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Articulação que liga o braço ao antebraço. Ocorrem três articulações dentro de uma única cápsula articular. Funcionalmente dois planos de movimento: Flexão-Extensão: entre as articulações ulnoumeral e radioumeral. Prono-Supinação: entre a articulação radioulnar proximal. Extremidade Distal do Úmero: tróclea umeral, capítulo umeral, fossa coronóide, fossa olecraniana, côndilos medial e lateral, epicôndilos medial e lateral, cristas supracondilianas. Extremidade Proximal do Úmero: olecrano, incisura da tróclea, processo coronóide da ulna, tuberosidade da ulna, cabeça do rádio, colo do rádio, tuberosidade do rádio. Uniaxial, do tipo dobradiça, permite flexo- extensão. Articulação bastante estável derivada da configuração óssea e das estruturas capsulo- ligamentares. A cápsula do cotovelo envolve as três articulações e seus espessamentos longitudinais dão origem aos ligamentos anterior, posterior, colateral media (ulnar) e colateral lateral (radial). Articulação em pivô que compartilha da mesma membrana sinovial e cápsula articular do cotovelo. O ligamento anular circunda a cabeça do rádio dando estabilidade à articulação. A cabeça radial gira dentro do anel formado por este ligamento, permitindo a rotação do rádio sobre a ulna. A amplitude de flexo-extensão varia de 0 a 120/160º com média de 145º. O eixo passa no centro da tróclea e do capítulo (próximo aos epicôndilos). A flexão é limitada pelo contato das partes mole do braço com antebraço. A extensão é limitada pelo contato do olecrano da ulna com o úmero. Ambos os movimentos podem ser limitados pelo tencionamento dos ligamentos e músculos da face oposta da articulação. Pode ocorrer hiperextensão (permite o travamento da articulação). A ulna não está em perfeito alinhamento com o úmero. Há um desvio de cerca de 15 a 25º entre esses ossos, conhecido como “ângulo de carregamento” => Antebraço se afasta do corpo na posição anatômica. A amplitude total de prono-supinação é de cerca de 180º. O eixo passa através da cabeça do rádio. Durante a prono-supinação, o rádio gira sobre a ulna fixa (ossos cruzados X paralelos, respectivamente). A pronação é geralmente acompanhada de rotação medial do úmero e a supinação de rotação lateral. Estes dois movimentos combinados giram a mão em cerca de 270º. Músculo superficial, situado na face anterior do braço. Formado pelas porções longa e curta. Origem: PL – tubérculo supraglenóideo da escápula. PC – processo coracóide da escápula. Inserção: tuberosidade do rádio. Inervação: nervo músculo cutâneo (C5-C6). Estrutura: as duas cabeças possuem ventres separados na porção proximal do braço, e estes fundem-se para formar um único ventre no meio do braço. Ações: age nas três articulações (Radioulnar, cotovelo e ombro). Motor primário da flexão do cotovelo e da supinação do antebraço. Assessora a flexão e adução horizontal do ombro e abdução, quando este se encontra em rotação lateral. Considerações: é também depressor da cabeça umeral. O torque desenvolvido pelo BB durante a flexão do cotovelo varia de acordo com a posição do antebraço (relação pronado/supinado de 1:2). Com o antebraço estendido, o BB não desenvolve potencial de ação na supinação, a menos que o movimento seja resistido. A supinação a 90º do BB exige uma sinergia verdadeira do tríceps braquial. Articulação do Cotovelo Articulação Radioulnar Movimentos do Cotovelo Movimentos do Antebraço Bíceps Braquial Introdução Estrutura Óssea Estrutura Articular Movimentos do Cotovelo e Antebraço Músculos que agem sobre Cotovelo e Antebraço A perda do bíceps não impossibilita a flexão do cotovelo, embora ocorra uma redução significativa do torque. A PL é frequentemente acometida nas síndromes que afetam o ombro. Está situado entre o bíceps e o úmero, logo acima do cotovelo. Origem: superfície anterior da metade inferior do úmero. Inserção: tuberosidade da ulna. Inervação: nervo músculo cutâneo (C5-C6). Estrutura: após a origem, o tendão se planifica constituindo uma fina camada de fibras musculares que se dirigem obliquamente até a inserção. Ação: motor primário da flexão do cotovelo, independentemente da posição do antebraço (sua linha de ação não varia). Considerações: a perda do braquial não impossibilita a flexão do cotovelo, mas reduz significativamente o torque produzido. Os dois principais flexores do cotovelo possuem a mesma inervação. Situado no bordo externo do antebraço, é responsável pelo seu contorno arredondado, desde o cotovelo até a base do polegar. Origem: crista supracondilar lateral do úmero. Inserção: base do processo estiloide do rádio (região lateral). Inervação: nervo radial (C5-C6). Estrutura: após a origem, o músculo segue seu trajeto entre o bíceps e o tríceps e desce pela face lateral do antebraço, até a sua inserção. Ação: motor primário da flexão do cotovelo. Considerações: possui um longo braço de alavanca (caso raro no corpo: alavanca de 2º). É capaz de fletir o cotovelo sozinho, nas lesões do nervo músculo cutâneo. Pode tornar-se um supinador, quando o movimento parte de uma pronação extrema, ou um pronador, quando parte de uma supinação extrema. Para isso, o movimento deve ser resistido. Músculo superficial, encontrado na face posterior do braço, sendo formado por 3 porções. Origem: P. Longa – tubérculo inflaglenóide da escápula. P. Lateral – face póstero-lateral do úmero. P. Medial – superfície inferior da região posterior do úmero. Inserção: extremidade do olecrano. Inervação: nervo radial (C7-C8). Estrutura: a porção longa tem um tendão de origem, entre os músculos redondos menor e maior; as outras duas partem diretamente do úmero. As 3 porções unem-se em um forte e largo tendão de inserção na ponta do olecrano. Ação: motor primário da extensão do cotovelo (alavanca de 1ª classe). A porção longa assessora a adução e extensão do ombro. Considerações: o braço de força do tríceps é pequeno e isso favorece mais a velocidade em detrimento da força. Funciona também como estabilizador do ombro. A perda do tríceps impede a extensão ativa do cotovelo, mas causa poucas perdas funcionais. A porção medial está sempre ativa e parece gerar o maior torque extensor do cotovelo. Pequeno músculo triangular situado na parte posterior do braço. Parece ser uma continuação do tríceps. Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: no olecrano e na porção superior da ulna. Inervação: nervo radial (C7-C8). Ação: acessório da extensão do cotovelo (pode também apresentar uma função estabilizadora). Músculo profundo localizado no lado dorsal da membrana interóssea, entre os dois ossos do antebraço. Origem: epicôndilo lateral do úmero e áreas adjacentes. Inserção: superfície lateral do terço superior do rádio. Inervação: nervo radial (C5-C7). Estrutura: é um músculo bastante curto e achatado formado de fibras paralelas que se enrola ao redor da porção proximal do rádio. Ação: motor primário da supinação do antebraço. Age sobretudo na supinação lenta, sem resistência, ou com o cotovelo estendido. Pequeno músculo disposto obliquamente através do cotovelo, parcialmente recoberto pelo braquiorradial. Origem: epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna. Inserção: superfície lateral do rádio, próximo ao centro. Inervação: nervo mediano (C6-C7). Estrutura: após a sua origem, as fibras cruzam obliquamente a face anterior do antebraço, de medial para lateral. Braquial (Anterior) Braquiorradial Tríceps Braquial Ancôneo Supinador Pronador Redondo Ação: realiza pronação do antebraço sempre que o movimento requeirarapidez ou resistência. Considerações: fraco acessório da flexão do cotovelo (pequeno braço de força). Na flexão do cotovelo em posição neutra, age para neutralizar a ação supinadora do bíceps. Age também como estabilizador radioulnar proximal. Músculo profundamente localizado na face palmar do antebraço, imediatamente sobre os ossos e a membrana interóssea, coberto pelos flexores de punho e dedos. Origem: no quarto inferior da face anterior da ulna. Inserção: no quarto inferior da face anterior do rádio. Estrutura: após a origem, as fibras paralelas cruzam transversalmente o antebraço, até atingir o rádio. Ação: motor primário da pronação do antebraço, independente da posição do cotovelo. Os flexores são aproximadamente uma vez e meia mais potente que os extensores. Os flexores primários são bíceps braquial, o braquial e o braquiorradial. Os flexores de punho e dedos, assim como o pronador redondo, assessora quando o movimento exige muita força. O braquial é o menos controverso do flexores: realiza o movimento independente do posicionamento das outras articulações e do grau de resistência. O bíceps braquial é um flexor, sobretudo quando o antebraço está supinado e apresenta maior braço de força com o cotovelo posicionado entre 80 e 100º de flexão. A pronação reduz o seu braço de força em cerca de 50% do comprimento anatômico a 90º. Em função disso o torque produzido pelos flexores do cotovelo em pronação é aproximadamente 82% do valor gerado durante a supinação. O braquiorradial é flexor, sobretudo quando o antebraço está em posição neutra. Sua atividade aumenta quando o movimento é resistido ou exige grande velocidade. O tríceps e o ancôneo são os únicos extensores. O tríceps é indiscutivelmente o mais importante, apresentando uma área cinco vezes maior e um maior braço de força. O ancôneo não é capaz de estender ativamente o cotovelo de forma isolada. O supinador e o bíceps braquial executam o movimento. A ação do supinador não é alterada pelo ângulo do cotovelo. A 90º de flexão, o bíceps é quatro vezes mais efetivo que o supinador. Com o cotovelo estendido, a eficácia do bíceps é a metade da do supinador. Em atividades de supinação sem resistência, com o cotovelo estendido, o supinador é ativado isoladamente. A área de secção transversa do pronador quadrado é cerca de 2/3 da do redondo. O pronador quadrado faz a pronação do antebraço sem auxílio de outros músculos, caso não haja resistência ou rapidez no movimento. Nos movimentos resistidos, o pronador redondo passa a gerar mais torque, tornando-se o principal músculo responsável pelo movimento. Pronador Quadrado Flexão do Cotovelo Extensão do Cotovelo Supinação do Antebraço Pronação do Antebraço Análise Cinesiológica
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