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3 ANO - 08 - Lógica III

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Argumentação Lógica
A maioria dos exemplos de argumento que vimos até agora são dedutivos.
Desde Aristóteles, o ideal da lógica tem sido encontrar as condições
necessárias para que, de proposições verdadeiras, se obtenham conclusões
verdadeiras. É apenas o MÉTODO DEDUTIVO que oferece essa possibilidade e
garantia.
A dedução é um modo de raciocinar, argumentar e demonstrar em que a
conclusão é uma consequência lógica das premissas. Isto é, a dedução e
argumento válido se identificam, pois têm a mesma definição, logo, toda
dedução é um argumento válido e vice-versa.
O argumento dedutivo é aquele que vai do MAIOR AO MENOR, ou do GERAL
ao PARTICULAR ou SINGULAR, de tal modo que sua conclusão constitui algo
que já estava contido, mesmo que implicitamente, nas premissas.
Quando raciocinamos, escolhemos e "manipulamos" certas informações em
um processo que nos leva a outra informação (a conclusão).
Dependendo da maneira como relacionamos essas informações (a forma
lógica), nossa argumentação será válida ou inválida. Se for válida e as
premissas forem verdadeiras, temos uma PROVA CONCLUSIVA do que foi
afirmado (a conclusão).
Entretanto, essas características, não se aplicam a todo tipo de argumentação,
isto é, há outros modos de raciocinar que não tem a mesma força
demonstrativa, mas são usados com frequência e têm bastante utilidade.
Tradicionalmente se distinguem dois tipos de argumentação: a DEDUÇÃO e a
INDUÇÃO.
Observe que o argumento parte da proposição universal P1 (iniciada por TODOS) e
conclui com uma proposição singular, referente a apenas um único indivíduo (LANA).
Sua forma lógica é:
Todo A é B. 
c não é B. 
Logo, c não é A.
Exemplo:
P1 = Todos os suspeitos são (ou devem ser) pessoas que estavam no prédio
entre 12 e 14 horas.
P2 = Lana não é uma pessoa que estava no prédio entre 12 e 14 horas.
CONCLUSÃO = Logo, Lana não é (ou deve ser) suspeita.
DEDUÇÃO
3º ANO
2º TRIMESTRE
AULA 7
[
Esse tipo de raciocínio é comum na aplicação das leis científicas - que são
enunciados gerais - situações específicas.
Note também que o conteúdo da conclusão não excede os limites das informações
contidas nas premissas - ele é EXTRAÍDO delas. Por isso, costuma-se dizer que os
argumentos dedutivos, embora forneçam provas conclusivas de uma proposição,
NÃO SÃO AMPLIATIVOS, tendo em visto que nada acrescentam ao que já se sabia, ou
seja, ao que estava implícito nas premissas. 
O trabalho do argumento dedutivo seria "apenas" o de explicar essa informação.
Observe que ele parte de proposições que enunciam uma OBSERVAÇÃO individual
relativa a um ou mais momentos (P1 e P2) e, por ANALOGIA (relação de semelhanças),
a GENERALIZADA (aplica-a a momentos similares ainda não experimentados).
Note também que a conclusão não é uma consequência lógica das premissas,
extrapolando as informações disponíveis nelas, ou seja, a conclusão estende a
afirmação contida nas premissas além dos seus limites (para todas as situações
futuras).
A indução tem um lugar de destaque na ciência, onde costuma ser aplicada de
maneira criteriosa e controlada. 
O raciocínio indutivo é AMPLIATIVO, tendo em vista que sua conclusão vai além do
enunciado nas premissas. Essa é sua riqueza, mas também sua debilidade, porque a
conclusão indutiva será sempre PROVÁVEL (provavelmente verdadeira), mas não
garantida ou necessária, no sentido estritamente lógico-dedutivo.
INDUÇÃO
A indução, costuma ser caracterizada como um modo de raciocinar que vai do
MENOR AO MAIOR, ou do SINGULAR OU PARTICULAR AO GERAL, de tal
maneira que sua conclusão vai além do que enunciam suas premissas.
Nós raciocinamos dessa forma com muita frequência: temos uma experiência,
fazemos um juízo sobre ela e o generalizamos.
Exemplo:
P1 = Um dia meu joelho doeu e depois choveu.
P2 = Repetidas vezes meu joelho doeu e depois choveu.
CONCLUSÃO = Logo, sempre que meu joelho doer vai chover.
Exemplo:
P = 60% dos entrevistados pelo instituto de pesquisa apoiam a nova lei.
CONCLUSÃO = Logo, estima-se que 60% da população apoia a nova lei.
Observe que, no argumento acima, mesmo se a premissa for verdadeira, sua
conclusão não será necessariamente verdadeira, mas terá alta probabilidade de ser
verdadeira se, e somente se, a pesquisa de opinião foi feita corretamente, seguindo a
metodologia científica.
Doutrina do Silogismo
Todo brasileiro é sul-americano.
Todo catarinense é brasileiro.
Logo, todo catarinense é sul-americano.
M -- P
S -- M
S -- P
TERMO MAIOR: é sempre o termo predicado da conclusão ("sul-
americano", no exemplo), sendo por isso referido como P, a premissa
que o contém será a PREMISSA MAIOR (P1, no exemplo).
TERMO MENOR: é sempre o termo sujeito da conclusão ("catarinense",
no exemplo), sendo por isso referido como S, a premissa que o contém
será a PREMISSA MENOR (P2, no exemplo).
TERMO MÉDIO: é o termo que aparece em ambas as premissas, mas
não na conclusão ("brasileiro", no exemplo), cumpre a função de
interligar os outros dois termos, encadeando as premissas com
conclusão. Costuma ser referido como M.
Observe que há três termos - "brasileiro", "sul-americano" e "catarinense" - cada um
aparece apenas em duas proposições.
possuir TRÊS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS (na forma de S é P ou
S não é P).
conter somente TRÊS TERMOS, cada um deles usado em apenas
DUAS DAS PROPOSIÇÕES.
Silogismo é uma palavra de origem grega usada tradicionalmente para designar
um argumento formado por três proposições (duas premissas e a conclusão). Há
três tipos de silogismo, mas o principal é o chamado SILOGISMO CATEGÓRICO,
que se caracteriza por:
FIGURAS DO SILOGISMO
De acordo com as posições do termo
médio em P1 e P2 - se é sujeito ou
predicado -, é possível compor QUATRO
FORMAS distintas de argumento, que são
as chamadas FIGURAS do silogismo.
1ª Figura
M - P
S - M
S - P
2ª Figura
P - M
S - M
S - P
3ª Figura
M - P
M - S
S - P
4ª Figura
P - M
M - S
S - P
Exemplo de silogismo na FORMA TÍPICA:
Premissa maior (P1)
Premissa menor (P2)
Conclusão
Termo médio = M
Termo menor (sujeito) = S Termo maior (predicado) = P
Figura
Cada um dos três termos deve ser usado com o mesmo sentido em todo o
argumento. 
O termo médio não pode entrar na conclusão. 
O termo médio deve aparecer em toda a sua extensão pelo menos uma vez.
Os termos maior e menor não podem ter na conclusão uma extensão maior
do que a que têm nas premissas.
De duas premissas afirmativas só se pode obter uma conclusão afirmativa.
De duas premissas negativas nada se pode concluir necessariamente.
De duas premissas particulares nada se pode concluir necessariamente.
A conclusão segue sempre a parte mais fraca (isto é, a premissa negativa
e/ou particular).
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Regras do Silogismo
Existem oito regras que ajudam a construir silogismos categóricos
formalmente válidos e a identificar os inválidos (conhecidos como falácias).
Quatro dessas regras referem-se aos termos das proposições do silogismo, e
as outras quatro, às próprias proposições .
Um argumento válido (ou de forma válida) é aquele em que, caso as
premissas sejam verdadeiras, sua conclusão deve ser também verdadeira.
Falácias
O termo latino fallacia significa "engano, trapaça", assim, em sua acepção
comum, a palavra falácia costuma ser usada para referir uma IDEIA
EQUIVOCADA ou uma CRENÇA FALSA (ou que se considera assim).
Na lógica, falácia é qualquer erro de raciocínio ou argumentação.
Esse termo costuma ser reservado mais comumente aos raciocínios ou
argumentos ENGANOSOS, isto é, que possam PARECER CORRETOS, mas
que, após um exame cuidadoso, se percebe que NÃO SÃO.
Por hoje é isso pessoal, qualquer dúvida estou
disponível para ajudá-los. Não esqueçam de fazer
os exercícios de fixação. Até a próxima aula!

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