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Marcelo Barbosa Martins 
Advogado 
Rua Antônio Maria Coelho, n.º 3.410-Jardim dos Estados - Campo Grande, MS 79020-210 Fone: (67) 3042-7080 
e-mail: marcelo.bmartins@bol.com.br 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO 
GRANDE–MS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo Nº 0805758-55.2016.8.12.0001 
 
 
 
 
 
VANESSA FERNANDES DE MATOS, na ação de indenização que promove 
em face de Gilmar Natalino Volpini-ME, vem, por seu advogado, no prazo, se 
manifestar sobre a Contestação ofertada pela empresa Requerida, fazendo-o da seguinte 
forma, pelo que diz e afinal requer o seguinte: 
A EMPRESA RÉ ALEGA EM SÍNTESE QUE: 
- Existe Ilegitimidade Passiva por parte da Contestante. 
- Necessidade de Denunciar o Município de Campo Grande à Lide. 
- Presença de Culpa Exclusiva da Autora. 
- Ausência de Culpa da Empresa no Boletim de Ocorrência. 
- Caso de Culpa Concorrente. 
- Ônus da Prova da Autora. 
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Marcelo Barbosa Martins 
Advogado 
Rua Antônio Maria Coelho, n.º 3.410-Jardim dos Estados - Campo Grande, MS 79020-210 Fone: (67) 3042-7080 
e-mail: marcelo.bmartins@bol.com.br 
- Improcedência dos Danos Materiais. 
- Improcedencia dos Lucros Cessantes. 
- Inexistencia de Danos Estéticos. 
Inexistencia do Dano Moral. Do Quantum Pedido. 
Dos Pedidos Finais. 
DA IMPROCEDÊNCIA DAS ALEGAÇÕES DA REQUERIDA 
Não tem propósito o argumento de carecer legitimidade passiva à 
Empresa Ré. O veículo causador do acidente, identificado como veículo 1 no Relatório do 
Acidente, é de propriedade da Empresa que figura como Ré nesta ação. O motorista do veículo 
1 era empregado da Autora à época do infortúnio. 
Tais fatos não foram negados na defesa, restando incontroversos. Por 
esta singela razão, a Empresa Requerida é parte legitima nesta demanda, caindo por terra a 
frágil argumentação da Empresa Ré que a Empresa não obrou com culpa para a ocorrência do 
evento ensejados dos danos. 
Querer discutir culpa neste tópico preliminar é impossível, visto que o 
elemento culpa é questão que afeta ao mérito. 
A seguir, a Requerida pretende no mérito, a denunciação do Município 
de Campo Grande, MS, à presente ação, pelo pretenso fato de o cruzamento não ter à época 
do infortúnio a sinalização vertical, o que demonstraria culpa do Município. 
Ocorre, Excelência, o acidente não foi causado por ausência de 
sinalização, mas por única e exclusiva culpa da Requerida, cujo motorista entrou à esquerda no 
cruzamento, de forma abrupta, colhendo frontalmente o veículo dirigido pela Autora, que 
vinha pela mesma via, em sentido contrario. 
Por outra, o cenário do acidente tinha sinalização horizontal, como 
grifado no relatório feito pela Autoridade Técnica, o que elide eventual responsabilidade do 
Município (documento vindo com a inicial e com a contestação). 
Deseja, ainda, a Empresa Ré imputar culpa presumida à Autora, pelo 
fato de à época a Impulsionadora do feito não estar portando sua habilitação. 
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Marcelo Barbosa Martins 
Advogado 
Rua Antônio Maria Coelho, n.º 3.410-Jardim dos Estados - Campo Grande, MS 79020-210 Fone: (67) 3042-7080 
e-mail: marcelo.bmartins@bol.com.br 
Tal argumento não merece ser acolhido Como restará demonstrado na 
instrução, a conversão do motorista da Ré à esquerda, foi o fato que determinou o 
abalroamento da moto dirigida pela Autora. 
Assim, é gritante a culpa exclusiva da Ré, visto que o seu preposto agiu 
em desrespeito à norma de transito e ao bom senso. 
Insiste, por outro lado a Ré, que o Boletim de Ocorrência não faz 
qualquer referencia à culpa da Empresa Ré, no evento danoso. 
Esquece-se a Empresa Requerida que o Boletim de Ocorrência não tem a 
função de julgar o comportamento das partes. Entretanto, pela leitura do BO, percebe-se que 
a conduta do preposto da Ré foi importante para concluir pela dinâmica do acidente, que 
caminha no sentido de culpar o preposto da Requerida. 
Continuando sua árdua tarefa em se eximir da responsabilidade civil, a 
Requerida argumenta que, ainda venha a ser reconhecia a culpa da Requerida, deve ela ser 
dividida com a Autora. 
A empresa quer convencer o Juízo que duas causas ajudaram a 
acontecer o evento danoso: a Autora dirigir sem a CNH e a falta de sinalização no local da 
batida. 
Ocorre, ao contrário do que afirma os bons advogados que elaboraram a 
defesa, o local tinha sinalização horizontal, como demonstra o documento vindo à fl. 51, 
deitando por terra eventual responsabilidade do ente estatal. 
O fato de a Autora não estar habilitada não importa em presunção de 
culpa. A dinâmica do acidente escancara a culpa exclusiva do motorista da Ré, que convergiu à 
esquerda, tendo o seu caminhão deixado marcas de freio na distancia de 2,48 m., antes de 
colher a moto da vítima, aqui Autora. 
Prossegue a Ré argumentando que a Autora tem o ônus de provar os 
fatos constitutivos de sua pretensão. Diz certo a Requerida, e desde a inicial a Impulsionadora 
do feito vem desempenhando este encargo. 
Os documentos juntados com a inicial já satisfazem em parte este 
encargo. Durante a dilação instrutória o encargo vai se cumprir inteiramente. 
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Marcelo Barbosa Martins 
Advogado 
Rua Antônio Maria Coelho, n.º 3.410-Jardim dos Estados - Campo Grande, MS 79020-210 Fone: (67) 3042-7080 
e-mail: marcelo.bmartins@bol.com.br 
A Requerida pede a improcedência dos pedidos a título de danos 
materiais. Tal não procede. Foram juntados orçamentos que comprovam os valores dos danos 
no veículo da Autora. 
Quanto ao pedido de improcedência dos lucros cessantes, melhor sorte 
não merece tal solicitação. 
A Autora trabalha atualmente na empresa SUBWAY e à época do 
acidente já o fazia, ainda que seu contrato de trabalho não fosse anotado em sua CTPS, na 
oportunidade do infortúnio. 
Ainda assim, o seu contrato de trabalho poderá ser provado pela provatestemunhal. 
Na faina de desmerecer as afirmativas feitas na peça exordial, a Ré 
duvida da existência dos danos estético e moral sofridos pela Autora. 
O laudo de exame feito no corpo da Autora e as fotos juntadas 
demonstram sobejamente as afirmações feitas na peça de ingresso. A prova pericial deverá ser 
deferida, quando o caráter de permanência dos danos sofridos ficarão demonstrados. 
A Autora manca da perna esquerda , tornou-se pessoa depressiva e tem 
dores permanentes na perna. Perdeu o baço e parte do intestino. Restaram-lhe pelo corpo 
cicatrizes imensas, que lhe causam dor física e moral. 
Como se não bastasse tudo o que disse a Ré para fugir à 
responsabilidade de indenizar, afirma que a Autora teve simples dissabores com as dores 
físicas e de alma que vem sentindo desde o eventus damni. Impugna os valores pedidos na 
inicial. 
Contesta, ainda, argumentando culpa exclusiva da vítima, o que 
evidentemente não é o caso, haja vista ter sido desidioso o modo como o preposto da 
Empresa convergiu para a esquerda, no fatídico cruzamento, vindo a colher o veículo da 
Autora. 
Alega não estarem presentes os requisitos da responsabilidade civil, o 
que a Autora toma como verdadeiro acinte. 
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Advogado 
Rua Antônio Maria Coelho, n.º 3.410-Jardim dos Estados - Campo Grande, MS 79020-210 Fone: (67) 3042-7080 
e-mail: marcelo.bmartins@bol.com.br 
A Autora pede valores importantes, mas não tem o desejo de se 
locupletar de patrimônio alheio, mas apesar se ressarcir, em parte, do dano que lhe foi 
causado injustamente. 
Os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, com certeza 
presidirão este Juízo, no instante de fixar os valores dos danos sofridos. 
Para a Requerida, a perda de um filho e sequelas físicas e morais 
gravíssimas, não passam de um mero preço a se pagar pelo convívio em sociedade. 
Ao final, a Ré pede a condenação da Autora em dano processual. Não 
tratou deste assunto na defesa, sendo o pedido inepto. 
Pede, ainda, o reconhecimento de culpa concorrente, o que já ficou 
evidente não ser o caso dos autos. 
Em caso de procedência do pedido, pede que a condenação seja de 
pagamento de forma parcelada, o que certamente ficará ao critério do julgador. 
Quanto a honorários de sucumbência, serão devidos, já que a Autora 
deverá ser vitoriosa. 
Nos pedidos finais, a Requerida não pleiteou a denunciação do 
Município de Campo Grande, MS à lide, restando inepto este pleito. 
Feita a réplica, a Autora reitera os pedidos feitos na inicial. 
 
Campo Grande, MS, 27 de abril de 2016 
Marcelo Barbosa Martins 
OAB/MS 1.931 
 
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