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vulvovaginites e cervicites

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Vulvovaginites e Cervicites 
1- Vulvovaginites (corrimentos vaginais) 
 
Conteúdo Vaginal normal: 
- Corrimento branco/transparente 
- Fluído 
- Odor normal 
- Transudato vaginal: possui muitas células vaginais descamadas, com presença 
de muco cervical, leucócitos e microorganismos 
 
Flora vaginal normal: 
- Encontramos muitas bactérias aérobias gram + como: 
• Lactobacilos (doderlein) 
• Streptococcus agalactiae 
• Staphylococcus epidermidis 
 - Bactérias aérobias gram (-): Escherichia Coli 
 - Bactérias anaérobias gram (+) como: 
• Gardnerella vaginalis 
• Enterococos 
• Bacterioides 
• Mycoplasma Hominis 
• Ureaplasma arealyticum 
 - Fungos: 
• Cândida sp. – cerca de 30% das mulheres possuem o fungo da cândida 
como comensal em sua flora vaginal, sem ter o quadro de candíase 
 
 
QUAIS AS BACTÉRIAS MAIS IMPORTANTES DA FLORA VAGINAL? 
▪ Lactobacilos acidófilos: são responsáveis por representar 90% da flora vaginal 
normal de uma mulher em idade reprodutiva. Eles são responsáveis por 
produzir o peróxido de hidrogênio (h2o2) que ajuda diminuir os 
microorganismos patogênicos da flora vaginal. Além disso, ele produz também 
o ácido lático. A produção desse ácido ocorre quando os lactobacilos agem no 
glicogênio liberado pelas células descamadas da vagina, deixando assim o pH 
da vagina ácido entre 4-4,5. O H2O2 + o ácido lático criam um ambiente 
inóspito para proliferação de bactérias patogênicas. 
Vulvovaginites: são afecções do epitélio estratificado vulvo-vaginal causadas 
por inflamação/infecção ou desequilíbrio da flora vaginal 
1) Vaginose bacteriana: 
Mudança da flora vaginal normal, que leva à 
queda dos lactobacilos, aumentando as 
bactérias anaeróbicas. Essas bactérias 
anaeróbias são responsáveis pela produção das 
aminas voláteis que geram um odor bem 
característico levando a um aumento do pH 
vaginal (> 4,5) 
Epidemiologia: 
• É a vulvovaginite mais comum 
• Não é uma IST 
• Pode atingir 30-50% das mulheres na 
menacme (em idade reprodutiva) 
Fisiopatologia: 
- Redução dos lactobacilos, consequentemente irá reduzir a produção de peróxido de 
hidrogênio (H2O2), favorecendo assim a proliferação de bactérias anaérobias levando 
à produção das aminas voláteis e assim, levando ao aumento do pH vaginal. 
QUAL A BACTÉRIA COCOBACILAR ANAERÓBIA QUE ESTÁ MAIS ASSOCIADA À VAGINOSE 
BACTERIANA? 
Gardnerella Vaginalis 
Quadro clínico: 
• 50% das pacientes são assintomáticas, não há inflamação 
• Corrimento vaginaal (branco, fino, homogêneo) 
• Corrimento com odor de peixe (esse odor é devido às aminas voláteis como 
putrescina, cavaderina e trimetilamina) 
• Sintomas mais evidentes pós relação sexual (sêmen é mais básico, então pode 
favorecer a proliferação dos anaérobios) ou após a menstruação (sangue tmb é 
mais básico) 
• A vaginose bacteriana isolada não causa disúria, dispareunia, prurido ou 
inflamação 
 
Diagnóstico: 
- Critérios de Amsel: tem que ter pelo menos 3 dos 4 critérios 
• Corrimento branco/acinzentado, fluído e homogêneo 
• pH > 4,5 
• teste das aminas (+) → Whiff test 
• Presença de Clue Cells (microscopia, células guia, consegue ver ao redor das 
células os bacilos) 
OBS: Os achados de clue cells e wiff teste (+) são patognomônicos da doença, mesmo 
em pacientes assintomáticas. 
Tratamento: 
- Antibiótico para anaérobicos : 
• Metronidazol via vaginal (5 noites) ou Via oral (500mg 12/12 hrs 7 dias → pode 
ter efeitos Gastrointestinais) 
• 2° opção Clindamicina 
- Parceiros sexuais não precisam ser tratados 
- Em gestantes usa-se o mesmo tratamento 
- Metronidazol NÃO pode usar bebida álcoolica pois tem o efeito colateral 
dissulfiram-like, isto é, gosto metálico na boca, ressaca, dor de cabeça ... 
 
2) Candidíase: 
É a infecção da vulva e da vagina pelo fungo da Cândida (que é um fungo comensal) 
- Não é uma IST 
- 75% das mulheres terão pelo menos 1 episódio de candidíase na vida 
- Gera inflamação 
Agentes: 
- Candida albicans 
- Outras espécies: glabatra, tropicalis e Krusei 
Fatores de risco: 
• DM descompensado 
• Uso de antibióticos 
• Imunossupressão 
• Aumento do nível estrogênico (uso de pílulas combinadas) 
• Gestação 
• Aumento da umidade local 
Quadro clínico: 
- Pelo fungo levar à um processo infeccioso a paciente pode apresentar: 
• Prurido vulvar + queimação/irritação vulvar 
• Corrimento branco espesso (leite colhado) 
• Disúria 
• Dispareunia (dor para ter relação sexual) de penetração 
- Cândida não complicadas: 
➢ esporádica ou infrequente 
➢ Leve a moderada 
➢ Provável agente: Cândida albicans 
- Cândida Complicada: 
➢ Infecção recorrente por cândida ( 4 ou mais surtos por ano) 
➢ Infecção grave 
➢ Candidíase não albicans 
➢ Diabetes não controlado 
➢ Imunossupressão 
➢ Debilidade 
➢ Gravidez 
 
 
Exame físico: 
• Vulva: hiperemia + edema de vulva; escoriações 
• No exame especular: corrimento branco, espesso com grumos (leite coalhado) 
Diagnóstico: 
• Sintomas + Exame físico + Microscopia (seria o ideal, mas não é o que ocorre 
na prática) 
• Exame físico: eritema e fissuras vulvares, corrimento grumoso com placas 
aderidas à parede vaginal, de cor branca, edema vulvar, escoriações e lesões 
satélites. 
o Microscopia: 
➢ Pseudohifas/ hifas e esporos 
➢ pH < 4,5 
➢ Cultura: casos recorrentes 
OBS: PRESENÇA DE CÂNDIDA NÃO SIGNIFICA TER CANDIDÍASE 
Tratamento: tratar pacientes sintomáticas 
• 1° opção: creme vaginal com miconazol (7 noites) ou Nistatina (14 noites) 
• 2° opção: Fluconazol 150 mg via oral, dose única. 
- Proibido usar Fluconazol em gestantes !!!! 
 
- Em candidíase complicada usa-se um esquema vaginal 
de 7 dias ou múltiplas doses de fluconazol (150mg a cada 
72 hrs, em 3 doses) 
- Na CVV recorrentes: indução de terapia azólica por 14 
dias- tópica ou oral – seguida de regime supressivo de 6 
meses – 150 mg de fluconazol semanal, durante 6 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Tricomoníase: 
É uma IST, causada por um protozoário flagelado chamado de Trichomonas vaginalis 
- Esse protozoário pode infectar células da vagina, colo do útero e uretra, causando 
uma inflamação na região 
- É comum a coinfecção com Neisseria gonorrhoeae 
- É possível ocorrer infecção vertical 
Fatores de Risco: 
- Atividade sexual desprotegida 
Etiologia: 
- É a IST (não viral) mais prevalente 
Quadro Clínico: 
• 50% das pacientes são assintomáticas 
• Corrimento amarelo esverdeado 
• Odor fétido 
• Queimação vulvovaginal 
• Queixas urinárias 
• Dispareunia, sinusiorragia (sangramento pós relação sexual) 
Exame físico: 
• No exame especular podemos encontrar: corrimento amarelo-esverdeado 
• Colo em morango (colpite) 
• Ao teste de Schiller o colo adquire aspecto de 
“pele de tigre” 
Diagnóstico: 
- Anamnese + Exame físico + pH + microscopia 
Obs: no caso da tricomoníase deve-se tomar 
cuidado ao analisar o pH para que não se confunda 
com a vaginite bacteriana, pois na tricomoníase 
também há aumento de pH (> 4,5). 
- Na microscopia vemos o protozoário flagelado. 
Tratamento: 
• Metronidazol via Oral 2g → dose única ou 500mg 12/12 hrs por 7 dias 
• NÃO PODE USAR GEL VAGINAL → TRATAMENTO SISTÊMICO 
• Tratamento para gestantes é o mesmo 
• Parceiros sexuais devem ser avaliados e tratados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Vaginose citolítica: 
- Seu quadro clínico é semelhante 
ao da candidíase, o que pode 
levar a paciente a tratamentos 
repetidos com antifúngicos sem 
sucesso. 
- Flora de lactobacilos 
exacerbadas 
- No exame microscópico há 
citólise das células 
 
Tratamento: 
- Não há evidências de 
tratamento, mas se faz a 
alcalinização vaginal, usando 
creme vaginal com tampão 
borato e duchas vaginais de água 
com bicarbonato. 
Manifestações clínicas: 
- Corrimento branco 
- Prurido vulvo-vaginal 
- Dispareunia 
- Disúria 
- Ardência perineal 
Os sintomasse intensificam 
durantes a fase lútea do período 
menstrual 
 
Sinais: 
- pH vaginal entre 3,5-4,5 
- teste das aminas negativo 
- hiperpopulação de lactobacilos 
na citologia 
 
Parâmetros diagnósticos: 
- Flora tipo I (bacilar) intensa 
- Escore de Nugent 0 a 3 
- Células descamativas 
numerosas 
- leucócitos ausentes ou em 
grande quantidade (0 a 1 por 
campo) 
- Lise celular intensa, com 
núcleos desnudos e com muito 
material celular no esfregaço. 
 
5) Vaginite Atrófica: 
- É uma vaginite própria do 
paciente hipoestrogênica gerando 
dispareunia pela atrofia 
- A atrofia e o aumento do pH 
predispõem a vagina à 
traumatismos e infecções 
 
Manifestações Clínica: 
- Prurido vulco-vaginal 
- Dispareunia 
- Queimação ou ardor vaginal 
- Disúria 
- ITU 
- Incontinência urinária ou 
urgência urinária 
 
 
 
Tratamento: 
- Terapia estrogênica – sistêmica 
ou vaginal. 
 
6) Vaginite actínica: 
- Geralmente ocorre com 
infecção bacteriana secundária, 
apresentando descarga purulenta. 
- Deve ser tratada após exame 
microbiológico. 
 
7) Vaginite lactacional: 
- Pode mimetizar a tricomoníase 
e assemelha à colpite atrófica 
inicial, devido ao 
hipoestrogenismo. 
 
Sintomas: 
- Desconforto urinário 
- Prurido 
- Securas vaginais 
- Leucorreia 
- Dispareunia 
 
Achados: 
- pH geralmente alcalino 
- Poucos bacilos na microscopia 
- Aumento de células basais e 
parabasais e diminuição das 
células superficiais 
 
Tratamento: 
- Clindamicina vaginal 
- acidificação com vitamina C 
vaginal 
 
8) Vaginite irritativa: 
- Causada por agentes químicos 
- Tratamento: suspensão dos 
agentes químicos 
- Sintomas: ardor, prurido, 
eritema 
 
 
 
9) Vaginite alérgica: 
- Pode ser causada por substâncias que desencadeiem uma reação alérgica, por 
meio de uma hipersensibilização. 
- Sintomas: Ardor vaginal, eritema e prurido 
- Tratamento: anti-histaminícos, podendo ser associados com corticoides orais 
ou sistêmicos.

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