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Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO OVÁRIO E CICLO OVARIANO PANORAMA ANATÔMICO GERAL DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO • Formado pelos ovários, oviduto, útero e vagina compõem a genitália interna • Lábios maiores, menores e clitóris formam a genitália externa OVÁRIO • Do ponto de vista histológico é formado por duas regiões: córtex e medula. • Córtex: epitélio superficial do ovário ou epitélio germinativo (antigamente). Epitélio cubico simples e por baixo capsula de tecido conjuntivo denso (túnica albugínea) e por baixo há estroma celular com folículos. • Medula: estroma de tecido conjunto frouxo com vasos sanguíneos linfáticos e nervos. ESTRUTURA HISTOLÓGICA É possível ver o epitélio em seguida mais arroxeado e liso a capsula e a parte do estroma é toda a parte com aspecto ‘’granular’’ cheio de células. O estroma dessa região é mais corado do que o da região medular. FUNÇÕES • Produção dos gametas femininos • Secreção de estrógenos e progesterona • Regula o crescimento dos órgãos reprodutores femininos • Desenvolvimento de características sexuais CICLO OVARIANO • Mudança no aparelho reprodutor feminino que ocorre diariamente. • Possui 3 fases: folicular (estrogênica), fase ovulatoria e fase lútea. FASE FOLICULAR • Há crescimento e maturação dos folículos ovarianos. • De forma geral há 4 tipos de folículos: folículo primordial é o mais imaturo, folículo unilaminar e multilaminar, folículo secundário, folículo de graaf é o folículo maduro. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO O folículo é a estrutura que irá acompanhar o ovócito. RESUMO DA OOGÊNESE • A oogenese é a diferenciação das oogonias em ovócitos e começa no período embrionário. ETAPAS DA MEIOSE • O oocito I para na fase de diplóteno e fica. Então, momentos antes da ovulação ele continua sua fase na diacinese, metáfase, anáfase e telófase. • O oocito II sofre meiose II e vai até metáfase. Ele só prossegue para as fases seguintes depois da fecundação. FOLÍCULOS PRIMORDIAIS • Surgem durante o 3 mês embrionário • Esses folículos consistem no ovócito primário rodeado por camada de células foliculares pavimentosas. • Estão mais concentrados mais próximo e abaixo da túnica albugínea Os folículos a partir da puberdade vão sofrendo maturação mediados pelo FSH e segundamente LH. Também há presença de fatores de crescimento localmente como igf. FOLÍCULO PRIMÁRIO UNILAMINAR • Formado pelo ovócito rodeado por células foliculares cubicas. • Eles são mais maduros • Essas células começam a expressar mais receptores para o FSH e começam a sofrer alterações. FOLÍCULO PRIMÁRIO MULTILAMINAR • Consiste no oocito secundário e células foliculares cubicas. • Ele se difere do unilaminar pois suas células foliculares começam a formar mais de uma camada com as células cubicas podendo distingui-las do estroma do ovário. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Começa a se desenvolver a zona pelúcida, que é uma fina camada extracelular entre ovócito primário e as células foliculares. FOLÍCULO SECUNDÁRIO (VESICULAR OU PRÉ – ANTRAL) • MEC começa a ser depositada entre as células foliculares. • Células do estroma ovariano começam a se organizar para formar a teca que depois se diferenciara em teca externa e interna. • Formação do antro folicular FOLÍCULO DE GRAAF • Formação da teca interna e externa • A teca interna é formada por mais células e elas são poligonais com citoplasma com lipídeos e estão envoltos na produção de andrógenos. • Esses andrógenos serão utilizados pelas células da granulosa • Há presença de uma região com secreção como ácido hialurônico • Então o ovócito rodeado pela zona pelúcida está ligado ao ‘’cumulus’’ que o mantem preso ao folículo e na outra parte uma camada de coroa radiata. • As células da granulosa são células que se multiplicaram e migraram para a periferia do folículo formando sua parede. Parede do folículo de graaf • A células da teca interna recebem o LH e a partir daí captam lipídeos da corrente sanguínea e transformam ele em andrógenos fracos como a androstenediona. • Ela é transportada para a célula folicular (célula granulosa) e é convertida em estrógeno especificamente o 17 beta estradiol Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO A teca externa é formada mais por fibras de colágeno e musculares lisas. ATRESIA OU DEGENERAÇÃO FOLICULAR • Podem ser identificados pela presença de um material espesso amorfo: membrana vítrea. FASE OVULATÓRIA • Consiste na ovulação • Há um pico de LH aproximadamente 24h antes • Ruptura do folículo maduro e liberação do ovócito • Os fibroblastos da túnica e teca interna liberam enzimas que degradam colágeno ajudando o rompimento • Há liberação do ovócito secundário ou corpúsculo polar que inicia a meiose II e assim é liberado na metáfise na meiose II FASE LUTEÍNICA • Desenvolvimento e função do corpo lúteo amarelo • Vasos sanguíneos invadem a granulosa e a cavidade antral se enche de sangue formando o corpo hemorrágico • A camada granulosa começa a se preguear e os espaços entre elas são ocupados pelas células da teca interna, tecido conjuntivo e vasos sanguíneos • O antigo antro preenchido com fibrina é substituído por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. • Assim há formação do corpo lúteo que produz LH e FSH ESTRUTURA DO CORPO LÚTEO • Formado pelas células granuloluteinas que vieram da camada granulosa. Elas são maiores com citoplasma vacuolar devido a grande quantidade de lipídeos. Essas células produzem progesterona e estrógeno a partir da teca interna. • Há sós células tecoluteinas de menor tamanho • Estroma ovariano se confunde com a teca externa Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO RELAÇÃO ENTRE CÉLULAS TECOLUTEINAS E GRÂNULOLUTEINAS INVOLUÇÃO DO CORPO LÚTEO: LUTEÓLISE TUBA UTERINA • As tubas uterinas são dois ductos localizadas a ambos os lados do útero. É o local da fertilização do ovócito e da clivagem inicial do zigoto (ovócito fertilizado ou ovo). • São divididas em 4 partes: • Infundíbulo com fimbrias: mais próximo do ovário e possuem pregas longas, as fimbrias. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Ampola: longa e de parede fina. Acredita-se que é o local onde ocorre fecundação. • Istmo: curta e parede espessa • Porção intramural: abre-se no lúmen da cavidade uterina através do óstio uterino. • As fimbrias varrem a superfície do ovário HISTOLOGIA DA TUBA UTERINA • É constituída por 3 camadas. • Mucosa: mais interna • Muscular: média • Serosa: mais externa (peritônio) CAMADA MUCOSA • Representa um oviduto de lúmen irregular e pregas para o lúmen (tudo isso compõe a camada mucosa. A camada muscular há duas camadas de fibras musculares lisas, uma longitudinal e uma circular • Externamente camada serosa com vasos sanguíneos. • Vemos uma camada mucosa formada por epitélio colunar simples sobre lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo • Então a mucosa é a reunião do epitélio de revestimento mais a lâmina própria. A mucosa é bem pregueada principalmente a nível da ampola. TIPOS CELULARES DO EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES • Células ciliadas e células secretoras não ciliadas. • Os estrógenos aumentam a atividade ciliare a progesterona as células não ciliares ÚTERO • Onde ocorre implantação do embrião. Desenvolvimento fetal e embrionário. • Possui duas partes: corpo (onde ocorre implantação e desenvolvimento do embrião e a cérvice ou colo uterino. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO CORPO DO ÚTERO – HISTOLOGIA • Formado por 3 camadas concêntricas. • Endométrio: epitélio cilíndrico ou colunar simples apoiado sobre lâmina própria. O estroma possui glândulas endometriais ou uterinas • Miométrio: camada muscular media com fibras musculares lisas longitudinais interna, media e uma obliqua externa • Perimétrio: camada mais externa e possui epitélio de revestimento mesotelio apoiado sobre tecido conjuntivo frouxo chamado de adventícia. ENDOMÉTRIO • Sofre muitas transformações e pode ser dividido em algumas partes. CAMADA FUNCIONAL • Parcialmente ou totalmente perdida após a menstruação e por mudanças nos níveis de estrogênio e progesterona além do suprimento sanguíneo CAMADA BASAL • Não é afetada por mudanças nos níveis séricos de estrogênio e progesterona. E não há perda depois da menstruação • A camada funcional se regenera pós menstruação a partir dessa camada. • Após a menstruação o que sobra está na camada basal, ou seja, artérias e parte das glândulas uterinas. CICLO ENDOMETRIAL OU MENSTRUAL FASE MENSTRUAL (DURAÇÃO DE 4 A 5 DIAS): • caracterizada pela descamação da camada funcional do endométrio, devido a um desbalanço hormonal, produzido pela queda dos níveis do LH. Durante esse processo, as artérias espiraladas do útero, que irrigam a camada funcional do endométrio, Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO sofrem contrações rítmicas, o que leva a uma isquemia local, induzindo uma necrose da camada funcional, desencadeando a menstruação. Dessa maneira, o fluxo menstrual é formado por restos do epitélio endometrial, e do estroma contendo restos glandulares, sangue e restos das artérias espiraladas do útero. O primeiro dia da menstruação tem sido determinado como o início do ciclo menstrual. FASE PROLIFERATIVA (TAMBÉM CHAMADA DE FASE ESTROGÊNICA OU FASE FOLICULAR): • é de cerca de 9 dias de duração. Durante a fase proliferativa, a espessura do endométrio aumenta como resultado da atividade estimuladora dos estrógenos produzidos pelos folículos ovarianos em maturação. A atividade mitótica é detectada tanto na lâmina própria como no epitélio. As células epiteliais glandulares migram em direção à superfície e as glândulas se tornam retilíneas e estreitas. FASE SECRETORA: • Após o 14º dia, quando a ovulação ocorre, o endométrio começa sua terceira fase, a fase secretora ou progestacional, a qual dura aproximadamente 13 dias. Durante esta fase, as glândulas endometriais iniciam a sua atividade secretora. O contorno das glândulas tubulares se toma irregular e enovelado, seu epitélio de revestimento acumula glicogênio, e as secreções ricas em glicogênio e glicoproteínas estão presentes no lúmen glandular. Vasos sanguíneos paralelos às glândulas endometriais aumentam de comprimento e a lâmina própria contém líquido em excesso (edema). A fase secretora é controlada tanto pela progesterona como por estrógenos produzidos pelo corpo lúteo. Ao final do ciclo menstrual, a involução do corpo lúteo resulta de uma diminuição dos níveis sanguíneos de hormônios esteroides, levando a uma fase isquêmica (duração de cerca de 1 dia). Uma redução no suprimento sanguíneo normal - causando uma intermitente isquemia - e a consequente hipóxia determinam a necrose da camada funcional do endométrio, a qual é descamada durante a fase menstrual. Caso ocorra uma gestação, as células do estroma na lâmina própria endometrial aumentam de tamanho e armazenam lipídios e glicogênio em resposta aos crescentes níveis de progesterona. Esta modificação endometrial é conhecida como reação decidual (do latim deciduus, que sofre uma queda), porque a camada funcional do endométrio será perdida como a decídua durante o parto. FASE ISQUÊMICA • Ao final do ciclo menstrual, a involução do corpo lúteo resulta de uma diminuição dos níveis sanguíneos de hormônios esteroides, levando a uma fase isquêmica (de um dia de duração). Uma redução no suprimento sanguíneo normal- causando uma intermitente isquemia - e a consequente hipóxia, determinam a necrose da camada funcional do endométrio, a qual é descamada durante a fase menstrual. Caso ocorra uma gestação, as células do estroma na lâmina própria endometrial aumentam de tamanho e armazenam lipídios e glicogênio em resposta aos crescentes níveis de progesterona. Esta modificação endometrial é conhecida como reação decidual (do latim deciduus, que sofre uma queda), porque a camada funcional do endométrio será perdida como a decídua durante o parto. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Fase proliferativa: epitélio superficial se invagina para formar as glândulas. Estromas compactos e glândulas estreitas e retilíneas. Fase secretora: contorno irregular nas glândulas uterinas, já alcançaram maior desenvolvimento. Secreção no interior da glândula e estroma com espaços As glândulas uterinas são tubulares simples e se originam a partir do endométrio. ESTÁGIOS DO CICLO ENDOMETRIAL 1. Estroma denso e glândulas retilíneas 2. Estroma edemaciado e glândulas tortuosas, pode ter secreção 3. Presença de sangue e camada funcional descamada. Permanece a camada basal Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO MENSTRUAÇÃO – ESTAGIO ISQUÊMICO OU PRÉ-MENSTRUAL CÉRVICE UTERINA • Extensão inferior do útero • Glândulas cervicais tubulares simples • Enquanto o endométrio do corpo do útero ó estroma é celular e frouxo na cérvice o estroma é formado de tecido conjuntivo denso. • As glândulas são colunares simples ramificadas VAGINA GENITAIS EXTERNOS URETRA FEMININA • Associada somente ao sistema urinário Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Mucosa com pregas e epitélio de transição só no final há um epitélio estratificado • Glândulas muco secretoras • Mais externamente camadas de músculo liso • E depois tecido muscular estriado esquelético
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