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FACULDADE FAHESP-IESVAP MEDICINA @MEDSTUDIESLU 1 EMBRIOLOGIA FASES DE DESENVOLVIMENTO → O local de fecundação é a ampola da tuba uterina. → Sinais químicos (atrativos) são secretados pelo ovócito e pelas células foliculares circundantes, guiando os espermatozoides capacitados (quimiotaxia) para o ovócito. → A fecundação é uma complexa sequência de eventos moleculares coordenados que tem início com o contato entre o espermatozoide e o ovócito, e término com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão do zigoto. PRIMEIRA SEMANA Ocorre a passagem do espermatozoide através da corona radiata, onde a dispersão das células foliculares da corona radiata que circunda o ovócito e da zona pelúcida parede ser resultado principalmente da ação da enzima hialuronidase , liberada do acrossoma do espermatozoide. Em seguida ocorre a penetração da zona pelúcida, onde há a formação de um caminho que resulta também da ação de enzimas liberadas pelo acrossoma. Logo que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, ocorre uma reação zonal , ou seja , há mudanças nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides. Depois ocorre o processo de fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide. Logo em seguida acontece o término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino. Depois acontece a formação do pronúcleo masculino. OBSERVAÇÕES → Morfologicamente, os pronúcleos masculino e feminino são indistinguíveis. → Durante o crescimento dos pronúcleos , eles replicam seu DNA – 1 n (haplóide), 2 c (cromátides) → O ovócito contendo dois pronúcleos haplóides é chamado de oótide. Logo que os pronúcleos se fundem em uma agregação de cromossomos única e diplóide, a oótide torna-se zigoto. Os cromossomos no zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem na preparação para a divisão do zigoto. OBSERVAÇÃO → Um fator inicial de gravidez, uma proteína imunossupressora é secretada pelas células trofoblásticas e surge no soro materno em 24 a 48 horas após a fecundação. FACULDADE FAHESP-IESVAP MEDICINA @MEDSTUDIESLU 2 O zigoto contém uma nova combinação de cromossomo que é diferente da contida nas células dos pais, esse mecanismo forma a base da herança biparental e da variação da espécie humana. → CLIVAGEM DO ZIGOTO A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto , resultando em rápido aumento do número de células (células embrionárias denominadas blastômeros). Esse processo normalmente ocorre quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero. Após o estágio de nove células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam uns com os outros para formar uma bola compacta de células , tal fenômeno é denominado compactação. A compactação permite uma maior interação célula com célula e é um pré requisito para a segregação de células internas que formam a massa celular interna ou embrioblasto do blastocisto. → FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO Logo após a mórula ter alcançado o útero surge no interior da mórula um espaço preenchido por fluido , conhecido como cavidade blastocística. Como o fluido aumenta na cavidade blastocística, ele separa os blastômeros em duas partes: uma delgada camada celular externa denominada trofoblasto , onde formará a parte embrionária da placenta. E um grupo de blastômeros localizados centralmente denominado de massa celular interna , que dará origem ao embrião ( por ser o primórdio do embrião , a massa celular interna é chamada de embrioblasto). Durante esse estágio do desenvolvimento , a blastogênese , sendo o concepto é chamado de blastocisto. O embrioblasto agora se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto. A degeneração da zona pelúcida permite ao blastocisto incubado aumentar rapidamente em tamanho. Seis dias após a fecundação , o blastocisto adere ao epitélio endometrial. Logo que ele adere , o trofoblasto começa a proliferar rapidamente e gradualmente , se diferenciando em duas camadas : uma camada interna de citotrofoblasto e uma massa externa de sinciciotrofoblasto (formada por uma massa de protoplasmática multinucleada). Por fim da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtém sua nutrição dos tecidos maternos erodidos. OBSERVAÇÃO → Em torno de sete dias , uma camada de células , o hipoblasto (endoderma primitivo), surge na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística. FACULDADE FAHESP-IESVAP MEDICINA @MEDSTUDIESLU 3 SEGUNDA SEMANA A implantação do blastocisto completa-se durante a segunda semana do desenvolvimento. No embrioblasto mudanças morfológicas que produzem um disco embrionário bilaminar composto de epiblasto e hipoblasto. O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgão do embrião. → TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO A medida que o blastocisto se implanta , o trofoblasto aumenta o contato com o endométrio e se diferencia em : citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. As células endometriais sofrem apoptose (morte celular programada), o que facilita a invasão. O sinciciotrofoblasto produz um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (hCG) , responsável por manter a atividade hormonal do corpo lúteo ( é uma estrutura glandular endócrina que secreta estrogênio e progesterona a fim de manter a gravidez) no ovário durante a gravidez. No final da segunda semana , o sinciciotrofoblasto produz uma quantidade de hCG suficiente para dar um teste positivo para a gravidez. → FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA,DISCO EMBRIONÁRIO E SACO VITELINO Com progressão da implantação do blastocisto , aparece um pequeno espaço no embrioblasto, que é o primórdio da cavidade amniótica. Logo as células amniogênicas – os amnioblastos – se separam do epiblasto e revestem o âmnio , que envolve a cavidade amniótica. Mudanças morfológicas no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar quase circular de células achatadas , o disco embrionário , formado por duas camadas: o epiblasto que forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente e, continuidade com o âmnio, e o hipoblasto que forma o teto da cavidade exocelômica e está em continuidade com a delgada membrana exocelômica – essa membrana junto com o hipoblasto forma o saco vitelino primitivo. As células do endoderma do saco vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo , o mesoderma extra-embrionário que circunda o âmnio e o saco vitelino. Logo depois , esse mesoderma é formado por células que surgem da linha primitiva. FACULDADE FAHESP-IESVAP MEDICINA @MEDSTUDIESLU 4 TERCEIRA SEMANA A gastrulação é o processo formativo pelo qual as três camadas germinativas que são precursoras de todos os tecidos embrionários, e a orientação axial são estabelecidos nos embriões. Esse processo é o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo) e é o evento significativo que ocorre durante essa semana. Nele se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário, durante esse período o embrião é algumas vezes denominado gástrula. → CAMADAS GERMINATIVAS ECTODERMA = dá origem a epiderme, ao sistema nervoso central e periférico , ao olho, a orelha interna e, como células da crista neural, a muitos tecidos conjuntivos da cabeça. ENDODERMA = é a fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e do trato gastrointestinal , incluindo as glândulas e as células glandulares dos órgãos associados , tais como fígado e pâncreas. MESODERMA = dá origem a todos os músculos esqueléticos, as células sanguíneas e ao revestimento dos vasos sanguíneos, a todo músculo liso visceral , a todos os revestimentos serosos, a maior parte do sistemacardiovascular. → LINHA PRIMITIVA No começo da terceira semana , aparece uma opacidade formada por uma faixa linear espessada do epiblasto denominada linha primitiva – resulta da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. A linha primitiva se alonga pela adição de células na sua extremidade caudal, extremidade cranial prolifera e forma o nó primitivo. OBSERVAÇÕES → Assim que a linha primitiva surge , é possível identificar o eixo cefálico-caudal do embrião, as extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo. → O sulco e a fosseta primitivos resultam da invaginação (movimento para dentro) das células epiblásticas. Depois do aparecimento da linha primitiva, as células abandonam sua superfície profunda e formam o mesênquima – um tecido formado por células frouxamente arranjadas suspensas em uma matriz gelatinosa. O mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião , tais como a maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e a trama do tecido conjuntivo das glândulas. Parte do mesênquima forma o mesoblasto (mesoderma indiferenciado) que forma o mesoderma embrionário ou intraembrionário. Células do epiblasto , assim como o nó primitivo e de outras partes da linha primitiva, deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário , no teto do saco vitelino. As células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma embrionário. FACULDADE FAHESP-IESVAP MEDICINA @MEDSTUDIESLU 5 Sendo assim , através do processo de gastrulação , células do epiblasto dão origem a todas as três camadas germinativas do embrião. O destino da linha primitiva é a diminuição de tamanho e tornando-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião. Normalmente a linha primitiva sofre mudanças degenerativas e desaparece no fim da quarta semana. → PROCESSO NOTOCORDAL E NOTOCORDA As células mesenquimais que ingressaram através da linha primitiva e , como consequência, tiveram destinos de células mesoderma, migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva, formando o cordão celular mediano, o processo notocordal. O processo notocordal cresce cefalicamente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal, uma pequena área circular de células endodérmicas colunares, onde o ectoderma e o endoderma estão em contato. O mesoderma pré-cordal é uma população mesenquimal anterior à notocorda e essencial para a indução do cérebro anterior e do olho. A placa pré-cordal é o primórdio da membrana bucofaríngea – localizada no futuro local da cavidade oral. Algumas células mesenquimais da linha primitiva migram cefalicamente de cada lado do processo notocordal e em torno da placa pré-cordal. Nesse local , ocorre o encontro cefálico , formando o mesoderma cardiogênico na área cardiogênica, onde o primórdio do coração começa a se desenvolver no fim da terceira semana. Caudalmente à linha primitiva , há uma área circular – a membrana cloacal – que indica o local do futuro ânus. A membrana bucofaríngea , o disco embrionário permanece bilaminar porque , nesses locais, o ectoderma e o endoderma estão fundidos, sendo assim , impedindo a migração de células mesenquimais entre os folhetos. OBSERVAÇÃO → O mesoderma intraembrionário separa o ectoderma do endoderma em todos os lugares, exceto : cefalicamente (na membrana bucofaríngea), no plano mediano (onde ocorre o processo notocordal) e Caudalmente na membrana cloacal. → As células de cada camada germinativa se dividem , migram, se agregam e se diferenciam seguindo padrões bastante precisos à forma os vários sistemas de órgão (organogênese). → NEURULAÇÃO Os processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e fechamento dessas pregas para formar o tubo neural constituem a neurulação. Placa neural e tubo neural com o desenvolvimento da notocorda , o ectoderma embrionário acima dela se espessa, formando uma placa alongada de células epiteliais espessadas , a placa neural. O ectoderma da placa neural dá origem ao sistema nervoso central – encéfalo e medula espinhal. FACULDADE FAHESP-IESVAP MEDICINA @MEDSTUDIESLU 6 A placa neural se invagina ao longo do seu eixo central, formando um sulco neural mediano , com pregas neurais em ambos os lados. Essas pregas neurais tornam-se particularmente proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais de desenvolvimento do encéfalo. → FORMAÇÃO DA CRISTA NEURAL Quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, as células da crista neural formam uma massa achatada irregular , a crista neural , entre tubo neural e o ectoderma superficial. As células da crista neural originam os gânglios espinhais e os gânglios do sistema nervoso autônomo, também contribuem para a formação de células pigmentares, células de medula supra-renal e vários componentes musculares e esqueléticos da cabeça.
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