: doença de cunho emocional, que causa mialgia, artralgia. 
 # A alteração emocional se expressa como dor. 
 # Apresentam melhora com o medicamento. 
 
Interações: 
 - Efeitos anticolinérgicos (alucinações, taquicardia, constipação, visão borrada, confusão mental, 
bradicardia paradoxal, xerostomia, midríase): anti-histamínicos, antipsicóticos, benzodiazepnícios, 
antidepressivos tricíclicos. 
 # Tricíclicos: amitriptilina/dozepina > nortriptilina > paroxetina > venlafaxina/duloxetina. 
 # Antihistamínicos: difenidramina, dimenidrato > dexclorfeniramina > loratadina/fexofenadina/cetirizina. 
 
Contraindicações: 
 - Gravidez: Categoria C. 
 # Não houve estudos adequados e bem controlados do uso desses medicamentos em mulheres grávidas. 
 - Não é indicado para uso em pacientes menores de 18 anos. 
 - Utilização cuidadosa em pacientes com insuficiência hepática ou renal. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
20 
 
 - Também podem induzir síndrome serotoninérgica 
 
Ao lado podemos ver a dose e o manejo dessas. 
 - Por serem medicamentos mais novos, são mais caros e 
não são disponíveis no SUS. 
 - Duloxetina: mais de R$100,00 a caixa (2019). 
 
TCA – Antidepressivos tricíclicos 
Inibem a recaptação de NE, agindo na proteína transportadora de NE, permitindo 
maiordisponibilidade dessa na fenda sináptica. 
 - Disponível no SUS. 
São medicamentos mais antigos que os IRSN e ISRS. 
Medicamentos e doses podem ser vistos ao lado. 
 
Estudos (2000) favoreceram o uso de TCA contra ISRS de acordo com a eficácia. 
 
Antidepressivos atípicos 
Bupropiona (wellbutrin) 
 - Inibição da recaptação da 5-HT, NE e DA (libido). 
 # Opção quando há queixas sexuais. 
 - Efeitos adversos: náusea, vômito, tremor, xerostomia, 
reações cutâneas, agitação, cefaleia. 
 - Diminui o limiar convulsivo (dose-dependente)  não deve ser usado para pacientes que tem histórico de 
convulsão. 
 - Poucos efeitos adversos sexuais e < reversão para mania. 
 - No tabagismo: queda do desejo por nicotina e abstinência. 
 
Trazodona (Donarem) 
 - Inibição da recaptação da 5-HT  aumento da 5-HT e NE no organismo. 
 - Bloqueio de receptores 5-HT2A e alfa1 pós-sinápticos e receptores de histamina  efeito sedativo, 
tonteira, redução da cognição, hipotensão ortostática. 
 # Devido ao efeito sedativo: não muito recomendado para pacientes depressivos (já não querem sair da 
camma) 
 - Baixa incidência de disfunção sexual  pode aumentar a depressão do paciente. 
 
IMAO 
A tiamina é precurssora da MAO, sendo 
muito presente em alimentos como 
cerveja, queijo, banana, vinho, chocolate, e 
ao se alimentar desses os níveis pressóricos 
podem aumentar muito. 
 - Há o aumento da NE na fenda sináptica e 
aumento da PA consequente. 
 
Antidepressivos e risco de suicídio 
Risco de suicídio: crianças, adolescentes, 
adultos jovens (18 a 24 anos) no início do 
tratamento (1º melhora nos sintomas 
funcionais  2ª melhora nos sintomas do 
humor). 
 
Novos dados: troca de antidepressivo e uso 
concomitante de ansiolíticos  aumento do suicídio entre idosos (elucidar em outros grupos). 
 
A relação entre a utilização de ISRS e o risco de suicídio é influenciada pela idade (efeito protetor em 
adultos). 
 - Não sabe se os adultos têm efeito protetor em relação aos adolescentes. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
21 
 
A diferença entre os vários fármacos ainda 
precisa de comprovação, não sabendo se algum 
tem maior propensão. 
 
Antidepressivos e lactação 
Estudado devido a depressão pós-parto. 
 - Olhar imagem ao lado. 
 - A sertralina e a duloxetina são os preferidos 
por atingirem menos o leite. 
 
Efeito demorado 
Por que demora em média 4 semanas (5-HT1A)? 
 - Há receptores 
pré-sinápticos de 
serotonina  
esses geralmente 
estão acoplados a 
proteína Gi. 
 # Com o uso do 
fármaco não há 
receptação, de 
forma que a 
serotonina age 
nos receptores pós- e pré-sinápticos e, a ação dela no pré-, leva a inibição da liberação da 5-HT pelo pré. A 
partir da 3ª semanas esses receptores são dessensibilizados, não respondendo mais a essa, sobrando 
serotonina para agir nos pós. 
 # Isso vale tanto para o tratamento de ansiedade e depressão para inibidores de captação de SE (ISRS) e 
para os inibidores de NE e SE juntos (IRSN). 
 Os únicos que fazem efeito rápido são os benzodiazepínicos. 
 
Resumindo 
Antidepressivos 
 - Inibidores da MAO: primeiros usados (está na ordem que os 
medicamentos foram desenvolvidos)  inibem a MAO, que não faz a 
degradação, sobrando mais neurotransmissores. 
 - Tricíclicos (TAC): principal reação adversa é aumento da PA  
atenção à pacientes hipertensivos. 
 # Lembrar que tem no SUS. 
 - ISRS: principais efeitos adversos disfunção sexual, diarreia... 
 - IRSN: atenção para pacientes cardíacos. 
 
Efeitos terapêuticos 
 - Latência para o efeito terapêutico de ~ 3-4 semanas. 
 - Eficácias não diferem entre classes, mas efeitos adversos sim. 
 - ISRS à 1ª escolha em casos de depressão moderada 
 - TAC: melhor para o início do tratamento. 
 # Em casos mais graves (?). 
 - IRSN  Em casos mais graves. 
 - iMAO  Pouco uso, devido às interações com alimentos. 
 - Uso em crianças e adolescente é controverso (risco de suicídio). 
 - Vários estudos clínicos são enviesados e inconclusivos. 
 
Se o paciente não responder 
Paciente começa tratamento  não responde  aumento da dose  não respondeu  troca a classe com 
um intervalo. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
22 
 
Medidas não farmacológicas 
Psicoterapia 
 - Psicoeducação e manejo de estressores: 
 # Manejo de opiniões infundadas sobre si mesmo, vida, futuro. 
 # Não interromper atividades que eram interessante/davam prazer. 
 # Ritmo de sono regular. 
 # Realizar regularmente atividades físicas (metanálise de 39 estudos). 
Causa o aumento da neurogênese  a neurogênese adulta 
emerge como uma forma de plasticidade com a adição contínua e a 
perda de neurônios do cérebro adulto. 
Aumenta BDNF (Fator Neurotrófico cerebral): Suporte de 
sobrevivência, crescimento, diferenciação 
neuronal e sinaptogênese. Aprendizado e 
memória. 
 X O estresse diminui o BDNF, sendo 
que esse pode ser tratado com a atividade 
física. 
 X Estresse  baixa de BDNF  
episódios de humor  baixa deBDNF  dano 
celular  remodelamento cerebral  
diminuição do córtex pré-frontal + aumento da 
amígdala + diminuição ou aumento do 
hipocampo. 
 # Manter regularmente as atividades sociais. 
 # Identificar ideias de autoagressão ou suicídio. 
 # Dar oportunidades de falar (o que causa seus 
sintomas?) 
 # Identificar e reduzir estressores psicossociais. 
 
 
Transtorno Bipolar e relacionados ou depressão com episódios de mania – não cai na prova 
Introdução 
É uma variação de humor na qual o indivíduo não apresenta nenhum prazer pela vida. 
Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível de atividade do sujeito 
estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbio consiste em algumas ocasiões de uma elevação 
do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do 
humor e de redução da energia e da atividade (depressão). 
 
Paciente apresenta depressão e euforia/mania. 
 - Mania: euforia, expansividade ou irritabilidade, excesso de autoestima, prolixidade, atividade aumentada, 
figa de ideias, menor necessidade de sono, envolvimento em atividades de risco sem avaliar consequências. 
 
Depressão (falta) x Mania (excesso) 
 - Auto-estima. 
 - Auto-confiança. 
 - Sexualidade. 
 - Irritabilidade. 
 - Agressividade. 
 - Impulsividade. 
 
Tratamento 
 - Estabilizadores de humor: lítio e ácido valproico (baixo índice terapêutico). 
 - Antipsicóticos: no episódio maníaco se uso haloperidol, risperidona, olanzapina, aripiprazol, quetiapina e 
ziprasidona. 
 
2,6% da população americana possui esse transtorno 
 
Antidepressivos disponíveis na Atenção Básica 
Fluoxetina, cloridrato Cápsula de20mg 
Nortriptilina Cápsula de 5mg e 50mg 
Amitriptilina Comprimido, 25mg 
Imipramina, cloridrato Comprimido, 25mg 
Imipramina, pamoato Cápsula, 75mg 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
23 
 
Sintomas 
Episódios depressivos 
 - Se caracterizam por um período de mais de duas semanas de humor irritado ou triste que acarretam 
prejuízos ao indivíduo. 
 - Os sintomas mais comuns são: sentimentos profundos de tristeza, sensação de vazio, falta de esperança, 
irritabilidade, perda ou diminuição do interesse, diminuição ou aumento de peso, dificuldade de dormir ou 
hiperinsônia, cansaço exagerado, dificuldade de se concentrar, pensamentos de morte, etc. 
 
Depressão TAB Depressão unipolar 
Hiperinsônia Insônia inicial/redução do sono 
Hiperfagia e/ou aumento de peso Diminuição do apetite e/ou perda de peso 
Lentificação psicomotora Atividade normal ou aumentada 
Sintomas psicóticos, culpa patológica Queixas somáticas 
Labilidade do humor/sintomas de mania 
Início tardio: >20 anos 
Início precoce: <25 anos 
Múltiplos episódios> >5 
Duração mais longa dos episódios> >6 meses 
História familiar para TAB 
 
Episódios maníacos 
 - Se caracterizam por um período de mais de uma semana de humor elevado que acarretam em prejuízo os 
indivíduos.- Os sintomas mais comuns são: grandiosidade, auto-estima elevada, irritação, gasta excessivamente, 
contrai dívidas desnecessárias, diminuição do sono sem diminuir a energia, pensamento rápido, fala além 
do habitual, dificuldade de concentrar-se, exposição à conduta de risco, e em casos mais graves pode 
apresentar alucinações ou delírios. 
 
Marcadores biológicos Candidatos no TAB 
Não há marcadores 
patognomônicos, de forma que 
esses, que podem ser vistos ao 
lado, não são suficientes para 
diagnóstico. 
 
Fármacos Estabilizadores do 
humor 
Utilização racional dos 
estabilizadores do humor. 
 
Dependendo do momento da doença pode ser usado outros medicamentos, como por exemplo, 
antidepressivos, antipsicóticos, benzodiazepínicoso, como clonazepam e diazepam. 
 - Antipsicóticos atípicos: Olanzapina, Palmitato de Paliperidona, Aripiprazol. 
 
Primeira escolha: Carbonato de lítio. 
Segundo grupo: substâncias anticonvulsivantes – carbamazepina, ácido valproico, divalproato de sódio, 
Gabapentina, Lamotrigina e Topiramato. 
 
Carbonato de Lítio 
É indicado no tratamento de episódios maníacos no TAB. 
 
Indicado como adjunto aos antidepressivos na depressão recorrente grave, como um suplemento para o 
tratamento antidepressivo na depressão maior aguda. 
 
Mecanismo de ação: Por sua similaridade com outros elementos (sódio, potássio, cálcio e magnésio), eleva 
os níveis de serotonina e diminui os níveis de norepinefrina, alterando, ainda, as concentrações de 
dopamina, GABA e de acetilcolina. 
 - Ainda é foco de estudos até hoje, pois o seu mecanismo exato não está estabelecido, sabendo apenas que 
promove aumento dos níveis de serotonina, diminui os níveis de norepinefrina, alterando ainda as 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
24 
 
concentrações de dopamina, GABA e de acetilcolina. 
 
O carbonato de lítio não deve ser administrado em pacientes portadores de doenças renais e 
cardiovasculares, em indivíduos debilitados ou desidratados, e m indivíduos com uso de diuréticos, pois o 
risco de intoxicação se eleva nestes pacientes. 
 
Reações adversas: 
 - Músculo esquelético: tremor involuntário de extremidades. 
 - Equilíbrio hídrico: sede excessiva. 
 - Metabólico: diminuição dos hormônios da tireoide; aumento do tamanho da tireoide. 
 - Genito-urinário: urina excessiva. 
 - Gastrointestinal: diarreia. 
 
Exame de dosagem de lítio para conferir que não há intoxicação. 
 - Atenção às doses e horários de medicação. 
 - Anorexia, náusea, vômito, diarreia, contratura, letargia, ataxia, febre, sinais vitais irregulares, convulsões 
e coma. 
 
Intoxicação 
 - Sinais iniciais: 
 # Fala pastosa 
 # Sonolência 
 # Fraqueza muscular 
 # Tremor ou contração muscular 
 # Disartria 
 # Vômitos e diarreia 
 # Ataxia 
 # Confusão mental 
 # Movimentos distônicos 
 - Sinais tardios 
 # Prejuízo de consciência 
 # Fasciculação 
 # Aumento do tônus muscular com hiperextensão de braços e pernas. 
 
É um fármaco muito utilizado devido a sua grande 
efetividade. 
 
TAB x antipsicóticos 
 - Estudos em adolescentes  uso de olanzapina 
 melhoraram em sintomatologia + aumento do 
ganho de peso (média de 3.7kg), nível de glicose, 
ácido úrico, enzimas hepáticas, colesterol e 
prolactina sanguíneos. 
  uso de placebo  
ganho de peso foi de 300g. 
  uso de aripiprazol 
 alterações hemodinâmicas, síndrome 
extrapiramidal, sonolência. 
 
Imagem ao lado 
 - Estudo de comparação de eficácia e 
aceitabilidade  o lítio não é considerado o mais 
eficaz ou aceito, sendo que há outros que são 
considerados melhores. 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
25 
 
Tratamento farmacológico da Esquizofrenia 
Introdução 
Psicose X esquizofrenia 
 - Psicose: alguns pacientes depressivos têm psicose, mas não são necessariamente esquizofrênicos. 
 - Não é a mesma coisa. 
 
St. Mary of Bethlehem Hospital 
 - Hospital famoso por abrigar “lunáticos”, indivíduos esquizofrênicos. 
 # Esses não recebiam medicamentos, tratamento qualquer, ficando ali em surto. 
 - Um dia ao mês a visitação era gratuita, sendo que os visitantes podiam levar varas para cutucar os 
pacientes. 
 
Emil Kraepelin: demência precoce 
 - Acreditava que o paciente não estava em seu estado mental normal. 
 
Eugen Bleuler: realmente desvendou a esquizofrenia. 
 
Uma mente brilhante: história de John Nash, que receber prêmio nobel em economia. 
 
DSM-V 
Esquizofrenia: Quer dizer: mente (schizo) dividida (phrene). 
 
O espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos inclui esquizofrenia, outros transtornos 
psicóticos e transtorno (da personalidade) esquizotípica. Esses transtornos são definidos por anormalidades 
em um ou mais dos cinco domínios: delírios, alucinações, pens amento (discurso) desorganizado, 
comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas 
negativos. 
 - Delírio: a partir de algo real. 
 # “Meu aluno está me perseguindo, pois eu vou aplicar uma prova pra ele”. 
 - Alucinação: quando se cria uma situação que não provém do que é real. 
 # “Eu me autoproclamo rainha da Inglaterra”, 
 - Pensamento (discurso) desorganizado: sem sequência de raciocínio de ideias. 
 - Catatonia: paciente fica paralisado em certa posição, movimento. 
 
Epidemiologia 
1% da população geral 
Famílias com casos da doença: 
 - Vemos um importante componente genético. 
 - Um dos pais: 12% dos filhos. 
 - Pai e mãe: 40% dos filhos 
 - 8% dos irmãos 
 # Gêmeos idênticos: 35-58%. 
 # Gêmeos fraternos: 6-26%. 
 
Duração por toda a vida; 
 - 10% se suicidam. 
 - US$ 32.500.000.000, 00/ ano (EUA) 
 
Achados científicos 
Alterações no córtex pré-frontal de indivíduos com esquizofrenia  não são exclusivos da esquizofrenia. 
 - ↓ M1/M4  receptores de acetilcolina.. 
 - ↓ D1R  receptores dopaminérgicos. 
 - ↑ CB1  receptores canabinoides. 
 # Uso de maconha por longa data + predisposição genética  esquizofrenia. 
 - ↓ RNAm e ↓ expressão 5-HT2A  receptor de serotonina. 
 - ↓ RNAm e ↓ expressão BDNF  fator neurotrófico derivado do cérebro que contribui com a função dos 
neurônios; o mesmo ocorre na depressão. 
 - ↓ RNAm GAD67  síntese de GABA. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
26 
 
Pacientes esquizofrênicos apresentam 
ventrículos aumentados e volume 
cerebral reduzido, com destaque para o 
hipocampo e córtex temporal superior 
(KUBICKI, 2002). 
 
Fatores ambientais 
 - Uso da cannabis. 
 # Acredita-se que a mutação da 
enzima que leva a modificação da 
GAD67  ou seja, precisa do fator genético, não somente do uso da planta. 
 
Fisiopatologia – Teorias sobre Esquizofrenia 
Teoria glutamatérgica 
 - Ketamina (bloqueador de receptor de glutamato - NMDA) produz sintomas psicóticos, pois esse causa a 
redução de glutamato no córtex pré-frontal de esquizofrênicos. 
 
Teoria dopaminérgica 
 - O aumento da atividade dopaminérgica na via 
mesocortical agrava esquizofrenia (anfetaminas, levodopa) 
 # Maioria dos medicamentos seguem essa linha de 
pensamento. 
 - Antipsicóticos bloqueiam receptores D2 pós-sinápticos 
 
Dopamina 
Precursor da dopamina: L-tirosina, sendo que ao lado vemos 
os mecanismos e as enzimas que fazem a transformação e 
degradação da dopamina. 
 
Vias dopaminérgicas no SNC 
 - Vemos ao lado o que a 
dopamina causa no SNC e suas 
vias, sendo que podemos ver que 
essa afeta áreas importantes. 
 - A diminuição da liberação de 
prolactina, por meio do uso de 
antipsicóticos, leva ao aumento 
de prolactina 
 
Neurotransmissão dopaminérgica 
 - A dopamina é armazenada em 
vesículas  liberação dessas após 
estímulo  ação do neuro-
transmissor em receptores pós-
sinápticos que podem compor a 
 família D1  receptores D1 e 
D5 (distribuição e função podem 
ser vista na tabela ao lado) 
 Gs  adenilato-ciclase  
formaAMP cíclico. 
 família D2  receptores 
D2, D3 e D4  Gi  
diminuição da 
adenilatociclase. 
 
Foi observado que os pacientes em uso de antipsicóticos obtiveram grande melhora quando comparado aos 
que utilizaram o placebo. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
27 
 
Sintomatologia 
Sintomas positivos: 
 - Via mesolímbica  delírios. 
  alucinações 
  agitação psicomotora. 
 - Via mesocortical  Embotamento afetivo  quando a pessoa se exclui, fica reclusa, tendo dificuldade de 
viver socialmente, de interagir, de forma que o próprio indivíduo desencadeia essa. 
  apatia (falta de iniciativa). 
  isolamento social. 
 
Esses têm déficit cognitivos e tendem a desenvolver transtornos de ansiedade e depressão. 
 
Mecanismo de ação dos antipsicóticos 
A estrutura química da dopamina e do protótipo dos antipsicóticos, 
clorpromazina possuem correspondência estereoquímica, facilitando 
sua ação. Além disso, este mesmo grupo de pesquisadores observou que 
os antipsicóticos tinham maior afinidade em bloquear receptores 
dopaminérgicos do que de serotonina e de noradrenalina. 
 
1952: Uso da Clorpromazina em pacientes psiquiátricos 
 - Antipsicóticos podem ser chamados de ataráticos, tranquilizantes maiores, neurolépticos e 
antiesquizofrênicos. 
 
Primeira geração 
Bloqueia o receptor D2 (principal ação requerida), mas também bloqueia 
outros receptores, os quais podem ser vistos ao lado. 
 - O que é ligado aos outros receptores são ações adversas. 
 - Ao bloquear o D2 se bloqueia a mesolímbica, diminuindo os sintomas 
positivos. Entretanto, como por ser visto ao lado, na mesocortical, nem 
sempre os níveis de dopamina 
estão muito elevados, sendo 
que ao bloquear a ação da 
dopamina, pode-se agravar os 
sintomas negativos, piorando 
esses sintomas. 
 - Ao bloquear o receptor de 
dopamina também se bloqueia 
a via negroestriatal (como mostrado ao lado; via que vai da substância 
negra para o estriado), de forma que se bloqueia a via motora e se induz 
efeitos extrapiramidas  parkisonismo: muito semelhante a doença de 
Parkinson, na qual há grande comprometimento motor. 
  discinesia tardia. 
 # Discinesia tardia: pode ser um quadro reversível ou irreversível. 
 Nessa há dificuldade do controle motor, de forma que se coloca 
a língua para fora, faz caretas, mas não é constante. 
Na síndrome reversível a discinesia para com a parada do uso do 
medicamento. Os irreversíveis tendem a ocorrer devido ao uso 
prolongado de medicamentos, de forma que o indivíduo fica sempre 
fazendo caretas. 
 - Via túbero-infundibular (do hipotálamo para a hipófise anterior; 
imagem ao lado): se parar a dopamina nessa via, se aumenta o efeito da 
prolactina, levando a galactorreia e ginecomastia. 
 
Alta Potência: haloperidol e flufenazina. 
 - Haloperidol ou haldol: reações adversas – há casos raros de morte súbita, há 
discinesia tardia e tromboembolismo venoso, de forma que indivíduos com 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
28 
 
comorbidades cardíacas, devem ter cuidado com esse. 
 # Age em D2 e H1 (histamínicos, moduladores do apetite; atuam no hipotálamo  
diminuem produção de leptina), principalmente, levando ao ganho de peso e 
sonolência. 
 # Contra-indicações: 
Pacientes portadores de Doença de Parkinson. 
Pessoas que apresentam sonolência e lentidão exacerbada decorrentes de 
doença ou do uso de medicamentos. 
 # Interações medicamentosas: 
Medicamentos que podem aumentar a concentração de haloperidol e aumentar o risco de ocorrer 
eventos adversos, incluindo o prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma): 
itraconazol, nefazodona, alprazolam, fluvoxamina, quinidina, citalopram, escitalopram. 
Medicamentos que podem diminuir a concentração de haloperidol (são ligado a enzima P450, de 
forma que interagem, por serem enzimáticos): carbamazepina, fenobarbital e rifampicina. 
 # Formas farmacêuticas: solução oral, solução injetável e comprimidos. 
 
Média Potência: perfenazina. 
 
Baixa Potência: tioridazina e clorpromazina. 
 - Efeitos dos antipsicóticos sobre os sintomas positivos da Esquizofrenia  não levou a melhoria do 
embotamento efetivo ou pobreza de linguagem (sintomas negativos), mas sobre alucinações e ideias 
delirantes (sintomas positivos) são diminuídos. 
 
Segunda Geração – nova geração 
Olanzapina, quetiapina, risperidona, ziprasidona, clozapina. 
Tratam sintomas positivos e negativos, sendo antagonistas de receptores D2 
e agonistas de receptores 5HT, serotoninérgicos. 
 - Para casos de sintomas negativos e casos resistentes ao tratamento. 
 
Estudo comparou diferentes pacientes em uso de primeira e de segunda 
geração, sendo observado a melhora dos sintomas positivos e negativos, 
como falado antes. 
 - Avaliar o gráfico ao lado. 
 - Os sintomas negativos analisados foram embotamento 
afetivo, falta de iniciativa e isolamento social, sendo que a 
melhora clínica foi maior com, respectivamente do mais efetivo 
para o mesmo, olanzapine, risperidona, clozapine e haloperidol. 
 
Qual o mecanismo de ação responsável pelos efeitos dos 
antipsicóticos? 
 - A ocupação do receptor D2. 
 # Análise da tabela ao lado: os dois primeiros marcados 
são típicos e o último é atípico. 
 # Se pensarmos que o controle dos sintomas positivos é 
decorrente de um aumento da quantidade de dopamina, 
percebendo que a clozapina não era suficiente para tratar 
os sintomas em pacientes que os quadros de delírio e 
alucinações são muito presentes. Não equilibraria os 
positivos. 
 - Antipsicóticos são antagonistas D2? 
 # A potência terapêutica dos antipsicóticos é 
diretamente proporcional ao bloqueio dos receptores D2 . 
 # 1ª geração: Antagonistas D2 – alta afinidade 
 # 2ª geração: Antagonistas D2 – baixa afinidade 
 
Clozapina 
 - Pode obter 50 kg em 1 ano de tratamento. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
29 
 
 - 50% dos pacientes apresentam aumento de 20% ou mais no peso. 
 # Reduz adesão ao tratamento. 
 # Leva a co-morbidades: DM II, hipertensão, doenças cardiovasculares, dificuldade respiratória. 
 Deve orientar uma dieta balanceada, atividades físicas, medidas não farmacológicas. 
 # Resulta de múltiplas interações de neurotransmissores e receptores – sistema serotonérgico 
 - Knockout de 5HT2C: obesidade devido aumento da ingestão (redução da saciedade). 
 - Agranulocitose: 
 # 0.5-2% dos pacientes. 
 # Monitoramento por hemograma para monitorar os níveis de leucócitos. 
 
Risperidona 
 - Efeito favorável s obre confusão, alucinações, irritação, agressão, distúrbios da percepção; melhora a 
ansiedade, a tensão e o estado mental alter ado por estes transtornos. 
 - Alta afinidade pelos receptores serotoninérgicos 5-HT 2 (ativação) e dopaminérgicos D2 (bloqueia esses). 
 # A risperidona liga-se igualmente aos receptores alfa- 1 adrenérgicos e, com menor afinidade, aos 
receptores histaminérgicos H1 e adrenérgicos alfa- 2. 
 - Forma farmacêutica: comprimidos revestidos e solução oral 
 - Interação medicamentosa: 
 # Furosemida (diurético de alça)  Pode intensificar o efeito medicamentos como tranquilizantes, 
analgésicos narcóticos, certos anti-histamínicos, certos antidepressivos, por meio do aumento da 
concentração da risperidona no sangue. 
 # Medicamentos que podem aumentar o nível de Risperidona no sangue  Fluoxetina, sertralina e 
paroxetina; Itraconazol e cetoconazol (antifúngicos); ritonavir (antiviral; usado no tratamento da AIDS); 
verapamil (bloqueador de canais de cálcio; HAS). 
 # Medicamentos que podem diminuir o nível de Risperidona no sangue: carbamazepina, rifampicina, 
cimetidina e a ranitidina. 
 
Olanzapina 
 - A olanzapina é indic ada para o tratam ento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outros transtornosmentais. 
 - A olanzapina, em monoterapia ou em combinação com lí tio ou ácido valpr oico, é indicado para o 
tratamento de epis ódios de mania aguda ou mistos do transtorno bipolar, com ou sem sintomas psicóticos. 
 - Forma farmacêutica: cápsulas e comprimidos. 
 - A olanzapina não está aprovada para o tratamento de pacientes idosos com psicose associada à 
demência, podendo agravar essa. 
 - Devido à possibilidade de a olanzapina diminuir a pressão sanguínea, o mesmo deve ser administrado 
com cuidado em pacientes que estejam em tratamento com medicamentos para controlar a pressão. 
 
Quetiapina 
 - Indicada para o tratamento da esquizofrenia, com monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios 
de mania associados ao transtorno afetivo bipolar, dos episódios de depressão associados ao transtorno 
afetivo bipolar, no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar. 
 - Mecanismo de ação: acredita-se que esta combinação de antagonismo ao receptor com alta seletividade 
par a receptores 5-HT 2 em relação ao receptor de dopamina D2 é o que contribui par a as propriedades 
antipsicóticas clínicas e reduz a suscetibilidade aos efeitos colaterais extrapiramidais da quetiapina em 
comparação com os antipsicóticos típicos. 
 - É extensivamente metabolizada pelo fígado, altos níveis plasmáticos são esperados em indivíduos com 
insuficiência hepática. 
 - A quetiapina não está aprovada para o tratamento de pacientes idosos com psicose relacionada à 
demência. 
 - Reações adversas: 
 # Aumento dos níveis de LDL e TGLs  pacientes com dislipidemias não devem usar. 
 # Diminuições relacionadas aos níveis de hormônios da tireoide  pacientes com hipotireoidismo não 
devem utilizar dessa medicação. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
30 
 
 - Interações medicamentosas: Indutores de enzimas hepáticas, como carbamazepina, pode diminuir 
substancialmente e a concentração de quetiapina. 
 
Aripiprazol e preclamol 
 - Aripriprazol: Introduzido no mercado em 2002, é considerado um antipsicótico 
atípico ou de 2ª geração. 
 - É de segunda geração, mas possui um mecanismo de ação único. 
 - Agonistas Parciais D2. 
 # Tenta fazer um balanço  se comporta como antagonista em situações onde há muita dopamina, e 
como agonista quando há pouco. 
 Vias nigroestriatal ou mesolímbica: lá ele age como antagonista. 
 Onde há baixos níveis de dopamina, que levam aos efeitos negativos, ele aumenta, evitando esses. 
 - Ele também é agonista do receptor 5HT1-A  não é o fármaco perfeito. 
 - Existem ainda outros efeitos que parecem não depender de mecanismo dopaminérgicos, mas até agora 
a dopamina prevalece. 
 
Resumo 
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico e incapacitante que possui sintomas positivos e 
negativos. 
 
A teoria dopaminérgica da esquizofrenia preconiza que em pacientes com diagnóstico deste transtorno 
existe um aumento da oferta de dopamina em áreas como o núcleo accumbens, 
 
O tratamento da esquizofrenia se dá pelo uso de 
fármacos antipsicóticos que atuam principalmente 
como antagonistas de receptores D2. 
 
Existem duas classes principais de fármacos 
antipsicóticos: 1ª geração ou “típicos” (haloperidol e 
clorpromazina) e 2ª geração ou atípicos (clozapina 
earipriprazol). 
 
 
1ª geração 2ª geração 
Antipsicóticos “típicos” ou de 1ª geração. 
Butirofenonas  haloperidol e droperidol. 
Fenotiazidas  clorpromazida, tiorizadiza. 
Flupentixol. 
Antipsicóticos “atípicos” ou de 2ª geração: 
clozapina, olanzepina, quetiapina, 
risperidona. 
Qual a vantagem? 
Promovem o bloqueio dos receptores D2 na via nigro-
estriatal (atividade motora)  Acima de 80% de 
ocupação dos receptores D2  aumenta EPS 
Atuam sobre os sintomas negativos e 
positivos. 
Parkinsonismo (25%), distonia aguda (48h de uso-
espasmos), acatisia (incapacidade de ficar parado), 
discinesia (movimentos estereotipados) 
Melhor perfil de efeitos colaterais  
principalmente efeitos extrapiramidais (EPS) 
 
Ao lado vemos a incidência relativa de 
alguns efeitos colaterais dos antipscóticos, 
sendo que o que está marcado são 
fármacos da segunda geração (não são 
perfeitos). 
 
A seguir vemos outros efeitos adversos 
importantes de acordo com o sistema de 
atuação, à esquerda; e à direita vemos os 
medicamentos presentes na RENAME, 
suas doses e a forma que estão disponíveis. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
31 
 
 
A dopamina, sintetizada a partir da L-tirosina, é a catecolamina mais abundante no SNC. 
 
No sistema nervoso central os corpos celulares dos neurônios dopaminérgicos estão localizados na área 
tegumental ventral e substância negra de onde projetam para áreas rostrais formando as vias: nigroestriatal, 
mesolímbica, mesocortical e tuberoinfundibular. 
 
A dopamina, uma vez liberada na fenda sináptica pode agir através de duas famílias de receptores 
metabotrópicos: D1 (D1 e D5) e D2 (D2, D3 eD4). 
 
A esquizofrenia é um transtorno mental incapacitante que possui sintomas positivos (relacionados com a 
via mesolímbica) e sintomas negativos (relacionados com a via mesocortical). 
 
Os antipsicóticos são fármacos usados no tratamento da Esquizofrenia e são divididos em duas classes: 1ª 
geração (típicos- haloperidol) e 2ª geração (atípicos- clozapina). Atuam principalmente antagonizando as 
ações dos receptores de dopamina do tipo D2; 
 
Antipsicóticos de 1ª geração atuam apenas nos sintomas positivos enquanto os de 2ª geração atuam em 
sintomas positivos e negativos da esquizofrenia; 
 
O grau de ocupação dos receptores D2 está relacionado ao efeito antipsicótico e aos efeitos extrapiramidais 
(via nigroestriatal- geração). 
 
Dentre os sintomas EPS destacam-se: acatisia, síndrome neuroléptica maligna, parkinsonismo e discinesia 
tardia. 
 
Antipsicóticos de 2ª geração também promovem efeitos colaterais importantes (clozapina: agranulocitose 
e ganho de peso). 
 
Anticonvulsivantes 
Introdução 
Epilepsia: Doença crônica caracterizada por ataques epilépticos recorrentes. As crises epilépticas são 
decorrentes de descargas neuronais síncronas, excessivas e anormais (não basta uma crise para o 
diagnóstico). 
 - A incidência de epilepsia pode variar de acordo com a idade (costuma ocorrer mais na infância), sexo, raça, 
tipo de síndrome epiléptica e condição sócio-econômica. 
 - Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5 – 1% da população 
 - É causada pela hiper-sincronização (disparos neuronais de forma muito síncrona, disparando todos ao 
mesmo tempo – eles geralmente disparam de forma asincrona) de redes neurais, devido a um desequilíbrio 
entre o componente inibitório e excitatório. 
 # Costuma ser por desregulação do GABA e glutamato, principais neurotransmissores excitatórios e 
inibitórios, respectivamente. 
 - A inibição circundante impede a sincronização de neurônios adjacentes. 
 - Neste circuito neuronal simplificado ao lado, o neurônio A emite projeções excitatórias (em azul) para 
neurônios proximais, como B. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
32 
 
 - Além da ativação de neurônios adjacentes, a célula A também ativa interneurônios 
GABAérgicos ©, que enviam projeções inibitórias (em cinza) a neurônios 
circundantes (D). 
 - Este tipo de circuito cria um “ambiente inibitório” (pode ser visto na imagem ao 
lado em cinza-escuro, área mais externa), de modo que os potenciais de ação gerados 
pelo neuronio A, mesmos e forme rápidos e robustos, são encapes de ativar os 
circuitos circundantes. 
 
Mudanças: 
 - Ocorrem pelo desbalanço excitatório-inibitório que altera os estágios de inibição e 
excitação. 
 - Hiperexcitação neuronal. 
 - Hipersincronismo amplificado. 
 - Estimulação glutamatérgica. 
 
Como essa ocorre: 
 - Fase tônica: enrijecimento dos músculos. 
 # Há muito influxo de íons sódio e cálcio, 
mediado a ativação de receptores de glutamato. 
 - Fase clônica: contrações e relaxamentos 
sucessivos. 
 - Fase pós-ictal: de relaxamento, do domínio. 
 
Causas relacionais 
 - Aumento da

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