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Processo Civil - Tutela Provisória

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Tutel� Provisóri�
São tutelas jurisdicionais não definitivas, fundadas
em cognição sumárias, ou seja, em um exame menos
profundo da causa, capaz de levar a prolação de
decisões baseadas em um juízo de probabilidade
De maneira sintética, serve como uma tentativa de
resolver a demora de um processo. Assim, a
proteção/tutela do Estado vai ser provisória, isto é, uma
cognição sumária
- Juiz pode revogar ou modificar a qualquer tempo
(precariedade)
- Existem duas espécies de tutela provisória, a de
urgência ou evidência
- Pode ser requerida a qualquer momento, podendo ser
incidental (quando acontece durante) ou antecedente
(quando acontece antes)
- A decisão que concede ou nega uma tutela provisória,
é uma decisão interlocutória recorrível por agravo de
instrumento (art. 1.015, I)
- O juízo competente quando ajuizado no tribunal, será
analisado pelo relator
- A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e
quando antecedente, será ao juízo competente para
reconhecer o pedido principal
OBS: liminar é quando o juiz dá uma decisão sem ouvir
a parte contrária (geralmente isso ocorre na tutela
provisória)
TUTELA PROVISÓRIA
↙ ↘
TUTELA DE URGÊNCIA TUTELA DE EVIDÊNCIA
↓
ANTECIPADA e CAUTELAR
↙ ↘
ANTECEDENTE ANTECEDENTE
e INCIDENTAL e INCIDENTAL
Tutel� d� Urgênci�
Só pode ser dada, se houver dois requisitos
obrigatórios: elementos que evidenciem a
probabilidade de seu direito (fumus bonis iuris) e provar
que tem perigo de dano e/ou risco ao resultado útil do
processo (periculum in mora)
- Existe a possibilidade em que o juiz poderá conceder a
tutela antecipada ou cautelar, sem ouvir a parte
contrária/réu
- Para a concessão da tutela de urgência (antecipada ou
cautelar), o juiz pode conforme o caso, exigir caução
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a
outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a outra parte for economicamente
hipossuficiente
OBS: como regra, o juiz só poderá conceder uma dessas
tutelas, antecipada e cautelar, se for possível a reversão
da decisão depois (isso serve para a antecipada e
cautelar)
1. Tutel� Antecipad� (satisfativ�)
É a antecipação dos efeitos de uma sentença futura,
ou seja, a antecipação do direito material que se espera
lá no final
- É caracterizada por dar eficácia imediata a tutela
definitiva
- Deverá estar presente a reversibilidade dos efeitos da
decisão antecipatória (existem exceções, em que
mesmo com o risco de irreversibilidade, o juiz deve
conceder)
- Ao precisar de um pedido urgente, poderá solicitar
numa petição o pedido, e, posteriormente dentro de 15
dias, fazer o aditamento , isto é, o pedido principal
(antecedente)
- Possibilidade de estabilização da decisão, ou seja, a
pessoa que não recorre da tutela antecipada
antecedente, poderá ter o processo finalizado (o réu
tem 15 dias para se manifestar)
- O réu tem dois anos para revogar essa tutela
antecipada antecedente que foi deferida
2. Tutel� Cautela� (conservativ�)
Não se quer antecipar nada, apenas, uma medida
que assegure o futuro resultado útil do processo nos
casos em que uma situação de perigo põe em risco a
sua efetividade
- Serve para não gerar inutilidade de uma sentença
futura
- Serve para resguardar a futura efetividade de uma
decisão
- Ao precisar de um pedido urgente, poderá solicitar
numa petição o pedido, e, posteriormente dentro de 30
dias, fazer o aditamento , isto é, o pedido principal
(antecedente)
- Na cautelar com caráter antecedente, é como se
houvesse dois processos, aqui o réu terá somente 5 dias
para se manifestar
- A tutela cautelar antecedente não se estabiliza
Medida� cautelare� nominada�
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode
ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento
de bens, registro de protesto contra alienação de bem e
qualquer outra medida idônea para asseguração do
direito.
Arresto: tem a finalidade de garantia de uma futura
execução por quantia certa, é um bem genérico
Sequestro: tem a finalidade de garantia de execução
para entrega de coisa, isto é, um bem determinado
Arrolamento de bens: serve para conservar bens
litigiosos, ou seja, bens que são objetos de uma
demanda (pode ser determinado a indisponibilidade
dos bens)
Registro de protesto contra alienação de bens: é um
ato judicial de comprovação ou documentação de
intenção do promovente, revelando o propósito do
agente de fazer atuar no mundo jurídico uma pretensão
(prevenir responsabilidade, prover a conservação de seu
direito e prover a ressalva de seus direitos)
Caução: tem como finalidade a garantia do
cumprimendo de uma obrigação assumida dentro do
processo
- Caução real é quando a parte coloca bens a disposição
do juízo como garantia
- Caução fidejussória é quando a parte oferece fiança
Busca e apreensão: somente é feita quando os bens
não poderem ser objeto de arresto e nem sequestro
Fungibilidad� da� tutela� d� urgênci�
De acordo com o princípio da fungibilidade, ao pedir
a tutela errada, o juiz receberá uma como se fosse outra
Assim, em outras palavras, é possível que o juiz
possa conceder uma medida de urgência no lugar de
outra postulada, desde que presentes os requisitos para
concessão
Tutel� d� Evidênci�
Na Tutela de Evidência não há o requisito da
urgência ou perigo, assim, sua principal finalidade é
encurtar o caminho do processo, pois, a probabilidade
de um direito é muito elevada
Além disso, aqui não há a possibilidade de tutela
antecipada
Art. 311. A tutela da evidência será concedida,
independentemente da demonstração de perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o
manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas
apenas documentalmente e houver tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em
prova documental adequada do contrato de depósito,
caso em que será decretada a ordem de entrega do
objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental
suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a
que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz
poderá decidir liminarmente.

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