Buscar

Músculos do cotovelo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

164 SEÇÃO II Anatomia Funcional
Articulação
radiulnar
proximal
A
Olécrano
Incisura troclear
Incisura radial
Processo
coronoide -tZ~;~~:::'~Cabeça do rádio
'M" -'i1Jlil--- Colo do rádio
1111.--\\\1\----1--- Tuberosidade do rádio
Linha oblíqua anterior
MEDIAL
Articulação
umeroulnar
Área subcutânea
do olécrano
Cabeça do rádio
4f+--- Colo do rádio
Face posterior
Sulco para o abdutor
longo do polegar
Face medial- __ ~
Superfície posterior
MEDIAL
I
I Margem
)
1/--t-t-+---:7' interóssea
Tuberosidade do
músculo pronador
-+-+--+- Espaço
interósseo
I LATERAL
Margem interóssea
Sulco para o extensor
ulnar do carpo
Processo estiloide---4-
da ulna
Cabeça da ulna Incisura ulnar
Processo estiloideB c
Sulco para o extensor
dos dedos e extensor
do dedo indicador
Sulco para o extensor
curto do polegar
Processo estiloide
do rádio
Sulco para o extenso r
radial longo do carpo
Sulco para o extensor radial
curto do carpo
Tubérculo dorsal
FIGURA 5.15 O rádio e a ulna se articulam com o úmero, formando as articulações umerorradial e umeroulnar. A figura ilustra o complexo da
articulação do cotovelo (A) e as superfícies anterior (B) e posterior (C) do rádio e da ulna.
166 SEÇÃO II Anatomia Funcional
Ligamento anular '10 rádio
Tendão do bíceps braquial
Úmero
Cápsula articular
Rádio·
- Tendão do tríceps
braquial
Uln~~
Olécrano
ASPECTO MEDIAL
Úmero,
Tendão do
tríceps
braquial
Cápsula articular
Ligamento colateral radial
Ligamento anular
_~",-- __ Hádio
ASPECTO LATERAL
Ligamento
articular Inserção Ação
Anular Margem anterior da
incisura radial ATÉ a
margem posterior da
incisura radial
Epicôndilo lateral
ATÉ o ligamento
anular
Epicôndilo medial;
olécrano ATÉ o pro-
cesso coronoide
Circunda e dá sus-
tentação à cabeça
do rádio; mantém o
rádio na articulação
Dá sustentação à
articulação lateral
Colateral radial
Colateral ulnar:
posterior, transverso,
anterior
Dá sustentação à
articulação medial,
resiste às forças
valgas
FIGURA 5.17 Ligamentos do cotovelo.
A amplitude de movimento no cotovelo em flexão e
extensão é de aproximadamente 145° de flexão ativa, 160° de
flexão passiva e 5 a 10° de hiperextensão (12). Movimentos
de extensão ficam limitados pela cápsula articular e pelos
músculos flexores, Esses movimentos também ficam, no fim,
restringidos pelo impacto de osso a osso com o olécrano,
A flexão na articulação fica limitada pelos tecidos moles,
pela cápsula posterior, pelos músculos extensores e pelo
contato de osso a osso (do processo coronoide com sua
respectiva fossa). Um grau significativo de hipertrofia ou
uma grande quantidade de tecido adiposo irá limitar con-
sideravelmente a amplitude de movimento em flexão. Há
necessidade de cerca de 100 a 140° de flexão e extensão
para a maioria das atividades cotidianas, embora a amplitude
de movimento total seja de 30 a 130° de flexão (53).
A amplitude de movimento para a pronação é de apro-
ximadamente 70°, limitada pelos ligamentos, pela cápsula
articular e pelos tecidos moles, que fazem compressão
conforme o rádio e a ulna se cruzam. A amplitude de
movimento para supinação é 85 0, estando limitada pelo
ligamentos, pela cápsula e pelos músculos pronadores. Há
necessidade de cerca de 50° de pronação e 50° de supinação
para a realização da maioria das atividades cotidianas (89).
AÇÕES MUSCULARES
Há 24 músculos que cruzam a articulação do cotovelo.
Alguns deles exercem sua ação exclusivamente nessa articu-
lação e outros funcionam nas articulações do punho e do
dedos (3). Muitos desses músculos são capazes de produzir
até três movimentos nas articulações do cotovelo, punho
ou articulações interfalângicas da mão. Contudo, em geral
um movimento é dominante, e é o movimento com o qual
o músculo ou gmpo muscular está associado. São quatro
os grupos musculares principais: flexores anteriores, exten-
sores posteriores, extensores laterais-supinadores e flexores
mediais-pronadores (1). A localização, ação e inervação
dos músculos que têm atuação na articulação do cotovelo
podem ser encontradas na Figura 5.18.
Os flexores do cotovelo tornam-se mais efetivos com o
aumento da flexão do cotovelo, porque seu ganho mecâ-
nico amplia-se com o aumento na magnitude do braço do
momento (3,58). O braquial exibe a maior área de sec-
ção transversal dos flexores, mas possui a menor vantagem
mecânica. O bíceps braquial também tem grande secção
transversal e melhor vantagem mecânica em relação ao bra-
quial, e o braquiorradial tem menor secção transversal, mas
com a melhor vantagem mecânica (Fig. 5.19). A 1000 e
1200 de flexão, a vantagem mecânica dos flexores é máxima,
porque os braços do momento são mais longos (braquior-
radial = 6 cm; braquial = 2,5-3,0 cm; bíceps braquial =
3,5-4,0 cm) (58).
Cada um dos três principais flexores do cotovelo está
limitado em sua contribuição ao movimento de flexão do
cotovelo, dependendo da posição da articulação ou da van-
tagem mecânica. O braquial é ativo em todas as posições
do antebraço, mas fica limitado por sua baixa vantagem
mecânica. O braquial desempenha maior papel quando o
antebraço está na posição pronada. O bíceps braquial pode
ficar limitado por ações nas articulações radioulnar e do
ombro. Considerando que a cabeça longa do bíceps atra-
vessa a articulação do ombro, a flexão dessa articulação gera
frouxidão na cabeça longa do bíceps braquial, e a extensão
do ombro gera mais tensão. Tendo em vista que o tendão
do bíceps se fixa ao rádio, a inserção pode ser mobilizada
em pronação e supinação. A influência da pronação sobre
o tendão do bíceps braquial está ilustrada na Figura 5.20.
Considerando que o tendão se enrola em torno do rádio
em pronação, o bíceps braquial é mais efetivo como flexor
na supinação. Finalmente, o braquiorradial é um músculo
com pequeno volume e fibras muito longas; é um músculo
muito eficiente, por causa de sua excelente vantagem mecâ-
nica. O braquiorradial flexiona o cotovelo mais efetivamente
quando o antebraço se encontra em meia pronação, e seu
recrutamento é muito intenso durante movimentos rápidos.
-- -
CAPíTULO 5 Anatomia Funcional do Membro Superior 167
A
Trlceps bnlquial
SUPERFICIAIS PROFUNDOS
8,'--__
Músculo Inserção Inervação Flexão Extensão Pronação Supinação
Ancôneo Epicôndilo lateral do úmero ATÉ o Nervo radial; C7, C8 Aux.
olécrano na ulna
Bíceps braquial Tubérculo supraglenoidal; processo Nervo musculocutâneo; MP MP
coracoide ATÉ a tuberosidade do CS, C6
rádio
Braquial Superfície anterior da parte inferior Nervo musculocutâneo; MP
do úmero ATÉ o processo coro- CS, C6
noide na ulna
Braquiorradial Crista supraepicondilar lateral do Nervo radial; C6, C7 MP
úmero ATÉ o processo estiloide
do rádio
Extensor radial Epicôndilo lateral do úmero ATÉ a Nervo radial; C6, C7 Aux.
curto do carpo base do 3Qmetacarpal
Extensor radial Crista supraepicondilar lateral do Nervo radial; C6, C7 Aux.
longo do carpo úmero ATÉ a base do 2Qmeta-
carpal
Extensor ulnar do Epicôndilo lateral do úmero ATÉ a Nervo interósseo posterior; Aux.
carpo base do SQmetacarpal C6-C8
Flexor radial do Epicôndilo media I do úmero ATÉ a Nervo mediano; C6, C7 Aux.
carpo base do 2Qe 3Qmetacarpais
Flexor ulnar do Epicôndilo medial ATÉ o pisi- Nervo ulnar; C8, T1 Aux.
carpo forme; base do hamato; base do
SQmetacarpal
Palmar longo Epicôndilo medial ATÉ a aponeu- Nervo mediano; C6, C7 Aux.
rose palmar
Pronador Superfície anterior distal da ulna ATÉ Nervo interósseo anterior; MP
quadrado a superfície anterior distal do rádio C8, T1
Pronador redondo Epicôndilo medial do úmero, Nervo mediano; C6, C7 Aux. MP
processo coronoide na ulna ATÉ a
superfície mediolateral do rádio
Supinador Epicôndilo lateral do úmero ATÉ a Nervo interósseo posterior; MP
área lateral superior do rádio CS,C6
FIGURAS.18 Músculos do cotovelo e do antebraço. Estão ilustradas as superfícies anteriores do braço (A) e do antebraço (8), juntamente com
os músculos anteriores (C). Estão também ilustradas as superfícies posteriores do braço (O) e do antebraço (E), com os músculos posteriores
correspondentes(F).
168 SEÇÃO 11 Anatomia Funcional
1---+-- Bíceps braquial
FIGURA 5.19 Linha de ação dos três músculos do antebraço. O bra-
quial é um músculo grande, mas tem o menor braço do momento,
resultando na menor vantagem mecânica. O bíceps braquial também
possui uma grande secção transversal e um braço do momento mais
longo, mas o braquiorradial, com sua menor secção transversal, tem o
maior braço do momento, o que lhe dá a melhor vantagem mecânica
nessa posição.
Esse músculo está bem posicionado para contribuir para a
flexão do cotovelo na posição de semipronação.
o grupo dos músculos extensores, encontramos o
potente tríceps braquial, o músculo mais forte do coto-
velo. O tríceps braquial tem grande potencial de força e
capacidade de trabalho por causa de seu volume muscular
(3). Esse músculo se divide em três partes: cabeça longa,
cabeça medial e cabeça curta. Dessas três partes, apenas a
cabeça longa cruza a articulação do ombro, o que torna o
músculo parcialmente dependente da posição do ombro
para sua eficácia. A cabeça longa é a menos ativa do tríceps.
Contudo, pode ficar muito mais envolvida com a flexão do
ombro quando sua inserção neste é tensionada.
A cabeça medial do tríceps braquial é considerada o
"burro de carga" do movimento de extensão, porque essa
parte está ativa em todas as posições, em todas as velocida-
des e contra resistência máxima ou mínima. A cabeça curta
do tríceps braquial, embora seja a mais forte das três cabe-
ças, fica relativamente inativa a menos que o movimento
ocorra contra resistência (73). O rendimento do tríceps
braquial não é influenciado pelas posições de pronação e
supinação do antebraço.
FIGURA 5.20 Na posição de pronação do antebraço, a inserção do
bíceps braquial ao rádio fica torcida por baixo desse osso. Essaposição
interfere com a ação de produção de flexão pelo bíceps braquial, mús-
culo que é mais eficiente na produção de flexão quando o antebraço
está supinado e o tendão não está torcido por baixo do rádio.
O grupo muscular flexor-pronador medial, com origem
no epicôndilo medial, é formado pelo pronador redondo e
por três músculos do punho (flexor radial do carpo, flexor
ulnar do carpo, palmar longo). O pronador redondo e o
três músculos do punho ajudam na flexão do cotovelo, e o
pronador redondo e o pronador quadrado, mais distal, são
responsáveis essencialmente pela pronação do antebraço.
O pronador quadrado é mais ativo, independentemente da
posição do antebraço, seja a atividade lenta ou rápida ou
esteja trabalhando contra resistência ou não. O pronador
redondo é solicitado para maior atividade quando a ação
de pronação se torna rápida ou contra uma carga alta. O
pronador redondo é mais ativo em 60° de flexão do ante-
braço (74).
O grupo muscular final no cotovelo é formado pelos
músculos extensores-supinadores, com origem no epicôn-
dilo lateral, consistindo no supinador e em três músculos
do punho (extensor u1nar do carpo, extenso r radial longo
do carpo, extensor radial curto do carpo). Os músculos do
punho podem ajudar na flexão do cotovelo. A supinação
é produzida pelo músculo supinador e, sob circunstâncias
especiais, pelo bíceps braquial. O supinador é o único mús-
culo a contribuir para uma ação de supinação lenta e sem
resistência em todas as posições do antebraço. O bíceps
braquial pode supinar durante movimentos rápidos ou em
170 SEÇÃO II Anatomia Funcional
Flexores
Exemplo de exercício de alongamento Exemplo de exercício de fortalecimento Outros exercíciosGrupo muscular
Rosca bíceps com halteres
Rosca bíceps com aparelho
Extensores Extensões do tríceps
Puxada na barra com
as mãos pronadas
Remada em pé
Rosca tríceps na polia
Flexão de braços
no solo
Press francês
Pronadores/
supinadores
Pronação de antebraço
Supinação de antebraço
Lado a lado
Exercícios com halteres
Exercícios em balde
de arroz
Agarrões (grabs)
FIGURA S.21 Exemplos de exercícios de alongamento e de fortalecimento para músculos flexores, extensores, pronadores e supinadores selecio-
nados.

Continue navegando