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ESTUDO DIRIGIDO Nome: Vanessa Paulino Batista Disciplina: Direito Eleitoral Professora: Stefânia Fraga Mendes 1) Defina o que são as condições de elegibilidade, aponte quais são e explique cada uma delas. As condições de elegibilidade podem ser definidas como requisitos essenciais para que o indivíduo possa exercer sua capacidade eleitoral passiva. Deste modo, apenas aqueles que preencherem tais requisitos podem registrar candidatura e receber votos validamente. São condições de elegibilidade, previstas no artigo 14, § 3º, da Constituição Federal, a nacionalidade brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição, a filiação partidária, e a idade mínima para concorrer aos cargos públicos eletivos. A primeira condição de elegibilidade dispõe que apenas o brasileiro possui capacidade eleitoral passiva. Em exceção à essa regra, os portugueses que tiverem residência permanente no Brasil, e se houver reciprocidade em favor de brasileiros, possuem os direitos inerentes ao brasileiro, atribuindo-se, portanto, o direito de exercer a capacidade eleitoral passiva, com exceção aos cargos restritos aos brasileiros natos, como, por exemplo, o cargo de Presidente da República. Já a segunda condição prevê a exigência do pretenso candidato estar no pleno gozo dos direitos políticos, havendo cumprido, assim, com todas as obrigações políticos-eleitorais exigidas pelo ordenamento jurídico. Ademais, a terceira condição exige a inscrição no cadastro eleitoral, mediante o devido alistamento para o exercício de seus direitos políticos. A quarta condição, por sua vez, prevê que o nacional somente pode concorrer às eleições na circunscrição eleitoral em que for domiciliado há pelo menos seis meses, contando-se tal prazo da data do pleito, conforme entendimento do TSE. Além disso, a quinta condição estabelece que o candidato, para concorrer às eleições, deve estar com a filiação deferida pelo partido há pelo menos seis meses, tendo como base a data do pleito. Há exceções à esta regra, quanto aos agentes públicos que, por determinação constitucional, não podem dedicar-se a atividades político-partidárias, como, por exemplo, os magistrados. A sexta, e última, condição de elegibilidade diz respeito à idade mínima para concorrer aos cargos eletivos, requisito que deve ser atendido na data da posse. De acordo com o artigo 14, § 3º, da Constituição Federal, o candidato deverá contar com 35 anos para Presidente, Vice-Presidente da República e Senador; 30 anos para Governador, Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz e 18 anos para Vereador. 2) Explique o que são as causas de inelegibilidade e os impedimentos existentes e indique cada um deles. São causas de inelegibilidade determinados fatos que impedem o cidadão de exercer sua capacidade eleitoral passiva. Nesse sentido, a inelegibilidade é o impedimento temporário do direito de ser votado, ocasião em que o cidadão perde a capacidade de ser eleito. A inelegibilidade, todavia, não atinge os demais direitos políticos do cidadão. As inelegibilidades podem ser absolutas, ocasião na qual impedem o cidadão de se candidatar a qualquer cargo, ou relativas, quando há impedimento apenas em relação a determinado cargo ou pleito. Podem ser, ainda, constitucionais, quando dispostas na Constituição, ou legais, trazidas em Lei Complementar, por força do art. 14, § 9º, da Constituição. As inelegibilidades constitucionais podem ser absolutas ou relativas. São absolutamente inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. Já em relação a inelegibilidade relativa, incluem nesta classificação os titulares do Poder Executivo que não podem ser eleitos para um terceiro mandato consecutivo para o mesmo cargo. Diz-se, nestes casos, que se trata de inelegibilidade funcional. A Constituição prevê, ainda, a chamada inelegibilidade reflexa, tornando inelegíveis pessoas que mantêm vínculos pessoais com o titular do mandato. A respeito das inelegibilidades legais, previstas em Lei Complementar, têm-se, igualmente, inelegibilidades absolutas e relativas. A Lei Complementar 64/90 prevê a inelegibilidade absoluta aos: que perderem o mandado, estabelecendo a perda de mandato legislativo e de mandato executivo; que praticaram abuso de poder econômico e político, impedimento que estabelece requisitos a serem preenchidos; quem tenha contra si condenação criminal transitada em julgado; os que forem indignos de oficialato; que tiverem constas rejeitadas pelo órgão competente; o agente político que praticar abuso econômico ou político; pessoas que tenham exercido cargo de função, direção e administração ou representação em instituições que tenham sido ou estejam sendo objeto de liquidação judicial ou extrajudicial; que tenham sido condenados por corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio, doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem a cassação do registro ou do diploma; que renunciarem o seu mandato eletivo após o oferecimento ao órgão competente de representação ou petição aptos a instauração de processo com o condão de gerar a inelegibilidade; condenados por improbidade administrativa em razão de lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito; que tiverem sido sancionados com a exclusão do exercício da profissão; que forem condenados por simulação de desfazimento de vínculo conjugal; que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial; a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais e os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar. Prevê, de igual modo, a inelegibilidade relativa, que causa impedimento apenas quanto a alguns cargos ou impõe restrições à candidatura. Sendo o impedimento relativo decorrente do exercício de cargo, emprego ou função públicos, pode ser superado com o instituto da desincompatibilização, que consiste na faculdade dada ao cidadão para que desvincule do cargo que é titular, no prazo previsto em lei, tornando assim possível a sua candidatura. Desse modo, é necessária a desincompatibilização para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal em sua circunscrição, Prefeito e Vice-Prefeito, no que for aplicável, Senador, Deputado, Vereador, bem como outros casos particulares previstos na Lei Complementar. 3) No que diz respeito aos sistemas eleitorais, faça a distinção entre o sistema majoritário o sistema proporcional e indique para quais cargos cada um deles se aplica. No sistema majoritário, o candidato que receber a maioria, que pode ser absoluta ou simples, dos votos válidos no distrito ou na circunscrição eleitoral é proclamado o vencedor do certame. Já o sistema proporcional é um sistema eleitoral de vencedor múltiplo no qual a proporção de cadeiras parlamentares ocupadas por cada partido é diretamente determinada pela proporção de votos obtida por ele, desde que atingido o quociente eleitoral. Aplica-se o sistema majoritário aos cargos eletivos de Presidente da República, Governador, Prefeito e Senador, e o sistema proporcional às casas legislativas, a saber, Câmara de Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores. 4) No que tange aos partidos políticos, explique o que é fundo partidário e indique como é realizada a divisão de verbas (apresente o fundamento legal). Fundo partidário é o nome populardado ao Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos. Ele é composto de dotações da União, multas, penalidades, doações e outros recursos atribuídos por lei. De acordo com o artigo 41-A da Lei nº 9.096/95, incisos I e II, são destinados cinco por cento do total do fundo partidário a todos os partidos que atendam aos requisitos constitucionais de acesso aos recursos, e noventa e cinco por cento do fundo são distribuídos aos partidos na proporção dos votos obtidos da última eleição geral para a Câmara dos Deputados. 5) Quanto a temática dos partidos políticos, explique o que é filiação partidária, convenção partidária, coligações partidárias e infidelidade partidária. Filiação Partidária é o vínculo jurídico estabelecido entre o cidadão e o partido político, podendo filiar-se no partido apenas aqueles que tiverem em pleno gozo de seus direitos políticos e preenchido os requisitos postos na lei e no estatuto do partido político. As convenções partidárias, por sua vez, são reuniões deliberativas realizadas pelos partidos, conforme as regras estabelecidas no respectivo estatuto. A escolha dos candidatos que irão concorrer à eleição é realizada pelos partidos políticos, em suas convenções que deverão ser realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto do ano eleitoral. Ademais, a coligação partidária é o consórcio de partidos políticos formado com o propósito de atuação conjunta e cooperativa na disputa eleitoral e é a convenção partidária que resolverá se o partido vai disputar isoladamente as eleições ou se fará coligações. Por fim, a infidelidade partidária ocorre quando o filiado partidário pede a transferência ou o cancelamento de sua filiação, o que pode, em determinadas circunstâncias, ensejar a perda de mandato. 6) Faça a distinção entre propaganda eleitoral partidária, intrapartidária e eleitoral e indique o período em que são realizadas. Indique, ainda, as vedações previstas em lei, tanto na fase préeleitoral quanto na fase eleitoral propriamente dita (dia das votações). A propaganda partidária, que restou extinta com o advento da Lei nº 13.487/17, consistia na divulgação de mensagem com finalidade de divulgação dos ideais, programas e propostas dos partidos políticos, buscando angariar simpatizantes e filiados às agremiações partidárias. Já a propaganda intrapartidária, que está prevista no artigo 36, § 1º, da Lei nº 9.504/97, permite ao pré-candidato realizar propaganda direcionada aos integrantes do partido, a fim de conquistar os votos de seus filiados, para sair vencedor e poder registrar-se candidato junto à Justiça Eleitoral. Este tipo de propaganda pode ser realizado apenas na quinzena anterior à escolha dos candidatos pelo partido. A propaganda eleitoral, por sua vez, é voltada para à população em geral, com o intuito de propagar o nome e candidatura de determinado candidato, com o intuito de convencer o eleitor de que ele seria o melhor para ocupar o cargo em disputa. Esta propaganda somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição, nos termos do art. 36 da Lei nº 9.504/97. É vedado pela lei qualquer tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão. É proibida, ainda, também a propaganda eleitoral antecipada, assim considerada quando houver pedido explícito de voto, menção à pretensa candidatura, e exaltação das qualidades pessoais dos pré- candidatos antes do dia 15 de agosto do ano eleitoral. Além disso, não é permitida a veiculação de material de propaganda eleitoral em bens públicos ou particulares, salvo exceções previstas em lei. Já no dia das votações, constitui crime o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata, a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna, a publicação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos bem como a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações da internet, nas hipóteses previstas em lei. 7) Explique o que é propaganda eleitoral antecipada e mencione em quais situações está configurada. Exemplifique. Como a realização de propaganda é permitida somente após o dia 15 de agosto do ano eleitoral, havendo propaganda eleitoral antes desta data, estará caracterizada a propaganda eleitoral antecipada. Para configurar a propaganda eleitoral antecipada é necessário que haja pedido explícito de voto. Outra situação tida como propaganda eleitoral antecipada é a convocação, por parte do Presidente da República, dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, de redes de radiodifusão para divulgação de atos que denotem propaganda política ou ataques a partidos políticos e seus filiados ou instituições. Diante de tais pontuações, poderia ser considerado propaganda eleitoral antecipada a manifestação de candidato que contenha as expressões “votar”, “vote”. 8) Pedro, que já é eleitor, tem 17 (dezessete) anos na data-limite para o pedido de registro da candidatura, e terá 18 (dezoito) anos na data da posse. Ele deseja concorrer às eleições municipais de Marcelândia/MT. Considerando a situação hipotética apresentada, responda se Pedro poderá concorrer à eleição para vereador e justifique sua resposta. Pedro não poderá concorrer para a eleição, pois para candidatar-se ao cargo de Vereador, exige-se, de acordo com a alteração trazida pela Lei nº 13.165/2015, que a idade mínima de 18 anos seja verificada no momento do pedido de registro. Isto porque se o candidato com 17 anos participasse do pleito e cometesse crime eleitoral neste período, seria processado não pela Justiça Eleitoral, mas pelo Juízo da Infância e da Juventude. 9) Explique de forma sucinta quais as fases do processo eleitoral: fase pré-eleitoral, fase eleitoral propriamente dita e fase pós-eleitoral. Salvo melhor juízo, a fase pré-eleitoral inicia-se um ano antes da data das eleições, com base na aplicação do Princípio da Anterioridade, período no qual as alterações no ordenamento jurídico não se aplicarão ao pleito em questão, e vai até um dia antes da votação. Já a fase eleitoral propriamente dita, envolve a votação e a apuração dos votos. A fase pós-eleitoral, por sua vez, ocorre com a diplomação dos candidatos eleitos. 10) No que diz respeito ao processo eleitoral, explique o que é diplomação. Faça a distinção com a posse. A diplomação é o ato formal pelo qual o eleito é oficialmente credenciado e habilitado a se investir no mandato político-eletivo para o qual foi escolhido. A posse, outro lado, é o momento em que se inicia o mandato político do candidato eleito. 11) As condições de elegibilidade são requisitos positivos que devem estar presentes para que determinado cidadão se candidate nas eleições, representando uma capacidade eleitoral passiva. As inelegibilidades consistem no conjunto de causas que impedem o exercício da capacidade eleitoral passiva. Julgue os itens como verdadeiro (V) ou falso (F) e justifique cada item. 1. (V) São condições próprias de elegibilidade a nacionalidade brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição, a filiação partidária e a idade mínima prevista para ocupação do cargo. O item é verdadeiro, uma vez que é exatamente o que prevê o artigo 14, § 3º, da Constituição Federal. 2. (V) As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade. A afirmativa é verdadeira, pois corresponde ao previsto no artigo 11, § 10, da Lei nº 9.504/97. No entanto, cumpre ressaltar que é possível extrair do artigo 9º da respetiva lei que as condições de elegibilidade que podem ser preenchidas com o simples adventodo termo têm o seu marco na data de eleição. 3. (F) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de trinta dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. A afirmativa é falsa, pois o prazo estabelecido para a situação citada é de quinze dias, conforme se infere do art. 14, § 10, da Constituição Federal, e não de trinta dias. 4. (F) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. A assertiva é falsa, pois a inelegibilidade dos parentes consanguíneos ou afins é atribuída apenas até o segundo grau, nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, e não até o terceiro grau. 12) A respeito do sistema eleitoral brasileiro, assinale a opção correta. (Justifique a alternativas) a) O princípio da moralidade eleitoral exige dos candidatos a prestação de contas uniforme, sem previsão de prestação simplificada, independentemente do valor movimentado em seu processo eleitoral. A assertiva está incorreta, uma vez que o art. 28, § 9º, da Lei nº 9504/97 prevê a prestação simplificada para candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a no máximo R$ 20.000,00 (vinte mil reais). b) O voto e o alistamento eleitoral são obrigatórios a todo cidadão brasileiro alfabetizado, em pleno gozo de saúde física e mental, que se encontre em seu domicílio eleitoral. A assertiva está incorreta, pois o alistamento eleitoral é facultativo para jovens entre 16 e 18 anos e para pessoas maiores de setenta anos, mesmo que preencham os requisitos citados. c) As eleições presidenciais fundamentam-se no princípio da isonomia da concorrência, não diferenciando o peso dos votos dos eleitores brasileiros. A assertiva está correta, pois o art. 14, caput, da Constituição Federal prevê que o voto terá valor igual para todos. d) Adotam-se no Brasil o caráter sigiloso (secreto) do voto, o pluripartidarismo e o sufrágio restrito e diferenciado. A assertiva está incorreta, pois no Brasil é adotado o sufrágio universal. e) O partido político detém autonomia para definir em que município será instalada sua sede, sua estrutura interna, sua organização, seu funcionamento e demais cláusulas. A assertiva está incorreta pois, em que pese o partido ter a autonomia para definir a sua estrutura interna, sua organização e seu funcionamento, bem como o endereço da sede do partido no território nacional, as demais cláusulas devem atender aos ditames legais previstos nos art. 8º e seguintes da Lei nº 9.096/95. 13) O direito eleitoral, precisamente, dedica-se ao estudo das normas e procedimentos que organizam e disciplinam o exercício do poder de sufrágio popular, de modo a que se estabeleça a precisa equação entre a vontade do povo e a atividade governamental. Para melhor ordenação lógica (das fontes), há que se partir da Constituição Federal de 1988 (CF), que é a fonte suprema de onde promana a ordem jurídica estatal. Idem, ibidem (com adaptações). Com relação a esse tema, assinale a opção correta. (Justifique as alternativas) a) Incorporou-se no texto da CF a capacidade eleitoral ativa e passiva dos analfabetos. A opção está incorreta, pois muito embora o analfabeto possua capacidade eleitoral ativa, mesmo que seja facultativo o voto, não possui a capacidade eleitoral passiva, nos termos do art. 14, § 4º, da Constituição Federal. b) A exemplo de alguns países europeus e americanos, a CF admite, em determinadas circunstâncias, o registro de candidatos estrangeiros. A opção está incorreta, pois a Constituição Federal prevê expressamente como condição de elegibilidade a nacionalidade brasileira, no artigo 14, § 3º, inciso I. c) Conforme a CF, a soberania popular é exercida pelo sufrágio e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. A opção está correta, conforme de infere dos arts. 14, caput, e incisos I, II e III, da CF. d) Não estando prevista na CF a eleição dos deputados por meio do sistema proporcional, a eventual mudança do sistema pode ser realizada mediante apresentação de projeto de lei. A assertiva está incorreta, pois a Constituição Federal prevê no art. 45 que a Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional. e) A CF autoriza, em determinadas circunstâncias, a eleição de cidadãos sem filiação partidária. A opção está incorreta, pois o art. 14, § 3º, disciplina que a filiação partidária é uma condição de elegibilidade. 14) Assinale a opção correta acerca dos princípios constitucionais relativos aos direitos políticos: (justifique e apresente fundamento legal) a) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos, os maiores de sessenta e cinco anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade. b) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil por período superior a quinze anos ininterruptos e sem condenação penal. c) O pleno exercício dos direitos políticos e o domicílio eleitoral na circunscrição pelo prazo mínimo de um ano antes do registro da candidatura são condições de elegibilidade d) O militar alistável é elegível e, contando menos de dez anos de serviço, deve ser agregado pela autoridade superior; se eleito, passará, automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. e) A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. A opção está correta, pois é exatamente o que expressa o texto legal do art. 14, caput, incisos I, II e III, da CF. 15) No que diz respeito aos princípios constitucionais e legais relativos aos direitos políticos, à nacionalidade, à elegibilidade e à inelegibilidade, assinale a alternativa correta: (justifique e apresente o fundamento legal). a) Desde que haja reciprocidade, a lei brasileira atribui a pessoas originárias de países de língua portuguesa com residência permanente no Brasil, independentemente de naturalização, os direitos inerentes ao brasileiro, inclusive o gozo dos direitos políticos, salvo a ocupação de cargo privativo de brasileiro nato. b) Diferentemente do prefeito, que, para concorrer a outro cargo sem incidir em inelegibilidade, deve renunciar ao mandato no prazo legal, o vice-prefeito que, nos últimos doze meses anteriores ao pleito, não tenha substituído nem sucedido o titular poderá candidatar-se a outro cargo, preservando o mandato. A opção está correta pois o art. 14, § 6º, da Constituição Federal exige a desincompatibilização apenas para os chefes do executivo, e não para os vices. c) A cassação dos direitos políticos do brasileiro que adquirir outra nacionalidade por reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira só ocorrerá após a declaração da perda da nacionalidade brasileira por sentença judicial transitada em julgado. d) No caso de cometimento de ato de improbidade administrativa, a suspensão dos direitos políticos ocorre automaticamente na forma e gradação previstas em lei, não havendo necessidade de ser expressamente declarada na sentença condenatória. e) Considere que tenha sido declarada a dissolução do vínculo conjugal de João com Márcia, prefeita de um município brasileiro, no cursodo mandato da prefeita. Nesse caso, João não seria inelegível para o cargo de vereador em município criado por desmembramento do município em que Márcia é prefeita. 16) Com base nas disposições constitucionais sobre eleições, nacionalidade e direitos políticos, assinale a alternativa correta: (justifique e apresente o fundamento legal). a) a lei que alterar o processo eleitoral publicada no dia 10 (dez) de dezembro somente entrará em vigor no primeiro dia do ano seguinte ao de sua publicação, podendo ser aplicada à eleição que ocorrer em outubro deste mesmo ano; b) o Presidente e o Vice-Presidente da República são eleitos segundo o sistema majoritário (principio majoritário), enquanto os membros do Congresso Nacional são eleitos pelo sistema proporcional; c) a lei complementar que dispuser sobre casos de inelegibilidade não poderá estabelecer distinções entre brasileiros natos e naturalizados além das previstas na Constituição; Esta opção está correta, pois de acordo com o artigo 12, § 2º, da Constituição Federal, a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. d) a eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito se dará pelo sistema majoritário (princípio majoritário), e nos municípios com mais de duzentos mil habitantes ficará sujeita a dois turnos de votação entre os dois candidatos mais votados, se no primeiro turno nenhum dos candidatos alcançar maioria absoluta de votos. 17) No que diz respeito a Lei n. 9.096/95, que dispõe sobre partidos políticos, assinale a alternativa correta. (justifique e apresente o fundamento legal). a) Após registrar seu estatuto no Cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, na Capital Federal, o partido político está apto a participar do processo eleitoral, receber b) É vedado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos na Lei n. 9.096/95, com vistas à candidatura a cargos eletivos. c) Quem se filia a outro partido deve fazer comunicação ao partido ao qual era originalmente filiado e ao juiz de sua respectiva Zona Eleitoral, para cancelar sua filiação anterior; se não o fizer no dia imediato ao da nova filiação, fica configurada dupla filiação, sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos. d) A perda dos direitos políticos não implica o cancelamento imediato da filiação partidária. e) A desaprovação da prestação anual de contas do partido não enseja sanção alguma que o impeça de participar do processo eleitoral. A opção E está correta, pois, de acordo com o art. 32, § 5º, da Lei dos Partidos Políticos, a desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral. 18) Maria foi orientada a estudar a Lei n° 9.096/95 para o concurso que irá prestar. Descobriu que, destinando-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal, o partido político é pessoa jurídica de direito: (justifique e indique o fundamento legal) a) público interno, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. b) público externo, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. c) público, interno ou externo, dependendo do seu estatuto, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. d) privado ou de direito público interno, dependendo do seu estatuto, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. e) privado, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. A opção E está correta, pois corresponde ao texto legal da Lei nº 9.096/95, em seus artigos 1º e 2º. 11 12 13 14 15 16 17 18 1.V 2.V 3.F 4.F a. b. c. d. e. a. b. c. d. e. a. b. c. d. e. a. b. c. d. e. a. b. c. d. e. a. b. c. d. e. a. b. c. d. e. -
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