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1 Universidade Federal do Rio Grande ICHI Disciplina de Geomorfologia II Professora: Exercícios de Revisão 1 Diferencie intemperismo de erosão: A erosão é o processo de transporte das partículas de rochas decompostas ou desagregadas pelo intemperismo(desagregação física ou decomposição química das rochas) . Trata-se de ocorrências, portanto, interligadas e que atuam juntas na dinâmica de transformação do relevo. 2. Explique como se formam os sedimentos: Formam-se pelo processo de desgaste das rochas e dos solos, ocasionada a partir dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo. Os sedimentos são os detritos rochosos resultantes da erosão, da precipitação química a partir de oceanos, vales, rios, ou biológica (gerado por organismos vivos ou mortos), depositado na superfície da Terra em camadas de partículas soltas quando diminui a energia do fluido que o transporta, água, gelo ou vento. Quando esses sedimentos se aglutinam, dão origem às rochas sedimentares. 3.Represente em medida linear o tamanho das seguintes frações: Bloco, seixo e areia grossa. φ escala Dimensões (metros) Dimensões (aprox.em polegadas) Nome dos agregados (Escala de Wentworth) Outros nomes < −8 > 256 mm > 10.1 in Rocha −6 até −8 64–256 mm 2.5–10.1 in Seixos −5 até −6 32–64 mm 1.26–2.5 in Cascalho muito grosso Seixo −4 até −5 16–32 mm 0.63–1.26 in Cascalho grosso Seixo −3 até −4 8–16 mm 0.31–0.63 in Cascalho médio Seixo 2 Exercícios de Revisão −2 até −3 4–8 mm 0.157–0.31 in Cascalho fino Seixo −1 até −2 2–4 mm 0.079–0.157 in Cascalho muito fino Grânulo 0 até −1 1–2 mm 0.039–0.079 in Areia muito grossa 1 até 0 ½–1 mm 0.020–0.039 in Areia grossa 2 até 1 ¼–½ mm 0.010–0.020 in Areia média 3 até 2 125–250 µm 0.0049–0.010 in Areia fina 4 até 3 62.5–125 µm 0.0025–0.0049 in Areia muito fina 8 até 4 3.90625–62.5 µm 0.00015–0.0025 in Silte > 8 < 3.90625 µm < 0.00015 in Argila >10 < 1 µm < 0.000039 in Coloidal Diâmetro (mm) Nome Rocha Carbonato >256 Matacão Conglomerado Calcirudito 256 128 Bloco Grosso " " 128 64 Bloco " " 64 32 Seixo Muito Grosso " " 32 16 Seixo Grosso " " 16 8 Seixo Médio " " 8 4 Seixo Fino " " 4 2 grânulo " " 2 1 Areia Muito Grossa Arenito Calcarenito 1 1/2 Areia Grossa " " 3 Exercícios de Revisão 1/1 1/4 Areia Média " " 1/4 1/8 Areia Fina " " 1/8 1/16 Areia Muito Fina " " 1/16 1/32 Silte Grosso Siltito Calcisiltito 1/32 1/64 Silte Médio " " 1/64 1/128 Silte Fino " " 1/128 1/256Silte Muito Fino " " 1/256 1/512Argila Grossa Argilito, Folhelho Calcilutito 4.Diferencie os sedimentos clásticos, químicos e biogênicos. A diferença está nos processos que originam os sedimentos; físicos para os clásticos, químicos para os químicos e biológicos para os biogênicos. 55..Quais os principais fatores que controlam a natureza de um depósito sedimentar? Os principais fatores são, a saber: o material de origem, o relevo, os organismos vivos, o clima e o tempo. 6.Relacione as taxas de erosão e as características do depósito sedimentar. Se a erosão das rochas for lenta, a taxa de suprimento é baixa e o sedimento pode ser retrabalhado antes de ser soterrado por sedimentos mais jovens. Uma baixa taxa de sedimentação proporciona maior oportunidade para a água selecionar os grãos de acordo com seu tamanho, forma e densidade, pode resultar em depósitos de lama e areia bem selecionados. Se a erosão das rochas for rápida fornece sedimentos a uma alta taxa. Correntes tem pouco tempo para selecionar os grãos antes que os mesmos sejam soterrados, pode resultar em depósitos mal selecionados e heterogêneos tais como mistura de areia e cascalho. 7.Relacione a energia do ambiente hídrico e a granulometria do material depositado? Na saída de campo você conseguiu observar algum exemplo? 1º - Para que qualquer movimento se inicie, a força que impulsiona o objeto têm de ser maior que o atrito estático. 2° - A intensidade da força que impulsiona o grão, no caso o fluxo, irá depender: 4 Exercícios de Revisão - da velocidade do fluxo – intensidade da força; - da viscosidade do fluído – que altera a transferência de momento do movimento; - da profundidade da lâmina d´agua no ambiente de sedimentação – que ajuda a determinar o tipo de fluxo; - do tipo de fluxo – que determina a maneira como o grão será transportado. 8-Relacione o tamanho de uma partícula transportada com a velocidade de um fluxo unidirecional durante os processos de erosão, transporte e sedimentação de partículas. Quanto maior for a partícula mais difícil será o transporte, e quanto maior a velocidade maior será a tendência para que haja erosão. 9-Considerando uma carga de leito de um rio numa posição temporariamente estática, quais seriam as condições necessárias para que tal carga fosse colocada em movimento? Para que qualquer movimento se inicie, a força que impulsiona o objeto têm de ser maior que o atrito estático. A intensidade da força que impulsiona o grão, no caso o fluxo, irá depender: - da velocidade do fluxo – intensidade da força; - da viscosidade do fluído – que altera a transferência de momento do movimento; - da profundidade da lâmina d´agua no ambiente de sedimentação – que ajuda a determinar o tipo de fluxo; - do tipo de fluxo – que determina a maneira como o grão será transportado. 10-Considerando um ambiente de sedimentação oceânico, como irá variar a sedimentação desde o ambiente praial (zona de arrebentação) às zonas de plataforma e de oceano profundo? Varia de acordo com a profundidade da lâmina d’agua. - sedimentação de plataforma, próximo a fonte de sedimentos. - sedimentação de oceano profundo, longe das fontes de sedimentos terrígenos. 11- Como você interpretaria uma sedimentação grosseira, tamanho seixo, em um ambiente de plataforma atual? 5 Exercícios de Revisão As praias estavam deslocadas a 150km da linha de praia atual. Nessa época areia grossa e mesmo cascalho depositaram-se na plataforma externa devido as baixas profundidades que existiam no passado. Águas rasas sobre a plataforma interna tendem a ser ambientes de alta energia onde sedimentos grossos se acumulam. 12- Conceitue bacias de sedimentação. Uma bacia sedimentar é constituída por uma sucessão de estratos, compreendendo diversas sequências onde cada uma apresenta espessura máxima situada em um determinado ponto da bacia chamado depocentro. 13- Considerando os três parâmetros utilizados para identificação das bacias complete as lacunas: a. Composição da crosta subjacente da bacia continental ou oceânica. b. Movimento da placa onde se formou a bacia divergente ou convergente. c. Posição da bacia em relação às placas interplaca ou marginal 14- Complete o quadro abaixo: Composição Crustal Movimento da Placa Posição da bacia em relação a placa Exemplos Bacias Continentais e Adjacentes Em placas divergentes Interior de placa Bacias Interiores de subsidência e de Fratura Margem de placa Bacias Marginais Em placas convergentes Interior da placa Calhas Aulacogênicas Adjacente à margem de subducção Fossas Adjacentes Associadas Bacias Oceânicas Em Placas Convergentes Margem de Placa Fossas Oceânicas Em Placas Divergentes Fraturas Oceânicas 6 Exercícios de Revisão 15- De acordo com a posição das camadas numa bacia sedimentar como podem se apresentar as estruturas? Estruturas concordante horizontal, concordante inclinada e discordante. 16- Quando as camadas de rochas sedimentares apresentarem resistências distintas que repercussões teremos na evolução do relevo? Se os vales apresentam-se em “V” que interpretação pode ser feita? O escoamento linear inicia o entalhe, seguindo zonas de fraqueza da rocha. O trabalho é lento nasrochas resistentes como calcários, derrames de lavas, arenitos silicificados, etc. Os rios cavam profundamente os vales, separando por gargantas as plataformas estruturais. Os vales têm forma de V nas rochas duras. O entalhe prossegue até que as rochas tenras subjacentes sejam atingidas. A erosão se processa, então, com facilidade. Os vales se alargam, há solapamentos na base das camadas duras, com desmoronamentos da cornija. As escarpas recuam, à medida que os vales se alargam. 17- No caso de homogeneidade litológica como evoluirá o relevo? Nesse caso não aparece relevo estrutural, mas uma série de cristais e vales mais ou menos entalhados, de acordo com a resistência da rocha. 18- A espessura de camadas tenras e duras terá influência no relevo? Explique. Nesse caso não aparece relevo estrutural. O que ocorre é uma série de cristas e vales mais ou menos entalhados, de acordo com a resistência da rocha. 19- Quando podemos dizer que uma superfície estrutural foi exumada? Quando o estágio erosivo está muito avançado, a ponto de demolir uma camada tenra colocada sobre uma mais dura, fazendo surgir a superfície estrutural da camada dura subjacente. 20- O que é uma cornija? Que fatores provocam o seu recuo mais ou menos rapidamente? A cornija é a escarpa mantida pela camada dura e ela recua mais ou menos rapidamente em função da espessura da camada dura, da resistência da rocha e da intensidade da erosão. 21- Acesse o google earth e observe o Grand Canyon do rio Colorado. Relacione os aspectos observados com os aspectos estudados da evolução do relevo esculpido em estruturas sedimentares. 7 Exercícios de Revisão 22- Diferencie os relevos dissimétricos de Cuesta, Hog-backs e costões. COSTÃO: Relevo homoclinal, com inclinação suave. Difere-se de uma cuesta, por apresentar mergulho das camadas, no sentido da escarpa (planícies costeiras). Ex: No litoral nordestino, Grupo Barreiras. CUESTA: É relevo dissimétrico formado por uma camada resistente, fracamente inclinada (declividade menor que 30 graus) e interrompida pela erosão, tendo na base uma camada tenra. É constituída de um lado por um perfil côncavo em declive íngreme, e do outro lado, por um planalto suavemente inclinado. HOG-BACKS: Se as camadas de resistência diferente apresentam mergulhos fortes, superiores a 30 graus, a forma resultante será um hog-back, relevo dissimétrico com cornija e reverso mais curto e mais inclinado do que nas cuestas. Tais formas são comuns na parte interna de domos ou de estruturas de dobras. 23 - Por que o geomorfólogo Dr. Aziz Ab’Saber refere-se as cuestas do RS como “relevos cuestiformes”? Esta bacia tem nas suas bordas norte e sul relevos cuestiformes, cujos topos estão entre 350/400m. O desnível entre os topos das bordas da bacia para a base da superfície, que está por volta dos 100m de altitude, é de 200 a 300m. Essa superfície Gondwânica, passou então a ser tratada por Ab’Saber como uma “superfície de eversão”, em função da exumação que teria ocorrido ao longo do Terciário-Quaternário e que colocou em descoberto um nivelamento pré- existente à formação da bacia paleo-mesozóica amazônica. Esse nível é brandamente inclinado tanto para norte como para sul, a partir do eixo do rio Amazonas. As características morfológicas dessa superfície, tanto a norte como ao sul da bacia amazônica, são dominantemente constituídas por colinas de topos convexos com vales encaixados e vertentes medianamente inclinadas.
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