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APX2 2021 1 - História na Educação 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 2 – 2021.1
PRAZO FINAL PARA POSTAGEM: 12/06 – 16h
Disciplina: História na Educação 2
Coordenadora: Profª Helena Araújo
Aluno(a): NOTA 9,0
 
1ª Questão: Leia o texto e em seguida responda: 
A crítica ao sistema colonial corresponde às mudanças nas relações políticas e comerciais entre metrópole e colônia. Não implica, entretanto, na mudança de estrutura básica da produção colonial que ao capitalismo industrial convinha manter nas grandes linhas. (...) A crise do sistema colonial acabaria, no entanto, por atingir a nação portuguesa e sua colônia. (Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil. A historiografia tradicional: uma versão que se repete. in: MOTA, Carlos Guilherme (org.). Brasil em Perspectiva. São Paulo: Difel, 1982.)
1.1. Explique o que foi o sistema colonial. (1,5 p)
Sistema de colonização é um conjunto de estruturas econômicas e administrativas organizadas pelas potências europeias inicialmente nas Américas e depois em outras partes do mundo, visando a tornar suas colônias fontes de enriquecimento. Estes sistemas, organizados de acordo com os interesses europeus, eram formas de organizar o trabalho, a exploração de recursos naturais valioso (como o ouro e os diamantes, por exemplo), de converter os nativos ao modo de vida europeu e de organizar a exploração da mão de obra escrava. Nesse sentido, a Colônia era entendida como uma produtora de riqueza para a metrópole. Esses sistemas eram organizados de acordo com os interesses europeus, eram formas de organizar o trabalho, a exploração de recursos naturais valioso (como o ouro e os diamantes, por exemplo), de converter os nativos ao modo de vida europeu e de organizar a exploração da mão de obra escrava.
1.2. Identifique duas heranças do colonialismo na sociedade brasileira. (1,0 p.)
A primeira cultura a render lucros foi a cana-de-açúcar, depois o tabaco, seguido do algodão e a pecuária. A maior parte da mão de obra era africana e o objetivo era comercializar com a Europa. As capitanias hereditárias, o governo geral e a monocultura da cana-de-açúcar podem ser apontadas como estratégias de ocupação. A mais importante é a cana, pois deixou marcas na estrutura social, bem como na nossa economia. Marcada pelo racismo, visível entre outros em ações policiais, a sociedade brasileira luta até hoje para digerir as consequências do processo de colonização, que durante séculos explorou populações nativas e negros que chegavam escravizados ao país. A corrupção é esse traço é marcante em todos os países que foram colônia de Portugal, como é o caso do Brasil; o racismo é por conta da exploração social da mão-de-obra do povo negro vindo do Continente Africano, o Brasil carrega o peso de ter sido um dos últimos países do mundo a abolir à escravidão. A princípio toda fonte de subsistência da sociedade estava ligada à agricultura e ao latifundiário. 
2ª Questão: Leia o trecho a seguir e responda:
É a partir do século XVIII, quando ocorre a Revolução Industrial na Inglaterra, que as relações capitalistas tornam-se predominantes nos países ocidentais. (Marques, Adhemar M. História: Os caminhos do homem 3. BH, Lê, 1991.)
2.1. Caracterize as relações capitalistas às quais o texto se refere em três aspectos básicos. (1,5 p.)
O principal objetivo do capitalismo é obter riquezas e trabalhadores são assalariados, predominando a propriedade privada. O estado intervém pouco no mercado da economia, ocorrendo a divisão entre classes sociais. Com isso o crescimento da desigualdade social cresce e as características clássicas do capitalismo como a propriedade privada consiste no sistema produtivo vinculado à propriedade individual e o lucro é o principal objetivo capitalista, proveniente do resultado da acumulação de capital. O livre comércio dá lugar a produção insdustrial e instara-se o trabalho assalariado. Com a substituição da mão de obra humana por máquinas, trouxe um aumento nas produções e com isso maior lucro, pois quanto mais se produzia mais se ganhava. É o período em que ocorre a mecanização do trabalho. No Brasil começa uma nova era de escravização: o negro e o escravo sai de cena e dá lugar ao domínio da máquinas e do capital sobre o homem, ocorrendo a oobtenção de lucro e a acumulação de riquezas. 
2.2. Identifique duas Revoluções Burguesas. (1,0 p.)
Os exemplos clássicos de revoluções burguesas são a Revolução Inglesa (1640/88) e a Revolução Francesa (1789), nas quais "os mecanismos políticos, jurídicos e ideológicos de ambas garantiam, à burguesia, o desenvolvimento das relações capitalistas de produção e o exercício da dominação social e da hegemonia política. A história da humanidade é dividida em Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Este último período, também conhecido como Era das Revoluções, começa com a Revolução Francesa e a Revolução Russa desejava um poder político proporcional as suas posses e atacava os privilégios garantidos aos nobres através dos impostos cobrados da população. Os representantes da burguesia se uniram para pressionar o rei quanto a provação de uma Constituição, aceitou apenas para ganhar tempo. A atitude do rei provocou um motim popular e com isso ocorreu a Queda da Bastilha, derrubando o absolutismo na França. e a Revolução Puritana e Revolução Gloriosa, ambas na Inglaterra, no século XVII, bem como a Revolução Francesa, na França, no século XVIII. 
2.3. Cite dois fatores decorrentes das Revoluções Burguesas (1,0 p.)
Se antes a maioria das pessoas vivia no campo ou em vilarejos e trabalhava em pequenos grupos, produzindo em pequena escala o que precisavam, com a Revolução Industrial as pequenas oficinas de artesãos foram, aos poucos, sendo substituídas pelas fábricas. Assim nasceu o capitalismo industrial, que concentrou a produção em grandes estabelecimentos, em detrimento dos artesãos que produziam manufaturas em casa. A maioria das fábricas instalou-se perto das regiões mineiras, dos rios e dos portos. O rápido crescimento das cidades industriais alterou a paisagem urbana com as chaminés de suas fábricas. Infelizmente, a expansão do capitalismo estimulou as ideias imperialistas que “justificavam” a colonização da África e da Ásia. O poder estava diretamente ligado ao capital; os burgueses formaram uma elite especializada no controle deste capital.
3a Questão: Nos nossos estudos sobre diversidade sexual abordamos as inúmeras identidades e orientações sexuais nas identidades plurais contemporâneas. Identifique duas características importantes dessa discussão para serem abordadas em sala com os alunos no combate aos preconceitos não só sexuais, como raciais, econômicos etc. Justifique sua resposta. (1,5 p.)
A sexualidade ainda é vista como um tabu, mas bem menos do que já foi um dia, tanto é que as pessoas conseguem conversar facilmente sobre sexualidade em qualquer lugar. Observe que no Brasil, a construção histórica da conduta sexual está marcada pela ideologia de gênero patriarcal que embasa os binômios feminino/passivo e masculino/ativo; pela ideologia judaico-cristã que apresenta o casamento, a monogamia e o sexo procriativo como opção única; e pelo discurso da higiene social do século XIX que definiu a sexualidade saudável/normal (heterossexual) e a não saudável/patológica (homossexual). Essas matrizes ideológicas legitimam ou condenam as manifestações da sexualidade tanto no âmbito do gênero quanto no da orientação sexual. Cabe ressaltar a importância da compreensão de que a busca do prazer é uma dimensão saudável da sexualidade humana; contudo, o consentimento mútuo é condição necessária para seu usufruto em uma relação a dois. A Orientação Sexual deve contribuir para que o aluno proteja-se de relacionamento sexuais coercitivos e exploradores;conheça seu corpo, percebendo que o cuidado com a saúde é condição para usufruir de prazer sexual; adote práticas de sexo protegido nos relacionamentos sexuais, evitando contrair ou transmitir doenças sexualmente transmissíveis; respeite os portadores das doenças sexualmente transmissíveis, notadamente os portadores do HIV; busque orientação para a adoção de métodos contraceptivos quando desejar. A escola e o docente devem estar se preparados para lidar com a presença dos transgêneros, combatendo a violência, intermediando a discussão da temática com a família e garantindo os direitos de cidadania, como o de escolaridade. Note-se que a escolaridade interrompida – essencialmente em função da discriminação – aprofunda a exclusão dos transgêneros e, por isso, precisa ser urgentemente combatida. Jogos e dinâmicas envolvendo narrativas orais, atividades com desenhos, depoimento com familiares de diferentes faixas etárias podem ser elaborados para que a turma trabalhe temáticas como “o que é brincadeira de menino e de menina”, “o que é profissão de homem e de mulher”, “o que menino e menina não podem fazer ...”. Claro que as respostas trarão para cena da sala de aula questões a serem trabalhadas, a fim de desmistificar certos tabus.
4a Questão: O povo assistiu bestializado à Proclamação da República brasileira. Explique historicamente o que se quer dizer com essa afirmativa. (1,0 p.)
Diversos grupos políticos disputavam entre si o controle do Estado e ao mesmo tempo em que a população rural e urbana mostrava seu descontentamento com uma política que se consolidava de forma oligárquica, perpetuando os privilégios dos grandes proprietários de terras e mantendo exclusões sociais antigas. O movimento operário cresceu muito, apoiando-se principalmente nas ideias anarquistas. Lutavam por melhores condições de trabalho e de vida do preço dos alimentos que sofriam acréscimos com a especulação dos comerciantes, melhores habitações, respeito aos direitos civis, ampliação dos políticos entre outros fatos. Foram as grandes revoltas populares que abalaram a República mais duramente no seu início e o povo assistiu bestializado a proclamação da república visto que mal sabiam o que estava ocorrendo e a popularidade de Dom Pedro II era grande com as camadas populares. Tanto é que ocorreram diversas revoltas após a proclamação da república, porque não foi um movimento que começou por iniciativa popular e sim a união das elites agrárias e dos militares, o que resultou no golpe de estado que depôs Dom Pedro II. 
5a Questão: O café foi o principal responsável pelas transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil na segunda metade do século XIX, reintegrou a economia brasileira nos mercados internacionais, contribuiu decisivamente para o incremento das relações assalariadas de produção e possibilitou a acumulação de capital que, disponível, foi aplicado em sua própria expansão e em alguns setores urbanos como a indústria, por exemplo. Sobre a lavoura cafeeira responda: 
Diferencie em três aspectos básicos de cada uma a economia cafeeira do Vale do Paraíba da economia cafeeira do Oeste Paulista. (1,5 p.)
A instalação de ferrovias no Novo Oeste Paulista foi precursora do cultivo do café, junto com a melhoria do processamento, a transformação do transporte foi responsável pelo barateamento do custo de produção e pela melhoria da qualidade do produto que escoava pelo porto de Santos, valorizando o café brasileiro no mercado internacional. A cafeicultura no Vale do Paraíba se desenvolveu sob a ótica econômica colonial. No Rio de Janeiro, a cultura do café pode representar, também, um ponto de partida para a discussão de questões ligadas ao meio ambiente. A cafeicultura, como foi praticada, alterou a paisagem e promoveu o empobrecimento do solo. Após a decadência do cultivo, algumas regiões, especialmente as do Vale do Paraíba do Sul, passaram por dificuldades para se recuperarem. Em alguns casos, certas alternativas econômicas agravaram ainda mais os problemas ambientais ocasionados pela longa prática da monocultura do café. A expansão cafeeira e o seu acúmulo de capital, aliados à vinda de imigrantes para trabalharem como assalariados, exerceram uma forte pressão para a diversificação da economia cafeeira e também para o processo de urbanização, principalmente no estado de São Paulo. Com o desenvolvimento da economia cafeeira, foi necessária a construção de ferrovias para a escoação do café dos locais de produção para os portos. Aos poucos, o café se tornou o produto-chefe de uma economia ainda sustentada pela imponência de seus latifúndios agroexportadores. Preservando as características de nossa economia colonial, as plantações cariocas se sustentavam no uso do latifúndio, da monocultura e da mão-de-obra escrava. Assim, a cafeicultura no Vale do Paraíba se desenvolveu sob a ótica econômica colonial, enquanto a do Oeste paulista já se processava no contexto da consolidação e internacionalização do sistema capitalista.

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