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PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 111 CINÉTICA QUÍMICA 1. Definição: Um dos ramos da química, mais especificamente da físico-química, que estuda a velocidade de uma reação química. Estuda o consumo do decorrer do tempo dos reagentes e automaticamente a formação dos produtos neste mesmo intervalo de tempo. 2. Velocidade de Reação A velocidade de uma reação química se estabelece pela medida da quantidade de um dos reagentes que desaparece em um dado intervalo de tempo, ou de formação de um dos produtos da reação. (Adamian & Almendra, 2002) 2.1. Velocidade Média Reacional A velocidade média de uma reação segue o mesmo sentido físico dado à velocidade média. Vreação = ΔC/Δt ∆C indica a variação da concentração final menos a concentração inicial de um reagente ou de um produto e ∆t representa o intervalo de tempo no qual ocorreu a variação de concentração. A Figura 1, a seguir, representa a velocidade média da decomposição da água oxigenada (H2O2), que ocorre segundo a reação química: 2 H2O2(aq) → 2 H2O(l) + O2(g) Podemos calcular que a velocidade média nos 30 primeiros minutos é dada por: V(0 – 30) = (0,2 – 0,8) mol.L–1 / 30 min = – 0,02 mol.L–1.min–1. O sinal negativo indica que se trata de um reagente, que no caso refere-se a água oxigenada, e ao longo do tempo a concentração diminui. Da mesma forma, a velocidade média de decomposição da água oxigenada nos 15 primeiros minutos será: V15 = (0,4 – 0,8) mol.L–1/ (15 – 0) min = – 0,027 mol.L–1.min–1. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX112 Concentração de Água Oxigenada tempo (min) 0 5 10 15 20 25 30 0.2 0.4 0.6 0.8 1 (Figura 1) Os valores de velocidade sempre variam proporcionalmente de acordo com os coeficientes estequiométricos da reação. 2.2. Fatores que Influenciam a Velocidade de uma Reação Superfície de Contato: Quanto maior for a superfície de contato entre os reagentes, mais rápida será a velocidade de reação. Temperatura: Quanto maior for a temperatura, mais rápida será a reação. Observação: A temperatura afeta diretamente na constante cinética (k). Concentração dos Reagentes: Quanto maior for a concentração dos reagentes, maior será o número de colisões, ocasionando uma maior velocidade de reação. Pressão: Válido para reagentes gasosos. Se aumentarmos a pressão (diminuindo o volume), teremos uma maior superfície de contato entre as moléculas, favorecendo, assim, o aumento da velocidade reacional. Energia de ativação: A energia de ativação é a menor quantidade de energia necessária que deve ser fornecida aos reagentes para a formação do complexo ativado e para a ocorrência da reação. Quanto maior for a energia de ativação mais lenta será a reação. Estado Físico da matéria: Trata-se de um dos fatores que está diretamente ligada ao estudo da cinética química. Quanto maior o grau de liberdade entre as moléculas, maior será a cinética média entre elas. Podemos relacionar a velocidade por grau de liberdade da seguinte maneira: gás líquido sólidoV V V .> > Catalisador: Tem como objetivo diminuir a energia de ativação da reação, e consequentemente aumenta a velocidade de reação. Catalisadores são substâncias capazes de acelerar uma reação, sendo consumidas durante a mesma. Essa aceleração da reação deve-se, principalmente, à diminuição da energia de ativação. Os exemplos mais tradicionais de catalisadores são as enzimas – catalisadores biológicos presentes em diversos organismos vivos. A Figura 2 representa um gráfico que relaciona Energia x Caminho da reação, em que, na utilização do catalisador, há uma diminuição da energia de ativação. (Feltre, R., 2004) PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 113 Figura 2 – Gráfico cinético que relaciona energia versus caminho da reação. reação sem catalisador reação com catalisador Energia Ea Ea ∆H Caminho da reação 2.3. Equação Geral da Velocidade Reacional De acordo com a lei da ação das massas, a taxa de reação varia de acordo com as concentrações dos reagentes e produtos. Especificamente, a taxa é proporcional as concentrações molares. A taxa de formação ou a conversão da substância A é representada de várias formas, tais como: [ ]d AdCArA, , . dt dt A taxa de reação é frequentemente proporcional as concentrações dos reagentes elevada a uma determinada potência. Exemplo: Para uma reação genérica, do tipo: aA + bB → cC, temos a seguinte expressão para a velocidade de reação: x yv k.[A] .[B]= , onde: − v = velocidade de reação; − [A] e [B] = concentrações dos reagentes A e B; − k = constante de velocidade ou constante cinética ou também conhecida como velocidade específica; − ‘x’ e ‘y’ = ordem de reação. Observações a serem consideradas: 1. A equação do tipo v = k.[A].[B] é determinado de forma experimental → chamada de lei de taxa da reação. Mais formalmente , uma lei de taxa é uma equação que expressa a taxa de reação como função das concentrações de todas as espécies presentes na equação global para a reação em algum tempo: v = f([A],[B],...); 2. Para reações homogêneas (única fase), é bem mais conveniente expressar a taxa em termos das pressões parciais. Com isso a velocidade vai estar em unção da seguinte relação: v = f(PA, PB,...); 3. A lei de taxa de uma determinada reação química é determinada de forma experimental, conforme mencionado anteriormente, e não pode em geral ser inferida da equação química para a reação. Um dos exemplos que podemos mencionar trata-se da síntese do brometo de hidrogênio, em que os coeficientes estequiométricos não são as ordens de reação. Equação química balanceada: H2(g)+ Br2(g)→ 2HBr(g). PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX114 Equação da taxa de reação: 3/2 a 2 2 2 b k .[H ].[Br ]v [Br ] k .[HBr] = + . Através desta equação de taxa, observa-se que em certos casos, a lei de taxa reflete a estequiometria da reação, mas isso é uma mera coincidencia ou reflete uma determinada característica de mecanismo fundamenta da reação. 4. Quando uma reação ocorre em uma única etapa, dizemos que se trata de uma reação elementar. Nesse caso, os expoentes ‘x’ e ‘y’ correspondem aos coeficientes estequiométricos ‘a’ e ‘b’. Dessa forma: v = k . [H2]1 . [Br2]1. Torna-se necessário ressaltar alguns conceitos importantes: 1. Ordem de uma reação: soma dos expoentes aos quais estão elevadas as concentrações dos reagentes que participam da etapa determinante da velocidade da reação. (Nabuco & Barros, 1979) Ordem da reação relativa ao reagente A: ‘x’ (para reação elementar ‘x’ = a). Ordem de reação relativa ao reagente B: ‘y’ (para reação elementar ‘y’ = b). Ordem global da reação: ‘x’ + ‘y’ (para reação elementar ‘x’ + ‘y’= a + b ). (Nabuco & Barros, 1979) 2. Molecularidade: número de moléculas que figuram entre os reagentes da reação elementar. Reação unimolecular: reação elementar que envolve uma única molécula de reagente. Reação bimolecular: são os mais comuns. É a reação elementar que envolve duas moléculas do reagente. Observação: a) Algumas reações que se encontram na fase gasoso, talvez sejam reações trimoleculares, que envolvem três moléculas do reagente. b) Não se conhecem, no estudo da cinética química, molecularidades mais elevadas, possivelmente por ser muito pequena a possibilidade (probabilidade) do encontro de quatro moléculas apropriadas para se dar a reação. 3. Reação elementar: Para a reação elementar, a velocidade da reação é proporcional ao produto das concentrações dos reagentes elevado aos seus respectivos coeficientes estequiométricos. 4. A etapa determinante da velocidade é a etapa lenta da reação. 5. Mecanismo de uma reação: conjunto das reações elementares pelas quais passa uma reação global. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 115 2.4. Estudo Sobreo Comportamento Cinético de uma Reação 1° Caso: Sabe-se que a reação 2A + B → A2B ocorre em duas etapas que podem ser observadas a seguir: Etapa Lenta: A + A → A2 Etapa Rápida: A2 + B → A2B Diz-se que a etapa lenta é a etapa determinante para o cálculo da velocidade reacional. Isso ocorre porque o tempo total da reação depende fundamentalmente dessa etapa da reação. Dessa forma, para o exemplo dado, temos que: V = k. [A]. [A] ou V = k.[A]2 2° Caso: Nesse caso, nos é dada apenas a equação da reação global juntamente com alguns dados relativos à velocidade da reação para diferentes concentrações de reagente. O estudo da velocidade da reação é um pouco mais trabalhoso e torna-se necessária uma atenção especial aos dados oferecidos. Exemplo 01 – (PUC – RJ) Dados experimentais sobre a reação do brometo de t-butila com hidroxila, a 55°C, são apresentados: Concentração Inicial (mol.L–1) Velocidade (CH3)3CBr (OH)– Mol.L –1.s–1 1 0,10 0,10 0,001 2 0,20 0,10 0,002 3 0,30 0,10 0,003 4 0,10 0,20 0,001 5 0,10 0,30 0,001 A reação pode ser vista abaixo: (CH3)3CBr + (OH) - → (CH3)3COH + (Br)- Determine a expressão da velocidade reacional. Resolução: A resolução deste tipo de problema consiste em análise dos dados oferecidos pela tabela. Essa análise deve ser feita da seguinte forma: PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX116 1– Análise Geral: Observe que, nos 3 primeiros ensaios realizados, a concentração de (OH)– não varia, enquanto a variação da concentração inicial de (CH3)3CBr é elevada gradativamente. Observe ainda que nos 2 últimos ensaios ocorre justamente o contrário. 2– Análise Individual: Nesse tipo de análise devemos primeiramente levar em consideração a equação geral da velocidade de reação: V = k . [A]x . [B]y A partir da equação acima e da tabela dada no problema, analisaremos de que forma a variação de cada um dos reagentes afeta a velocidade da reação. Analisemos, primeiro, o reagente (CH3)3CBr. Para isso, utilizaremos os 3 primeiros ensaios. Nos 2 primeiros, vemos que a duplicação da concentração original de (CH3)3CBr resultou numa duplicação da velocidade global da reação. Observando a equação da velocidade de reação, vemos que essa dependência diretamente proporcional só pode ser verificada se x = 1. Tal conclusão também pode ser obtida matematicamente: V1 = k . [A]1x . [B]1y ( = 0,001) (1) V2 = k . [A]2x . [B]2y (= 0,002) (2) Mas como já foi dito: [A]2 = 2[A]1 , [B]2 = [B]1 e V2 = 2V1 Dessa forma a equação (2) pode se escrita como se segue: 2V1 = k . (2 [A]1)x . [B]1y (= 0,002) (3) Dividindo a equação (3) pela equação (1), temos: 2 = ( 2 [A]1 )x / ( [A]1 )x = 2 = 2x . [A]1x / [A]1x = 2 = 2x Logo x = 1. Utilizando o 1° e o 3° ensaios, verificamos que a triplicação da concentração original de (CH3)3CBr resultou numa triplicação da velocidade global da reação. Esse dado serve apenas como uma comprovação de que x = 1. A demonstração matemática é análoga à anterior. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 117 Analisemos, agora, a hidroxila envolvida na reação: Observando os 2 últimos ensaios verificamos que a concentração de (CH3)3CBr é mantida constante enquanto a concentração da hidroxila é multiplicada por um fator 3/2. Todavia, verifica-se que nenhuma alteração na velocidade reacional pode ser percebida. Isso indica que a equação da velocidade independe da concentração de (OH)–. Desse modo, y = 0. Uma verificação matemática também pode ser feita: V4 = k . [A]4x . [B]4y ( = 0,001) (4) V5 = k . [A]5x . [B]5y (= 0,001) (5) Mas: [A]5 = [A]4 , [B]5 = ( 3/2 . [B]4 ) e V5 = V4. E a equação (5) pode ser escrita como se segue: 4 = k . [A]4x . (3/2 . [B]4 ) y (= 0,001) (6) Dividindo a equação (6) pela equação (4) temos: 1 = ( 3/2 . [B]4 )y / ( [B]4 )y = 1 = (3/2)y . [B]4y / [B]4y = 1 = (3/2)y Logo, y = 0. Exemplo 02 – (UERJ – 2016) Considere a equação química global entre os compostos HBr e NO2: 2 HBr + NO2 → H2O + NO + Br2 Para desenvolver um estudo cinético, foram propostos os mecanismos de reação I e II, descritos na tabela, ambos contendo duas etapas: Etapa Mecanismo I II Lenta HBr + NO2 → HBrO + NO 2 HBr → H2 + Br2 Rápida HBr + HBrO → H2O + Br2 H2 + NO2 → H2O + NO PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX118 Realizou-se, então, um experimento no qual foi medida a velocidade da reação em função da concentração inicial dos reagentes, mantendo-se constante a temperatura. Observe os resultados obtidos: Experimento Concentração inicial (mol.L-1) Velocidade (mol.L–1.min–1) HBr NO2 1 0,01 0,01 0,05 2 0,02 0,01 0,10 3 0,01 0,02 0,10 Determine a ordem global da reação. Em seguida, indique qual dos dois mecanismos propostos representa essa reação global, justificando sua resposta. Resolução: – Cálculo da ordem de reação em relação ao reagente HBr: Entre o experimento 1 e 2: 2ª = 2 → a = 1. – Cálculo da ordem de reação em relação ao reagente NO2: Entre o experimento 1 e 3: 2b = 2 → b = 1. – Determinação da ordem de reação global da reação: a + b = 1 + 1 = 2 (segunda ordem). – Equação da velocidade: v = k.[HBr]1.[NO2]1 O mecanismo proposto que representa a reação global é o mecanismo II (etapa lenta). Vale ressaltar que a etapa lenta é a etapa determinante no estudo cinético de um processo químico. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 119 Exercício de Fixação 01. (ITA) A equação: 2A + B → PRODUTOS representa uma determinada reação química que ocorre no estado gasoso. A lei de velocidade para esta reação depende da concentração de cada um dos reagentes, e a ordem parcial desta reação em relação a cada um dos reagentes é igual aos respectivos coeficientes estequiométricos. Seja v1 a velocidade da reação quando a pressão parcial de A e B é igual a pA e pB, respectivamente, e v2 a velocidade da reação quando essas pressões parciais são triplicadas. A opção que fornece o valor CORRETO da razão v2 /v1 é: a) 1 b) 3 c) 9 d) 27 e) 81 02. (IME) Considere a seguinte reação: 2A + B à C. A partir dos dados fornecidos na tabela abaixo, calcule a constante de velocidade da reação e o valor da concentração X. (Considere que as ordens de reação em relação aos reagentes são iguais aos respectivos coeficientes estequiométricos.) Teste [A] (mol/L) [B] (mol/L) Velocidade da reação (mol/L.s) 1 10 X v 2 X 20 2v 3 15 30 13.500 03. (ITA – 2013) Velocidades iniciais (vi) de decomposição do peróxido de hidrogênio foram determinadas em três experimentos (A, B e C), conduzidos na presença de I– (aq) sob as mesmas condições, mas com diferentes concentrações iniciais de peróxido [H2O2], de acordo com os dados abaixo: Experimento [H2O2] (mol.L–1) Vi (10 –3 mol.L–1.s–1) A 0,750 2,745 B 0,500 1,83 C 0,250 0,915 Com base nestes dados, para a reação de decomposição do peróxido de hidrogênio,: a) escreva a equação estequiométrica que representa a reação; b) indique a ordem desta reação; c) escreva a lei de velocidade da reação; d) determine o valor numérico da constante de velocidade; e) indique a função do I- (aq) na reação. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX120 04. (IME) A reação em fase gasosa: aA + bB → cC + dD foi estudada em diferentes condições, tendo sido obtidos os seguintes resultados experimentais: Concentração inicial (mol.L–1) Velocidade inicial (mol.L–1.h–1)[A] [B] 1 x 10–3 2 x 10–3 2 x 10–3 1 x 10–3 1 x 10–3 2 x 10–3 3 x 10–5 12 x 10–5 48 x 10–5 A partir dos dados acima, determine a constante de velocidade da reação. 05. (IME) Uma mistura gasosa ideal de propano e ar é queimada a pressão constante, gerando 720 litros de CO2 por hora, medidos a 20°C. Sabe-se que o propano e o ar encontram-se em proporção estequiométrica. Determine a velocidade média de reação da mistura em relação ao ar, considerandoa composição do ar 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio, em volume. 06. (IME) No estudo da cinética da reação 2 NO(g) + H2(g) → N2O(g) + H2O(g), à temperatura de 700°C, foram obtidos os dados constantes da tabela abaixo: Concentração inicial (mol.L–1) Velocidade Inicial (mol.L–1.s–1) [NO] [H2] 0,025 0,01 2,40 x 10–6 0,025 0,005 1,20 x 10–6 0,0125 0,01 0,60 x 10–6 Pede-se: a) a ordem global da reação; b) a constante de velocidade nessa temperatura. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 121 07. (IME – 1997 – 1998) A decomposição do aldeído acético ocorre segundo a reação representada por CH3CHO(g) → CH4(g) + CO(g). A velocidade inicial da reação foi medida na mesma temperatura para duas concentrações do aldeído, fornecendo os resultados abaixo: [CH3CHO] (mol.L–1) Velocidade da reação (mol/L.s) 0,10 0,020 0,20 0,081 Determine a constante de velocidade e a ordem dessa reação. 08. (UFF – 2009) O decaimento de isótopos radioativos pode ser usado para medir a idade de fósseis. A equação que rege o processo é a seguinte: N = No.e-λt. Sendo N0 > 0 o número inicial de núcleos radioativos, N o número de núcleos radioativos no tempo t e λ > 0 a taxa de decaimento. O intervalo de tempo necessário para que o número de núcleos radioativos seja reduzido à metade é denominado tempo de meia-vida. Pode-se afirmar que o tempo de meia-vida: a) é igual a ln(2)/ λ b) é igual a ½ c) é igual a 2 d) é igual a - ln(2)/ λ e) depende de N0. 09. (UERJ – 1997) A reação expressa pela equação x X + y Y → z Z + w W foi realizada em diversas experiências nas quais se manteve constante a temperatura. As velocidades de reação foram medidas, variando-se a concentração molar de um dos reagentes e mantendo-se a do outro constante. Os resultados obtidos estão representados no gráfico abaixo: PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX122 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0 0,5 1,0 1,5 2,0 [ ] mol.L–1 curva I: [Y] ⇒ constante e [X] ⇒ variável curva II: [X] ⇒ constante e [Y] ⇒ variável Ve lo ci da de in ic ia l m ol .L –1 . s –1 Em função dos dados apresentados. a) Determine a ordem da reação em relação aos reagentes X e Y, respectivamente; b) Calcule o número de vezes em que a velocidade da reação aumenta quando se duplica a concentração molar de Y e se triplica a concentração molar de X. 10. (UERJ – 1999) A sabedoria popular indica que, para acender uma lareira, devemos utilizar inicialmente lascas de lenha e só depois colocarmos as toras. Em condições reacionais idênticas e utilizando massas iguais de madeira em lascas e em toras, verifica-se que madeira em lascas queima com mais velocidade. O fator determinante, para essa maior velocidade da reação, é o aumento da: a) pressão b) temperatura c) concentração d) superfície de contato 11. (UERJ – 2001) A água oxigenada é empregada, frequentemente, como agente microbicida de ação oxidante local. A liberação do oxigênio, que ocorre durante a sua decomposição, é acelerada por uma enzima presente no sangue. Na limpeza de um ferimento, esse microbicida liberou, ao se decompor, 1,6 g de oxigênio por segundo. Nessas condições, a velocidade de decomposição da água oxigenada, em mol.min–1, é igual a: a) 6,0 b) 5,4 c) 3,4 d) 1,7 PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 123 Exercício Medicina 01. (Universidade São Francisco – medicina – vestibular de inverno – 2013) A velocidade de ação de um fármaco no organismo está diretamente relacionada à concentração desse composto, assim como da sua interação com o nosso organismo. Um bom remédio deve aliviar a dor rapidamente ao mesmo tempo que mantenha uma concentração razoavelmente constante no corpo da pessoa doente, caso contrário o tempo para se tomar as doses seria muito curto e não de algumas horas, como estamos habituados. Na preparação de um novo remédio, foram realizados cinco ensaios químicos para uma reação hipotética do tipo A + 2 B → C. Os resultados encontrados são apresentados na tabela a seguir. Número do Experimento [A]inicial em mol.L–1 [B]inicial em mol.L–1 Velocidade em mol.L–1 . s–1 I 0,1 0,1 5,50.10–5 II 0,2 0,1 2,20.10–5 III 0,4 0,1 8,80.10–5 IV 0,1 0,3 1,65.10–6 V 0,1 0,6 3,30.10–6 De acordo com os resultados encontrados para a variação da velocidade de reação em relação às diferentes concentrações utilizadas, é possível afirmar que a Lei da velocidade para essa reação é: a) v = k.[A]2 / [B] b) v = k.[A]2.[B] c) v = k.[A]2.[B]3 d) v = k.[A].[B] e) v = k.[A].[B]2 02. (Universidade São Francisco – medicina – vestibular de inverno – 2011) O óxido de nitrogênio (NO), um dos poluentes da atmosfera, pode ser formado durante a combustão dos veículos automotores. No diagrama de energia versus coordenada de reação, representado abaixo, responda ao que se pede: Coordenada da Reação En er gi a M O N P Q 2NO(g) N2(g) + O2(g) a) O que significam, em um processo de cinética química, as letras M, N, O, P e Q? b) Se tivéssemos um catalisador nessa reação, onde teríamos uma alteração no gráfico apresentado? c) Qual é a expressão para lei da velocidade dessa reação? PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX124 03. (Souza Marques – 2012 – Primeiro semestre) O tolueno ou metil benzeno, substância empregada como solvente para pinturas e revestimentos, pode ser obtido por meio de uma reação de substituição eletrofílica aromática entre o benzeno e um haleto de metila. Essa reação envolve o emprego do cloreto de alumínio (AlCl3), o que reduz sensivelmente o tempo de reação. Com base nessas informações, é correto afirmar que a função do cloreto de alumínio no processo descrito é: a) fazer com que o valor da diferença entre a entalpia dos produtos e reagentes seja reduzido; b) fazer com que o valor da energia mínima necessária para ativar as moléculas dos reagentes para iniciar a reação seja reduzido; c) criar dificuldade de contato direto entre moléculas do haleto orgânico e moléculas de benzeno; d) estabilizar as ligações sigma existentes entre os átomos de carbono e de hidrogênio nas moléculas de benzeno; e) fazer com que o contato entre as moléculas de benzeno e as moléculas do haleto ocorra sempre com orientação espacial desfavorável a formação do tolueno. 04. (UNIFESO – 2010) A tabela a seguir fornece dados experimentais obtidos a partir do estudo cinético da reação de decomposição de uma substância R, cuja lei de velocidade pode ser expressa por v = k.[R]², onde k representa a constante de velocidade da reação; [R] (mol.L–1) Velocidade da reação 9 x 10–3 v1 3 x 10–3 v2 Indique o valor da razão v1/v2: a) 9 b) 3 c) 1 d) 1/3 e) 1/9 05. (Estácio de Sá – segundo semestre – 2012) Os catalisadores automotivos foram desenvolvidos na década de 70 para as montadoras norte-americanas. São responsáveis por reduzir em até 95% a poluição causada pelos automóveis e foram adotados no Brasil na década de 90. Uma das reações catalisadas nos veículos com motor de combustão interna é: 2CO(g) + O2(g) → 2CO2(g). Se essa reação segue a lei cinética, quando a concentração molar de monóxido de carbono é duplicada a velocidade da reação fica multiplicada por: a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4 PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 125 06. (Unigranrio – 2015 – Primeira etapa) Observe o gráfico a seguir e leia as afirmações atentamente. H (kJ) Caminho da Reação C2H2 (g) H2(g) + 2C (grafite) 560 226 0 I. A entalpia da reação é igual a +226 kJ; II. A energia de ativação da reação é igual a 560 kJ; III. O gráfico corresponde a um processo endotérmico. De acordo com as afirmações acima, assinale a única opção verdadeira. a) Apenas a opção I é verdadeira; b) Apenas as opções I e II são verdadeiras; c) Todas as opções são verdadeiras; d) Apenas a opção II é verdadeira; e) Apenas as opções II e III são verdadeiras. 07. (UNIFESO – 2014) Natemperatura de 700 K, a reação de decomposição do pentóxido de dinitrogênio pode ser representada pela equação química a seguir: 2 N2O5(g) → 4 NO2(g) + O2(g). Considerando que essa reação segue uma cinética de primeira ordem, o gráfico que melhor representa a variação da velocidade da reação (v) com a concentração, em mol.L–1, do pentóxido é: a) v [N2O5] b) v [N2O5] c) v [N2O5] d) v [N2O5] e) v [N2O5] PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX126 08. (Vassouras – medicina – 2015 – segundo semestre) Um laboratório conduziu um estudo cinético da seguinte reação química: 2 ICl(g) + H2(g) → I2(g) + 2 HCl(g). Para determinar a expressão da velocidade da reação v, foram realizados três experimentos, com medidas dessa variável em função da constante de velocidade k e das concentrações iniciais dos reagentes [ICl] e [H2]. Os resultados desses experimentos estão apresentados na tabela: Experimento v (mol.L–1.s–1) [ICl] (mol.L–1) [H2] (mol.L–1) 1 2 x 10–5 1,5 1,5 2 4 x 10–5 3,0 1,5 3 4 x 10–5 1,5 3,0 A expressão de v, obtida no estudo, é representada por: a) k x [ICl] x [H2] b) k x [ICl]² x [H2] c) k x [ICl] x [H2]² d) k x [ICl]² x [H2]² 09. (Vassouras – medicina – 2016 – primeiro semestre) Em um experimento, foi produzido oxigênio molecular por meio da reação de decomposição do KClO3, representada a seguir: 2 KClO3(s) → 2 KCl(s) + 3 O2(g). Observou-se que a velocidade média de formação de oxigênio molecular, na reação, é igual a 24 g.min–1. Desse modo, a velocidade de consumo do KClO3, em mol.min–1, equivale a: a) 0,25 b) 0,50 c) 0,75 d) 1,00 10. (FUVEST) O estudo cinético, em fase gasosa, da reação representada por NO2 + CO → CO2 + NO mostrou que a velocidade da reação não depende da concentração de CO, mas depende da concentração de NO‚ elevada ao quadrado. Esse resultado permite afirmar que: a) o CO atua como catalisador. b) o CO é desnecessário para a conversão de NO‚ em NO. c) o NO2 atua como catalisador. d) a reação deve ocorrer em mais de uma etapa. e) a velocidade da reação dobra se a concentração inicial de NO‚ for duplicada. 11. (UERJ) Air-bags são dispositivos de segurança de automóveis que protegem o motorista em caso de colisão. Consistem em uma espécie de balão contendo 130 gramas de azida de sódio em seu interior. A azida, submetida a aquecimento, decompõe-se imediata e completamente, inflando o balão em apenas 30 milissegundos. A equação abaixo representa a decomposição da azida: 2 NaN3(s) → 3 N2(g) + 2 Na(s) Considerando o volume molar igual a 24,0 L/mol, calcule a velocidade da reação, em L/s, de nitrogênio gasoso produzido. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 127 12. (UERJ) Os dados da tabela a seguir referem-se à decomposição do aldeído acético (etanal): X CH3CHO → Produtos, onde X é o coeficiente do aldeído acético. [CH3CHO] mol/L Velocidade de Reação (Mol/L.s) 0,1 0,2 0,2 0,8 0,3 1,8 0,6 7,2 A equação da velocidade desta reação é: a) v = k.[CH3CHO] b) v = k.[CH3CHO]3 c) v = k.[CH3CHO]2 d) v = k.[CH3CHO]4 13. (UNICAMP) Numa reação que ocorre em solução (reação I), há o desprendimento de oxigênio e a sua velocidade pode ser medida pelo volume do O2(g) desprendido. Uma outra reação (reação II) ocorre nas mesmas condições, porém consumindo O2(g) e este consumo mede a velocidade desta reação. O gráfico representa os resultados referentes às duas reações: Temperatura e Pressão constantes Reação I Reação IIVO LU M E DE O 2 ( g) / (u ni da de s a rb itr ár ia s) 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 TEMPO / horas Considerando as duas horas iniciais, qual das reações tem velocidade maior? Justifique sua resposta. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX128 14. (UERJ) Reações químicas ocorrem, geralmente, como resultado de colisões entre partículas reagentes. Toda reação requer um certo mínimo de energia, denominada energia de ativação. Os gráficos abaixo representam diferentes reações químicas, sendo R = reagente e P = produto. energia R P andamento da reação 1 energia R P andamento da reação 2 energia R P andamento da reação 3 energia R P andamento da reação 4 Aquele que representa um processo químico exotérmico de maior energia de ativação é o de número: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 15. Observe o gráfico a seguir. 400 300 200 100 En er gi a (k J) B A Caminho da reação O perfil da reação genérica A e B, nele representado, indica que a energia de ativação do processo, em kJ, e igual a: a) 100. b) 150. c) 250. d) 300. e) 400. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 129 16. Em uma reação, o complexo ativado: a) possui mais energia que os reagentes ou os produtos. b) é um dos produtos. c) sempre forma produtos. d) É um composto estável. e) Possui menos energia que os reagentes ou os produtos. 17. (UFRJ) A figura a seguir apresenta a variação da entalpia ao longo do caminho de uma reação. Reagente Produto Caminho da Reação 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 En ta lp ia (k J/ m ol d e pr od ut o) a) Determine o valor da entalpia desta reação, classificando-a como endotérmica ou exotérmica. b) Explique qual o efeito de um catalisador sobre a energia de ativação e sobre a entalpia da reação. 18. A reação (CH3)3COH + Br - → (CH3)3C+ + OH- ocorre segundo as etapas: (CH3)3COH → + OH- (Etapa lenta) (CH3)3C+ + Br - → (CH3)3CBr (Etapa rápida) A lei de velocidade da reação pode ser dada por: a) v = k. [(CH3)3COH][Br-] b) v = k. [(CH3)3COH] c) v = k. [(CH3)3CBr] [OH-] d) v = k. [(CH3)3C+][OH-] e) v = k. [(CH3)3C+][Br-] 19. (UFRRJ) Se a pressão do hidrogênio for duplicada na reação H2(g) + Cl2(g) → 2 HCl(g) a certa temperatura, a velocidade da reação será: a) Duplicada b) diminuída a metade c) Triplicada d) diminuída a terça parte e) Quadruplicada PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX130 20. (FUVEST) A lei de velocidade para a reação 2NO(g) + O2(g) →2NO2(g) é: v= k.[NO]2.[O2]. Se triplicarmos as concentrações de NO e O2‚ ao mesmo tempo, quantas vezes mais rápida será a reação? 21. (FUVEST) O gráfico mostrado a seguir foi construído com dados obtidos no estudo da decomposição de iodeto de hidrogênio, à temperatura constante. Em qual dos quatro trechos assinalados na curva a reação ocorre com maior velocidade média? tempo (min) I II III IV [HI] 22. (UERJ) O açúcar invertido é composto por uma mistura de glicose e frutose; já o açúcar comum é constituído somente por sacarose. A solução aquosa do açúcar invertido mantém-se no estado líquido sob condições ambientes, pois possui menor temperatura de congelamento do que a do açúcar comum. Observe a equação química que representa a produção do açúcar invertido: C12H22O11 + H2O H+ sacarose C6H12O6 + C4H12O4 glicose frutose Em um processo de fabricação de açúcar invertido, a velocidade da reação foi medida em função da concentração de sacarose, uma vez que a concentração de água não afeta essa velocidade. O gráfico abaixo indica os resultados obtidos: ve lo ci da de d a re aç ão (m ol L- 1 h -1 ) 7,5 x 10-6 5,0 x 10-6 2,5 x 10-6 0 0,5 1 1,5 concentração de sacarose (molL-1) Determine a constante cinética dessa reação. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 131 23. (FUVEST) Hidrogênio gasoso reage com quase todos os elementos. Sua reação com nitrogênio produz amônia (NH3). Industrialmente essa reação é realizada na presença de um catalisador. a) Explique para que serve o catalisador. b) Calcule a porcentagem em massa de hidrogênio na amônia. 24. (UNICAMP) Soluções aquosas de água oxigenada, H2O2, decompõem-se dando água e gás oxigênio. A figura a seguir representa a decomposição de três soluções de água oxigenada em função do tempo, sendo que uma delas foicatalisada por óxido de ferro (III), Fe2O3. a) Qual das curvas representa a reação mais lenta? Justifique em função do gráfico. b) Qual das curvas representa a reação catalisada? Justifique em função do gráfico. Tempo Co nc en tr aç ão 1 2 3 25. Num laboratório, foram efetuadas diversas experiências para a reação: 2 H2(g) + 2 NO(g) → N2(g) + 2 H2O(g). Com os resultados das velocidades iniciais obtidos, montou-se a seguinte tabela: Experimento [H2] (mol.L-1) [NO] (mol.L-1) Velocidade (mol.L-1.s-1) 1 0,10 0,10 0,10 2 0,20 0,10 0,20 3 0,10 0,20 0,40 Escreva a equação da lei da velocidade e determine a constante cinética. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX132 26. Considere o diagrama abaixo para a seguinte reação: caminho da reação energia potencial (kcal/mol) HBr + H Br + H2 28 25 0 [X, Y] Br + H2 HBr + H A entalpia da reação e a energia de ativação representadas são, respectivamente: a) 3 kcal/mol e 28 kcal/mol. b) 28 kcal/mol e 25 kcal/mol. c) 28 kcal/mol e 3 kcal/mol. d) 25 kcal/mol e 28 kcal/mol. e) 25 kcal/mol e 3 kcal/mol. 27. (UFMG) As curvas I e II representam caminhos possíveis para a reação de hidrogenação do propeno: CURVA II CURVA I H3CCH2CH3 H2C = CHCH3+ H2 coordenada da reação ∆H a) Indique a curva que corresponde ao caminho da reação mais rápida. b) Escreva o fator responsável por essa diferença de velocidade. c) Compare os complexos ativados formados nos dois caminhos da reação. d) A reação ocorre pelos dois caminhos no mesmo sistema? JUSTIFIQUE sua resposta. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 133 Gabarito –Fixação 01. D. Calculando a concentração ([ ]) em função da pressão parcial, temos: p.V = n.R.T ⇒ p = (n/V) .RT ⇒ p = [ ].RT ⇒ p/RT = [ ]. Logo, a relação entre a concentração com a pressão é dada pela seguinte equação matemática: [ ] = p/RT. Equação da velocidade: v = k . [A]2.[B] = k 2 A B A B 3 p p k.p .p. RT RT (RT) = . Portanto: Situação I: 2 A B 1 3 k.p .pv (RT) = para pressões parciais pA e pB. Situação II: Triplicando ambas as pressões parciais, temos: 2 A B 2 3 k.(3p ) .3pv (RT) = para pressões parciais triplicadas. Relacionando a situação I com a II, temos: 2 A B 3 2 2 1 A B 3 27.k.p .p v (RT) 27 v k.p .p (RT) = = . 02. Como as ordens de reação são as mesmas que os coeficientes estequiométricos, o que caracteriza que a reação é elementar, a equação da velocidade ficará da seguinte maneira: v = k.[A]².[B]¹. – Cálculo da constante cinética através do teste 3: Substituindo dados do teste 3, temos: 13500 mol.L-1.s-1 = k. (15 mol.L–1)² x 30 mol.L–1 2 2 1k 2.L mol s− −⇒ = ⋅ ⋅ . – Cálculo da concentração X: Substituindo os dados dos testes 2 e 3, temos: Teste (2): v = k.[A]².[B]¹ = 2 x (10)² . X Teste (3): v = k.[A]².[B]¹ = 2 2 1 22 X 202V 2 X 20 V 20.X 2 ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⇒ = = Igualando os testes (2) e (3): 22 10 X 20.X²⋅ ⋅ = ⇒X = 10 mol.L–1. 03. a) Equação química de decomposição do peróxido de hidrogênio: H2O2(l) → H2O(l) +1/2 O2(g); b) Cálculo da ordem de reação do peróxido de hidrogênio: entre os experimentos A e C, temos: (0,250/0,750)a = (0,915/2,745) (1/3) a ≈ (1/3) a = 1 (reação de decomposição com cinética de primeira ordem). c) v = k.[H2O2]¹ PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX134 d) Através do experimento A, temos: v = k.[H2O2]¹ 2,745 x 10–3 mol.L–1.s–1 = k. (0,750) mol.L–1 k = 0,0036 s-1. e) A função do I- é atuar como um catalisador para a referida reação de decomposição do peróxido de hidrogênio. 04. – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente A: Entre o experimento I e II: 2ª = 4 → a = 2. – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente B: Entre o experimento II e III: 2b = 4 → b = 2. – Determinação da ordem de reação global da reação: a + b = 2 + 2 = 4. – Equação da velocidade: v = k.[A]2.[B]2 – Cálculo da constante cinética: Através do experimento III, a constante de velocidade será: 2 2 5 3 2 3 2 7 v k.[A] .[B] 48x10 mol /L.h k.(2x10 mol /L) .(2x10 mol /L) . k 3x10 L³.h /mol³. − − − + = = = 05. – Equação balanceada completa de combustão completa do propano: C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(g) – Determinação do número de mol de gás nitrogênio: 5 mol de O2 --------------- 21% nN2 mol de N2 ------------ 79% nN2 = 18,81 mol de N2. – Equação química completa de combustão completa do propano na presença de gás nitrogênio: C3H8(g) + 5 O2(g) + 18,81 N2(g) → 18,81 N2(g) + 3 CO2(g) + 4 H2O(g). – Determinação da velocidade média do ar a partir do gás carbônico: Através da estequiometria, temos: (5 mol de O2 + 18,81 N2) mol de ar atmosférico ----------------------- 3 mol de CO2 Velocidade média do ar atmosférico ------------------------------------- 720 L/h Var = 5714,28 L/h de ar. 06. a) – Determinação da ordem de reação em relação ao monóxido de nitrogênio (NO): (1/2)ª = 1/4 → a = 2. – Determinação da ordem de reação em relação ao hidrogênio (H2): (1/2)b = 1/2 → b = 1. – Determinação da ordem de reação global da reação: a + b = 2 + 1 = 3. b) – Equação da velocidade: v = k.[NO]2.[ H2]1. – Cálculo da constante cinética: v = k.[NO]2.[ H2]1. 2,40 x 10–6 mol.L–1.s–1 = k. (0,025 mol.L–1)² x (0,01 mol.L–1) k = 0,384 L².s–1.mol-2. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 135 07. – Determinação da ordem de reação em relação ao aldeído acético: (2)ª ≈ 4 → a = 2. – Equação da velocidade: v = k.[CH3CHO]2. – Cálculo da constante cinética: v = k.[CH3CHO]2 0,020 mol.L–1s–1 = k. (0,10 mol.L–1)² k = 2,0 L.s–1.mol–1. 08. A. Meia – Vida (t1/2) de uma partícula radioativa é o tempo necessário para que N núcleos radioativos caiam à metade de seus valores iniciais. A expressão para o tempo de meia-vida é dada pela seguinte expressão matemática: t1/2 = ln(2)/ λ, onde λ é a constante de desintegração. 09. a) – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente X, através da curva I: (2)x = 4 → x = 2. – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente Y, através da curva II: (2)x = 2 → x = 1. – Equação da velocidade: v = k.[X]2.[Y] b) – Situação I: vI = k.[X]2.[Y] – Situação II: vII = k.[3.X]2.[2Y] = 18. k.[X]2.[Y] Dividindo vII por vI, temos: vII / vI = 18. 10. D. Quanto menor a superfície de contato, maior a velocidade. Por isso, diminuindo a área de queima da madeira, na forma de lascas, a velocidade fica maior se for comparada as toras, levando em consideração a mesma massa. A esta propriedade define-se como superfície de contato. 11. A. – Equação química de decomposição da água oxigenada: H2O2(l) → H2O(l) + ½ O2(g) – Cálculo da velocidade de H2O2: H2O2(l) → H2O(l) + ½ O2(g) 1 mol de H2O2(l) ---------- ½ mol de O2(g) 34 g.mol–1 ------------------ ½ mol x 32 g.mol–1 vH2O2 ------------------------ 1,6 g.s–1 vH2O2 = 3,4 g.s–1. – Cálculo da velocidade em mol.min–1: vH2O2 = [3,4 g / s] x [1 mol / 34 g] x [60 s / 1 min] = 6,0 mol.min–1. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX136 Gabarito –Medicina 01. B. – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente A: Através do experimento I e II, a concentração inicial do reagente B permanece constante, logo observa-se que a concentração inicial do reagente A dobra e sua velocidade quadruplica, então: 2ª = 4 a = 2. – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente B: Através do experimento IV e V, a concentração inicial do reagente A permanece constante, logo observa-se que a concentração inicial do reagente B dobra e sua velocidade também dobra, então: 2b = b b = 1. – Determinação da lei de velocidade para a reação de síntese: v = k.[A]².[B]. 02. a) M = energia dos reagentes (entalpia dos reagentes, Hr); N = Energia de ativação da reação direta; O = Complexo ativado; P = Variação de entalpia da reação direta (∆H = Hprodutos – Hreagentes); Q = Energia de ativação para a reação reversa. b) Com a presença de um catalisador, há uma diminuição na energiade ativação, logo, ocasiona uma mudança na letra N (energia de ativação para a reação direta) e Q (energia de ativação para a reação reversa). c) v = k.[N2].[O2]. 03. B. Abaixo, apresentamos a reação de substituição eletrofílica aromática entre o benzeno e um haleto de metila, tendo o cloreto de alumínio como catalisador. H3C CVAlCl3 CH3 +HCl+ O catalisador para esta reação representada acima propõe um caminho alternativo, conforme pode ser observado a seguir no seguinte gráfico: PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 137 coordenada da reação I II ∆H Esse novo caminho, II, apresenta uma nova energia de ativação. Vale ainda ressaltar, que o catalisador NÂO modifica a variação da energia de entalpia (ΔH) da reação química. 04. A. – Equação da velocidade: v = k.[R]² – Para a velocidade da reação 1: v1 = k.[ 9 x 10–3]² = k. 81 x 10–6 – Para a velocidade da reação 2: v2 = k.[ 3 x 10–3]² = k. 9 x 10–6 Então a razão v1/v2 será: v1/v2 = k. 81 x 10–6/ k. 9 x 10–6 = 9. 05. E. Situação I: Equação da velocidade para a reação de formação do dióxido de carbono: vI = k.[CO]².[O2] (Equação I) Situação II: Duplicando a concentração de monóxido de carbono, temos: vII = k.[2.CO]².[O2] vII = 4.k.[CO]².[O2] (Equação II) Dividindo a equação II pela equação I, temos: vII = 4.k.[CO]².[O2] vI = k.[CO]².[O2] VII / VI = 4. 06. C. H (kJ) Caminho da Reação C2H2 (g) H2(g) + 2C (grafite) 560 226 0 (II) (I) PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX138 I. Verdadeiro. A entalpia do processo é igual a ΔH = Hp – Hr = 226 – 0 = 226 kJ. II. Verdadeiro. A energia de ativação é igual a Eat = 560 – 0 = 560 kJ. III. Verdadeiro. Para uma variação de entalpia positiva, ΔH > 0, o processo é endotérmico. 07. B. – Equação da velocidade para a reação de decomposição do pentóxido de dinitrogênio: v = k.[N2O5]¹. Através da equação cinética, observa-se que a velocidade da reação (v) é diretamente proporcional a concentração molar do pentóxido de dinitrogênio, [N2O5]¹. Logo, o gráfico que melhor representa este comportamento, trata-se da alternativa B. 08. A. – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente cloreto de iodo: Através do experimento 1 e 2, a concentração inicial do gás hidrogênio permanece constante, logo observa-se que a concentração inicial do reagente ICl dobra e sua velocidade também dobra, então: 2ª = 2 a = 1. – Determinação da ordem de reação em relação ao reagente hidrogênio: Através do experimento 1 e 3, a concentração inicial do reagente cloreto de iodo permanece constante, logo observa-se que a concentração inicial do gás hidrogênio dobra e sua respectiva velocidade também dobra, então: 2b = b b = 1. – Determinação da lei de velocidade para a reação de síntese: v = k.[ICl].[H2]. 09. B. – Cálculo da velocidade de formação de O2 em mol.min–1: VO2 = 24 g 1molx 0,75 min 32g = mol.min–1 – Cálculo da velocidade de consumo do clorato de potássio (KClO3): 2 KClO3(s) → 2 KCl (s) + 3 O2(g) 2 mol de KClO3(s) ---------- 3 mol de O2(g) 2 mol de KClO3(s) ---------- 3 mol VKClO3 ------------------------- 0,75 mol.min-1 VKClO3 = 0,50 mol.min–1. 10. D. A reação química apresentada trata-se da reação global, o que caracteriza que a reação apresentada é o resultado de mais de uma etapa. 11. Cálculo do número de azida: azida massa 130 130n 2mol. MM (23 42) 65 = = = = < > + Cálculo da velocidade em realção a azida: 1azidaazida 3 n 2 2000V 66,67mol.s . t 30x10 30 − −= = = =∆Cálculo da velocidade da reação: 2 NaN3(s) → 3 N2(g) + 2 Na(s) 2 mol de NaN3 ---------- 3 mol de N2 PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 139 66,67 mol.s-1 ------------ VN2 VN2 = 100 mol.s-1 Considerando que o volume molar do sistema seja igia a 24,0 L.s-1, a velocidade de nitrogênio em L.s-1, será: 1 N2 mol LV 100 x24 2400L.s . s mol −= = 12. C. Determinação da ordem de reação (a) para o referido processo cinético: Entre o experimento 1 e 2, temos: ( ) ( ) a a 0,2 0,8 0,1 0,2 2 4 a 2. = = = Equação da velocidade: 3v k.[CH CHO]².= 13. Observando o diagrama que relaciona volume de O2(g) com o tempo em horas, a velocidade da reação II é maior do que a velocidade da reação I, isso porque a velocidade está sendo medida pelo volume de oxigênio nas reações. 14. C. Gráfico 1 = processo endotérmico; Gráfico 2 = processo exotérmico; Gráfico 3 = processo exotérmico; Gráfico 4 = processo atérmico. Logo, os gráficos que apresentam um processo exotérmico tratam-se do número 2 e 3. Dentre estes dois, o que apresenta maior energia de ativação trata-se do gráfico de número 3. 15. D. Através do gráfico abaixo, a energia de ativação será: Eat = 400 kJ – 100 kJ = 300 kJ. 400 300 200 100 En er gi a (k J) B A Caminho da reação Energia de ativação 16. A. Através do gráfico abaixo, observa-se que o ponto circulado refer-se ao complexo ativado. O complexo ativado é o estado intermediário formado entre reagentes e produtos, em cuja estrutura existem ligações enfraquecidas e a formação de novas ligações. PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX140 En er gi a (k J) B A Caminho da reação Energia de ativação Complexo ativado 17. a) A entalpia para este processo será exotérmico, pois a entalpia dos reagentes (Hr) é maior que a entalpia dos produtos (Hp). Reagente Produto Caminho da Reação 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 En ta lp ia (k J/ m ol d e pr od ut o) reação produtos reagentes reação reação H H H H 100kJ 300kJ H 200kJ. ∆ = − ∆ = − ∆ = − ∑ ∑ b) A partir do momento que um catalisador é utilizado em um determinado processo, consequentemente a energia de ativação diminui, enquanto a entalia da reação não sofre nenhuma mudança. 18. B. A etapa lenta é a etapa determinante para o estudo cinético. Logo, a expressão da velocidade será: v = k. [(CH3)3COH]. 19. A. Equação da velocidade em função das pressões parciais: H2 Cl2v k.p .p= Analisando a primeira situação: I H2 Cl2v k.p .p= Analisando a segunda situação: ( )II H2 Cl2v k. 2.p . p= Relacionando a velocidade II pela velocidade I, temos: PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 141 H2 Cl2II I H2 Cl2 II I k.(2.p ).pv v k.p .p v 2. v = = Logo, a velocidade duplica. 20. Equação da velocidade em função das pressões parciais: 2v k.[NO]².[O ]= Analisando a primeira situação: I 2v k.[NO]².[O ]= Analisando a segunda situação: II 2v k.[3NO]².[3O ]= Relacionando a velocidade II pela velocidade I, temos: II 2 I 2 II I v k.27.[NO]².[O ] v k.[NO]².[O ] v 27. v = = Logo, a velocidade aumenta vinte e sete vezes (VII = 27.VI). 21. Observando os intervalos de tempo para cada trecho e também a quantidade de HI consumido (conforme pode ser observado no gráfico), percebe-se que a quantidade de HI (mol) é praticamente constante, mas os intervalos de tempo não, respeitando a seguinte relação: tI < tII < tIII e tIV. Logo, quanto menor o tempo, maior a velocidade. Portanto, temos: vI > vII > vIII > vIV. 22. Equação da velocidade para este processo químico: v = k.[C12H22O11]x, onde x representa a ordem de reação. Cálculo da ordem de reação: A figura abaixo mostra a relação direta da concentração com a velocidade para a determinação da ordem de reação (x). ve lo ci da de d a re aç ão (m ol L- 1 h -1 ) 7,5 x 10-6 5,0 x 10-6 2,5 x 10-6 0 0,5 1 1,5 concentração de sacarose (molL-1) ( ) x 6 6 x 1 5,0x10 0,50 2,5x10 2 2 x 1. − − = = = PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX142 Observação: O processo apresenta cinética de primeira ordem. Cálculo da ordem de reação: v = k.[C12H22O11]1 6 6 1 mol mol2,50x10 k.(0,50 ) L.s L k 5,00x10 s . − − − = = 23. a) O uso do catalisador em um processo químico serve para aumentar a velocidade da reação química, em decorrência da diminuição da energia de ativação. b) Informação importante do problema:N = 14 u e H = 1 u. Cálculo da massa molar da amônia (<MM>): <MM>NH3 = (1 x 14) + (1x3) = 17 g,mol-1. 17 g.mol-1 ---------- 100% 3,0 g.mol-1 --------- X X = 17,65%. 24. a) A curva que representa a reação mais lenta trata-se da curva 3. Isso é explicado pelo fato desta curva apresentar a menor concentração. b) A curva que representa a reação catalisada é a Curva 2 - Final da reação num tempo menor. 25. Determinação da ordem de reação (a) em relação ao Hidrogênio: Entre o experimento 1 e 2, temos: a0,20 0,20 0,10 0,10 a 1. = = Determinação da ordem de reação (b) em relação ao monóxido de nitrogênio: Entre o experimento 1 e 3, temos: b b 0,20 0,40 0,10 0,10 2 4 b 2. = = = Equação da velocidade: 2v k.[H ].[NO]²= Cálculo da constante cinética (k): Através do experimento 1, temos: PROJETO BIOMÉDICAS - QUÍMICA Cinética Química – Capítulo IX 143 2 2 1 v k.[H ].[NO]² mol mol mol0,10 k.(0,10 ).(0,10 )² L.s L L k 100L².mol .s .− − = = = 26. E. A entalpia para este processo será endotérmico, pois a entalpia dos produtos (Hp) é maior que a entalpia dos reagentes (Hr). reação produtos reagentes reação reação H H H H 25kcal 0kcal H 25kcal. ∆ = − ∆ = − ∆ = ∑ ∑ caminho da reação energia potencial (kcal/mol) HBr + H Br + H2 28 25 0 [X, Y] Br + H2 HBr + H Variação de entalpia. Energia de ativação. Energia de ativação = 28 kcal – 25 kcal = + 3 kcal. 27. a) A curva que apresenta o caminho da reação mais rápida é aquela que apresenta a presença do catalisador. Logo trata-se da curva I. b) O fator responsável por essa diferença de velocidade é a presença do catalisador. c) A seguir está representada na figura a localização do complexo ativado de cada curva: CURVA II CURVA I H3CCH2CH3 H2C = CHCH3+ H2 coordenada da reação ∆H Complexo ativado da curva I. Complexo ativado da curva II. Logo, o complexo ativado da curva II é maior a curva I. d) Não, pois a reação I é catalisada. _GoBack
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