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Tutelas Provisórias (com artigos)

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1º semestre de 2021
Tutelas Provisórias
· A tutela provisória é a crise de segurança, pois preserva o resultado útil do processo, tentando resguardar o direito da parte. 
· O que caracteriza a atividade jurisdicional é a tutela ao direito daquele que, no conflito, se acha na situação de vantagem garantida pela ordem jurídica. Portanto, tutelar direitos é a função da Justiça, e o processo é o instrumento por meio do qual se alcança a efetividade dessa tutela; 
· Existem dois tipos de tutelas:
· de conhecimento → existe uma crise de certeza e todo o processo é desenvolvido para saber qual o direito, qual das partes tem razão (sentença); 
· de execução → existe uma crise de inadimplemento onde o executado não quer cumprir voluntariamente a determinação constante no título executivo judicial. Já há um documento que prova o direito. 
Tutelas Conservativas X Tutelas Satisfativas
Tutelas conservativas 
· É a antiga cautelar, que se limita a conservar bens ou direitos, cuja preservação se torna indispensável à boa e efetiva prestação final, na justa composição do litígio. 
· Preserva o resultado da ação, o resultado útil. 
· Normalmente utilizada para:
· medidas para assegurar bens → garantir uma futura execução 
· medidas para assegurar pessoas → medidas para a guarda provisória das pessoas. 
· medidas para assegurar provas → antecipa a produção das provas para uma futura instrução para o processo principal. 
Tutelas satisfativas 
· Chamada também de antecipada, antecipam provisoriamente resultados materiais do direito disputado em juízo, ou seja, antecipam o resultado da ação. 
· A principal consequência é que aquilo que só teria direito se a sentença fosse favorável é dado de imediato. 
Características das Tutelas 
· Autonomia:
· forma uma relação jurídica própria;
· tem petição inicial, citação; 
· tem sentença própria;
· somente vai ocorrer na antecedente. 
· Cognição Sumária:
· nunca examina em profundidade o direito; 
· decide com base na probabilidade, na verossimilhança; 
· o juiz apenas aprofunda conforme forem surgindo novos elementos, pois ele tem que chegar numa cognição exauriente.
· Provisoriedade:
· medidas destinadas a durar apenas o tempo necessário para tutelar uma situação de emergência; 
· por serem realizadas em cognição sumária e em caráter acessório, as cautelares não serão definitivas, não estão sujeitas a preclusão, nem a sentença à coisa julgada material; 
· existe o tempo necessário para ser proferida uma sentença. 
· Revogabilidade:
· justamente por serem provisórias, podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo; 
· Conservação da Eficácia da tutela provisória, inclusive no período de suspensão do processo (art. 296, parágrafo único):
· permanecem enquanto não julgar o pedido com cognição exauriente. 
· Fungibilidade entre as tutelas provisórias (art. 305):
· entende-se a operação de receber um ato processual praticado por outro, isto na suposição de que, além de mais adequado aos fins pretendidos, a adaptação representa ganho de efetividade ou de economia processual; 
· ocorre quando é especificado um tipo de tutela, quando era pra ser outro tipo. O juiz irá relevar aplicando a fungibilidade, preservando a urgência. 
Disposições Gerais 
✽ art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. ✽
· A antecedente é aquela que deflagra o processo em que se pretende, no futuro, pedir a tutela definitiva. 
· A parte não dispõe de tempo hábil para levantar os elementos necessários para formular o pedido de tutela definitiva de modo completo e acabado. 
· O pedido é feito antes da propositura da ação. 
· A antecedente tem Petição Inicial própria e, após um determinado período, deve-se ser aditada (acrescentar novos argumentos para a tutela) antes de falar do mérito. 
· A incidente é aquela requerida dentro do processo em que se pede ou já se pediu a tutela definitiva, no intuito de adiantar seus efeitos.
· Pedido na propositura da ação ou no curso dela. 
✽ art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. ✽
· A petição inicial da tutela quando pedida em caráter antecedente deve-se pagar as custas, mas quando for aditar não precisará pagar novamente. 
· Somente será recolhido na incidente se tiver alguma diferença de valor referente ao fato de aumentar os pedidos. 
✽ art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. ✽
Poder Geral da Cautelar 
· Concede ao julgador a possibilidade de adotar todas as medidas idôneas e necessárias para efetivação da tutela provisória. 
· Se estende a todas as medidas provisórias, sejam elas fundadas na urgência ou na evidência e não se restringem apenas às figuras ou hipóteses pré definidas em lei. 
· Evitou-se a regulamentação de medidas cautelares típicas, ficando tudo a depender das exigências concretas de medidas urgentes, caso a caso. 
✽ art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber. ✽
Exemplos de medidas dada ao juiz 
✽ art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. ✽
· Arresto:
· assegura o sucesso da futura execução;
· hipótese que há motivo plausível para se temer uma dilapidação de patrimônio por parte do suposto devedor;
· consiste na apreensão de bens do possível devedor, para que desde logo fiquem afetados ao procedimento executivo que possa ocorrer no futuro. 
· Sequestro:
· preserva um ou alguns bens determinados e específicos, que é ou será objeto de demanda judicial;
· resguarda a entrega do bem ao vencedor; 
· pressupõe que haja um fundado receio de que a coisa já é, ou venha tornar-se litigiosa, possa vir alienada, perdida ou a se deteriorar.
· Busca e apreensão:
· visa procurar e apreender coisa ou pessoas; 
· somente bens imóveis; 
· serve para enquadrar as hipóteses que não são de sequestro e arresto. 
Outras disciplinas
✽ art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso. ✽
· Obrigatoriedade da motivação, o juiz precisa trazer as razões que o levou a decisão (CF, art. 93, IX). 
 ✽ art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito. ✽
· Na distribuição da tutela antecedente deve escolher o juízo levando em consideração o juiz competente para analisar o mérito. 
· A competência originária é onde se inicia o pedido da tutela. 
· Se está em recurso, será analisado pelo órgão responsável pelo julgamento do recurso.
✽ art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§4º. Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. ✽
· Em caso de remeter a juizo incompetente, por urgencia o juiz poderá deliberar, mas alegando a sua incompetencia. 
· Se existir previsão para solução do conflito por Juiz Arbitral, este será responsável para a concessão da tutela provisória, na ausência de sua constituição, o Poder Judiciário apreciará; 
· O Juiz Arbitral poderá revogar ou modificar a medida. Mas,ele não tem poder para dar executividade a medida sendo necessário ir ao Poder Judiciário para que este adote as medidas. 
· Os recursos cabíveis contra a concessão, ou a não concessão, das tutelas provisórias são:
· agravo de instrumento (art. 1015, I); 
· agravo interno (art. 1021) da decisão do relator, no âmbito dos tribunais.
Mapa Mental: Tutela Provisória
Tutela de Urgência
Pressupostos
 ✽ art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1º. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3º. A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.✽
· A probabilidade do direito (fumus boni iuris):
· é representada por um título;
· há uma questão material palpável para apresentar; 
· a situação tem probabilidade de ser verdadeira; 
· feita por meio de uma cognição sumária; 
· O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora):
· é o perigo da demora;
· o tempo prejudica o direito de alguma forma;
· risco da medida se tornar ineficaz;
· um dano potencial, um risco que corre o processo de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão da demora; 
· risco deve ser objetivamente apurável. 
· É necessário que ocorra os dois pressupostos.
· A possibilidade de caução, conhecida também como contracautela, ocorre quando o juiz entende que pode acontecer um prejuízo ao réu.
· A caução destina-se a servir de garantia para o eventual ressarcimento de um dano (derivado de violação de dever legal ou obrigação negocial). 
· A caução deve desempenhar o papel de fonte do ressarcimento. 
· A caução real é, por exemplo, um imóvel, enquanto a fidejussória é conhecida também como garantia pessoal, como uma fiança. 
· Poderá ser dispensada se o juiz entender que em uma situação não é necessária ou se o autor for beneficiado pela gratuidade da justiça. 
· Poder ser pedida em qualquer momento, além do já previsto no parágrafo. 
· Pode ser concedida no início do processo (liminar), logo sem a oitiva do réu (inaldita altera parts) ou após a realização da audiência de justificação. 
· A inaldita altera parts significa sem ouvir a parte contrária já que pode causar prejuízo para questão que se busca proteger com a tutela.
· O § 3º evita o periculum in mora inverso uma vez que ao conceder a tutela de urgência poderá provocar um dano irreversível ao réu. 
Responsabilidade civil do requerente da tutela de urgência
✽ art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. ✽ 
· A responsabilidade civil do requerente da tutela de urgência é objetiva, de modo que ele responde pelos danos causados pela efetivação da medida, independentemente da prova de dolo ou culpa.
· O requerente assume o risco de ressarcir, ao adversário, todos os prejuízos produzidos pela concessão e a execução da providência urgente, quando essa vier a ser extinta por um ato ou omissão imputável ao autor da medida ou por se constatar que ele não tem o direito antes reputado plausível. 
· Em caso de improcedência na sentença e o requerente da tutela for o perdedor, terá ele que indenizar o réu.
Procedimento da Tutela Antecipada Requerida em Caráter Antecedente
✽ art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1º. Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2º. Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3º. O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4º. Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5º. O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6º. Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. ✽
· Para requerer, deve ter:
· urgência for contemporânea à propositura da ação → algo urgente, que não possa esperar o mérito;
· com a exposição da lidade, do direito → fatos e direito;
· a indicação do pedido de tutela final → dizer qual será a discussão no mérito.
· O inciso II e III do § 1º trata-se de algo que irá acontecer após o aditamento. 
· Cabe agravo de instrumento sobre a tutela, devendo ser realizada pelo réu no prazo de 15 dias. 
Estabilização da tutela antecipada antecedente 
· Pressupostos para que ocorra a estabilização:
· somente nas tutelas antecipadas antecedentes;
· ausência de aditamento da petição inicial pelo autor;
· que haja decisão concessiva da tutela antecipada antecipada antecedente;
· inércia do réu → ausência de interposição de recurso por parte do réu contra a decisão da tutela antecipada antecedente;
· extinção do processo sem resolução de mérito; 
· dentro do prazo decadencial de 2 anos contados da ciência da decisão extintiva do processo, nenhuma das partes poderá ingressar com novo processo judicial para rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada; 
· Ainda no prazo de 2 anos pode-se pedir para revogar a tutela em um novo processo, mas depois de dois anos apenas será revogada em sentença.
✽ art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1º. No caso previsto no caput , o processo será extinto.
§ 2º. Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput .
§ 3º. A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o §2º.
§ 4º. Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5º. O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
§ 6º. A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada,mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do §2º deste artigo. ✽ 
· Se o réu não interpuser recurso contra a decisão que, em primeiro grau, concede a tutela antecipada antecedente, essa estabilizar-se-á. 
· O processo, uma vez efetivada integralmente a medida, será extinto. Todavia, a providência urgente manterá sua eficácia por tempo indeterminado. 
· Sua extinção dependerá de uma decisão de mérito, em uma nova ação, que a reveja, reforme ou invalide.
· Pela técnica da estabilização da tutela antecipada antecedente o sistema permite que a tutela provisória deferida conserve sua eficácia independente de confirmação por decisão posterior de mérito, a ser proferida em cognição exauriente.
· Nesses casos, o pedido principal só será formulado se as partes tiverem interesse na obtenção de decisão definitiva sobre o direito controvertido e até lá, os efeitos da tutela provisória permanecem estáveis, isto é, operando plenos efeitos como se decisão definitiva de mérito fosse.
Procedimento da Tutela Cautelar Requerida em Caráter Antecedente
✽ art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. ✽
· A estrutura da Petição Inicial é a mesma que a da Tutela Antecipada.
· A cautelar também é de urgência contemporânea. 
· Na cautelar se pede a tutela para resguardar a sentença, assegurar que no dia que sair a sentença há como dar efetividade a ela. 
· O parágrafo único trata-se de espécie de fungibilidade, ocorre quando preenche os elementos de uma tutela e pede outra o juiz corrige a rota do processo. 
✽ art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. ✽ 
✽ art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum. ✽ 
✽ art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1º. O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2º. A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3º. Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334 , por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4º. Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335 .✽
· O prazo para aditar a cautelar antecedente é de 30 dias. 
· Não é necessário pagar novas custas pois estas já foram pagas na PI. 
· O inciso I diz que poderá ser feita de forma incidental.
· Quando for falar do mérito pode ser pedido qualquer coisa. 
· Os §§ 4 e 5º tratam-se depois de aditar a PI, devendo ser seguido o procedimento comum. 
 ✽ art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. ✽
· Se não for aditada entre os 30 dias, a tutela pode perder a eficácia. 
· Há dois momentos para a contagem do prazo:
· quando concedida a tutela, conta-se 30 dias para provar que deu efetividade à tutela; 
· após a efetivação da tutela, conta-se mais 30 dias para ditar a PI. 
· Se não for efetivado a cautelar entre os 30 dias, terá que aditar a PI sem a cautelar. 
· O inciso I é o caso de não aditar a PI em relação ao mérito. 
· Passado o prazo, não pode ser dada outra cautelar. 
· Se a tutela for negada, o prazo de aditamento será de 30 dias, contando a parte da decisão. 
✽ art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. ✽
Tutela de Evidência
· Não há urgência. 
· Sempre será incidental. 
· Situação em que o autor tem enorme chance de vencer e para que não suporte todo o tempo do processo para apenas receber o bem, o juiz por meio da tutela, concede o bem.
· Aplicam-se a casos em que a probabilidade de que o autor tenha razão no que pede é tão mais alta, que se constata ser um gravame desproporcional ao autor de arcar com o peso da demora do processo.
· A tutela da evidência não se funda no fato da situação geradora do perigo do dano, mas no fato de a pretensão de tutela imediata se apoiar em comprovação suficiente do direito material da parte 
· Apenas no curso do processo.
✽ art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.✽
· Abusar do direito de se defender, utilizando os vários recursos, litigância de má-fé.
· Aplicada conforme a conduta do réu durante o processo.
· Inciso II: prova documental + precedentes, sendo cabível a liminar. 
· No contrato de depósito é cabível a liminar e multa (inciso III).

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