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Direito Penal I | Maria Eduarda Q. Andrade pág. 1 ® Art. 18, I do Código Penal. No sistema finalista, integra a conduta = fato típico. Mas por outro lado, dentro de uma concepção causal, o dolo é elemento de culpabilidade. Conceito: Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Elementos do dolo: Consciência + Vontade ¨ O dolo precisa abranger o objetivo que o agente deseja alcançar. Portanto, diz-se que o dolo é dividido em: DOLO DIRETO e DOLO INDIRETO. 1. Dolo Direto: É aquele em que a vontade do agente é voltada a determinado resultado. Dirige sua conduta com uma finalidade precisa. Adota a teoria da vontade. E subdivide-se em 1º grau ou de 2º grau. ® Dolo direto de 1º grau: o agente quer causar determinado resultado e age em busca disso. ® Dolo direto de 2º grau: o agente, para causar determinado resultado, possuindo quanto a ocorrência deste um dolo de 1º grau, escolhe um meio. Deste meio escolhido para alcançar este resultado decorrem outros resultados a título de efeitos colaterais, sendo consequências tidas como necessárias do meio escolhido, imanentes a ele. Elemento cognitivo e intelectual. Elemento Volitivo Crime Doloso Direito Penal I | Maria Eduarda Q. Andrade pág. 2 Isto é, além do resultado desejado pelo agente, OCORRE OUTROS RESULTADOS, pois, na medida que ele escolhe fazer tal conduta, o agente sabe que pode, necessariamente, atingir outras pessoas, por exemplo. ® Também denominado de dolo de consequências necessárias. 2. Dolo Indireto: É aquele em que o agente não tem a vontade dirigida a um resultado determinado. É dividido em dolo alternativo e dolo eventual. ® Dolo eventual: o agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco, percebe (tem previsão) o que ela pode causar e diante desta previsão, não se importa com a ocorrência do resultado = ASSUME O RISCO. ® Teoria do assentimento. Ocorre esses requisitos: 1º praticar uma conduta de risco; 2º sabe o que ela pode causar; 3º assume o risco do resultado; Diante um caso concreto, para verificar se houve dolo eventual, as seguintes perguntas devem ser feitas, juntamente com as respostas correspondentes a cada uma delas: 1. O agente quis o resultado? Não 2. Praticou uma conduta de risco? Sim 3. Percebeu (previu), no caso concreto, que esta conduta de risco poderia causar um resultado lesivo? Sim 4. A postura do agente diante a possibilidade prevista de este resultado lesivo acontecer foi de não se importar com sua ocorrência ou foi de acreditar, de forma sincera, em sua não ocorrência? Não se importar com sua ocorrência. Tal questionário atestará a existência, por parte do agente, de dolo eventual. Consequência: responde pelo resultado a título de crime doloso.
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