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QUÍMICA FARMACÊUTICA Prof. Cristiano Affonso Aluna: Renya K. de Almeida Batista ESTUDO DIRIGIDO Desenvolvimento de Fármacos 1 – Em que locais os fármacos são desenvolvidos? 90% dos novos fármacos foram desenvolvidos em firmas industriais, 9% nas universidades e outras instituições acadêmicas e 1% nos laboratórios de pesquisas oficiais. estudam-se compostos possivelmente úteis em animais para avaliar os efeitos desejados e a toxicidade. Os compostos que parecem efetivos e seguros são candidatos aos estudos em seres humanos. Nos Estados Unidos, o protocolo que descreve o estudo clínico deve ser aprovado por um conselho de revisão institucional apropriado e pela Food and Drug Administration (N. T.: no Brasil, correspondem ao Comitê de Ética em Pesquisa e à Anvisa, respectivamente), que, então, emite uma licença de novo fármaco experimental. Nesse ponto, inicia-se o período de tempo para a patente do composto, que, em geral, fornece ao proprietário os direitos exclusivos para os próximos 20 anos; entretanto, o fármaco não pode ser comercializado até a aprovação pela FDA. A fase 1 avalia a segurança e a toxicidade em seres humanos. Diferentes quantidades do composto são administradas para um número pequeno (frequentemente 20 a 80) de voluntários jovens, sadios, geralmente do sexo masculino, para determinar a dose em que a toxicidade surge primeiro. A fase 2 determina se o composto é ativo contra a doença-alvo. O composto é administrado para tratamento ou prevenção da doença-alvo. Um objetivo adicional é a determinação de uma faixa dose-resposta adequada. A fase 3 avalia os efeitos do fármaco em populações maiores e mais heterogêneas (frequentemente centenas a milhares de pessoas), em uma população mais heterogênea, na tentativa de reproduzir o uso clínico proposto para o fármaco. Essa fase também compara o fármaco com tratamentos existentes, placebo ou ambos. Os estudos podem envolver muitos médicos e múltiplos locais de pesquisa. Os propósitos são verificar a eficácia e detectar os efeitos — bons e ruins — que possam não ter sido observados durante as fases 1 e 2. Quando forem coletados dados suficientes para justificar e solicitar a aprovação do fármaco, uma nova solicitação (NDA, New Drug Application) deve ser submetida a FDA. O tempo que se leva desde o processo do desenvolvimento inicial até a aprovação do fármaco é, em geral, de 10 anos ou mais. A fase 4 (vigilância pós-comercialização, farmacovigilância) ocorre depois de o fámedicamento ser aprovado e comercializado e pode incluir estudos formais, juntamente com relatórios contínuos dos efeitos adversos. A fase 4 tipicamente compreende populações maiores e períodos de tempo mais longos do que as fases 1 a 3, o que ajuda a detectar efeitos adversos incomuns ou que aparecem lentamente e que não podem ser reconhecidos em estudos menores, mais curtos. Além disso, o uso real dos fármacos não se limita aos pacientes que preenchem os critérios de elegibilidade rigorosos usados nos ensaios clínicos; o fármaco tendem a ser usados em pacientes com maior risco de efeitos adversos. Com frequência, são estudadas subpopulações especiais (p. ex., gestantes, crianças e idosos). Alguns fármacos aprovados pela FDA após a fase 3 foram retirados do mercado após o reconhecimento de efeitos adversos graves terem ocorrido na fase 4. 2 – O número de novos fármacos licenciados a cada ano está aumentando? Explique. O conceito moderno empregado para a descoberta e o desenvolvimento de novos medicamentos baseados em: Descoberta de alvos terapêuticos; Desenho e seleção da molécula líder para o alvo pretendido; Otimização da molécula líder; Desenvolvimento do candidato ao desenvolvimento; Finalmente, a descoberta do medicamento. Para realizar com sucesso todas essas etapas, as grandes indústrias farmacêuticas mundiais, além das parcerias realizadas com as universidades, passaram a construir centros próprios de pesquisas onde trabalham milhares de renomados pesquisadores de todas as áreas envolvidas no desenvolvimento de uma nova droga. Para agilizar esse processo, a indústria passou a utilizar os recursos da química combinatória, e a realizar testes totalmente controlados por robôs de alta capacidade, capazes de testar mais de 1 milhão de amostras a cada ano. Esse fato, ao mesmo tempo em que reduziu em parte, o tempo da descoberta de novas drogas, fez com que os custos de desenvolvimento de um novo medicamento aumentassem expressivamente. Além disso, a limitação na descoberta de novos alvos farmacológicos, fez com que o desenvolvimento de novos medicamentos reduzisse substancialmente nos últimos anos. Assim, de cada 30.000 moléculas sintetizadas, 20.000 (66,7%) entram na fase de estudos pré-clínicos, 200 (0,67%) entram na fase I de estudos clínicos; 40 (0,13%) passam para a fase II, 12 (0,04%) entram na fase III e somente 9 (0,027%) são aprovados pelos órgãos regulatórios. É importante mencionar ainda que apenas 1 medicamento aprovado (0,003%) satisfaz o mercado, e em função disso, traz retorno para a indústria que o desenvolveu. 3 – Como são classificados os tipos de processos para criação de novos fármacos? Qual o método mais compensador e quais suas vantagens? Acaso, triagem empírica, extração de princípios ativos de fontes naturais, modificação molecular de fármacos conhecidos e planejamento racional. modificação molecular é um método mais recompensado, pois, Consiste em tomar uma substância química bem determinada e de ação biológica conhecida, como modelo ou protótipo e daí sintetizar e ensaiar novos compostos que sejam congêneres, homólogos ou análogos estruturais do fármaco matriz. Vantagens deste método: 1. Maior probabilidade dos congêneres, homólogos e análogos apresentarem propriedades farmacológicas semelhantes às do protótipo do que aqueles selecionados ou sintetizados ao acaso; 2. Possibilidade de obter produtos farmacologicamente superiores; 3. Síntese semelhante à do protótipo, com economia de tempo e dinheiro; 4. Os dados obtidos poderão elucidar a relação entre estrutura e atividade; 5. Emprego dos mesmos métodos de ensaios biológicos utilizados para o protótipo. 4 – Conceitue quatro métodos de modificação molecular. O químico medicinal dispõe de diversas estratégias de modificação molecular que serão discutidas, dentre elas estão: o bioisosterismo, a simplificação molecular, a latenciação de fármacos e a hibridação molecular. Estas estratégias são de estrema importância para a descoberta de novos fármacos. A disjunção de anéis tem como principal objetivo a simplificação progressiva em relação ao fármaco original. O objetivo é extrair informações sobre a estrutura mínima requerida para desenvolver atividade farmacológica (grupo farmacofórico). A síntese de tais moléculas é muito importante para exploração da interação ligantereceptor e para os estudos de modelagem molecular. A reorganização de sistemas anelares pode ser realizada por fusão ou dissociação destes sistemas de anéis. Outro método de modificação molecular é a síntese de séries homólogas. O conceito de séries homólogas foi introduzido na química orgânica por Gerhardt e possui o mesmo significado na Química Farmacêutica, ou seja, diferencia as moléculas da série homóloga somente pela introdução de um grupo metilênico. Quando a inserção do grupo metilênico se dá em uma cadeia, origina homólo- 141 go linear e quando ocorre em um sistema cíclico, origina homólogo cíclico. No entanto, pode haver variações neste processo, como a inserção de um grupamento metila, originando homólogo ramificado. Um dos métodos mais empregados de modificação molecular é a latenciação, transformação do fármaco em forma de transporte inativo que, in vivo, mediante reação química ou enzimática, libera a porção ativa no local de ação ou próximo dele. Mediante este processo obtêm-se o pró-fármaco. Esta definição é bastante abrangente e literaturas mais específicas costuma dividir pró-farmacos em trêsclasses: bioprecursores, pró-fármacos clássicos e fármacos dirigidos. 5 – Explique os objetivos dos ensaios pré-clínicos e dos ensaios clínicos. Os ensaios pré-clínicos correspondem às pesquisas conduzidas com o objetivo de descobrir ou confirmar os efeitos farmacológicos e identificar os efeitos tóxicos do medicamento em experimentação que podem ser realizados in vivo, in vitro e em ex vivo. Ex.: pesquisa realizada em animais de laboratório a fim de comprovar a atividade anti-inflamatória da erva-baleeira. Os ensaios clínicos envolvem a pesquisa conduzida em seres humanos com o objetivo de descobrir ou confirmar os efeitos clínicos, farmacológicos e identificar qualquer evento adverso, bem como estudar como o medicamento em experimentação é absorvido, distribuído, metabolizado e excretado a fim de verificar sua segurança e eficácia. Por exemplo, pesquisa realizada em humanos para confirmar os efeitos analgésico do ácido acetilsalicílico na forma de comprimidos. 6 – Quais as características principais de cada fase do ensaio clínico? Clínica, fase 1: Testar o medicamento pela primeira vez em humanos, avaliar a segurança do produto investigado obter o perfil farmacocinético, obter o perfil farmacodinçâmico. 10- 30 voluntários. Clínica, fase II: Avaliar a eficácia da nova medicação, obter informações mais detalhadas sobre a segurança (toxicidade). 70-100 pacientes. Clínico, fase III: Comparar o novo tratamento com o tratamento padrão existente, confirmar a eficácia e segurança do novo medicamento, confirmar o aparecimento de eventos adversos, 100-1.000 pacientes; Clínica, fase IV: Confirmar que os resultados obtidos na fase III são aplicáveis em uma grande parte da população doente, monitorar os riscos e benefícios do medicamento a longo prazo, comparar o perfil do novo medicamento com outros já existentes no mercado, identificar novas indicações do medicamento, após aprovação da comercialização do medicamento. Propriedades físico-químicas e ação dos fármacos 1.Como as propriedades físico-químicas de um fármaco podem interferir em sua atividade biológica? A fase farmacocinética, de absorção, distribuição, metabolização e excreção, apresentam resultados diretos sobre a biodisponibilidade e no tempo de meia-vida (t 1/2) do fármaco na biofase, também pode ser afetada de forma drástica pela variação das propriedades físico- químicas de um fármaco. As principais propriedades físico-químicas de uma micromolécula capazes de alterar o perfil farmacoterapêutico são: Coeficiente de partição – expressa a lipofilicidade relativa das moléculas. Coeficiente de ionização – expresso pelo valor de pKa, que traduz o grau de contribuição relativa de espécies ionizada e não ionizada. 2. Conceitue e diferencie coeficiente de partição e lipofilicidade. A lipofilicidade é definida pelo coeficiente de partição de uma substância entre uma fase aquosa e uma fase orgânica. O conceito atualmente aceito para o coeficiente de partição (P) pode ser definido pela razão entre a concentração da substância na fase orgânica (Corg) e sua concentração na fase aquosa (Caq) em um sistema de dois compartimentos sob condições de equilíbrio. Os fármacos que apresentam maior coeficiente de partição, ou seja, têm maior afinidade pela fase orgânica, tendem a ultrapassar com maior facilidade as biomembranas hidrofóbicas, apresentando melhor perfil de biodisponibilidade (fração da dose que atinge a circulação), o que pode refletir em um melhor perfil farmacológico. O coeficiente de partição (P) é tradicionalmente determinado pelo método de shake flask, empregando o n-octanol como fase orgânica devido a sua semelhança estrutural com os fosfolipídeos da membrana. Os valores do logaritmo do coeficiente de partição (log P) são normalmente correlacionados com atividade biológica, descrevendo um modelo parabólico bilinear, que indica a lipofilicidade ótima capaz de expressar requisitos farmacocinéticos e farmacodinâmicos ideais, cujo incremento leva à progressiva redução da atividade biológica. 3. Como a Equação de Hansch pode ser utilizada para prever a lipofilicidade de uma molécula? Exemplifique. Lipossolubilidade é a razão entre a concentração de fármaco na fase orgânica e concentração de fármaco na fase aquosa (lipossolubilidade = Corg/Caqua), portanto quanto maior a lipossolubilidade maior a afinidade do fármaco pela fase orgânica (oleosa), isto é, maior a facilidade deste fármaco de atravessar as membranas plasmáticas constituídas de uma bicamada lipídica (fosfolipídios). Hansch e colaboradores demonstraram as correlações existentes entre atividade biológica e parâmetros físico-químicos (p. ex., lipofilicidade) e também demonstraram que Log P é uma propriedade aditiva e possui um considerável caráter constitutivo. Por analogia à equação de Hammett utilizando derivados benzênicos substituídos, eles definiram a constante hidrofóbica do substituinte 2.68/0.17 4. Explique a influência do grau de ionização de um fármaco na farmacocinética e na farmacodinâmica. A constante de ionização de um fármaco é capaz de expressar a contribuição percentual relativa das espécies ionizadas (BH+ ou A-) e não ionizadas (B ou AH), dependendo de sua natureza química e do pH do meio. Esta propriedade é fundamental na fase farmacocinética, pois as espécies não ionizadas, mais lipofílicas, conseguem atravessar a membrana plasmática por transporte passivo (sem gasto de energia e sem a necessidade de transportador); já as espécies carregadas são polares e normalmente se encontram solvatadas por moléculas de água, dificultando o processo de absorção passiva. Esta propriedade físico- química também se faz importante na fase farmacodinâmica, devido à formação de espécies ionizadas que podem interagir complementarmente com resíduos de aminoácidos do sítio receptor da biomacromolécula por ligação iônica ou interações do tipo íon-dipolo, que foram discutidas no módulo anterior. 5. Utilize a Equação de Henderson-Hasselbach para prever o grau de ionização de um fármaco, ácido fraco, com pKa 4,4 em três meios distintos: estômago (pH 1,4); intestino (pH 6,4) e plasma (pH 7,4). pKa-pH=log 10 estômgo Intestino Plasma 4,4-1,4= log 10 4,4-6,4=log10 4,4- 7,4=log10 3,0=log10 -2= log 10 -3=log10 Farmacodinâmica e Forças Intermoleculares 1.Diferencie, através das principais características, fármacos estruturalmente específicos de fármacos estruturalmente inespecíficos. Os fármacos estruturalmente inespecíficos são aqueles que não necessitam de alvos moleculares (receptores, canais iônicos, enzimas) para desencadear sua ação farmacológica. A sua atividade resulta da interação com pequenas moléculas ou íons encontrados no organismo, dependendo de suas propriedades físico-químicas, tais como a solubilidade, o pKa, o poder oxi-redutor e a capacidade de absorção. O exemplo mais conhecido de fármacos com ação inespecífica são os antiácidos. Nesse caso, o mecanismo de ação ocorre por uma reação de neutralização, aumentando o pH estomacal, sem interagir com um receptor específico. A ação inespecífica constitui a minoria dos fármacos. Os fármacos de ação específica podem agir das seguintes formas: atuação sobre enzimas (ativação ou inibição), antagonismo, ação sobre membranas, ação na transcrição gênica. Alguns fármacos podem fornecer íons inorgânicos que irão atuar como ativadores de enzimas; outros fármacos podem ativar enzimas por mecanismo de adaptação, ou seja, induzindo a enzima a modificar sua estrutura do seu estado inativo para ativo. 2. Diferencie afinidade e atividade intrínseca, explicando as características de agonistas, agonistas parciais e antagonistas. Para que um composto químico apresente atividade biológica é preciso que o mesmo tenha afinidade pelo receptor e atividade intrínseca, que é a capacidade do complexo fármaco- receptor em produzir o efeito biológico. Portanto tanto os agonistase os antagonistas têm afinidade pelo receptor, contudo somente os agonistas possuem atividade intrínseca. A afinidade de um fármaco pode ser pelo sistema adrenérgico, contudo o mesmo possui especificidade somente para receptores P2-adrenérgicos e não para al, a2 e pi. 3. Conceitue, com suas palavras, as diferentes forças de ligação/interação que ocorrem entre fármaco e receptor, explicando suas principais características. A interação entre uma micromolécula com seu sítio de ação no sistema biológico (receptor) ocorre durante a fase farmacodinâmica e é determinada por forças intermoleculares, como interações hidrofóbicas, eletrostáticas, covalentes e estéricas. A partir destas interações intermoleculares entre fármaco e receptor pode ocorrer tanto uma resposta biológica positiva como negativa. Por exemplo, respostas positivas podem produzir uma resposta fisiológica imediata, tais como a abertura de uma canal iônico, ou levar a uma série de eventos bioquímicos que podem resultar na liberação dos chamados segundos mensageiros, tais como o monofosfato cíclico de adenosina (cAMP). Estes segundos mensageiros promovem uma sequencia de eventos bioquímicos que resultam em uma determinada resposta fisiológica. Alternativamente, a ligação de uma micromolécula ao receptor pode impedir uma resposta fisiológica ao dar início à inibição de uma série de eventos biológicos associados, ou simplesmente impedir que o ligante endógeno normal ligue-se ao receptor. Por exemplo, os β-bloqueadores, tais como o propranolol, agem bloqueando os β-receptores, impedindo a ação da adrenalina (ligante endógeno). Em todos os casos, o mecanismo pelo qual qualquer mensagem conduzida pela micromolécula é traduzida através do sistema do receptor numa resposta tecidual é conhecido como transdução do sinal. A ligação de um fármaco a um receptor pode inibir a ação do receptor, ou estimular o receptor produzindo as respostas fisiológicas que são características da ação do fármaco. Os fármacos que se ligam a um receptor e produzem respostas semelhantes àquelas do ligante endógeno são chamados de agonistas, ao passo que os fármacos que se ligam a um receptor, mas não causam uma resposta, são denominados antagonistas. Estereoquímica 1. Porque a estereoquímica é importante para química farmacêutica e medicinal? A compreensão da estereoquímica é muito importante no contexto biológico, pois moléculas complexas como ácidos nucleicos, proteínas, carboidratos e fármacos, são moléculas que agem estereoquimicamente, como veremos mais adiante. 2. Conceitue: a) Estereoisômeros são aqueles isômeros cujos átomos ou grupos de átomos possuem uma distribuição espacial diferente na molécula. Eles podem ser divididos em geométricos ou ópticos. Os isômeros geométricos são estereoisômeros que não apresentam atividade óptica* e sua terminologia está centrada em cis (do mesmo lado) e trans (lados opostos) para descrever sua disposição espacial. Para os alquenos, na maioria da vezes, pode-se igualmente falar em Z e E para cis e trans, respectivamente. b) Enantiômeros são chamadas de misturas racêmicas (ou racematos) e são opticamente inativas. A falta de atividade óptica, neste caso, é decorrente do fato de que enquanto um dos enantiômeros desvia o plano da luz para um determinado valor, o seu par o desvia, na mesma proporção, na direção exatamente oposta, anulando o resultado final. Este é o caso em que uma substância quiral é inativa opticamente c) Diasteroisômeros podem ser facilmente identificados pelos métodos espectroscópicos usuais: difração de Raios X, Infravermelho, RMN e Espectrometria de massas, permitindo assim determinar a configuração relativa destes estereoisômeros. O mesmo pode-se dizer para os métodos de separação, onde os processos comuns de cromatografia ou cristalização fracionada permitem uma boa separação dos diastereoisômeros. d) Eutômero o isômero que apresenta a atividade desejada e) Distômero aquele que é inativo ou não-desejado. 3. Como a farmacocinética e a farmacodinâmica podem ser influenciadas pela qualidade de fármacos? São organizados em basicamente quatro etapas farmacocinéticas: absorção, distribuição, metabolismo e excreção. A depender das características físico-químicas de cada fármaco e da forma como interage com estruturas corpóreas este trajeto será facilitado ou dificultado. Por isso, esse conhecimento é fundamental para a compreensão dos fatores que levam um fármaco a ser efetivo ou não. De modo geral, as interações dinâmicas entre a absorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção de um fármaco determinam a sua concentração plasmática e estabelecem a capacidade do fármaco de alcançar o seu órgão-alvo numa concentração efetiva. Variações individuais, como perfis farmacogenéticos diversos, condições patológicas, idade, interações medicamentosas, podem modificar os parâmetros farmacocinéticos e alterar a efetividade de um medicamento. É fundamental reconhecer como estas diversas variáveis podem modificar o perfil farmacocinético e a farmacodinâmica de um medicamento. Intervir, quando necessário, garante a plena efetividade terapêutica dos medicamentos. A farmacocinética clínica é uma ferramenta importante para auxiliar no alcance da posologia ideal, além de possibilitar a compreensão da ocorrência de variações entre grupos. O principal objetivo é garantir que as doses administradas sigam dentro de uma margem terapêutica que se sabe que é eficaz e segura para aquele doente. Este processo é apoiado em princípios farmacocinéticos que promovem uma utilização mais racional do medicamento. 4. Explique, utilizando também ilustrações, a teoria do reconhecimento molecular de um ligante com um único centro assimétrico por três pontos. 5. Explique a diferença de um fármaco que é uma mistura racêmica de um fármaco enantiomericamente puro. Quais as principais vantagens de cada um? O emprego de fármacos enantiomericamente puros pode representar maior segurança e eficácia terapêutica, se o isômero inativo (distômero) for eliminado da formulação farmacêutica. Uma mistura racémica ou mistura racêmica é uma mistura em quantidades iguais de dois enantiómeros de uma molécula quiral, cuja atividade ótica não desvia o plano da luz polarizada nem para a esquerda, nem para a direita. É, portanto uma mistura de 50% do enantiômero levogiro e 50% do dextrogiro. REA: ADRENÉRGICOS E COLINÉRGICOS 1) Comente sobre o primeiro estudo relacionando estrutura química e efeito biológico (Crum-Brow e Fraiser). A ação fisiológica de uma molécula é função de sua constituição química. Estruturalmente específico Análogos estruturais apresentam a mesma atividade farmacológica com potencia diferente Susceptíveis mínimas variações estrutura química = Grupos fármacofóricos Estruturalmente inespecífico Diferentes classes químicas podem apresentar efeito similar Propriedades físico-químicas = atividade biológica Ex: Anestésicos inalatórios 2) Explique o que são grupamentos farmacofóricos: É o conjunto de características eletrônicas e estéricas que caracterizam um ou mais grupos funcionais ou subunidades estruturais, necessários ao melhor reconhecimento molecular pelo receptor e, portanto, para o efeito farmacológico desejado. 3) Desenhe a molécula de acetilcolina. Quais os grupos farmacofóricos? 4) Que modificações podem ser feitas na molécula de acetilcolina para obter compostos com maior atividade muscarínica? 5) Cite duas modificações estruturais na molécula de acetilcolina que a tornam menos susceptível ao metabolismo pela AchE. Qual o objetivo/utilidade dessa modificação? 6) Qual a diferença de um bloqueador ganglionar e um bloqueador neuromuscular? Qual o grupo farmacofórico de cada um? 7) Quais os tipos de agentes adrenérgicos? Cite usos clínicos de diferentes tipos de agentes. Existem dois grupos principais de receptores adrenérgicos, α e β, apresentando vários subtipos: Osreceptores α têm os subtipos α1 (um receptor acoplado a uma proteína GQ) e α2 (um receptor acoplado Gi). A fenilefrina é um agonista seletivo do receptor α; Os receptores β possuem os subtipos β1, β2 e β3. 8) O que são catecolaminas? São substâncias essenciais à resposta adrenérgica em nosso organismo 9) Desenhe a estrutura da epinefrina na forma predominante em pH fisiológico. Quais os grupos farmacofóricos? 10) Explique a REA nos compostos adrenérgicos abaixo, considerando modificações na molécula da norepinefrina: a) Agonista α b) Agonistas β-2 c) Agonista Indireto d) Agonista Misto QSAR, BIOISOSTERISMO E QUÍMICA COMBINATÓRIA 1. O que são isósteros segundo Erlenmeyer? Exemplifique. Bioisósteros clássicos são aqueles que seguem a regra do hidreto, a definição de Erlenmeyer, e equivalentes anelares. Bioisósteros não clássicos não apresentam o mesmo número de átomos e as mesmas características estéricas e eletrônicas dos isósteros clássicos, mas produzem atividades biológicas similares. É uma estratégia de modificação molecular de sucesso, útil no planejamento de novas substâncias farmacoterapeuticamente atraentes. As moléculas que se originam a partir de bioisósteros não clássicos, dada a complexidade das estruturas substituintes, têm suas propriedades farmacológicas (biodisponibilidade, eficácia, açãp terapêutica) já determinadas a partir do modelo padrão que a originou, não sendo necessárias, para essas novas moléculas, as realização de testes previstos a pesquisa clínica das fases I, II e III 2. Explique o que é bioisosterismo. Como pode ser empregado e que vantagens pode trazer? Bioisosterismo é um conceito que se refere a substancias ou subunidades estruturais de compostos bioativos que apresentem volumes moleculares, formas, distribuições eletrônicas e propriedades físico-químicas semelhantes, capazes principalmente de apresentarem propriedades biológicas similares. 3. Pesquise e exemplifique a aplicação do bioisosterismo clássico e não-clássico. O bioisosterismo é subdivido em duas categorias: clássico e não clássico. Em função da valência de átomos, grupamentos ou radicais, incluindo anéis aromáticos ou não (equivalentes), dividiu-se o bioisosterismo clássico. Já as demais possibilidades foram classificadas como bioisosterismo não clássico. Com o passar do tempo e a evolução destes conceitos, incorporaram-se a esta classe de não clássicos, grupos funcionais com propriedades estruturais equivalentes, incluindo o retroisomerismo, subunidades estruturais com sítios de interação equivalentes a bioreceptores. 4. Explique a equação: Log 1/C = 2,2π – 2,8σ + 1,1 ES + 4,21 n = 25 r = 0,91 5. Qual o objetivo do emprego das equações de QSAR? O estudo de QSAR clássico ou QSAR-2D, apesar de ser metodologia bastante eficaz na investigação das relações quantitativas entre a estrutura química e a atividade de compostos bioativos, apresenta limitação especial em relação à abordagem do aspecto tridimensional das relações fármaco-receptor. 6. Qual a estratégia geral utilizada (como é realizado um estudo de QSAR) Estudos de QSAR, "Quantitative Structure-Activity Relationships", vêm sendo, progressivamente, desenvolvidos durante os últimos 40 anos. Hoje, são amplamente aplicados para descrever quantitativamente as relações entre a estrutura química de moléculas e a atividade biológica por elas desempenhadas, visando a identificação de valores ótimos para determinadas propriedades físico-químicas e, por meio deles, fundamentar o planejamento de novas substâncias que possuam perfil terapêutico mais adequado às necessidades atuais. 7. Para que serve o uso da química combinatória (QC) no desenvolvimento de fármacos? A Química Combinatória (QC) é atualmente uma das mais promissoras ferramentas para a descoberta e o desenvolvimento de novas moléculas com potencialidades terapêuticas. Nesta metodologia de síntese os produtos são formados simultaneamente e podem ser testados biologicamente em uma só vez, seja em forma de misturas ou separadamente. A principal meta desta nova metodologia é reduzir o tempo necessário para a obtenção de um novo fármaco. A síntese de quimiotecas pode ser realizada através da utilização de polímeros insolúveis, solúveis ou pela tradicional síntese em solução, sendo que cada uma delas apresenta características que podem ser vantajosas ou não, dependendo da metodologia utilizada. O desenvolvimento de técnicas de high throughput screening (HTS) devido às suas características peculiares necessita de tempo, razão pela qual a síntese de quimiotecas pequenas e racionais é enfatizada. 8. Explique e diferencie os modos de síntese na QC. A síntese orgânica em fase sólida (SOFS) é sem dúvida a maneira mais utilizada para a obtenção de quimiotecas combinatórias. Este tipo de síntese emprega suportes sólidos, constituídos por polímeros insolúveis, também conhecidos como resinas, que possuem uma subunidade responsável pela sustentação física da molécula (estrutura polimérica inerte) e outra parte, conhecida como ligante, responsável pelo acoplamento ao material de partida. Após as transformações químicas realizadas em outra parte da molécula, as resinas são separadas do produto por meio de algumas estratégias de clivagem. A síntese de quimiotecas em solução consiste na dissolução de todos os reagentes no solvente. Os pesquisadores que se dedicam a esse tipo de estratégia sintética preconizam diversas vantagens destas, quando comparadas à SOFS, como veremos a seguir. Uma das vantagens preconizadas para esse tipo de síntese na obtenção de quimiotecas está justamente no maior contato que ocorre entre os reagentes, aumentando a probabilidade de deslocamento da reação para a obtenção do produto desejado, embora não existam até o presente trabalhos de cinética química conclusivos que demonstrem que as reações em solução são mais rápidas que as realizadas por SOFS. Outro fator considerado é o custo, pois não requer excesso de reagentes como ocorre na SOFS. Como não existem as etapas de acoplamento à resina, nem de clivagem, o tempo de síntese é menor, fornecendo o produto solúvel, diretamente no meio reacional. Além disso, existe enorme repertório de reações químicas desenvolvidas em solução, facilitando os caminhos de obtenção dos produtos, fazendo com que esta metodologia seja mais adequada para a otimização do protótipo. Pode ser aplicada tanto para quimiotecas de produtos individuais quanto de misturas de produtos. Sem dúvida alguma, a tendência atual da química combinatória é o desenvolvimento de métodos de síntese em fase sólida de quimiotecas tanto de substâncias isoladas quanto em misturas, pela técnica de "misturar e dividir", como será comentado a seguir. A síntese combinatória em paralelo consiste na síntese simultânea de série de compostos em distintos meios de reação. As etapas são realizadas simultaneamente, em compartimentos individuais, geralmente em placas com 96 pocinhos, nas quais cada pocinho é um diferente meio reacional e em cada um destes meios é sintetizado um único e definido produto, o qual pode ser prontamente identificado. Atualmente, existem placas com maior número de pocinhos (384 e 1536) e a escolha entre uma destas dependerá da diversidade da síntese e do número de compostos a serem sintetizados. A síntese em paralelo é sempre planejada segundo orientação pré-estabelecida, não se tratando simplesmente da realização de múltiplas reações com formação de produtos que guardam pouca ou nenhuma relação estrutural entre si. As quimiotecas obtidas formam uma "família" na qual ocorrem poucas e definidas variações estruturais e conformacionais entre seus componentes. Esta estratégia de síntese pode ser realizada tanto em solução como através do emprego de suportes sólidos. Entretanto, devido às vantagens da metodologia mencionada anteriormente, acredita-se que a realização da síntese paralela em fase sólida sejaa estratégia mais vantajosa. A formação de pequenas quimiotecas na forma de misturas de substâncias ocorre quando à molécula inicial se adiciona, num mesmo recipiente, a mistura de reagentes da mesma classe química. Após o período de tempo necessário haverá a formação de mistura de produtos congêneres. O emprego desta estratégia induz à realização dos testes biológicos diretamente com as misturas. Caso umas das quimiotecas apresente uma resposta interessante, avança-se para o passo seguinte, que seria a ressíntese desta quimioteca, através de estratégias de dissociação para descobrir a molécula responsável pela atividade observada Quimiotecas de misturas podem ser feitas em fase sólida ou em solução e é uma estratégia eficiente para a identificação do protótipo. Para um estudo de relação estrutura/atividade quimiotecas de compostos puros são as ideais. 9. Explique e diferencie as estratégias de síntese na QC. Antes de abordarmos as estratégias mais empregadas para a avaliação biológica e identificação de qual composto apresentou melhor resposta biológica, é necessário mencionar que o sucesso desse processo está inteiramente ligado à sensibilidade e especificidade do ensaio e da técnica de screening. O candidato mais potente talvez não venha a ser descoberto no primeiro screening. Pode ocorrer que um ligante com baixa afinidade venha a ser detectado e, num segundo momento, usado como protótipo na ressíntese de quimiotecas menores. O screening pode ser realizado com o produto ainda ligado à resina ou então solubilizado (descartada a resina), isoladamente ou em misturas do tipo split-and-pool. Isto define o tipo de ensaio a ser usado e, ultimamente, o tamanho das quimiotecas a serem ensaiadas. Concomitantemente com o aperfeiçoamento das técnicas de química combinatória, farmacólogos e biólogos vêm desenvolvendo os chamados ensaios biológicos automatizados (high throughput screening - HTS), um processo rápido de determinação da atividade de amostras de uma quimioteca combinatória, geralmente de forma paralela em placas com 96 poços acoplados a leitores de emissão de fluorescência, com o objetivo de descobrir protótipos biologicamente ativos. Além das placas, outras técnicas utilizadas nos ensaios de quimiotecas são: permeação em gel (bastante similar às técnicas de avaliação de atividade antimicrobiana) e seleção por afinidade, a qual constitui-se na determinação da afinidade de ligação do composto por determinada macromolécula, sem avaliação de qualquer atividade. A maioria dos alvos biológicos utilizados é constituída de variações de quatro enfoques básicos: ensaios enzimáticos, cultura de células íntegras, ensaios de binding e de ligação a alvos específicos altamente purificados sem predição de atividade. A escolha da técnica e do tipo de ensaio a serem utilizados na avaliação farmacológica das quimiotecas sintetizadas está estreitamente relacionada ao alvo terapêutico selecionado. Contudo, a estratégia e o modo de síntese utilizados devem ser igualmente considerados. Quimiotecas originadas da síntese em paralelo podem ser facilmente avaliadas em placas do mesmo tamanho que as já utilizadas na síntese, sendo o composto ativo facilmente identificado, devido à presença de um único composto por pocinho. Já as quimiotecas de misturas podem ser ensaiadas sem o isolamento dos compostos sintetizados. Este ensaio ocorre de forma muito similar à estratégia do fracionamento bioguiado de extratos vegetais: neste a mistura é testada e, apresentando atividade promissora, é retornada ao químico para que seja identificada e ressintetizada ("fracionada") e, assim, sucessivamente, até o isolamento de um ou mais produtos. Porém, esta estratégia possui como principal desvantagem a provável interação entre os compostos presentes na quimioteca, que podem possuir efeitos sinérgicos ou antagônicos, dificultando a interpretação dos resultados obtidos. Há, ainda, a possibilidade de, com quimiotecas originadas de um procedimento de síntese em fase sólida, serem realizados ensaios com os produtos ainda ligados à resina, também denominados ensaios do tipo on-bead. Esta estratégia agiliza a identificação de substâncias ativas, uma vez que elimina a etapa de clivagem dos produtos da resina, bem como etapas de purificação dos mesmos. Ao utilizar uma estratégia de síntese na qual cada bead contém apenas um produto, a identificação e isolamento do composto ativo fica muito facilitada, consistindo apenas na separação do bead ativo dos demais. Justamente a presença da resina acarreta certas limitações para este tipo de ensaio. Primeiramente, todos os reagentes devem encontrar-se em solução para garantir sua difusão ao interior da resina, impossibilitando a utilização de certos ensaios em células íntegras, devido ao pouco acesso dos produtos aos alvos intracelulares. O composto sintetizado, quando ligado à resina, pode encontrar-se em uma conformação diferente de sua conformação em solução devido, principalmente, à natureza hidrofóbica do polímero, o que pode causar interferência na interação da molécula com o alvo biológico. Apesar destes obstáculos, a utilização de ensaios on-bead é de grande valia principalmente na pré-seleção de um grupo de compostos para posterior avaliação em solução e confirmação de sua potencial atividade. Uma das formas de contornar estas limitações é a realização de determinadas técnicas de permeação em gel, nos quais os beads são distribuídos em uma fina camada de gel e apenas parte do produto é clivado da resina. Esta parcela de substrato clivado é que vai, então, se difundir no gel e atingir o alvo biológico, com a conseqüente formação de um halo de fluorescência em torno do bead de origem. Este pode, então, ser isolado com parte do produto ainda ligado para posterior clivagem e identificação estrutural. Estas características fazem com que este tipo de ensaio agregue a maior confiabilidade dos ensaios em solução e a facilidade de identificação do composto ativo dos ensaios. A constante necessidade de reduzir o tempo de descoberta de um novo fármaco, bem como de lidar com a grande quantidade de compostos sintetizados através das diversas estratégias da química combinatória frente a gama de novos alvos advindos dos estudos do genoma humano, têm levado à uma completa reavaliação das tecnologias utilizadas nos ensaios farmacológicos in vitro. Neste contexto, uma das estratégias a ser utilizada é a miniaturização, na qual é necessário o estabelecimento de condições ótimas de ensaio para uma escala de volume de microlitros, agilizando todo o processo de teste de novos compostos sem aumento dos custos. Um ensaio é considerado miniaturizado quando o volume final do meio de incubação não ultrapassa 5 µL, permitindo à utilização de placas com 1536 pocinhos ou mais. Esta estratégia resulta em economia de solventes e reagentes de, no mínimo, 20 vezes em relação ao formato tradicional de 96 pocinhos. Teoricamente, qualquer técnica já utilizada rotineiramente no formato de 96 pocinhos pode ser miniaturizada. Porém, na prática surgem algumas complicações, sendo uma das mais importantes o limite de detecção das técnicas de identificação, baseadas principalmente na emissão de fluorescência total. Os pequenos volumes utilizados nos ensaios levam à redução na superfície de contato entre os compostos e o alvo terapêutico e à necessidade de fina automação do sistema de pipetagem, bem como de proteção contra a evaporação das pequenas quantidades de reagentes, garantindo maior uniformidade em todos os pocinhos. Outra característica importante é que os ensaios para HTS possibilitem a utilização de solventes orgânicos, objetivando sobretudo a solubilização de substâncias hidrofóbicas.
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