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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Melhoramento e Conservação Florestal 1. Endogamia e Heterose 2. Herdabilidade Manuel joao Macaque Breve Histórico Aspectos históricos: primeiras informações sobre endogamia e heterose vem de hibridadores do século XVIII e XIX. Koelrenter (1776) – esse pesquisador alemão foi o 1o a observar o vigor de híbrido entre indivíduos não aparentados. Darwin (1887) –publicou um livro sobre fertilização cruzada e autopolinização. Cruzamento promovia um ganho em vigor nas descendências e que autofertilização produzia uma perda de vigor. Shull (1908) e East (1908) desenvolveram a base científica da endogamia. A endogamia e a heterose são a base para entendermos a produção dos híbridos. Endogamia É todo sistema de acasalamento que promove o aumento de homozigose nas descendências, como por exemplo, no cruzamento entre parentes. Outra : o termo endogamia refere-se ao cruzamento ou acasalamento de indivíduos com certo grau de parentesco e aplica-se tanto a plantas como a animais. Tipos de endogamia Natural – plantas autógamas; Artificial – não intencional (populações alógamas reproduzidas com pouco número de sementes, ou seja, populações pequenas, obrigando o acasalamento entre parentes); Intencional – deseja-se forçar o aumento de homozigose nas descendências, por exemplo na formação de raças em animais ou em linhagens endogâmicas em plantas. Coeficiente de endogamia (F) Probabilidade de dois alelos, em um único loco, tomados ao acaso de uma população, serem idênticos por acendência. Sistemas regulares de endogamia: Autofecundação (S) – as autofecundações sucessivas são o método mais rápido para atingir endogamia máxima. Em programas de híbridos de linhagens, a obtenção de linhagens puras é por meio de fecundações sucessivas. Irmãos germanos (IG) – consiste em cruzar plantas aos pares (mostrar transparência), de tal modo que as descendências tem os dois pais em comum. Meios irmãos (MI) – obtida colectando-se sementes de planta mãe fertilizada de pólen de outras plantas da população. Deste modo, as progénies tem a mãe em comum e os pais são diferentes. Consequências da Endogamia: Aumento da homozigose nas descendências oriundas de cruzamentos endogâmicos. Depressão endogâmica: perda de vigor na descendência ocasionado pelo aparecimento de genes detrimentais e letais em condição homozigota nas descendências (carácter com algum nível de dominância). Importância para o melhoramento: Quando na sua máxima expressão (F=1) a endogamia confere a um genótipo a capacidade de fixação genética. Em outras palavras, a descendência é idêntica à planta mãe. A endogamia permite expôr nas progénies resultantes os genes detrimentais ou letais escondidos na condição heterozigota. Desse modo pode-se fazer selecção contra eles. A endogamia incrementa a variância genética aditiva e a herdabilidade. A tolerância à endogamia varia de espécie para espécie (alógamas). Em alfafa, autrotetraplóide, e cenoura os efeitos são mais prejudiciais, seguindo-se de milho, diplóide. Por outro lado, a cebola, o girassol, as cucurbitáceas, e outras, são menos sensíveis. HETEROSE (VIGOR DE HÍBRIDO) Heterose é o incremento de vigor de uma planta (ou animal) oriunda de um cruzamento, de tal modo que se diferencie da média dos pais (Destro). Pode ser observada em vários caracteres como altura da planta, produtividade, até outras menos evidentes, como tamanho de células, vigor, competitividade. A heterose, promovida pela heterozigose, é considerada um fenómeno oposto à degeneração que acompanha a endogamia Mensuração da Heterose Heterose tradicional: diferença no valor de F1 menos a média dos pais h (%) = F1-(P1+P2/2) x100 (P1+P2/2) Heterobiose: é heterose estimada em relação ao melhor parental (MP) Heterobiose (%) = F1 – MP x100 MP Heterose padrão: é a heterose estimada em relação a um cultivar padrão (CP) Heterose padrão (%) = F1 – CP x100 CP HERDABILIDADE Herdabilidade A herdabilidade (h2) é a proporção da variância fenotípica ou total de um caráter que é devida à herança. Herdabilidade no geral: Principais utilidades da herdabilidade: permite que se estime o ganho esperado na selecção prever o ganho genético a ser obtido com selecção antes mesmo que a seleção seja realizada permite escolher um método de selecção mais eficiente e também as alternativas para melhor se conduzir o processo Ganho genético por selecção Em primeiro, determina-se o diferencial de seleção – ds: Consiste em escolher o nível de superioridade dos indivíduos a serem seleccionados em relação à média da população que os originou (população original). Estabelecido o diferencial de seleção, saber-se-á o número de indivíduos que serão selecionados, os quais formarão a nova população ou população melhorada 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 111111 Ganho genético por selecção Quando o número de individuos maior em um povoamento ,sempre torna trabalhoso para calcular o diferencial de selecção( ds) próprio para cada intensidade de selecção. os valores do diferencial de seleção calculados a partir de dados observados estão sujeitos a erros experimentais Por isto, é mais simples e seguro usar um coeficiente denominado índice de seleção (i ou k), obtido em tabelas Tabela de índice de selecção quando o número inicial de indivíduos é maior que 50: Intensidade de selecção Ganho genético percentual e média esperada da população melhorada Média da população melhorada: O ganho genético pode ser aumentado através do aumento do h2 ou do ds h2: uso de populações com maior variabilidade genética e/ou uniformizando o ambiente (reduzindo a variância ambiental) ds: maior i (seleção de menor número de indivíduos que expressem melhor a característica) Fim
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