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Farmacocinética: Bases e Processos

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Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
BASES GERAIS DA FARMACOCINÉTICA 
• O fármaco pode ser vendido como diversos tipos 
de medicamentos, por exemplo: a dipirona pode 
ser comercializada na forma de comprimido ou na 
forma de gotas, ou xarope. 
• Normalmente não se usa a palavra droga para os 
medicamentos. 
• Se o medicamento for administrado na forma de 
comprimido, ele precisará passar por um processo 
de desintegração, desagregação até virar uma 
solução para que ele consiga ser absorvido. 
• Processo de absorção: chegada do fármaco na 
corrente sanguínea, uma vez que ele já esteja na 
corrente sanguínea, será distribuído para todos os 
tecidos incluindo os tecidos alvo do tratamento 
farmacológico. 
• Processo de metabolização: ocorre através de 
enzimas, o fígado constitui o principal órgão 
responsável pela metabolização dos fármacos. 
• Os processos da farmacocinética são divididos 
apenas didaticamente, pois muitas vezes uma 
parte do fármaco está sendo absorvida a outra já 
está chegando no órgão alvo. 
• Uma vez o fármaco em seu local de atuação, ele 
irá interagir com o seu alvo (receptor) e aí ocorre 
o processo da farmacodinâmica. 
• Efeito farmacológico: gera uma resposta clínica, 
pode ser esperada ou gerar efeitos 
tóxicos/colaterais/adversos. 
FÁRMACO ADMINISTRADO 
• Uma vez que o fármaco foi administrado, ele 
precisa passar pelos processos de absorção 
através das células até que chegue na corrente 
sanguínea. 
• Pela via intravenosa não há processo de absorção. 
• Uma vez no sangue, o fármaco pode estar ligado a 
proteínas plasmáticas (dessa forma ele não 
consegue ter acesso aos tecidos). A fração livre 
desse fármaco é que efetivamente irá ter acesso 
aos tecidos, isso inclui os tecidos em que terá a 
sua ação terapêutica, tecidos de ação inesperada 
que podem causar os efeitos adversos e 
reservatórios teciduais que acumulam esse 
fármaco. 
• O principal tecido reservatório é o tecido adiposo. 
Isso implica em algumas consequências, por 
exemplo: no tratamento de pacientes obesos, 
principalmente obesos mórbidos. 
• A fração livre do fármaco também terá acesso aos 
órgãos de metabolização (biotransformação) para 
que sejam gerados metabólitos e estes sejam 
excretados. 
• Pode haver a excreção do fármaco sem passar 
pelo processo de metabolização, isso significa que 
há a excreção desse fármaco da forma in natura. 
TRANSPORTE DOS FÁRMACOS 
 
 
 
 
 
Farmacocinética 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
ABSORÇÃO 
FATORES QUE INFLUENCIAM A ABSORÇÃO 
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO FÁRMACO 
• Natureza química: os fármacos são ácidos ou 
bases fracas; 
• Lipossolubilidade / hidrossolubilidade: para que o 
fármaco consiga ultrapassar a bicamada lipídica, 
ele precisa estar na sua forma lipossolúvel; 
• Grau de ionização do fármaco: pKa X pH do meio; 
• Tamanho das partículas e formulação 
farmacêutica: o tamanho deve ser o menor 
possível para melhor absorção, a forma líquida 
tem um processo de absorção muito mais 
acelerado que um comprimido. 
FATORES FISIOLÓGICOS 
• pH e fluxo sanguíneo no sítio de absorção; 
• Área de superfície disponível para absorção; 
• Tempo de contato com a superfície de absorção; 
• Eliminação pré-sistêmica= metabolismo de 
primeira passagem. 
FATORES RELACIONADOS AO PACIENTE 
• Idade; 
• Doenças; 
• Uso de outros medicamentos. 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE UM FÁRMACO 
SÓLIDAS 
• Pó; 
• Cápsulas; 
• Comprimidos; 
• Drágeas ou comprimido revestido; 
• Comprimido efervescente; 
• Preparações de liberação controlada; 
• Granulados; 
• Pastilhas; 
• Pílula; 
• Supositórios; 
• Óvulos; 
• Adesivos. 
 
LÍQUIDAS 
• Soluções; 
• Injeções; 
• Infusões; 
• Xaropes; 
• Emulsões; 
• Suspensões; 
• Colírios; 
• Loções. 
SEMI-SÓLIDAS 
• Pomadas; 
• Pastas; 
• Creme; 
• Geleia; 
• Gel. 
GASOSAS 
• Aerossóis; 
• Pulverizantes. 
TAMANHO DAS PARTÍCULAS, GRAU DE 
SOLUBILIDADE E FÓRMULA MOLECULAR 
 
• Quando se tem um comprimido, é necessário que 
ele sofra um processo de desintegração, partindo 
para a formação de grânulos que vão desagregar e 
formar pequenas partículas até estarem em forma 
de solução para que ocorra o processo de 
absorção. 
• Tudo isso é programado para que ocorra em certo 
tempo, se a pessoa triturar o comprimido o 
processo será acelerado até a chegada da 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
corrente sanguínea podendo gerar efeitos 
adversos com mais facilidade. 
GRAU DE IONIZAÇÃO E PH DO MEIO 
 
• Os fármacos são ácidos ou bases fracas; 
• Dependendo do pH no qual o fármaco se 
encontra, ele irá formar moléculas que estão na 
sua forma ionizada (com carga elétrica) ou 
moléculas não ionizadas. 
• As moléculas não ionizadas têm a característica de 
serem mais lipossolúveis, e a fração lipossolúvel é 
capaz de se difundir pelas membranas celulares 
(bicamada lipídica). 
O que vai determinar se as moléculas estarão na 
forma ionizada ou não ionizada? 
• São dois fatores: o pKa do fármaco e o pH do 
meio em que ele se encontra. 
• O pKa é uma propriedade particular de cada 
fármaco e é um valor numérico. Por exemplo: pKa 
do fármaco igual a 6, isso significa que se pegar o 
fármaco e colocar em um meio onde o pH seja 
igual a 6 há a certeza de que 50% das moléculas 
vão se ionizar e os outros 50% das moléculas vão 
permanecer não ionizadas. 
• Essa conclusão se dá através da equação de 
Henderson-Hasselbalch. 
• Os fármacos ácidos vão ser absorvidos mais 
facilmente quando o pH também estiver ácido 
pois de acordo com a equação a quantidade de 
moléculas não ionizadas será maior. 
• Os fármacos básicos terão sua absorção maior 
quando o pH também estiver básico pelo mesmo 
motivo dos ácidos. 
• O contrário dificulta o processo de absorção. 
 
LOCAL DE ABSORÇÃO 
• O estômago possui o pH mais ou menos em torno 
de 2. 
• Um fármaco ácido teria o seu processo facilitado 
no estômago. 
• O intestino tem característica de possuir um Ph 
básico em torno de 8, então fármacos básicos 
possuem maior absorção nessa região. 
• No entanto, essa conformação química não 
prevalece nessas regiões pois existem outras 
características fisiológicas que influenciam no 
processo de absorção pela via oral. 
• A área de superfície do intestino é muito maior 
que no estomago, isso facilita o processo de 
absorção no intestino. 
• O fluxo sanguíneo também é maior no intestino 
do que no estomago, devido as vilosidades e 
microvilosidades. Em casa microvilosidade 
existem diversos capilares passando, o que facilita 
o processo de absorção. 
• Quanto maior o tempo de contato, maior a 
absorção. 
• O fármaco, assim como o bolo alimentar, vai ficar 
muito mais tempo no intestino do que no 
estomago. 
• A espessura da membrana também influencia, no 
intestino a membrana é muito mais delgada, já o 
estomago possui uma camada de células mais 
espessas com presença de muco protetor. 
• Independente da característica do fármaco 
(ácido/básico) sempre haverá maior absorção no 
intestino. 
Qual a característica de absorção de um fármaco 
ácido? 
De acordo com o pH local, ele teria uma absorção 
maior no meio ácido. Porém, considerando todas as 
características fisiológicas do trato gastrointestinal, 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
conclui-se que o fármaco ácido também possui sua 
maior parcela absorvida no intestino. 
• O processo de ionização ou não é uma reação 
química reversível, mesmo que uma parcela 
pequena fique na forma não ionizada no intestino, 
um fármaco ácido tem sua maior absorção no 
intestino. 
• O pH local não influencia apenas no trato 
gastrointestinal, quando temos uma região 
inflamada por exemplo, aquele pH local está mais 
ácido e isso dificulta o processo de absorção de 
um fármaco básico. 
FLUXO SANGUÍNEO 
• O fluxo sanguíneo influencia bastante no processo 
de absorção. 
•No intestino, o maior fluxo sanguíneo facilita o 
processo de absorção e quanto menor esse fluxo, 
menor a absorção. 
• Via intramuscular: a musculatura esquelética é 
altamente irrigada, ou seja, alta absorção através 
dessa via. 
• Pele: baixo fluxo sanguíneo, dificulta o processo 
de absorção. 
• Alterações de absorção podem ser identificadas 
em situações patológicas como no paciente em 
choque – no choque a pressão arterial está muito 
baixa, esse baixo débito faz com que o organismo 
preserve o fluxo sanguíneo para os órgãos 
considerados nobres, ou seja, para preservar o 
sistema nervoso central. Se o alvo farmacológico 
for outro tecido que esteja sendo menos irrigado, 
essa absorção será prejudicada. 
• Em situação de edema com extravasamento de 
líquido para o espaço extra vascular altera a 
circulação local, consequentemente modificando 
o processo e absorção. 
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM 
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM HEPÁTICA 
• Uma vez no intestino, o fármaco pode acessar o 
fígado através da veia porta antes de alcançar a 
circulação sistêmica, ou seja, antes de ser 
absorvido. Com isso, pode haver uma parcela 
desse fármaco sendo metabolizado e 
posteriormente eliminado. 
• Supondo que foi administrado um comprimido de 
100mg e 20mg sofreu o processo de 
metabolização seguido de eliminação sem 
alcançar a circulação sistêmica. O restante (80mg) 
ficou realmente disponível para ser absorvido e 
distribuído aos tecidos, então houve uma perda 
do que foi administrado antes mesmo de alcançar 
a circulação sistêmica. 
• No caso do fígado há esse efeito de primeira 
passagem hepática que acontece tanto pela via 
oral quanto pela via retal pois parte da circulação 
retal também tem acesso a veia porta. 
• Isso reduz a quantidade de fármaco que chega na 
corrente sanguínea. 
• Biodisponibilidade: é a quantidade de fármaco 
que está na corrente sanguínea. 
BIODISPONIBILIDADE 
• A biodisponibilidade pode ser medida através da 
construção do gráfico de concentração plasmática 
(y) ao longo do tempo (x). 
• Calculando a área sob a curva desse gráfico é 
possível medir efetivamente qual fração do 
fármaco ficou biodisponível. 
• A biodisponibilidade também pode ser chamada 
de fator de biodisponibilidade, através da letra F. 
• Apenas na via intravenosa esse fator de 
biodisponibilidade é igual a 100%, ou seja, tudo o 
que foi administrado na corrente sanguínea vai 
permanecer lá. 
• Em todas as outras vias há uma biodisponibilidade 
normalmente menor do que 1. 
• No caso da via oral e retal, devido ao efeito de 
primeira passagem hepática, há essa redução da 
biodisponibilidade. 
• No caso da via pulmonar uma parcela sai no ar 
expirado. 
• Na pele, ao usar uma pomada pode acabar 
esbarrando ou lavando a região e uma parcela do 
fármaco acaba sendo perdida. 
• É muito difícil ter uma biodisponibilidade de 100% 
em outra via que não seja a intravenosa. 
• No caso da área sobre a curva de um fármaco que 
foi administrado por via intravenosa, ele já parte 
do 100% e vai caindo ao longo do tempo. 
• No caso de outras vias há uma ascensão dessa 
curva onde tem o processo de absorção, e ai sim 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
depois ocorre a queda na curva em que o fármaco 
vai sendo distribuído, metabolizado e eliminado. 
BIOEQUIVALÊNCIA 
• Para que dois fármacos sejam bioequivalentes 
eles precisam ter a mesma área sob a curva no 
gráfico de concentração plasmática ao longo do 
tempo, ou seja, precisam ter a mesma 
biodisponibilidade. 
• Para que ocorra a bioequivalência são necessários 
outros fatores como: 
- Mesma formulação farmacêutica (um comprimido 
nunca será bioequivalente a um xarope mesmo que 
seja o mesmo fármaco). 
- Todas as características farmacocinéticas precisam 
ser iguais, os fármacos têm que ser absorvidos, 
disponibilizados, metabolizados e eliminados no 
mesmo tempo. 
• Para que dois fármacos sejam bioequivalentes 
eles precisam ter a mesma biodisponibilidade, as 
mesmas características farmacocinéticas e a 
mesma formulação farmacêutica. 
• Assim vieram os conceitos de fármacos genéricos: 
esses necessitam ser bioequivalentes, por isso há 
dois fármacos de indústrias farmacêuticas 
diferentes que se comportam da mesma forma. 
• Os fármacos similares não passam por todos os 
testes de bioequivalência, mas isso não significa 
que são ruins. 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
• Vias enterais: oral, bucal, sublingual e retal. 
• Vias parenterais diretas: intravenosa, 
intramuscular, subcutânea, intradérmica, intra-
arterial, intratecal (usada para anestesia local, 
peridural (usada para anestesia local), 
intraarticular (não pode ser muito repetida pois 
causa lesão de cartilagem), intracardíaca, 
intrapleural e intraperitoneal (não é mais usada 
em humanos por causa aderência de peritônio). 
• Vias parenterais indiretas: cutânea, pulmonar, 
conjuntival, geniturinária e rineorofaringe. 
VIA ORAL 
• É a mais utilizada devido a sua praticidade. 
• Não causa dor como várias outras vias de 
administração. 
• É uma das vias mais seguras, pode ser reversível 
dependendo da quantidade de medicação que foi 
ingerida e do tempo decorrido, induz-se êmese ou 
faz-se lavagem gástrica, ou aplica-se carvão 
ativado para absorver as moléculas antes de 
serem absorvidas pelo organismo. 
• Permite que a própria pessoa administre o 
fármaco, não precisa de especialista. 
• É mais econômico e existe em várias 
apresentações: xarope, comprimido, efervescente 
etc. 
DESVANTAGENS 
• Efeito de primeira passagem hepático: uma 
parcela do que foi administrado acaba sendo 
perdida pela metabolização hepática. 
• Pode causa irritação da mucosa gastrointestinal, 
os anti-inflamatórios têm essa tendência podendo 
levar a casos de gastrite ou úlcera. 
 
• Para ingerir um comprimido deve ser oferecido no 
mínimo 200ml de água pois essa quantidade irá 
facilitar o processo de dissolução. 
• Alguns fármacos não podem ser administrados 
com leite, o grupo dos antibióticos e tetraciclinas. 
A tetraciclina quebra o cálcio do leite formando 
um complexo insolúvel e impossível de ser 
absorvido. 
• A presença de grande quantidade de alimento, 
principalmente os gordurosos, dificulta o processo 
de absorção pois as moléculas dos nutrientes vão 
competir com as do fármaco até a chegada na 
corrente sanguínea. 
VIA SUBLINGUAL 
• O comprimido é colocado exatamente embaixo da 
língua, normalmente são comprimidos pequenos 
para que sofram uma rápida dissolução. 
• A absorção através dessa via é bastante rápida 
pois o medicamento cai diretamente na circulação 
sistêmica, uma vez que essa irrigação vai 
diretamente para a veia cava superior. 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
• Apesar de não ter o efeito de primeira passagem 
hepático pode ter uma pequena perda na saliva, 
mas que acaba sendo ingerida pela via oral. 
DESVANTAGEM 
• A indústria farmacêutica não consegue formular a 
grande maioria dos fármacos para serem 
administrados por essa via, eles só conseguem 
fazer para fármacos que apresentam alta 
lipossolubilidade. 
• Também há a desvantagem de ser uma pequena 
área de absorção. 
VIA RETAL 
• Apresenta rápida absorção pois é uma área muito 
irrigada. 
• É administrada principalmente em crianças ou 
pacientes em coma ou apresentando êmese. 
• Tem menor efeito de primeira passagem hepática 
do que na via oral pois apenas parte da circulação 
local tem acesso a veia porta e sua chegada no 
fígado. 
DESVANTAGEM 
• Possibilidade de causar irritação local. 
• Pode causar um reflexo fecal e não dar tempo de 
absorver a quantidade suficiente para ocorrer o 
efeito farmacológico. 
• É bastante desconfortável, o que gera baixa 
adesão ao tratamento, ou seja, não adianta 
prescrever e o paciente não seguir o esquema 
terapêutico, não haverá o efeito farmacológico 
esperado. 
VIA INTRAVENOSA• Tem como vantagem o acesso direto a circulação 
sistêmica, impedindo qualquer efeito de primeira 
passagem ou outro tipo de perda – gerando 
biodisponibilidade de 100%. 
• Permite uma administração em grandes volumes, 
o que não acontece com a maioria das outras 
grandes vias parenterais. 
• As vezes é necessário diluir na bolsa de soro a 
medicação para ser administrado. 
• Baixa latência: baixo tempo necessário para que 
inicie o efeito farmacológico. 
• É muito utilizado em emergências e pacientes 
inconscientes. 
• É a via que mais facilita uma precisão na dosagem, 
permite um tratamento bastante individualizado 
para evitar mais efeitos adversos. 
• Geralmente os fármacos têm uma faixa de dose 
de tratamento, com mínimo e máximo prescrito 
na bula, porém é difícil corrigir esse valor de 
acordo com o peso do indivíduo, o que é mais fácil 
pela via intravenosa. 
• Pode administrar a dose na forma titulada, ou 
seja, administrar uma dose menor inicialmente, 
esperar o efeito farmacológico e a medida em que 
for necessário vai acrescentando doses maiores. 
• A injeção precisa ser lenta para que não perca o 
acesso e não corre risco de lesão ou necrose local. 
DESVANTAGEM 
• Aplicação irreversível, tudo o que for 
administrado não tem como ser retirado do 
indivíduo, e em função disso é a via com maior 
risco de reações adversas. 
• Não podem ser utilizadas soluções oleosas ou 
insolúveis quando ainda tem pequenas partículas 
que não foram diluídas. As vezes a preparação 
não vem na forma líquida, mas em pó com uma 
água esterilizada para que seja diluído, as 
pequenas partículas não podem ser administradas 
pois corre risco de causar embolia pulmonar e até 
óbito do indivíduo. 
• É desconfortável, as vezes é difícil pegar o acesso 
venoso, pode causar dor. 
• Necessita de material estéril, assepsia local, 
pessoa especializada e tudo isso gera um custo 
maior no uso dessa via comparado com a via oral, 
por exemplo. 
VIA INTRAMUSCULAR 
• A absorção é bastante rápida pois trata-se de um 
tecido altamente irrigado. 
• A biodisponibilidade é normalmente acima de 
75% e pode chegar a 100%. 
• O volume a ser administrado é até 5ml, bem 
menor comparado a via intravenosa. 
• Podem ser usadas formulações oleosas e de 
depósitos com o objetivo de lentificar esse 
processo de absorção. 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
• Os anticoncepcionais de administração 
intramuscular são ingeridos a cada três meses ou 
a cada mês e essas formulações oleosas fazem 
com que a saída para a corrente sanguínea seja 
mais lenta. 
• As injeções são feitas nos glúteos máximos, no 
deltoide, no braço e na coxa (vastolateral). 
• A agulha deve ser comprida com o bisel longo e 
perpendicular a 90 graus do tecido para ter 
certeza do alcance ao tecido muscular. 
DESVANTAGEM 
• Irritação local. 
• É bastante dolorosa, principalmente as 
formulações oleosas. 
• A injeção de benzetacil por exemplo é bastante 
dolorosa. 
• Precisa de material estéril, de técnica adequada, 
assepsia local, o que também gera um custo mais 
elevado. 
VIA SUBCUTÂNEA 
• Nessa via a absorção é mais lenta, contínua e 
segura, pois temos baixa irrigação sanguínea 
nesse tecido e isso permite um efeito mais 
sustentado. 
• Podem ser utilizadas suspensões insolúveis (de 
depósito) e aplicação de pallets (microchips) que 
são implantados embaixo da pele, nesse tecido 
subcutâneo. Isso permite uma absorção bastante 
lenta, existem anticoncepcionais que duraram em 
torno de dois – três anos. 
• Pode ser associado a vasoconstritor, 
especificamente para anestésicos locais, essa 
associação com vasoconstritor permite uma 
redução da dose e um tempo maior de efeito 
farmacológico do anestésico local. 
• A administração é com a agulha deitada em torno 
de 45 graus em relação a pele para que alcance o 
tecido subcutâneo. 
• Se for uma agulha com bisel menor, como as 
seringas de insulina com 1ml ou 0,5ml pode ser 
administrado perpendicular a 90 graus. 
• Os principais locais para administração são: em 
volta da cicatriz umbilical, no abdômen, na parte 
posterior lateral do braço, das costas ou coxa, ou 
nas nádegas (menos utilizadas devido a baixa 
velocidade de absorção). 
DESVANTAGEM 
• Não podem ser administradas substâncias 
irritantes. 
• Pode causar dor ou lesão tecidual. 
• O volume a ser administrado é pequeno. 
VIA TÓPICA 
• Tem como vantagem a administração sobre as 
mucosas. 
• Pode ser para efeito local como 
descongestionante nasal ou para efeito sistêmico. 
• A absorção é bastante rápida e podem ser 
aplicados adesivos sobre a pele para que ocorra 
uma liberação com fluxo contínuo. 
• Existem anticoncepcionais que são administrados 
em adesivos, um adesivo a cada semana durante 
3 semanas seguidas e 1 semana sem adesivo. 
• É necessário avaliar se a pele está integra, se há 
alguma lesão, se está escoriada. Caso sim, não 
pode ser aplicado sobre as lesões, a não ser que 
seja o objetivo do tratamento. 
• A absorção depende do fluxo sanguíneo e da 
temperatura local, por isso as vezes ao usar 
pomada o ideal é massagear o local para 
aumentar a temperatura e aumentar o fluxo 
sanguíneo para facilitar o processo de absorção. 
VIA INTRADÉRMICA 
• É pouco utilizada. 
• A seringa deve ser posicionada bem deitada em 
relação a pele, em torno de 15 graus. 
• Permite um volume máximo de 0,5ml. 
• É utilizada para algumas vacinas. 
• É possível observar a camada da pele mais 
superior, a epiderme da uma levantada na hora 
da aplicação. 
VIA PULMONAR 
• Tem uma absorção muito rápida pois o epitélio 
pulmonar é bem fino, com alto fluxo sanguíneo. 
• O efeito pode ser local como bronquiodilatadores 
ou sistêmico no caso da via inalatória para 
anestesia geral. 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
• A área de superfície é grande devido a presença 
de milhares de alvéolos. 
• Não sofre efeito de primeira passagem hepática, 
mas pode ter uma pequena perda do fármaco 
durante a expiração. 
DESVANTAGEM 
• As indústrias não conseguem formular todos os 
fármacos para serem administrados por essa via, 
só permite a formulação de fármacos gasosos e 
voláteis, ou fármacos que a indústria consegue 
passar por atomização de partículas, podendo 
utilizar bombinha inalatória ou líquida em que é 
diluído no soro para nebulização. 
• Também existem comprimidos colocados em 
dispositivos, a medida em que aperta esses 
comprimidos são furados o conteúdo vira um 
vapor a ser inalado. 
OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
MÉTODOS PARA RETARDAR ABSORÇÃO DOS 
FÁRMACOS 
• Tem objetivo de reduzir a ação sistêmica de um 
fármaco quando ele for usado para um efeito 
mais localizado. 
• Um fármaco utilizado para efeito local pode ter 
uma absorção sistêmica e acabar causando efeitos 
adversos em outros locais. 
• Também pode aumentar a duração de ação de um 
fármaco. 
Exemplo: vasos constritores associados a um 
anestésico local como adrenalina e noradrenalina, 
tem objetivo de manter a ação do fármaco por tempo 
prolongado, uma vez que retém o fármaco naquele 
local por mais tempo. 
• Existem fármacos de liberação lenta associados a 
sais, ésteres e complexos poucos solúveis. 
• A penicilina na formulação com procaína tem a 
absorção mais lenta. 
• A medroxiprogesterona (ação similar a 
progesterona), na forma de acetato, tem a 
absorção mais lenta. 
• A insulina existe em várias formulações de 
absorção lenta, ultralenta, intermediária, rápida 
ou ultrarrápida. Toda vez que ela for formulada 
com zinco, permite a liberação mais lenta. 
• Os microchips permitem uma duração de 
absorção bastante lenta, de anos. 
DISTRIBUIÇÃO 
VOLUME APARENTE DE DISTRIBUIÇÃO 
• No nosso organismo temos em torno de 42 litros 
de líquido, incluindo o plasma, volume intersticial, 
volume intercelular, sendo que o volume do 
plasma temos em torno de 4 litros. 
• O volumeaparente de distribuição pode 
ultrapassar 4 litros, na prática isso significa que o 
fármaco tem alta capacidade de distribuição para 
os tecidos, ou seja, ele extrapola a circulação 
sanguínea que caberia no máximo 4 litros e será 
distribuído para os tecidos. 
• Fármacos que tem o volume de distribuição 
abaixo de 4 litros significa que o fármaco se retém 
dentro da circulação sanguínea. 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
 
• A cloroquina tem um alto volume de distribuição 
(150 L/kg), esse valor é variável. 
• Esse valor é específico de cada fármaco e é 
importante para entender o novo conceito de 
meia vida dos fármacos. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A DISTRIBUIÇÃO 
FLUXO SANGUÍNEO 
• Quanto maior o fluxo sanguíneo, maior será a 
distribuição. 
• A distribuição ocorre mais rapidamente para os 
tecidos mais perfundidos em detrimento de 
tecidos menos perfundidos. 
• A medida em que se avalia a concentração 
plasmática desse fármaco caindo, não significa 
que ele está sendo somente eliminado pelo 
organismo, ele pode estar sendo distribuído para 
os tecidos e no futuro voltarão para a corrente 
sanguínea para serem encaminhados para os 
órgãos de metabolização e eliminação. 
• Tecidos bem perfundidos como o fígado e rins 
recebem o fármaco mais rapidamente em 
detrimento de outros tecidos com menor fluxo 
sanguíneo, como por exemplo o cérebro e o 
tecido adiposo. 
• O tecido adiposo, principalmente, acaba retendo 
por mais tempo o fármaco, servindo como tecido 
de reservatório. 
• Isso pode influenciar em pacientes obesos, como 
ele vai ficar com o fármaco retido no tecido 
adiposo, em algum momento ele volta pra 
corrente sanguínea e pode se somar a outra dose 
que o paciente tenha ingerido e 
consequentemente elevar o risco de efeitos 
adversos. 
PERMEABILIDADE CAPILAR 
• A maioria dos capilares são permeáveis a 
passagem de íons e água. 
• Esses capilares vão ser permeáveis a passagem do 
fármaco de dentro da corrente sanguínea para os 
tecidos. 
• Barreira placentária: possui um sistema de 
glicoproteína P. 
- Essa barreira tem um sistema de efluxo, ou seja, 
toda substância que bate ali ela tenta repelir. 
- Apesar da presença da glicoproteína P, essa barreira 
também tem um sistema de afluxo com o objetivo de 
fornecer da mãe para o feto nutrientes e oxigênio. 
- Na verdade, a barreira placentária para os fármacos 
não serve efetivamente como uma barreira pois todo 
medicamento que a mãe tomar terá acesso ao feto. 
- Por isso a maioria das gestantes não pode tomar 
grande parte dos fármacos e os que forem 
administrados precisam ser com bastante cautela com 
o objetivo de reduzir os riscos de malformações fetais 
e efeito direto no feto. 
• Barreira hematoencefálica: 
- Possui astrócitos que envolvem os capilares e 
junções do tipo GAP (junções de oclusão) que 
impedem a entrada do fármaco na região, além do 
sistema de glicoproteína P (efluxo) presente nos 
capilares. 
• Tudo isso vai proteger o sistema nervoso central 
da presença de substâncias toxicas e 
consequentemente também protege da entrada 
de muitos fármacos. 
• O fármaco que consegue ter acesso a essa região, 
como antidepressivos, ansiolíticos e anestésicos 
gerais, tem uma alta lipossolubilidade para 
conseguir vencer a barreira hematoencefálica. 
COEFICIENTE DE PARTIÇÃO EFETIVO (C. P. E.) 
• É um valor obtido através da multiplicação da 
fração não-ionizada presente no fármaco e o 
coeficiente de participação lipídeo/água. Isso vai 
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depender do pH do meio e do pKa dos fármacos 
ácidos/básicos. 
LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS 
• Os fármacos ácidos tendem a se ligar a albumina, 
os fármacos básicos se ligam a proteína α 1 ácida. 
• O percentual de ligação às proteínas plasmáticas é 
bem variável, depende da característica química 
de cada fármaco. 
• Algumas situações clínicas podem alterar esse 
percentual de ligação com proteínas plasmáticas. 
• Apenas a fração livre dos fármacos é capaz de 
acessar os tecidos, ou seja, aquele fármaco que 
está ligado com a proteína não consegue 
inicialmente ter acesso aos tecidos até a ligação 
ser desfeita. 
• Pode haver uma competição pelos sítios de 
ligação com essas proteínas plasmáticas entre 
grupos de fármacos, como por exemplo os 
benzodiazepínicos com a varfarina. 
• A varfarina circula normalmente 99% ligada a 
proteínas plasmáticas e apenas 1% fica livre, ou 
seja, qualquer outro fármaco que venha a ocupar 
as mesmas proteínas plasmáticas fará com que o 
percentual da fração livre da varfarina aumente. 
• Os benzodiazepínicos têm essa função de 
competir com a varfarina, isso desloca a varfarina 
para uma fração livre muito maior e 
consequentemente tem uma maior chance de 
observar os efeitos adversos da varfarina (um 
anticoagulante administrado pela via oral). 
• Em algumas situações clínicas como doença 
hepática severa ou síndrome nefrótica o paciente 
pode entrar em um quadro de hipoalbuminemia, 
isso significa que fármacos ácidos teriam menos 
proteínas plasmáticas para se ligarem e ficariam 
mais livres na corrente sanguínea, o 
provavelmente acarretaria maior chance de 
efeitos adversos. 
• Algumas doenças podem aumentar os níveis de 
glicoproteína α 1 ácida, como câncer, artrite, 
infarto do miocárdio e doença de crohn. 
Consequentemente, se tem mais proteína para 
ligação, mais fármacos básicos ficam ligados e o 
percentual livre reduz, provocando menos efeitos 
farmacológicos. 
LIGAÇÃO TECIDUAL 
• A melanina da retina pode acumular fármacos 
como clorpromazina e cloroquina. 
• Nos ossos temos uma absorção na superfície 
cristalina, com acúmulo de tetraciclinas, podendo 
servir como reservatório de liberação lenta. 
• O tecido adiposo é o principal reservatório de 
fármacos, devido ao seu baixo fluxo sanguíneo ele 
acaba acumulando principalmente fármacos com 
características muito lipossolúveis. 
REDISTRIBUIÇÃO 
• A medida em que vamos observando uma queda 
na concentração sanguínea do fármaco, não 
significa que ele foi totalmente eliminado, mas 
pode estar sendo distribuído para os tecidos ou 
redistribuído para outros tecidos. 
• Primeiro tem a chegada nos tecidos mais irrigados 
e posteriormente nos tecidos menos irrigados 
como o tecido gorduroso. 
• A consequência é o prolongamento da ação do 
fármaco, uma vez que o tecido que armazena esse 
fármaco vai liberar novamente o fármaco para a 
corrente sanguínea, tornando-o biodisponível 
para o seu efeito farmacológico. 
METABOLIZAÇÃO 
• O objetivo principal é transformar os fármacos em 
metabólitos que podem possuir ou não, atividade 
farmacológica ou tóxica. 
Importância: 
• A influência do efeito de primeira passagem na 
biodisponibilidade dos fármacos. 
• A metabolização tem como objetivo eliminar 
fármacos lipossolúveis e terminar a atividade para 
que se tornem mais hidrossolúveis, isso 
posteriormente facilita a eliminação pela via 
urinária. 
• O fígado é o principal órgão de metabolização dos 
fármacos, além disso, o trato gastrointestinal, rins 
e pulmões também podem exercer essa função. 
• Existem duas fases de metabolização: A fase 1 é 
chamada de funcionalização que pode gerar 
metabólito ativo, inativo ou tóxico. A fase 2 que 
também é chamada de conjugação tem como 
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objetivo formar metabólito inativo já na sua 
conformação hidrossolúvel. 
• Prós-fármacos: são fármacos que não tem 
atividade farmacológica na sua estrutura química 
original, eles precisam passar pela fase 1 para 
gerar metabolitos ativos. Esse metabólito é que 
exerce a atividade farmacológica. 
• Existem fármacos que possuem efeito 
farmacológico, mas podem gerar metabolito ativo 
ao passar pela fase 1. No caso da morfina isso 
ocorre, a morfina tem atividade farmacológica e o 
seu metabólito gerado na fase 1também possui 
atividade farmacológica. 
• O fármaco pode passar pela fase 1 e pela fase 2, 
mas não necessariamente é obrigatório passar 
pela fase 1. 
• O fármaco pode ir diretamente para a fase 2 e 
ficar pronto para eliminar ou pode passar pela 
fase 1, gerar um metabólito ativo, passar pela fase 
2 posteriormente e ser eliminado. 
• Na fase 2 também há a possibilidade de gerar 
metabólito inativo e o fármaco passa 
posteriormente pela fase 2 para ser eliminado. 
• Também existem fármacos que são eliminados na 
sua estrutura química original, sem passar por 
alterações enzimáticas – eliminação in natura. 
REAÇÕES DE FASE 1 
• Essas reações acontecem no sistema de enzimas 
hepáticas chamas de citocromo P450 
monooxigenase. É uma superfamília de proteínas 
heme-tiolato, que possuem como abreviatura CYP 
que tem mais de 50 CYPs ativas no homem, temos 
como exemplo o quadro abaixo: 
 
• A última CYP é uma das principais CYPs. 
• Dentro desse sistema são feitas reações 
oxidativas, reações de reduções e reações de 
hidrolises. 
REAÇÕES DE FASE 2 
• Não ocorre no sistema de citocromo P450, mas 
também ocorre no fígado e em reações do tipo 
glicuronidação, sulfatação, acetilação e 
conjugação com glutationa. 
• As vezes o mesmo fármaco necessita passar mais 
de uma vez na mesma fase, pois ele precisa de 
reações químicas diferentes. 
• O paracetamol, por exemplo, precisa sofrar 
glicuronidação, sulfatação e conjugação com 
glutationa. É um dos fármacos com maior 
potência de causar efeitos tóxicos no fígado pois 
ele pode esgotar os níveis de glutationa hepático 
e o metabólito gerado antes dessa reação é 
altamente lesivo para causar uma hepatoxicidade, 
podendo até mesmo ser fulminante. 
METABOLIZAÇÃO DE BENZODIAZEPÍNICOS 
 
• Acima temos o exemplo de dois fármacos na 
mesma classe química – os benzodiazepínicos, 
usados principalmente no tratamento da 
ansiedade para insônia. 
• O Diazepam precisa passar duas vezes na fase 1 e 
posteriormente passar na fase 2 para ser 
eliminado. 
• O Diazepam tem atividade farmacológica e esses 
dois primeiros metabolitos gerados na fase 1 
(desmetildiazepam e oxazepam) também 
possuem atividade farmacológica. Esses 
metabólitos voltam para a corrente sanguínea e 
exercem atividade farmacológica. 
• O lorazepam passa apenas na fase 2 e já fica 
pronto para ser eliminado. 
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• O tempo de ação é a grande diferença entre esses 
dois fármacos, o Diazepam tem um tempo muito 
mais duradouro do que o lorazepam, então a 
escolha do fármaco mesmo sendo da mesma 
classe química e com a mesma ação farmacológica 
também pode ser determinada por essas 
diferenças no tempo de ação farmacológica. 
REAÇÕES DE FASE 1 X FASE 2 
 
• A CYP3A4/5 metaboliza em torno de 50% dos 
fármacos e as enzimas responsáveis pelas reações 
da fase 2. 
FATORES QUE ALTERAM O METABOLISMO DOS 
FÁRMACOS 
VARIAÇÃO GENÉTICA – ACETILADORES LENTOS 
X RÁPIDOS 
• Existem diferenças durante o processo de 
metabolização de acordo com a etnia do 
indivíduo. 
• Uma das reações mais comuns em que se observa 
essa diferença é na reação de acetilação. Existem 
determinados grupos onde se conhece qual é a 
parcela da população que possui uma ação de 
acetilação lenta e qual tem a reação química de 
acetilação mais rápida. 
• Um acetilador lento vai metabolizar o fármaco 
que necessita dessa reação enzimática de forma 
mais lenta, com isso terá uma permanência do 
fármaco mais tempo na corrente sanguínea e 
maior chance de efeito adverso. 
• Um acetilador rápido metaboliza esse fármaco de 
forma mais acelerada. Consequentemente sua 
eliminação também será mais rápida, reduzindo 
rapidamente as concentrações plasmáticas e 
muitas vezes não tem tempo de ocorrer o efeito 
farmacológico esperado. 
• Outros fatores que influenciam: indução e inibição 
enzimáticas, fatores ambientais, doenças, idade e 
sexo. 
VARIAÇÃO GENÉTICA: FATORES ENDÓGENOS E 
EXÓGENOS 
 
• Fatores como idade, sexo, gestação, prática de 
exercícios, presença de doenças ou infecções, 
exposições ocupacionais a contaminantes e a 
fármacos, variações circadianas e sazonais, uso de 
suplementos dietéticos, a dieta diferente entre os 
indivíduos, função cardiovascular, trato 
gastrointestinal, imunológica, hepática e renal... 
influenciam bastante na constituição genética, 
além do estresse, febre, ingestão de álcool e 
tabaco alteram o processo de metabolização dos 
fármacos. 
INDUÇÃO E INIBIÇÃO ENZIMÁTICA 
• Inibição: existem vários fármacos com capacidade 
de inibir alguma das enzimas do citocromo P450, 
como cimetidina, eritromicina, cetoconazol e 
quinidina. 
- Quando esses fármacos chegam ao fígado, eles 
inibem algumas enzimas e consequentemente quando 
um segundo fármaco for administrado e precise 
passar pelo mesmo sistema enzimático para ocorrer a 
metabolização, isso não vai acontecer. 
- O acúmulo desse segundo fármaco na corrente 
sanguínea aumenta a probabilidade de observar um 
efeito adverso. 
• Indução enzimática: as substâncias têm uma 
capacidade de acelerar a atividade das enzimas 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
hepáticas, como etanol, omeprazol, fenobarbital, 
rifampicina e tabagismo. 
- Quando um segundo fármaco chegar no fígado e 
essas enzimas estiverem trabalhando de forma mais 
acelerada, consequentemente ele será metabolizado 
e eliminado mais rapidamente, reduzindo 
consideravelmente a quantidade do fármaco na 
corrente sanguínea e seu efeito farmacológico. 
• Isso só acontece com a administração repetida 
dessas substâncias, se o indivíduo toma um copo 
de cerveja ele não terá indução enzimática, mas 
se é um usuário contínuo ou usa grande 
quantidade em curto período, ele pode sim 
atrapalhar essa metabolização. 
• A interação mais comum é com antibióticos, por 
isso dizem que o etanol corta o efeito do 
antibiótico, exatamente pelo fenômeno de 
indução enzimática que ocorre no fígado. 
INIBIDORES DO SISTEMA CITOCROMO P450 
 
 
 
 
 
INDUTORES DO SISTEMA CITOCROMO P450 
 
DOENÇAS 
• As doenças também influenciam bastante no 
processo de metabolização, como hepatopatias, 
hepatite, doença alcoólica do fígado, fígado 
gorduroso, cirrose e hepatocarcinomas. 
• Indivíduos com insuficiência cardíaca severa ou 
em choque possuem um baixo débito cardíaco, há 
uma redução do fluxo sanguíneo no fígado, 
comprometendo o processo de metabolização dos 
fármacos. 
IDADE 
• Com relação a idade, não há grande diferença 
entre as faixas etárias, exceto nas extremidades. 
• No caso dos neonatos, há ausência das enzimas 
hepáticas necessárias para metabolização dos 
fármacos. 
• Nos idosos o sistema de metabolização está em 
falência devido a exposição a muitos fármacos 
eles acabam ficando mais expostos aos efeitos 
adversos dessas medicações. 
SEXO 
• Em relação ao sexo não se observa muitas 
diferenças entre homens e mulheres. 
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• Gestantes que tem uma indução enzimática no 
segundo e terceiro trimestre de gestação e 
mulheres usuárias de contraceptivos orais, esses 
fármacos podem fazer uma inibição irreversível de 
algumas CYPs. 
ELIMINAÇÃO 
• A principal via é através da urina, mas existe 
também a eliminação através da bile, fezes, ar 
expirado, suor, saliva, lágrimas (via conjuntival) e 
leite materno. 
EXCREÇÃO RENAL 
• O processo de excreção renal possui 3 etapas. 
• Primeira etapa: filtração glomerular, ocorre no 
glomérulo na cápsula de bowman. 
• Segunda etapa: secreção tubular ativa, onde as 
substâncias que estão na corrente sanguínea 
passam para os túbulos renais. 
• Terceira etapa: reabsorção tubular passiva, onde 
íons e moléculas ou água, importantes para o 
organismo são reabsorvidos de volta para a 
corrente sanguínea. No final há a formação da 
urina. 
• O fármaco também irá passarpor todo esse 
processo. 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
• Durante a filtração glomerular esse fármaco vai 
chegar na corrente sanguínea ligado as proteínas 
plasmáticas ou na sua forma livre, mas apenas a 
forma livre vai ser capaz de ser filtrada para a 
urina. 
SECREÇÃO TUBULAR ATIVA 
• Existem transportadores específicos que vão 
transportar esse fármaco da corrente sanguínea 
até os túbulos renais 
REABSORÇÃO TUBULAR PASSIVA 
• vai ser influenciada pelo tamanho molecular, pela 
lipossolubilidade e pelo pH urinário. 
 
 
 
PH URINÁRIO X EXCREÇÃO RENAL 
 
• No gráfico temos a quantidade de metanfetamina 
que foi excretada ao longo do tempo. 
• No pH controle, temos a curva do meio da 
quantidade que foi excretada. 
• A metanfetamina é uma substância básica e um 
fármaco básico em um meio básico prevalece na 
forma não ionizada, que é mais lipossolúvel. 
• Essa forma lipossolúvel vai sofrer o processo de 
reabsorção tubular, e se vai ser reabsorvido, 
consequentemente a eliminação reduz – 
mostrada pela curva mais abaixo com a urina 
alcalina, já que é uma substância básica. 
• O contrário acontece quando acetificar a urina, 
vai ser uma substância básica na presença de uma 
urina ácida, isso irá favorecer sua conformação 
hidrossolúvel que está mais propensa a sofrer o 
mecanismo de excreção renal. 
FÁRMACOS EXCRETADOS INALTERADOS NA 
URINA 
• Existem fármacos que são excretados de forma 
inalterada na urina, isso depende da taxa de 
eliminação renal, sendo esse o principal fator que 
determina o seu tempo de ação. 
• É necessário ter cuidado com idosos e pacientes 
com insuficiência renal, já que existe uma 
dificuldade na eliminação desses fármacos. 
 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
EXCREÇÃO BILIAR: CIRCULAÇÃO ÊNTERO-
HEPÁTICA 
• Durante esse processo o fármaco virá conjugado e 
será eliminado na bile, o que vai ser levado ao 
intestino. 
• No intestino existe uma circulação êntero-
hepática que pode fazer com que ocorra uma 
hidrólise do conjugado que foi formado na fase 2 
no fígado por bactérias presentes nesse intestino. 
• O fármaco, através da circulação êntero-hepática 
poderá voltar ao fígado e posteriormente voltar a 
circulação geral. 
• Dependendo da taxa de extensão da circulação 
êntero-hepática isso pode promover um 
prolongamento significativo da presença desses 
fármacos na corrente sanguínea, também do 
efeito farmacológico. 
EXCREÇÃO PULMONAR 
• No caso de fármacos que são administrados pela 
via inalatória (substâncias gasosas ou voláteis), vai 
ocorrer uma difusão do sangue para o ar alveolar 
e consequentemente a expiração desse fármaco, 
então a taxa de remoção vai depender da 
velocidade e da frequência de ventilação 
pulmonar, quanto maior, maior a eliminação. 
LEITE 
• A excreção no leite materno deve ser avaliada. 
• O pH do leite é em torno de 6,5, então é 
necessário fazer a conta de Henderson-
Hasselbalch para calcular exatamente qual é a 
quantidade de fração não ionizada. 
• Essa concentração vai depender da 
lipossolubilidade, do grau de ionização e da 
extensão da secreção ativa para o leite materno. 
• Normalmente observamos uma tendência maior 
dos fármacos lipossolúveis acumularem-se na 
gordura do leite e ocorre uma maior exposição 
aos fármacos quando a amamentação começa 
pouco depois da administração materna do 
fármaco. 
DEPURAÇÃO 
• Também chamada de clearance. 
• É a eficácia do organismo na eliminação do 
fármaco. 
• A depuração sistêmica vai depender da depuração 
renal, hepática e outras vias de eliminação. 
MEIA VIDA 
• É o tempo necessário para as concentrações 
plasmáticas serem reduzidas em 50%. 
 
• No gráfico temos 100% de concentração então 
provavelmente o fármaco foi administrado por via 
intravenosa. 
• Observamos uma queda de 50%, depois para 25%, 
depois para 12,5% e no último tempo que é o 
quarto tempo de meia vida para 6,25% de 
concentração plasmática. 
• Quando se observa uma queda na concentração 
plasmática, não significa que esse fármaco está 
sendo eliminado, ele também está sendo 
distribuído. 
• Então isso fica claro pela fórmula do tempo de 
meia-vida, tem a constante que é 0,693 X o 
volume de distribuição sobre o clearance, ou seja, 
o tempo de meia-vida ele é diretamente 
proporcional ao Vd e inversamente proporcional 
ao clearance. 
 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
• a grande maioria dos tratamentos vai ser feita em 
várias doses, isso vai promover um acúmulo do 
fármaco no organismo, durante esse acúmulo 
pode ser observado que a partir do 4 ou 5 tempo 
de meia vida comece a ter um equilíbrio na 
concentração plasmática. 
TERAPIA COM DOSES REPETIDAS 
 
Um exemplo de terapia com doses repetidas, 
mostrando que esse equilíbrio é alcançado mais ou 
menos a partir do valor de 4 a 5 tempos de meia-vida. 
 
 
• O tempo de meia vida é bastante variável entre os 
fármacos, como montelucaste, que possui meia 
vida de 4horas, alprazolam que tem um tempo de 
meia vida de 12 horas etc. Ou seja, vai demorar 
bastante para atingir um equilíbrio de 
concentração plasmática com esses fármacos 
quando possuem um valor de tempo de meia-vida 
elevado. 
• Tudo isso precisa ser levado em consideração 
durante o planejamento do esquema terapêutico. 
 
 
 
 
 
FATORES QUE ALTERAM A MEIA VIDA 
 
CARACTERÍSTICAS DOS EFEITOS 
FARMACOLÓGICOS 
 
• Janela terapêutica: é o intervalo entre a 
concentração mínima eficaz (só a partir dessa 
concentração que começa a observar 
efetivamente o efeito farmacológico) e a 
concentração mínima tóxica (a partir dessa 
concentração começa a observar efeitos 
adversos). 
• O objetivo do tratamento deve ser manter essa 
variação de concentração plasmática ou o 
equilíbrio dentro da janela terapêutica. 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
 
• Acima temos o exemplo da varfarina, uma 
substância que possui uma janela terapêutica 
reduzida, ou seja, ela acaba sendo muito próxima 
da dose que apresenta um efeito adverso. 
 
• Já a penicilina tem uma janela terapêutica maior e 
acaba tendo um índice terapêutico maior, pode 
trabalhar no máximo de dosagens que esse 
fármaco permite sem observar nenhum tipo de 
efeito adverso. 
 
• Quadro A: em uma situação de dosagem 
terapêutica, observa-se que a janela terapêutica é 
alcançada e mantida durante o tratamento, 
porém existem fármacos com tempo de meia vida 
muito elevados e em uma emergência não vai ter 
como esperar dias para alcançar esse equilíbrio. 
• Exemplo B: Então precisa-se fazer uma dose inicial 
maior chamada de ataque, a partir dai vai manter 
com outras doses para continuar na janela 
terapêutica. 
• Normalmente essas doses de ataque são 
utilizadas em emergências e principalmente 
quando tem um tempo de meia vida mais 
elevado. 
• Exemplo C: uma substância que ultrapassou a 
janela terapêutica e a partir dai então começa a 
observar os efeitos tóxicos. 
• Exemplo D: um tratamento que não alcançou a 
janela terapêutica, observa-se uma dosagem 
chamada de subterapêutica. 
TERAPIA COM DOSES REPETIDAS 
• Acontece em tratamentos prolongados. 
• Nesse caso a dose de ataque é necessária para 
alcançar rapidamente a janela terapêutica nas 
substâncias com tempo de meia vida elevado ou 
em emergência. 
• Apesar de haver um equilíbrio de concentração 
plasmática após 4 a 5 tempos de meia visa, esse 
equilíbrio só se torna uma reta constante no 
plasma. 
DOSE DE ATAQUE 
 
• A digoxina tem um tempo de meia vida de 1,6 
dias, levando então 6 dias para que o fármaco 
alcance o platô. 
• Existem fórmulas para calcular a dose de ataque: 
volume de distribuição x a concentração 
plasmática alvo – no caso da via intravenosa que é 
a mais utilizada nessa situação. 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
• Se for utilizar por outras vias é preciso dividir pelo 
fator de biodisponibilidade.• A dose de manutenção é calculada pela 
concentração plasmática alvo x o clearence sobre 
o fator de biodisponibilidade. 
 
• O intervalo entre as doses também vai ser 
determinado de acordo com o seu objetivo de 
alcançar a janela terapêutica e manter o 
tratamento de forma eficaz. 
 
• A partir de 4,5 tempos de meia vida o equilíbrio 
de concentração plasmática é alcançado na 
terapia com doses repetidas. 
 
• No exemplo acima foram propostos 3 esquemas 
terapêuticos, a linha preta ocorre após a 
administração intravenosa da substância, uma 
dose de 28 mg/h. 
• A linha laranja é a administração a cada 8 horas 
de 224 mg. 
• A linha azul é a administração a cada 24h da 
dosagem de 672 mg. 
• Nesses três casos a concentração média no 
plasma em estado de equilíbrio é de 10 mg/L. 
 
• O esquema terapêutico proposto deve ser 
mantido com bastante rigor com relação aos 
horários. 
• Acima temos o exemplo de um individuo ao fazer 
tratamento farmacológico, mantendo sua 
concentração plasmática estável e ele esquece de 
tomar dois comprimidos, por exemplo. 
• Supondo que seja um antibiótico, veja como a 
concentração plasmática pode cair drasticamente 
e o tempo que vai demorar a voltar a entrar em 
equilíbrio. 
• Durante esse período, principalmente se for um 
antibiótico com ação bacteriostática (só paralisa a 
atividade da bactéria e não mata a bactéria), o 
paciente pode voltar a apresentar febre 
novamente, como se fosse quase uma 
(re)infecção, necessitando iniciar o tratamento 
novamente. 
• O anticoncepcional administrado via oral uma 
única vez ao dia, caso a mulher esqueça um dia, o 
que diz na bula é que pode ser tomado com 
segurança em até 12 horas, porém se passar de 
12 horas eles não garantem mais a eficácia dessa 
medicação, então é necessário usar outro tipo de 
método contraceptivo. Caso a pessoa tenha 
esquecido dois dias seguidos, nesse meio tempo 
ela pode ovular e consequentemente ter uma 
gestação indesejada. 
Farmacologia I – Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ 
 
• Nesse exemplo houve a tentativa de 
administração 4 vezes ao dia na dose de 50mg. 
• A faixa verde não alcançou o nível plasmático 
desejado, já na segunda opção ele fez duas vezes 
ao dia 100mg e não alcançou o nível plasmático 
desejado. 
• Na faixa rosa, uma vez ao dia 200mg ele começa a 
alcançar esse nível plasmático, a partir do 
segundo dia.

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